31 de maio de 2004

Elenco de "The Da Vinci Code" começa a dar que falar


O elenco do filme "The Da Vinci Code", a futura adaptação do best-seller homónimo de Dan Brown, cujo sucesso já chegou também a Portugal, começa a dar que falar. Para o papel principal, o do simbologista Robert Langdon, dois nomes são falados com insistência nos corredores de Hollywood: George Clooney (que actualmente se encontra a filmar "Ocean's Twelve") e Hugh Jackman (a estrela de "Van Helsing", ainda em exibição no nosso país). Depois de o próprio Dan Brown ter adiantado que Ron Howard
("A Beautiful Mind") estava indeciso entre Russell Crowe e Tom Hanks, e de ter admitido que se fosse ele a escolher, optaria por Ralph Fiennes, começam a surgir cada vez mais nomes para integrar este elenco.


Michael Moore com mais revelações interessantes


O documentarista norte-americano Michael Moore revelou à Associated Press que possui cerca de 20 minutos de imagens não editadas de uma entrevista com Nicolas Berg, o civil norte-americano recentemente assassinado no Iraque. Segundo Moore, essas imagens não irão ser divulgadas à comunicação social e serão cedidas à família, que se encontra em conversas com o vencedor da Palma de Ouro de Cannes deste ano.


O Antestreia no Congresso em Évora



Na quinta-feira passada teve início em Évora um Congresso Internacional com o tema Culturas Metáforas e Mestiçagens. O Cinema esteve em particular destaque numa das sessões que contou com a presença dos portugueses Manoel de Oliveira e João Bénard da Costa e ainda François Laplantine e Jacques Lemière das universidades francesas de Lyon e Lille respectivamente.
Manoel de Oliveira veio expressamente de Paris onde se encontra ainda a ultimar o seu filme "O Quinto Império" acerca da figura mítica que se tornou o rei D. Sebastião, prevê-se que o filme esteja concluído dentro de uma semana. Ricardo Trepa é neto e protagonista da maioria dos filmes recentes de Manoel de Oliveira, sendo D. Sebastião neste último, diz que o filme poderá representar Portugal no festival de Veneza.
O realizador fez uma comunicação onde comparou "o cinema como arte mestiça ao papel dos portugueses como povo dado a mestiçagens". Em seguida com a ajuda do neto comparou os dois retratos do rei existentes na Universidade com a imagem transmitida no filme.

Por informação particular do reitor o Antestreia ficou a saber em primeira mão que a Universidade outorgará o grau de Doutor Honoris Causa a Manoel de Oliveira numa cerimónia a decorrer nessa universidade dia 1 de Novembro próximo.

30 de maio de 2004

Festivais de Cinema - Junho


Aqui fica a lista dos principais festivais de cinema que se irão realizar em Junho:



AUSTRÁLIA

Sydney: Sydney Film Festival


ALEMANHA

Munich: Munich Film Festival

Potsdam: Potsdam International Film Festival


ÁUSTRIA

Ebensee: Festival der Nationen


BRASIL

Belo Horizonte: Belo Horizonte International Short Film Festival

Goiás: Fica - Environmental International Film and Video Festival


CANADÁ

Banff: Banff Television Festival

Toronto: Canadian Film Centre's Worldwide Short Film Festival


CROÁCIA

Zagreb: Zagreb World Festival of Animated Films


FINLÂNDIA

Sodankyla: Midnight Sun Film Festival


FRANÇA

Annecy: Festival International du Film d'Animation

Cannes: International Advertising Festival


HOLANDA

Utrecht: Impakt Film Festival


PORTUGAL

Setúbal: Festroia
Vila do Conde: Festival Internacional de Curtas Metragens de Vila do Conde


RÚSSIA

Moscow: Moscow International Film Festival


Destaque, obviamente, para os dois festivais portugueses deste mês (Festróia e Festival de Curtas de Vila do Conde) e para dois dos maiores festivais de cinema de animação do mundo: o Festival de Annecy, claramente o maior festival de cinema de animação do mundo (este ano sem presença portuguesa em competição, só mesmo o de Regina Pessoa enquanto membro do júri de selecção) e o de Zagreb, também sem participação portuguesa ao nível de trabalhos, mas com o reconhecido animador e orientador de workshops para jovens, Fernando Galrito, enquanto júri internacional para animação feita por estudantes. De realçar que na competição deste festival croata encontram-se as três grandes revelações do último CINANIMA - Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho: "Harvie Krumpet", a animação australiana de Adam Elliot que venceu o Grande Prémio da última edição, "The Separation" de Robert Morgan e "Tim Tom" de Christel Pougeoise e Romain Segaud. Zagreb, de 14 a 19 de Junho e Annecy, 7 a 12 de Junho. Por altura do começo dos festivais, apresentaremos dois trabalhos sobre os festivais, e respectivas espectativas dos filmes a competição.


Mais Informações em:

Festival de Cinema de Animação de Zagreb

Festival de Cinema de Animação de Annecy

Breves



  • Sequelas Disney/Pixar
    Michael Eisner confirmou que a Disney tem planos para fazer sequelas de diversos filmes feitosp ara a empresa pela Pixar. Com "Toy Story" foi a Pixar a tratar da sequela mas com os próximos não será pois o contrato está prestes a terminar, a Disney fará os filmes sozinha.
    Enquanto algumas pessoas pensam que seja positivo para a Disney, filmes como "Monsters Inc." e "Finding Nemo" levaram milhões ao cinema e levarão novamente, outros indicam o risco que isso será para a Pixar. As personagens são imediatamente associadas à empresa e um mau filme será má publicidade. As referências a um possível mau filme são causadas pela falta de experiência da Disney na área de animação computadorizada, onde têm vários fracassos. Membros da Pixar também temem que um número exagerado de filmes de animação por computador possam tirar o sabor a novidade à tecnologia e cansar o público.


