12 de agosto de 2007

25 anos sem Fonda


"If there is something in my eyes, a kind of honesty in the face, then I guess you could say that's the man I'd like to be, the man I want to be". Por detrás daqueles enormes olhos azuis, estava um portentoso actor. Comemora-se, enquanto celebração da vida, os 25 anos sobre a morte de Henry Fonda, um dos favoritos de John Ford, homem frio e distante que participou em alguns do maiores clássicos de que há memória do cinema norte-americano.

Impulsionado por Dorothy Brando, mãe de Marlon Brando, para seguir uma carreira de actor, Fonda teve o seu primeiro grande êxito na Brodway, com "The Farmer Takes a Wife" (1934), chamando a atenção do mundo cinematográfico. Começou aí a sua viagem pela sétima arte, participando em memoráveis fitas como "The Grapes of Wrath" (1940), "My Darling Clementine" (1946), "12 Angry Men" (1957), "C'era una volta il West" (1968), onde trabalha com o consagrado Sergio Leone, tendo vencido o Oscar da Academia por "On Golden Pond" (1981).

Fonda era daqueles actores cuja presença fazia um filme. Nascido para a representação, comunicava com a câmara como poucos (os haviam e os há). O seu olhar azul e profundo, o absentismo do sorrismo e o modo particular de caminhar formaram um personagem que se recorda com saudade, com a certeza de que ainda não apareceu ninguém para ocupar o seu lugar - mas nunca a sua memória.

0 comentários: