13 de novembro de 2007

Crítica de um portista a um trash movie que não vi


Que fique claro: não contribui financeiramente com o preço do bilhete para essa vigarice a que querem chamar de filme e que intitularam "Corrupção".
O problema surgiu quando os meus amigos benfiquistas começaram a desancar no “filme”. Se nem mesmo eles defendem este monumento ao lixo audiovisual o caso é sério.
Antes de mais "Corrupção” parece ser filho de pai e mãe incógnitos, o que é uma originalidade. A mãe, guionista – adapta mal um mau livro onde se pretende transformar coscuvilhice em literatura. O pai – o realizador – rejeita o rebento no final da gestação e declara solenemente que o filho não é seu. Coitada da criança!
Mas afinal quem escrevinhou os diálogos, quem escolheu os actores, quem dirigiu a rodagem, quem seleccionou os decors? Só no final da gestação é que descobriram que o resultado era um aborto e todos quiseram abandonar o dito cujo? A propósito, também recusaram os honorários?
Como em tudo na vida a culpa foi do montador. Montou mal mas como macho latino não tem vergonha na cara e lá vai promovendo o filme.
Pretenderem comparar "Corrupção" a "O Crime do Padre Amaro" é um insulto ao cinema português: "Crime.." é cinema "Corrupção" é crime.
Sugiro pois para concluir que , terminada a tournée pelas salas, "Corrupção" seja integrado no kit dos novos sócios do Benfica. Que João Botelho se penitencie e assuma a criança, porque passar de cineasta intelectual sem público a moço de recados é triste fim de carreira para quem sempre viveu à custa dos subsídios dos contribuintes.
À pseudo-guionista relembro que quem nasceu para lagartixa nunca chega a jacaré. Ao produtor aconselho vivamente que prossiga a sua carreira e adapte novos sucessos como Binya Van Damme no campo do grande cinema de acção ou "O Padrinho dos Pneus" remake de Coppola ao gosto latino.
Aos 6 milhões de fans do Benfica aconselho esta sessão. Em Psicologia estuda-se que a frustração necessita de mecanismos de defesa do Ego. Freud explica.

António Reis

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