  • De pequenino... se faz o filminho
    A escola espanhola de cinema para jovens Orson the Kid ao longo da sua existência já produziu diversas curtas-metragens dos seus alunos, crianças dos oito aos quinze anos que aprendem a arte da escrita, montagem, realização e interpretação. Desde Maio até Julho estão a decorrer em Guadalajara as filmagens duma longa-metragem, "El Guardavias", uma história de amor que conta a história de uma executiva que se apaixona por um professor de literatura e que para o conquistar tem de conseguir a estima dos filhos dele, sem tentar tirar o lugar da mãe falecida.
    O filme está a ser realizado por dois jovens, de treze e quinze anos, e foi escrito pelo mais velho destes, com a ajuda de dois colegas. A acompanhar os realizadores está Jorge Viroga, director da escola. Esta será a primeira longa-metragem da escola que forneceu toda a equipa técnica. Os actores, esses sim, são adultos experientes.
  • 29 de maio de 2004

    O Cinema em Portugal



    A CICAE, Confederação Internacional dos Cinemas de Arte e Ensaio, que tem 3000 salas e reune 15 festivais de todo o mundo, está a tentar recolher apoios junto de diversas instituições para que o Festróia tenha direito a um subsídio por parte do ICAM à semelhança dos anos anteriores e que tinha sido recusado para este ano.
    A moção do CICAE foi aprovada unanimamente na reunião realizada em Cannes e pretende contrariar o júri que preteriu o festival argumentando a "escassez de público, devido aos filmes seleccionados". O festival há vinte anos que é conhecido por ter uma política diferente, que apoia o cinema de autor, os novos países, produtores e realizadores. Entre os filmes exibidos no festival português encontram-se os nomeados para o Prémio Fassbinder (troféu da Academia Europeia do Filme para primeiras obras), honra conseguida pela divulgação habitual de talentos que é feita pelo festival.

    Boas notícias para o cinema português é o anúncio feito pelo secretário de estado da Cultura, Amaral Lopes, que disponibilizou um milhão para um fundo de apoio às co-produções com os PALOP. O Brasil já manifestou o seu possível apoio e seria com uma participação idêntica, Angola também quer participar mas ainda não indicou a verba. Os restantes países africanos de língua oficial portuguesa ainda não se pronunciaram.
    Os fundos do ICAM permitiam apenas produzir um ou dois filmes por ano, com este incentivo espera-se que a colaboração entre países lusófonos aumente e que todos lucrem com a parceria. O cinema brasileiro é o que tem maior divulgação de entre estes, talvez os portugueses aprendam algo de bom.

    Até os distribuidores admitem que é horrível!


    A cadeia de televisão por cabo norte-americana The Starz Encore encontra-se neste momento a publicitar o filme "Gigli", considerada a pior película do ano passado, com Ben Affleck e Jeniffer Lopez nos prinicpais papéis, através de slogans... destrutivos. Avisando que o filme foi tão mal recebido pela crítica, que "ninguém vai querer perdê-lo", a distribuidora avisa ainda que "Gigli" era "O filme mais falado do ano", acrescentando "Ok, nem todos os nossos filme podem ser blockbusters vencedores de prémios". Segundo Steve Belgard, director de programação, se promovessem o filme como sendo bom, a credibilidade deles desapareceria. Destaque ainda para aquelas frases que costumam aparecer no dvd ou nos trailers de apresentação do filme. Em vez dos tradicionais "the year's best", este filme vem rotulado de citações do San Jose Mercury News: "A rigli, rigli bad movie" ou do San Francisco Examiner: "Viewers (read: victims) will want to talk and comfort each other afterwards".


    "Fahrenheit 9/11" já tem distribuidora


    "Fahrenheit 9/11", o documentário de Michael Moore que venceu a Palma de Ouro da edição deste ano do Festival de Cannes já tem distribuidora nos EUA. Harvey e Bob Weinstein, fundadores dos estúdios Miramax, compraram pessoalmente os direitos deste filme à Disney, com um custo estimado de seis milhões de dólares. Depois da polémica com a Disney, que não aceitava distribuir o filme, devido às acusações de Moore a Bush, falta a polémica dos principais destinatários deste documentários: os americanos.


    Final trágico para Harry Potter?


    Segundo a imprensa inglesa, Daniel Radcliffe, o jovem que interpreta a personagem de Harry Potter, afirmou recentemente que se encontra convicto de que a única maneira que J. K. Rowling encontrará para matar Lord Voldemort será matar... Harry Potter. Radcliffe, em entrevista à Radio 1, afirmou "I've always had the suspicion that Harry might die. He and Voldemort have the same core. I think the only way Voldemort can die is if Harry dies as well.". O actor britânico expôs ainda a preocupação do tempo que falta para a autora escrever os dois livros que falta, e o tempo para a sua adaptação, pois Daniel poderá estar, por essa altura, à beira de entrar no estado adulto, o que poderia levar à decredibilização do personagem. O próximo filme da saga, "Harry Potter And The Prisioner Of Azkaban" estreia a 29 de Julho.


    28 de maio de 2004

    Antestreia foi alvo de plágio II


    De forma incomum no nosso país, este caso de plágio de textos do Antestreia foi resolvido de forma célere, o que nos deixa muito satisfeitos. Um responsável da página enviou-nos o pedido de desculpas, com a promessa de tudo terem feito no sentido do esclarecimento. Aqui fica o e-mail que nos foi enviado:

    Caro Ricardo Clara,

    Resisto à tentação de lhe responder que "iremos analisar a situação e agir
    em conformidade". Já o fizémos. Não há engano. O Estreia Online tem conteúdo
    cuja paternidade não pode ser atribuída ao colaborador externo que no lo
    enviou.

    No que ao Estreia Online diz respeito, embora alheios ao sucedido e
    apanhados de surpresa pela evidência, não posso deixar de lhe apresentar as
    nossas desculpas. Gostaria que as estendesse ao autor do(s) texto(s), e
    delas desse conhecimento aos utilizadores do seu blog.

