31 de julho de 2008

"Wall-E" estreia dentro de duas semanas






O filme que mais nos faz sofrer pela demora é "Wall-E". É um filme para crianças que foge às convenções por ter uma história melancólica e muitas homenagens aos clássicos da ficção-científica. No IMDb surge como o quinto melhor filme da década e melhor animação de sempre. Não admira pois é da Pixar onde - normalmente - cada filme é melhor que o anterior.

Fazendo uso da parceria com a ZON Lusomundo, o Antestreia disponibiliza aos seus leitores dois jogos relacionados com o filme: Bolhas e Sucata.

28 de julho de 2008

Analfabetismo 1 - 0 Transmissão Televisiva


As transmissões televisivas de eventos desportivos, em regra geral, estagnaram de há uns anos para cá. Aliás, todo o espectáculo da emissão, onde a imagem e o comentário se devem unir de forma proporcional sofreu uma forte paragem.

O recurso aos mesmos planos e à mesma abordagem levam à certeza de que ali está um filão que secou definitivamente. A par, alguma impreparação (para não dizer analfabetismo completo) de muitos dos relatadores e comentadores desportivos, em especial daqueles que trabalham para estações em canal aberto. Apesar de ser pura e simplesmente o seguir de uma tendência que é generalizada na comunicação social (a da total falta de informação sobre o que se relata ou comenta), a verdade é que são cada vez menos as situações onde uma boa transmissão desportiva, visualmente falando, é acompanhada de comentários que acrescentam algo ao que estamos a ver - e não como já é costume, onde somos confrontados com simples contra-informação ou puro ruído.

Neste fim de semana, dois exemplos óbvios - Portugal - Brasil em futebol de praia (RTP N), onde o comentador de serviço aponta a presença de Christian Karembeau, antigo jogador de futebol de 11, como sendo Yannick Noah, tenista na reforma. Notado o erro, decidiu o comentador apontar que afinal era o futebolista, casado com uma modelo, informação preciosa como bem se entende.
Por outro lado, a insistência de um dos homens que acompanharam a transmissão do S.L. Benfica - Blackburn Rovers para o Torneio do Guadiana (SIC), em apelidar o conhecido avançado inglês Robbie Fowler de (e perdoem-me a fonética transformada em letra) Robert Fuler - o que é verdadeiramente incrível, para quem segue e «informa» os telespectadores, não ter a noção de quem joga e quem são os intervenientes. Para completar o circo, ambos, reforçados agora com o repórter de campo, gastam mais de 15 minutos a dizer que este Fuler está "gordo", e que cada um deles faria, em diversas ocasiões, muito melhor do que o texugo com botas Nike alguma vez fez.

Mas nem tudo são espinhos. A transmissão do Euro 2008 foi abrilhantada por um dispositivo suspenso nos estádios que acompanharia as jogadas de muito perto, o que acrescenta (muito) ao que todos vêm em casa. Bem como a transmissão da Volta à França deste ano (motivo pelo qual escrevo estas linhas). Bom, não por causa da totalidade da emissão, antes a criativa opção de colocarem um motard com um operador de câmera a seguir a par o sprint final que coroou Gert Steegmans como vencedor da 21ª Etapa nos Campos Elíseos. De tão simples, com uma criatividade tão certeira e de tão bom gosto, que vemos que basta uma boa abordagem e pouco barulho, para uma transmissão desportiva feita com qualidade.


Oliver "W." Stone



Com o périplo do candidato Barack Obama pelo Afeganistão, Iraque e Israel, a recepção apoteótica em Berlim e a discreta visita ao n.º 10 de Downing Street, estão cada vez mais perto as presidenciais norte-americanas de 4 de Novembro. Se é por algum motivo em especial ou não, não sabemos. Mas, claro está, desconfiamos. É que:

1) A eleição de Obama ou de John McCain tem um desfecho óbvio - o fim do segundo mandato do actual presidente George W. Bush;

2) Este último é criticado e ridicularizado por uma vasta franja do cultural establishment daquele país;

3) Oliver Stone decide montar uma peça ("W."), que versa sobre a vida de Bush filho, a estrear nas vésperas da ida às urnas.

Ora, e com o trailer agora divulgado, já podemos ter uma ideia do que é que Stone (que já em "JFK" - 1991; e "Nixon" - 1995; havia abordado a vida de dois presidentes norte-americanos) anda a preparar. Com Josh Brolin ("American Gangster", 2007) em pose presidencial, e Elizabeth Banks ("The 40 Year Old Virgin", 2005) como Laura Bush, a expectativa é grande - afinal, Stone decidiu abordar a vida de Bush e os seus dois mandatos em plena vigência presidencial.




27 de julho de 2008

"The Dark Knight" por Ricardo Clara

A (re)construção do vigilante de Gotham, personagem originalmente criada para a banda desenhada, e que Tim Burton adaptou com maestria em 1989, teve desde essa altura uma série confragedora de altos e baixos. Se este marcou de forma indelével a progressão, não só pelo facto de ser o primeiro, mas essencialmente por ter carregado a saga de uma aura noir que atraiu diferentes manifestações - se a uns (como é o nosso caso) agradou e de que maneira as opções estéticas, a verdade é que o circo-pipoca de Hollywood exigiu uma viragem do herói para um pop veraneante que contaminou durante uns anos a personagem de Batman. Estamos, claro está, a falar dos inenarráveis "Batman Forever" (1995) e "Batman & Robin" (1997), dois atentados de Joel Schumacher à criação de Bob Kane.

Mas se a intenção era fugir ao negrume de Gotham, a opção por Cristopher Nolan revelou-se errada, na óptica daqueles que queriam ver quando é que Batman e Robin acabariam a partilhar o leito. Nolan surge, e falha na primeira tentativa - porque não consegue unir, como oportunamente explicamos ("Batman Begins", 2005), os vários momentos da narrativa. Mas tal não significa que fosse errado continuar a aposta - um anti-herói como o é Batman não podia estar à mercê de luzes psicadélicas e vestidos às bolinhas. E se em "Batman Begins" não havia vilão à altura, neste regresso há vilão, como já não viamos em muito tempo.

Facto: estivemos perante uma das maiores e mais virais campanhas de marketing que um filme proporcionou, desde que ambas as ciências se uniram. Facto: o hype sobre ele foi (e ainda o consegue ser) gigantesco - recordes a cairem como folhas no Outono, declarações de amor dos primeiros a assitirem a uma projecção, comparações ao "The Godfather" e a "A Clockwork Orange", informação e contra-informação. Não sei até que ponto isto é positivo - poderá a expectativa enfermar o contacto com a peça? Não cumpre aqui atingir soluções ou respostas, mas a verdade é que sou partidário do acesso quase imaculado ao produto final.
E é neste ambiente que voltamos a encontrar o Batman de Nolan e de Christian Bale, com um mórbido atractivo; a morte de Heath Ledger, às mãos do excesso, numa altura em que surgem rumores de oferece uma prestação memorável. Como se não bastasse o frenesi da expectativa, deparamo-nos com a possibilidade de assistir a uma interpretação, avaliando-a por um prisma de simpatia.

Neste novo tomo da saga, Batman enfrenta The Joker (Heath Ledger), um inquietante personagem que semeia o pânico em Gotham City. Do outro lado da barricada esta Harvey Dent (Aaron Eckhart), Procurador-Geral da cidade, e rosto da luta ao crime, com a indispensável ajuda do (ora) tenente Gordon (Gary Oldman). Dent, que tem uma relação amorosa com Rachel Dawes (Maggie Gyllenhaal), antiga companheira de Bruce Wayne, vê-se perante uma terrível onda de crime, e une-se definitivamente a Batman para evitar o pior para a cidade.

