17 de outubro de 2003

"Bad Boys II" por Nuno Reis








Hoje é a estreia oficial nas salas portuguesas da aguardada sequela de "Bad Boys", este novo filme conta novamente com as presenças de Will Smith e Martin Lawrence como os polícias de serviço, e Joe Pantoliano como o seu capitão descontente.
O filme foi novamente realizado por Michael Bay e produzido por Jerry Bruckheimer, e no geral toda a estrutura do anterior foi mantida. Das novas personagens destaca-se Gabrielle Union como Sydney, a irmã de Markus (conhecida pelos seus papeis em filme para adolescentes como "10 Things I Hate About You" "Bring It On" e mais recentemente o Thriller "Cradle 2 the Grave") e Peter Stormare (recentemente esteve em "Windtalkers", "Minority Report" e "The Tuxedo") como um distribuidor de ecstasy russo.
Agora uma pequena análise das personagens principais, Mike (Smith) e Marcus (Lawrence). Enquanto que Mike é um polícia durão, que tem de conduzir tudo, tanto o carro como a equipa e que pelo menos na sua opinião não precisa de ajuda, Marcus é um homem de família que está em estado de choque pela atribulada vida que tem levado como membro da polícia em especial um tiro que acabou de receber de Mike. Mike apesar de pretender ser corajoso e impassível, não tem coragem de contar ao amigo de infância a sua relação com Syd, a agente da DEA e irmã de Marcus que está a trabalhar infiltrada como branqueadora de dinheiro para o traficante que a dupla pretende apanhar.
O filme combina bons efeitos visuais (mas dos mais simples) com interpretações aceitáveis para o género. O jovem realizador Michael Bay volta aos grandes filmes de acção a que nos tinha habituado com "The Rock", "Armageddon" e o primeiro "Bad Boys" e fica totalmente redimido da vergonha cinematográfica que foi o seu Pearl Harbour". O argumento prima por nos dar uma grande mostra de acção, aliviada quando necessário com doses ligeiras de humor, ao bom estilo que estes dois actores nos habituaram em filmes anteriores. Algumas cenas podem ser um pouco chocantes, como quando remexem no interior de cadáveres e quando esses mesmos cadáveres são mutilados, tanto na morgue como na estrada.
O filme nos EUA ficou próximo da barra dos 140 milhões, e a opinião geral do público foi de que era um bom filme de acção, mas nada de excepcional, algo a que os americanos já nos habituaram com algumas sequelas forçadas de êxitos passados. Quem viu o primeiro filme vê com prazer o regresso personagens, Marcus e o capitão passam o filme em terapia contra a fúria, massajando as têmporas e recitando a palavra "Whosah" (poderia ser Goosfraba mas isso já é outro filme...).

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