    O conteúdo do Estreia é parcialmente produzido por um colaborador externo,
    em regime de freelance. Tal colaborador, cujo nome e prestígio tornavam
    insuspeita a ocorrência de situações como esta, cessou a sua colaboração com
    a empresa nesta data. O seu conteúdo irá ser removido do site.

    O referido colaborador foi aconselhado a apresentar-lhe as suas desculpas a
    título pessoal.

    Caso seja necessário, poderá contactar-me pelo email * ou telefone
    *.

    Com os melhores cumprimentos,
    Armando Batista



    Por razões óbvias decidimos omitir o e-mail e o telefone presentes nesta missiva. Termina-se assim, e repito, de uma forma rápida e limpa, este caso de cópia que nos deixou bastante aborrecidos. De qualquer forma, e fazendo fé no conteúdo da mensagem, não será guardada qualquer tipo de reserva ao Estreia Online, pensando eu que a maneira como o processo foi conduzido acaba por limpar definitivamente o nome da Estreia Online. Encerra-se assim a nossa abordagem a este assunto.

    Breves



  • Paltrow será Dietrich
    Gwyneth Paltrow não pára de interpretar personagens históricas, depois de Sylvia Plath é a vez da grande actriz Marlene Dietrich. Paltrow visitou em Fevereiro a praça com o nome da actriz, onde decorre o festival de Berlim, esta semana foi anunciado que tinha chegado a acordo com a Dreamworks para a interpretar num filme. A família da actriz alemã concordou com a escolha. Dietrich foi uma das várias personalidades alemãs a abandonarem o país quando surgiu o regime nazi e voltou lá algumas vezes para motivar as tropas aliadas o que lhe deu o estatuto de traidora. Em Hollywood tornou-se um dos maiores nomes de sempre com títulos como "Morocco" (o único filme que lhe valeu nomeação para os Oscares) ao lado de Gary Cooper, "Touch of Evil" de Orson Welles e "Witness for the Prosecution" de Billy Wilder adaptado do livro homónimo de Agatha Christie.

  • Gyllenhaal sabe o que faz
    Jake Gyllenhaal é um dos actores principais do recentemente estreado "The Day After Tomorrow" onde interpreta o filho de Dennis Quaid. O actor admite durante as filmagens ter-se recusado várias vezes a dizer a frase que lhe era pedida e a apresentar uma alternativa que acabava por ser aceite. Para quem pensa que isto é já uma mania de estrela, pensem pior. A mãe é a argumentista Naomi Foner que colabora com o realizador Stephen Gyllenhaal, a irmã é a jovem estrela Maggie Gyllenhaal que ultimamente tem aparecido em filmes como "The Secretary" e "Mona Lisa Smile". A família é mesmo cinéfila e ele sabe do que fala. Mas mesmo com essas mudanças de diálogos o filme não saiu grande coisa...

  • A lei do mais forte
    O polémico filme documental de Morgan Spurlock, "Super Size Me" acerca dos restaurantes de fast-food que venceu o troféu de realização em Sundance está em risco. O filme retrata o evoluir de Spurlock ao longo de um mês em que se alimenta exclusivamente de refeições McDonald, com acompanhamento médico. No filme não tem problemas em fazer exclamações como "There is a big, knappy hair in my sundae".
    Quando os distribuidores tentaram fazer campanha televisiva na MTV a resposta foi que tal seria impossível por terem restaurantes de fast-food entre os patrocinadores e que o filme os denegria.
    Enquanto isso os distribuidores australianos do "Fahrenheit 9/11" queixam-se de diversas ameaças anónimas por e-mail.
    Conclusão: Governos e empresas mega-milionárias não são um bom tema para filmes, são um assunto demasiado perigoso.


  • 27 de maio de 2004

    Antestreia alvo de plágio

    O nosso trabalho está a ser seguido... mas de formas menos próprias. O site Estreia Online plagiou quase integralmente as notícias do post Breves de 25 de Maio de 2004. Claro, já enviei um e-mail para o endereço colocado na página. E reproduzo aqui o que enviei:


    Caros Senhores:

    O meu nome é Ricardo Clara, sou o criador de um weblog de cinema intitulado Antestreia, que pode ser consultado em www.antestreia.blogspot.com . Qual não é o meu espanto quando, ao fazer uma esporádica visita, me apercebo que uma das notícias que colocaram na secção Jornal é copiada de modo integral, quase sem alterações, mantendo inclusive o título que iniciava essa notícia, do referido blog que eu mantenho. No dia 25 de Maio de 2004, pelas 09:36, foi publicado no blog Antestreia a seguinte notícia:

    "Van Helsing" não voltará por enquanto
    Esteve prevista uma série na NBC de seu nome "Transilvania" baseada no filme recém-estreado nas salas de cinema mas devido aos elevados custos de produção e tendo em conta o seu resultado aquém das expectativas nas bilheteiras, decidiram não a fazer. Poderá ser outro canal a seguir em frente com o projecto mas não será para já.


    No vosso site, numa notícia datada do dia 26 de Maio (curiosamente, o dia seguinte) aparece a seguinte novidade:

    "Van Helsing" não voltará por enquanto
    Esteve prevista uma série na NBC intitulada ''Transilvânia'' baseada no filme recentemente estreado nas salas de cinema, mas face aos elevados custos de produção e tendo em conta o seu resultado, que ficou muito aquém das expectativas nas bilheteiras, o projecto foi arquivado.