"The Dark Knight" / "O Cavaleiro das Trevas" não é, definitivamente, um filme de super-heróis. Revela-se, em toda a sua extensão, num complexo policial, negro e terreno, onde a figura de Batman e de The Joker são profundamente humanizadas, onde não existem super-poderes, unicamente vícios e defeitos comuns. E esse (a par da estrondosa interpretação de Ledger) é o grande trunfo do filme.
De facto, a humanização de todo o ambiente surge como piece de resistance desta abordagem. Bruce Wayne continua a ser, agora mais do que nunca, um homem profundamente perturbado, um indivíduo que não consegue enfrentar os seus medos e ambivalências, e nesse propósito se esconde por detrás de uma máscara. É alguém que vive numa espiral de dupla personalidade, entre a sapiência e joi de vivre de um homem abastado, e o negrume de uma vida dupla onde interpreta um papel de vilão-herói, raramente reconhecido pelos seus feitos, altamente atacado pela vida à margem da lei.
Por outro lado, a humanização do vilão, o surgimento de um homem raro, portador do caos na sua essência mais pura. Faz o mal por fazer, pratica crimes porque sim, incita o caos porque pode. É aquele que impulsiona o terror numa sociedade, que coloca todos alerta, que muda os comportamentos sociais. The Joker é a personificação de uma societas marcada a ferro pelo 11 de Setembro, despudorada na vigilância (não é por acaso que Wayne tem ao seu alcance o controlo do local onde todos se encontram), onde o alerta de consciência é dado (por Lucius Fox - Morgan Freeman), mas recebido com estranheza.
Por fim, a humanização da tragédia ficcional, do fim da convivência livre, às mãos das mais finas alterações comportamentais - a incapacidade de sabermos onde nos posicionamos no dia a dia e de nos apercebermos do alcance dos gestos e das opções.
É, para mim, esse brilhante Joker do filme, que se nos cola à pele - o vilão dos mil tiques, impregnado de insanidade, louco na hora do delito e cínico nas palavras e naquele constante revolver de língua na hora de vomitar todo o desarranjo próprio do fruto de uma família sem estrutura, onde a altura do correctivo parental se estende de orelha a orelha. Ledger, se quisermos ser românticos, morre porque sabe que aquilo a que estava destinado se cumpre - é-o de uma enorme intensidade, onde não se confunde actor com personagem, porque ambos se fundem a toda a extensão - quer num passeio de carro com a cabeça de fora ou travestido de doce enfermeira, carregado de ódio, numa ode de masturbação caótica.

Peca na extensão - Nolan não soube quando parar. Talvez por já ter pago toda a pirotecnia, decidiu gastá-la até ao fim. E esse deslumbramento, que marca o desacerto da economia narrativa, dá ao filme mais do que ele precisava. Mas não será por esta situação que fica manchada a actuação de Ledger, a ascenção de Eckhart, a visceral teluricidade de Wayne. Um dos grandes policiais das últimas décadas.




Título Original: "The Dark Knight" (EUA, 2008)
Realização: Christopher Nolan
Argumento: Christopher Nolan
Intérpretes: Christian Bale, Heath Ledger, Aaron Eckhart, Michael Caine e Morgan Freeman
Fotografia: Wally Pfister
Música: Hans Zimmer e James Newton Howard
Género: Acção / Crime / Thriller
Duração: 152 min.
Sítio Oficial: http://thedarkknight.warnerbros.com


25 de julho de 2008

Quem se esconde por detrás da máscara?

A notícia espalhou-se como uma bomba pelo mundo. Nunca um jornal de economia conseguiu tanto leitores com tão pouco trabalho. Tudo graças a este artigo de opinião em que os valores morais de Batman são comparados aos de uma pessoa real. E está escrito de forma tão bela que quase apetece aplaudir.
O problema é que o herói real referido no artigo é o ainda presidente dos Estados Unidos. A leitura é recomendada apenas a quem aguentar o riso.

Star Wars e a epidemia dos clones

O episódio 2 da saga "Star Wars" foi acompanhado por uns interessantes episódios animados entitulados "Clone Wars" que retratavam os incríveis eventos da Guerra dos Clones. Em Agosto chega às salas de todo o mundo (dia 28 em Portugal) a longa de animação homónima para, em seguida, estrear uma nova série.
Como a saga ainda tem muito por onde espremer nem só a Lucas Film faz acrescentos contínuos ao tema. Os criadores da série "Robot Chicken" - curiosa animação stop motion (IMDb)- o ano passado fizeram um spin-off da saga ao bom estilo de "Spaceballs". Não só Lucas (empresa) apoiou a iniciativa como Lucas (pessoa) emprestou a voz.
O sucesso foi tal que já anunciaram um segundo filme. Entre as vozes famosas contratadas estão actores da saga original como Carrie Fisher (Leia) e Billy Dee Williams (Calrissian).
Para abrir o apetite deixo-vos o trailer do primeiro filme.