    Ora, tal pérola de coincidência deixar-me-ia felicíssimo, se o vosso site fosse de referência. Mas mesmo que o fosse, não deixaria de me causar repúdio e, porque não dizê-lo, nojo, pela forma reles, baixa e nada, nada profissional como se processam as notícias. Mas, e agora é que as coincidências assumem contornos bíblicos, esta não foi a única vez! Reparo, agora num assomo de espanto que me deixa siderado, que a notícia "Shrek 2 regressa bem" é... IGUAL! Fabuloso! Mas quando visito a minha caixa de correio, a física, reparo que não existe lá nenhum cheque a remunerar-me pela cópia. E quando vou à caixa de correio virtual não encontro nenhuma mensagem a avisar-me: "Olá, nós somos da AEIOU, nós fazemos a Estreia Online e plagiamos"! Mas, claro, não me fico por aqui. Este fatídico dia 25 de Maio, com um post intitulado Breves, está reproduzido no vosso site. E, imaginem os senhores, eu não suporto plágios. Não suporto cobardia nem atitudes reles e desprovidas de profissionalismo e modos. E, imaginem igualmente os senhores, não suporto não só devido aos meus princípios morais, mas também me fere atendendo ao que já aprendi em alguns anos a estudar na Faculdade de Direito! Crime!, não disse ela mas digo eu. Assim sendo, espero receber um pedido formal de desculpas, tanto ao meu blog e ao autor do post, Nuno Reis, bem como vêr publicado o pedido no Estreia Online. E pedir que visitem o nosso blog. Afinal, este e-mail irá ser lá publicado. Sem mais por agora, e desejando que trabalhem por conta própria

    Ricardo Clara


    Esperamos desenvolvimentos, ainda sem conseguir tirar da cabeça como é que se pode ganhar dinheiro à custa dos outros, ainda por cima quando num blog fazemos as coisas totalmente sem retorno financeiro. Inacreditável! De qualquer modo, segue dentro de momentos um post com as imagens do plágio. Entretanto, nada como visitar as peças "Van Helsing não voltará por enquanto", "Shrek 2 começa bem", entre outras, em www.estreia.online.pt

    Jesus será fiel aos seus seguidores


    Jim Caviezel era famoso mas só se tornou uma estrela depois de interpretar Jesus Cristo em "The Passion of Christ". Depois desse polémico filme recebeu inúmeras propostas para ser Jesus não em flmes mas em anúncios, onde a soma das ofertas seria da ordem dos 75 milhões de dólares.
    O actor recusou essa soma milionária para se manter fiel à sua crença católica e aos largos milhares de espectadores que sentiram algo de especial vendo o filme. O actor em entrevista declarou que bastaria fazer um anúncio para ser tentado a fazer mais e apesar de essa soma ser suficiente para viver sem preocupações, não se conseguiria perdoar. Só a religião é capaz de afastar os actores do dinheiro fácil.

    Final do 7arte


    Passei hoje pelo 7arte para ver a programação de algumas salas e descobri que ele tinha um aviso grave. O site principal está encerrado mas mantém o espaço e o nome para continuar a divulgar cinema. O 7arte habitual está em stand-by e agora tomou o formato de blogs e os comentários dos utilizadores serão mantidos como um fórum.
    É uma grande perda para qualquer espectador e amante de cinema.

    Novidades Harry Potter



    Dia 31 estreia no Reino Unido o terceiro filme que só dois meses depois chega a Portugal, como uma série desta magnitude nunca pára realmente posso adiantar algumas novidades sobre os próximos filmes:

    Foi anunciado o actor que interpretará Mad Eye Moody no quarto filme da série, o escolhido foi o experiente Brendan Gleeson. Entre os seus trabalhos estão uma enormidade de títulos conhecidos, só desde 2000 apareceu em "Mission Impossible 2", "Harrison's Flowers" (com Andie MacDowell, Elias Koteas e Adrien Brody), "Tailor of Panama", "Artificial Inteligence", "28 Days Later", "Gangs of New York", "Dark Blue", "Cold Mountain" e finalmente "Troy" onde interpreta Menelau. No futuro iremos vê-lo em "The Village" de Shyamalan e em "Kingdom of Heaven" de Ridley Scott.

    Alfonso Cuaron, o realizador do terceiro filme sobre o pequeno feiticeiro, está convencido de que é possível manter o elenco até ao último filme. Diz que se afastou da realização do quarto filme (que fica nas mãos de Mike Newell) para poder descansar mas que tendo a oportunidade voltará para dirigir os bruxos em mais êxitos de bilheteira. Segundo os livros a história termina quando atingirem os 17 anos, caso consigam fazer um filme por ano Emma Watson será Hermione pela última vez aos 17, Daniel Radcliffe será Harry até aos 18 e Rupert Grint será Ron até aos 19. Comparando com a diferença de idades que se tem visto em outros filmes é uma margem pequena e estes jovens poderão começar a vida adulta com umas grandes fortunas, Radcliffe do primeiro para o segundo filme triplicou o seu salário!

    26 de maio de 2004

    Novo festival


    A partir de 2005 Lisboa será o palco de um festival (internacional) anual de cinema organizado pela 7th Kult. O evento pretende ser simultaneamente produtor e distribuidor.
    O festival decorrerá em Outubro (a primeira edição será de 4 a 14 de Outubro de 2005) e decorrerá em Lisboa por esta ser "a única das capitais da Europa com um clima agradável que não tem um festival generalista" segundo um dos responsáveis do evento. Essa escolha de cidade a nível da Europa é lógica por ser uma capital que incrivelmente não tem nenhum festival generalista. O festival será uma iniciativa de vários países - Portugal, Holanda, França, Espanha, Estados Unidos e Reino Unido - e, como evento internacional, não poderá concorrer aos subsídios do ICAM.
    Para realizar o certame, serão necessários entre sete a oito milhões vindos da União Europeia e países membros.
    O festival aceita filmes em suporte digital ou película, curtas ou longas-metragens, documentário, ficção e animação. Serão aceites filmes independentes mas a intenção é esgotar as salas de Lisboa e ter lucro. Encher as salas não será difícil mas, lucro? Pelo que se tem visto nos outros festivais... Se me resta desejar boa sorte e que este outro grande evento internacional em Lisboa seja bom para o cinema nacional.

    "The Day After Tomorrow" por Ricardo Clara


    Um dos blockbusters mais esperados do ano estreia já amanhã nas salas portuguesas. "The Day After Tomorrow" traz consigo o regresso dos filmes apocalípticos, e mais uma vez pela mão do alemão Roland Emmerich ("Independence Day"), agora numa versão gelada do fim do mundo.
    Quando o climatologista Jack Hall (Dennis Quaid) afirma numa conferência internacional de aquecimento global que o mundo poderia via a sofrer drásticas consequências climatéricas fruto de emissões violentas de materiais que cada vez mais arrasam a camade de ozono, ninguém lhe prestava atenção e ninguém (nem mesmo Hall) sabia que o pior estava mesmo perto de acontecer. Dias depois, um cataclismo começa arrasar todo o mundo, especialmente os EUA, e entre tsunamis, tornados, temperaturas inferiores a -100ºC e chuvas torrenciais, as míticas cidades de Los Angeles e Nova Iorque são devastadas, encerrando a Big Apple na sua biblioteca municipal o filho de Jack, Sam Hall (Jake Gyllenhaal), que se tinha deslocado a esta cidade para participar num concurso académico. Num estilo heróico, o valente climatologista consegue o que quase ninguém alcançaria: percorrer mais de 60 km a pé debaixo de uma tempestade bíblica e salvar o seu filho.
    Desprovido de elementos factuais verdadeiros, este "The Day After Tomorrow" é a confirmação da minha espectativa, um filme fraco com uma história mal conseguida, que vale concerteza o tempo que se dispende dentro da sala de cinema pelos efeitos especiais. Imagens espectaculares de Nova Iorque enterrada na neve ou de uma gigantesca onda a invadir as ruas da mesma cidade são sem dúvida alguma momentos que marcam o espectador, efeitos estes que estiveram a cargo de uma vasta equipa, onde se contam inúmeros especialista da ILM, atribuíndo assim uma etiqueta de qualidade à produção visual. Quanto ao argumento, claramente fraco, com histórias paralelas mal ligadas e uma leve sensação de ser a história que se adapta aos efeitos especiais do que vice-versa. E, claro, a moral de fundo que percorre o filme, aconselhando o espectador a ter atenção aos seus actos para evitar que surja mesmo uma Nova Era Glaciar. Enfim, abre amanhã oficialmente a silly-season do cinema, com todas as reprecussões que pode trazer. Uma palavra final para o(a) grande herói (heroína) português deste filme: o tradutor, que oferece deliciosa pérolas de falta de profissionalismo, das quais destaco a tradução de "ten blocks" em "3 blocos". No mínimo, genial.


    Título Original: "The Day After Tomorrow" (EUA, 2004)
    Realizador: Roland Emmerich
    Intérpretes: Dennis Quaid, Jake Gyllenhaal, Emmy Rossum e Sela Ward
    Argumento: Roland Emmerich e Jeffrey Nachmanoff
    Fotografia: Anna Foerster e Ueli Steiger
    Música: Harald Kloser
    Género: Acção / Drama / Ficção Científica
    Duração: 124 min
    Sítio Oficial: http://www.thedayaftertomorrow.com


    25 de maio de 2004

    Breves



  • Mostra de Cinema no Porto
    A Fundação Ciência e Desenvolvimento começou hoje uma mostra internacional de escolas de cinema no Teatro do Campo Alegre no Porto, o evento dura até dia 30 e conta com a presença de diversos filmes e representantes dos mesmos. Em simultâneo com a Mostra serão feitos workshops, seminários e debates sobre a produção de cinema. Esta actividade é uma grande melhoria em relação ao realizado no ano passado em que teve apenas uma dimensão nacional.

  • "Van Helsing" não voltará por enquanto
    Esteve prevista uma série na NBC de seu nome "Transilvania" baseada no filme recém-estreado nas salas de cinema mas devido aos elevados custos de produção e tendo em conta o seu resultado aquém das expectativas nas bilheteiras, decidiram não a fazer. Poderá ser outro canal a seguir em frente com o projecto mas não será para já.

  • "Shrek" regressa bem
    Foram anunciados os valores provisórios atingidos na box-office americana e "Shrek 2" conseguiu alcançar marcas inacreditáveis. O valor do fim-de-semana foi superior a 100 milhões, a melhor marca de sempre conseguida por um filme de animação e que em termos gerais fica apenas abaixo de "Spider-Man" que em 2002 começou com 114 milhões.
  • 23 de maio de 2004

    "Fahrenheit 9/11" vence a Palma de Ouro


    O polémico realizador norte-americano Michael Moore venceu a Palma de Ouro da edição de 2004 do Festival de Cannes com "Fahrenheit 9/11". Numa sessão de prémios com sabor oriental, o júri presidido por Quentin Tarantino decide premiar um dos homens mais polémicos do momento da cinematografia mundial, não só pelos bons trabalhos documentais que executa, mas essencialmente pela sua postura anti-Bush que cada vez angaria mais adeptos e seguidores (Tarantino parece ser o mais recente). Aqui fica o discurso do vencedor, seguido da lista de premiados. "I can't begin to express my appreciation and my gratitude to the jury, the Festival, to Gilles Jacob, Thierry Frémaux, Bob and Harvey at Miramax, to all of the crew who worked on the film. [...] I have a sneaking suspicion that what you have done here and the response from everyone at the festival, you will assure that the American people will see this film. I can't thank you enough for that. You've put a huge light on this and many people want the truth and many want to put it in the closet, just walk away. There was a great Republican president who once said, if you just
    give the people the truth, the republicans, the Americans will be saved. [...] I dedicate this Palme d'Or to my daughter, to the children of Americans and to Iraq and to all those in the world who suffer from our actions."