24 de julho de 2008

Breves do Fantástico



O bom
Nos filmes de Burton uma participação da esposa ou de Johnny Depp já não são de estranhar. Quando a personagem principal não pode ser interpretada por nenhum deles há uma grande espectativa em saber quem será. Para "Alice in Wonderland" a Alice já foi escolhida e é a australiana Mia Wasikowska. A jovem tem algum currículo no país natal e está a começar carreira em Hollywood onde já trabalhou em filmes de Edward Zwick ("Defiance" estreia em Dezembro) e Mira Nair (o biopic "Amelia"). Este será o seu primeiro grande papel e terá os olhos do mundo postos nela... em 3D.



O mau
Num registo menos agrádavel tenho a comunicar que a MTV vai fazer um remake do clássico "Rocky Horror Picture Show". O original pode ser visto com encanto pelos apreciadores - e com indiferença pelos jovens do século XXI - fazer um novo é uma atrocidade condenável. Pretendem lançá-lo na Noite das Bruxas de 2009. Por mim podem lançar hoje mesmo o engraçadinho que teve essa ideia para as mãos de Mike Meyers. Já desde o último Uwe Boll que um sério candidato a pior do ano não era anunciado com tanta publicidade!



E os vilões
Não só vem aí um remake de "Friday the 13th" onde Jason usa um machado como no 25º aniversário de "Nightmare on Elm Street" vai sair uma prequela para explicar a origem de Freddy. Depois de Rod Zombie ter refeito "Halloween" só faltava isto para estarem todos os monstros de pesadelo estragados. Obrigado estúdios pela desconsideração ("Elm Street" ainda não tem prdoução, mas "Friday" também é culpa da MTV)!

Já se começa a ver o corpo de Jennifer


Como quem nos dá um "Juno" não se pode arriscar a fazer melhor no filme seguinte, Diablo Cody enveredou por algo incomparável. Simultaneamente com o brilhante argumento que lhe valeu o Ocar, escreveu um estranho slasher. Jennifer é uma cheerleader com o diabo no corpo - literalmente - que anda a dizimar os rapazes da escola. Uma amiga vai ter de a derrotar e enfrentar a banda satânica que a transformou.

A realização está nas mãos de Karyn Kusama ("Aeon Flux"), mas isso não interessa. O fundamental é que o corpo de Jennifer é emprestado por Megan Fox e a actriz usa um credível fato transparente para fazer as cenas de nudismo. Só estreia para o ano, mas o poster já saiu e é de lamber os lábios.


Payne e mais Payne


Sim, mais posters. E depois? É que se falamos aqui e aqui de Max Payne, é natural que queiramos mostrar uns posters. Ok, o fulano viu a mulher e a filha serem mortas, e teve de dar uma volta pelas consolas e pelos computadores antes de vingar na tela a canalhice que lhe fizeram. Mas não merece que se ignore o que têm vindo a fazer para alertar para esta injustiça.

E sim, é o Mark Wahlberg que interpreta o papel de Payne. Eu sei, também acho que ele tem sempre a mesma expressão, quer esteja num planeta de macacos ou a conduzir um Mini. Não fui eu que o escolhi!

Os posters? São aqueles lá em cima.


Lá vai um, lá vão dois, três remakes pelo ar


A febre dos remakes, como sabemos, assemelha-se à peste que assolou a Europa no séc. XIII. E, claro está, voltou a atacar. "The Day the Earth Stood Still", o aclamado marco de ficção científica que impulsionou a subida de Robert Wise ao Olimpo em 1951, vai ser violentado por Scott Derrickson ("The Exorcism of Emily Rose", 2005) ainda este ano, com Keanu Reeves ("The Matrix", 1999) e Jennifer Connelly ("Little Children", 2006) nas vezes de Michael Rennie e de Patricia Neal.

A história, sobejamente conhecida - uma visita alienígena ao planeta Terra, com a companhia de um imponente robot. Mas se o original é presença obrigatória em listas de cinéfilos, a necessidade de um remake não existe. Já aqui e aqui nos insurgimos e mostramos desavenças com a indústria. E que tal inventar uns filmezitos novos?
Mas, e já que vai mesmo haver outro, fiquemo-nos por agora com os posters e com o site. Enfim...


23 de julho de 2008

"Wanted" por Nuno Reis

Acção a rodos e balas à roda

Do realizador russo Timur Bekmambetov chega-nos uma interessante proposta de cinema. Fiel às suas origens, o cineasta deu um toque original a um filme que poderia cair na vulgaridade por entre dezenas de trabalho parecidos.