    PALMARÉS CANNES 2004



    Palma de Ouro: "Fahrenheit 9/11" de Michael Moore


    Grand-Prix: "Old Boy" de Park Chan-Wook


    Prémio para Melhor Interpretação Feminina: Maggie Cheung por "Clean"


    Prémio para Melhor Interpretação Masculina: Yuuya Yagira por "Nobody Knows"


    Prémio para Melhor Realizador: Tony Gatlif por "Exils"


    Prémio para Melhor Argumento: Agnès Jaoui e Jean-Pierre Bacri por "Comme une Image"


    Prémio do Júri: Irma P. Hall por "Ladykillers" ex-aequo com "Tropical Malady"


    Camera de Ouro: "Or" de Keren Yedaya


    Palma de Ouro para Curta-Metragem: "Trafic" de Catalin Mitulescu
    Prémio do Júri para Curta-Metragem: "Flatlife" de Jonas Geirnaert




    Fotos AFP / Fabienne Buehler / Sítio Oficial Cannes 2004

    18 de maio de 2004

    Breves



  • Disney prepara filme baseado no Parque
    Os estúdios Disney estão a preparar um novo filme baseado numa diversão dos seus parques temáticos. Desta vez o eleito foi o Jungle Cruise, entre os anteriores estão Bear Country, Haunted Mansion e, como é óbvio, Pirates of the Caribbean. Destes títulos apenas o último teve bastante sucesso, foi dos filmes mais rentáveis da história Disney.

  • Como anda Cannes
    Continuam os protestos e as manifestações em Cannes, a cidade-cinema este ano está marcada pela negativa. Apesar das inúmeras estrelas que deambulam dando todo o glamour ao acontecimento, a comunicação social centra-se quase exclusivamente nos actores e técnicos que de forma pacífica mostram o seu descontentamento com a situação actual do cinema francês, muitos deles sobrevivem apenas com trabalhos para televisão. Quando os revoltados ocuparam uma sala no sábado, pelo menos seis ficaram feridos em confrontos com a polícia. Michael Moore e o seu filme receberam ontem uma ovação de 15 minutos, possivelmente é um recorde e é bastante bom para um filme que a Disney se recusou a distribuir.

  • 16 de maio de 2004

    Oscar celebra 75 anos


    A 16 de Maio de 1929, na Blossom Room do Hotel Hollywood Roosevelt, começava uma cerimónia que iria marcar a história do cinema: a entrega dos Oscares. Com uma audiência de 250 pessoas, que pagaram cada uma 10 dólares para entrar, esta foi a primeira de inúmeras e históricas cerimónias, que se prolongaram até aos nossos dias, comemorando hoje 75 anos de existência.



    A estatueta

    Já apelidada com tantos, epítetos, tais como "Estátua de Mérito" ou "Homem de Ferro", a pequena estatueta, que representa um cavaleiro com uma espada, assente numa bobine de filme acabou por ficar conhecido como Oscar. Nascida em 1928, conta a lenda que uma funcionária da Academia, Margaret Herrick, ao observar pela primeira vez este exemplar que todos os anos premeia umas dezenas de trabalhos no mundo do cinema, afirmou que lhe fazia lembrar o seu tio Oscar. O nome ficou, mas só em 1939 é que a Academia começou a utilizar este nome oficialmente. Desenhada por Cedric Gibbons e esculpida por George Stanley, um artista de Los Angeles, quase sempre foi atribuída com a mesma configuração. Contudo, esta pequena estatueta mudou de aspecto algumas vezes: nos anos 30 o ventríloquo Edgar Bergen recebeu uma cópia em madeira com uma boca articulada e Walt Disney recebeu a tradicional estatueta e 7 miniaturas, consequência do filme "Snow White and the Seven Dwarfes". Desde 1949 que a estatueta é numerada, tendo começado a contagem no nº 501.




    A primeira cerimónia


    Como já referi, foi a 16 de Maio de 1929 no Hotel Hollywood Roosevelt, e com mais precisão no seu Salão Blossom Room que decorreu a primeira cerimónia, perante 250 convidados que pagaram a exorbitância de 10 dólares para poderem estar presentes no acontecimento. Mas a base da cerimónia era essencialmente o glamour do convívo e da exposição mediática, visto os premiados já serem divulgados antes para a comunicação social poder preparar as suas peças. Logo, o sistema do envelope fechado só foi adoptado no ano seguinte. Para o registo, ficam aqui alguns dos premiados dessa noite:


    Melhor Filme - "Sunrise: A Song of Two Humans"

    Melhor Actor - Emil Jannings, por "The Last Command" e "The Way of All Flesh"

    Melhor Actriz - Janet Gaynor por "Seventh Heaven", "Street Angel" e "Sunrise: A Song of Two Humans"

    Oscar Honorário - Charles Chaplin por "The Circus"


    1929 - Ponto de partida para 75 anos de história ou Os outros palcos da festa


    Depois deste primeiro evento, muitos foram os palcos que acolheram a entrega dos prémios da Academia. O Hotel Ambassador e o Hotel Biltmore acolheram os 15 anos seguintes de convidados, mas o nº elevado de pessoas presentes neste evento levaram a que o espectáculo fosse transferido para recintos maiores. Assim sendo, a 16ª Edição foi recebida no Grauman's Chinese Theater, saíndo de lá 3 anos depois para o Shrine Auditorium.

    Em 1949, a 21ª Edição realizou-se na casa da Academia, Melrose Avenue Theater, sendo transferida, e nos 11 anos consequentes, para o RKO Pantages Theater, em Hollywood, onde, a 19 de Março de 1953, Bob Hope apresentou a cerimónia que foi, pela primeira vez, transmitida a nível nacional, pela NBC, que conduziu a primeira emissão televisiva deste acontecimento. O Santa Monica Civic Auditorium acolheu a partir de 1961 a cerimónia, até 1969, onde o Dorothy Chandler Pavilion viu as luzes do estrelato serem aplicadas no seu interior. Só em 1987 é que o local do evento voltou a mudar, regressando ao Shrine Auditorium, saltitando entre este local e o Dorothy Chandler Pavilion, até se fixar, definitivamente no Kodak Theatre, em 2001.



    Kodak Theatre - um palco para o futuro

    É então este fabuloso espaço inaugurado em Novembro de 2001 que alberga as cerimónias da Academia. Um projecto de 94 milhões de dólares que comporta entre 2200 pessoas, em espectáculos de teatro, e 3400 para concertos ou cerimónias de entregas de prémios. Desenhado pelo Rockwell Group, o Kodak Theatre procura, segundo os seus criadores, criar o máximo de intimidade entre o palco e os espectadores, contribuindo para isso o posicionamento dos balcões, que se encontram muito em cima dos acontecimentos. Este grande equipamento de espectáculos possui ainda um espaço exclusivo a jornalistas, que se encontra exactamente à frente do palco, o que é, e novamente segundo os seus arquitectos, algo único em todo o mundo.





    Alguns factos interessantes:


    Filme com mais nomeações: "All About Eve" (1950) e "Titanic" (1997) com 14 nomeações

    Filmes mais premiados: "Ben-Hur" (1959), "Titanic" (1997) e "The Lord of the Rings: The Return of the King" (2003) com 11 estatuetas

    Actores / Actrizes com mais nomeações: Meryl Streep (13), Katharine Hepburn (12), Jack Nicholson (12), Bette Davis (10), Laurence Olivier (10), Paul Newman (9), Spencer Tracy (9), Marlon Brando (8), Jack Lemmon (8), Al Pacino (8) e Geraldine Page (8)

    Actores / Actrizes com mais estatuetas: Katharine Hepburn por 4 vezes enquanto Melhor Actriz (1932/33) (1967) (1968) (1981), Ingrid Bergman por 2 vezes enquanto actriz (1944) (1956) e 1 por Melhor Actriz Secundária (1974); Walter Brennan por 3 vezes enquanto Melhor Actor Secundário (1936) (1938) (1940) e Jack Nicholson por 2 vezes enquanto Melhor Actor (1975) (1997)e 1 vez enquanto Melhor Actor Secundário (1983)

    Realizadores com mais nomeações: William Wyler (12), Billy Wilder (8), David Lean (7), Fred Zinnemann (7), Woody Allen (6) e Frank Capra (6)

    Realizadores com mais estatuetas:

    4 Estatuetas:

    John Ford
    1935 - "The Informer"
    1940 - "The Grapes of Wrath"
    1941 - "How Green Was My Valley"
    1952 - "The Quiet Man"

    3 Estatuetas

    Frank Capra
    1934 - "It Happened One Night"
    1936 - "Mr. Deeds Goes to Town"
    1938 - "You Can't Take It with You"

    William Wyler
    1942 - "Mrs. Miniver"
    1946 - "The Best Years of Our Lives"
    1959 - "Ben-Hur"

    País de Língua Não Inglesa com mais nomeações:

    32 - França
    26 - Itália
    18 - Espanha
    13 - Suécia
    11 - Japão

    País de Língua Não Inglesa com mais estatuetas:

    10 - Itália
    9 - França
    3 - Holanda
    3 - Espanha
    3 - Suécia
    3 - Ex - U.R.S.S.

    15 de maio de 2004

    Sondagem


    Nova sondagem, agora que terminou a que levou 72 pessoas a responderem do seguinte modo à pergunta "Qual a sequela / prequela que mais gostaria de ver no cinema?":


    1. Indiana Jones 4 - 24%
    2. Shrek 2 - 22%
    3. Hobbit - 21%
    4. Mission Impossible 3 - 8%
    5. Hulk 2 - 1%
    6. Spiderman 2 - 4%
    7. Harry Potter 3 - 6%
    8. Bad Boys 3 - 1%
    9. Alien 5 - 8%
    10. Beverly Hills Cop 4 - 4%

    A partir de hoje, "Troy": confirmação ou desilusão?


    13 de maio de 2004

    "Radio" por Ricardo Clara


    Harold Jones (Ed Harris) é treinador de uma equipa de futebol americano pertencente a uma escola secundária - Hanna - que acolhe e protege no seio da sua equipa James "Radio" Kennedy (Cuba Gooding Jr.), um jovem com uma ligeira deficiência mental, que irá conquistar (quase) toda a comunidade.
    Baseado numa história verídica, "Radio" é um drama comum, assente numa temática já muito explorada (futebol americano, o desporto que cria os jovens, a vitória de uma pessoa diminuída intelectualmente) não deixa de surpreender positivamente pela belíssima interpretação de Cuba Gooding Jr. ("As Good As It Gets" (1997), "Men of Honor" (2000), "Pearl Harbor" (2001)), num misto de expressão corporal e mímica facial que imprimem uma veracidade muito importante na construção do personagem por parte do actor nova-iorquino. Ed Harris ("Apollo 13" (1995), "The Truman Show" (1998), "Pollock" (2000), "The Hours" (2002)) surge no seu registo habitual, interpretando um treinador / professor que adopta o jovem para ajudante da equipa e da escola onde pertence a equipa. Este filme chega-nos pela mão de Michael Tollin (produtor de filmes como "Big Fat Liar" (2002) ou "The Perfect Score" (2004), bem como da série televisiva "Smalville" (2001)) assina aqui o seu terceiro trabalho, e conta com uma equipa de luxo: Don Burgess, director de fotografia em filmes como "Forrest Gump" (1994), "Spider-Man" (2002) ou "Terminator 3: Rise of the Machines" (2003), e James Horner, que, com mais de 140 filmes no currículo, já sonorizou "Aliens" (1986), "Field of Dreams" (1989), "Braveheart" (1995) ou "Titanic" (1997), pelo qual ganhou dois Óscares. Esta fabulosa equipa esconde um pouco a pobreza do filme, um drama que não passa de mediano, e que termina com o aparecimento dos verdadeiros Harold Jones e James "Radio" Kennedy, numa clara homenagem a este sentimento de ajuda humano que o cinema norte-americano cada vez mais vem explorando nos últimos anos.