Wesley é um jovem descontente com uma opinião muito particular sobre a vida que leva. Considera-se um inútil que sobrevive numa existência miserável e num emprego degradante. As relações pessoais que tem são ainda mais surpreendentes e completam o cenário surreal de comédia com que o filme conquista o espectador. Momentos antes assistimos a um espectacular assassinato que anuncia quase duas horas de muita acção e sangue. O problema de "Wanted" acaba por ser precisamente esse, o humor é genial, mas apenas um elemento secundário, e a acção que parecia incrível, de tão repetida acaba por se tornar ridícula.
O nosso herói depois descobre que a angústia sentida é um síndrome do patinho feio, pois pertence a uma elite fisicamente sobre-dotada. Controlando o fluxo de adrenalina no coração consegue acelerar corpo e mente e fazer coisas inimagináveis para o comum dos mortais.

Os efeitos visuais estão surpreendentes e a banda sonora combina sempre com a mensagem a transmitir. A perseguição automóvel é um pouco forte para quem ainda não sabe o que vai ver, mas também Wesley tem aí o seu primeiro contacto com os Assassinos e assim compreendemos melhor o choque que sente. Depois disso todas as cenas parecem possíveis, especialmente porque os vemos a fazer o mesmo ao longo de uma hora.

O argumento não é demasiadamente previsível, e as personagens são carismáticas. O desempenho de James McAvoy é memorável, muito melhor do que exigido num vulgar filme de acção. Os voos em câmara lenta das balas – nada de novo depois de "Matrix" – merecem ser vistos, pois a viagem em si tem um enredo que enriquece o filme. O final consegue passar do mais previsível para o inesperado, novamente com uma violência na medida certa. Com um pouco mais de humor e a acção melhor doseada seria um dos grandes filmes do ano.



Título Original: "Wanted" (EUA, 2008)
Realização: Timur Bekmambetov
Argumento: Michael Brandt, Derek Haas e Chris Morgan, inspirados no livro de Mark Millar e J. G. jones
Intérpretes: James mcAvoy, Angelina Jolie, Morgan Freeman
Fotografia: Mitchell Amundsen
Música: Danny Elfman
Género: Acção, Drama, Thriller
Duração: 110 min.
Sítio Oficial: http://www.wantedmovie.com/

Assim, sim!



Como é do conhecimento público, este vosso escriba morre de amores por umas boas sequências gore, e deleita-se com belas imagens do género. Pois bem, esta que aqui deixo é do mais insane que tenho visto em muito tempo. O filme, "Mirrors". O realizador, Alexandre Aja - autor do argumento de "P2", aquela treta que não auguraria nada de bom ao cineasta.
Mas o que é verdade, é que nunca nos últimos tempos uma banheira esteve tão cheia de problemas. Isto, num filme onde um antigo polícia luta contra forças demoníacas que entram na sua casa pelos espelhos - já a bruxa má da "Branca de Neve" atacava deste modo, mas nunca conseguiu mais do que aparecer por lá.
A 15 de Agosto, os espelhos reflectem pelos States, e não faz mal a ninguém uma visitinha ao site do filme, e uma vista de olhos atenta ao trailer aqui de baixo (sim, é bem puxadinho, mas não teria graça de outra maneira).





O inimigo dos romenos



Não, este não sou eu sem vontade nenhuma de subir para o escritório e começar mais um dia de trabalho. Este é Robert Kearns (Greg Kinnear), professor universitário de engenharia e inventor, que descobre um dispositivo de limpeza do pára-brisas de automóveis, mas que vê uma grande empresa roubar-lhe a ideia. Leva então a sua vida com o intuito de provar que esse milionário invento, arqui-inimigo dos imigrantes ilegais que juntam escovas e semáforos da pior maneira, é seu.
"Flash of Genius" marca a estreia de Marc Abraham na realização, num elenco onde despontam Lauren Graham, Dermot Mulroney e Alan Alda.


22 de julho de 2008

Rotten Tomatoes: Dez anos, dez filmes

Um dos grandes sites de cinema da actualidade, Rotten Tomatoes, celebra o seu décimo aniversário e aproveitou a festividade para compilar os melhores filmes dos últimos anos. Há algumas surpresas agradáveis, especialmente no ano passado, como os ainda não estreados cá "The Band's Visit" e "Once".