    Título Original: "Radio" (EUA, 2003)
    Realizador: Michael Tollin
    Intérpretes: Cuba Gooding Jr., Ed Harris e Debra Winger
    Argumento: Mike Rich
    Fotografia: Don Burgess
    Música: James Horner
    Género: Drama
    Duração: 109 min
    Sítio Oficial: http://www.sonypictures.com/homevideo/radio/index.html

    A liberdade de expressão II


    A polémica em torno da suposta afirmação de um jurista de que os blogs deveriam ser encerrados está longe de terminar. De facto, depois de correcções e comunicados, só uma situação é que ficou provada: é a de que, e na minha opinião, o semanário Expresso, tanto na sua edição digital como em papel está cada vez mais desacreditada. Desde a sua cruzada a favor da integração de Portugal em Espanha, constante em cada Sábado, passando pela especulação barata a fazer lembrar o Independente dos seus maus (Paulo Portas como director) velhos tempos, surge agora uma notícia falsa, com contornos de Jayson Blair do New York Times (com as devidas proporções), em que, e na ânsia de (talvez) subir na carreira (o dito semanário desculpa-se afirmando ter sido uma sua estagiária), inventam factos que cada vez levam mais à falta de credibilidade desta (des)informação. O que foi (é) um caso on-line, porque não passa de uma pequena amostra dos estado do jornalismo estilo TVI que cada vez mais prolifera no nosso país. O cinema segue dentro de momentos.


    A liberdade de expressão




    Ontem soube que se estava a discutir a proibição dos blogs! A notícia chocante vinha no Expresso (aqui) e diz simplesmente que o jurista Pedro Amorim da ANACOM quer impedir a criação de blogs para evitar a difamação a vários indivíduos que se tem feito sentir nessa comunidade, tendo momentos depois falado da liberdade de expressão. Foi ontem avançado que a notícia era falsa (aqui e aqui) e por enquanto não teremos de publicar ilegamente.

    Existe um certo sentimento contra os web logs, especialmente depois do triunfo do vocabulário insultuoso quando o O Meu Pipi se tornou livro mas daí até proibir este novo motor de propagação de cultura - aquilo que muitos blogs de opinião, incluindo os de cinema, têm feito - está uma grande distãncia.

    Entre os blogs que se manifestaram tanto contra a notícia como a anunciar a correcção estão o Paulo Querido e o Tugir, mas aquilo que ainda nenhum disse é que no meio de tudo o que se passa, alguns blogs são históricos. O mais recente é sem dúvida o de Salam Pax (nome artístico) que publicou Dear Raed (já se encontra off-line) durante a guerra no Iraque, com uma escrita ao estilo de Nick Hornby e teve tanto impacto que depois do livro vai ser passado a filme segundo a BBC.

    Os nazis de certeza que não gostaram de saber que Anne Frank escrevia um diário e tudo fariam para a impedir, agora são os americanos que são encarados como os invasores destruidores mas nem eles conseguem fazer algo para parar o desejo de revelar o que se passa. Graças aos blogs.

    "O Milagre Segundo Salomé" por Nuno Reis



    Não é para menosprezar os filmes de Neve Campbell, ou de Cuba Gooding Jr. e Ed Harris, nem sequer uma tentativa de ignorar a estreia do mega-sucesso "Troy" mas talvez por hoje ser dia 13 de Maio "O Milagre Segundo Salomé" seja o mais importante a estrear nas salas portuguesas.



    Esta estreia de Mário Barroso na realização é bastante melhor do que esperava, com um elenco genial em que a única anotação a fazer é o ridiculamente pequeno papel de Ana Zanatti. Ao contrário das obras de Manoel de Oliveira, mentor de Barroso, neste filme a passagem do tempo é talvez demasiado rápida pois uma mudança de cena pode levar consigo vários meses de história que só vendo o desenrolar se compreende.

    Em termos de argumento é bem conseguido, conta a história de uma rapariga que consegue, através do bordel onde trabalha, conhecer o presidente do banco que dias depois a convida para morar com ele, com todas as mudanças adjacentes a deixar uma profissão vista com desagrado para morar num palacete que muitos imvejam. A acção desenrola-se em torno da aparição de Fátima, desde uns meses antes da aparição aos pastorinhos, até meses depois da terceira aparição. A personagem mais importante a seguir à própria Salomé (Ana Bandeira) é o deputado Mota-Santos (Paulo Pires) que dando-se bem com toda a gente faz o seu jogo para obter riqueza e poder. Outras personagens são o jornalista Gabriel (Ricardo Pereira) e, apesar da personalidade do Tenente Brás (Filipe Duarte) ser um pouco difícil de perceber, é uma personagem vital para o filme. A reconstituição histórica é excelente.

    O filme deixa-nos satisfeitos com o cinema português como poucos até agora, no final até sabe a pouco ver apenas 95 minutos. Recomendo o filme a todos os que se interessam pela época, pelo milagre, ou simplesmente querem ter um outro ponto de vista sobre o que foi a aparição. Nos nossos dias Fátima tem um dimensão essencialmente comercial, convém recordar todo aquilo que está por trás e que tornou a aldeia da Cova da Iria no centro do país um dia por ano e precisamente hoje...

    9 de maio de 2004

    "Spider-Man 3" praticamente confirmado


    Como já se antevia na entrevista que publicamos esta semana, será quase certa uma terceira parte de "Spiderman". A indicação vem agora de J.K. Simmons, o J. Jonah Jameson em Spiderman 1 e 2, que revelou já ter assinado contrato para completar a trilogia. Simmons afirmou igualmente que se encontra "entusiasmadíssimo e pronto por ir trabalhar em "Spiderman 3"" e acrescentou ainda que "a ideia seria rodar um filme todos os anos, mas o atraso do segundo inviabilizou essa pretensão". Acrescente-se ainda que de entre a filmografia de Simmons destacam-se participações na série televisiva "Law & Order" (1990), e nos filmes "The Mexican" (2001) ou "Ladykillers" (2004), entre outros.