A fórmula simples que usam dá uma enorme vantagem aos filmes animados, que combinam mestria, com um irresistível encanto. Os melhores dos últimos anos foram:

AnoVencedorCandidatosPior do ano
1998The Truman ShowShakespeare in Love
Antz
Saving Private Ryan
Jawbreaker
1999Toy Story 2Crouching Tiger, Hidden Dragon
The Iron Giant
The Insider
Chill Factor
2000Chicken RunTraffic
Best in Show
You Can Count on Me
Battlefield Earth
2001Monster’s Inc.The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring
In the Bedroom
Memento
Corky Romano
2002The Lord of the Rings: The Two TowersCatch Me If You Can
Spirited Away
Bowling for Columbine
Ballistic: Ecks vs. Sever
2003Finding NemoSpellbound
The Fog of War
Capturing the Friedmans
Gigli
2004The IncrediblesSideways
Hero
Maria Full of Grace
Twisted
2005MurderballWallace & Gromit: The Curse of the Were-Rabbit
Good Night, And Good Luck
Enron: The Smartest Guys in the Room
Alone in the Dark
2006The QueenPan's Labyrinth
Casino Royale
The Departed
Basic Instinct 2
2007RatatouilleNo Country for Old Men
Once
The Band's Visit
Because I Said So
Até à data os melhores de 2008 são:
2008The Dark Knight
Encounters at the End of the World
Iron Man
My Winnipeg
Wall-E
com uma ligeira vantagem dos dois últimos

21 de julho de 2008

"The Dark Knight" bate recordes


"The Dark Knight", segunda incursão de Cristopher Nolan na saga de Batman, bateu todos os recordes de bilheteira e, com os 155,3 milhões de dólares arrecadados no primeiro fim de semana, estabeleceram uma nova marca como filme com melhor boxoffice da história do Cinema.

O aguardado filme, que estreia esta quinta-feira em Portugal, reúne no mesmo set Christian Bale, o malogrado Heath Ledger, Michael Caine, Morgan Freeman, Aaron Eckhart, Maggie Gyllenhaal, Gary Oldman e Cillian Murphy, num elenco a todos os títulos notável. A expectativa é patrocinada por vários eventos, desde ter sido nomeado como um filme tão importante para o Cinema como o foram "The Godfather: Part II" e Clockwork Orange", e ter pulverizado a escala do IMDB com uns impressionantes 9,7/10.


18 de julho de 2008

17 de julho de 2008

"The Chronicles of Narnia: Prince Caspian" por Nuno Reis


Ao longo de mais de duas horas esta produção anglo-americana leva-nos de volta para o mágico mundo de Narnia. À semelhança da já centenária Terra do Nunca, Narnia é um mundo de retalhos - composta por praias de sonho, florestas deslumbrantes, planícies verdejantes e tudo o mais que possa ser imaginado - onde todos se sentem em casa. Esse reino é habitado por animais falantes e criaturas mitológicas que coexistem em harmonia. Como um mundo ideal não seria um tema fácil para desenvolver, foi criado um conflito com os vizinhos, os humanos de Telmar. Neste segundo capítulo da aventura (o quarto cronologicamente) o Príncipe Caspian de Telmar refugia-se em Narnia para escapar ao seu maléfico tio. Para recuperar o seu trono e devolver aos narnianos a terra que lhes pertence, vai soprar o corno da Rainha Susan e pedir a ajuda dos antigos reis. Com esse chamamento os irmãos Pevensie irão ser transportados do monótono mundo londrino para mais uma batalha em Narnia.

O início do filme é enganador. Um príncipe medricas, os irmãos com atitudes incompreensíveis, e não se vê nenhuma da magia que o primeiro filme tinha. Subitamente abre-se um túnel que leva os irmãos e o filme para um mundo totalmente diferente, com cor, dinamismo e valores. A partir daí "Prince Caspian" deixa o primeiro filme para trás em muitos aspectos se não mesmo em todos. Acção contínua, um leve cheiro a romance e bastantes morais para reflexão. Há ainda umas pequenas surpresas para quem não conhecer o livro. O rato lutador é sem dúvida a mais divertida. Como em muitos dos filmes do género acção/fantasia, os pontos fortes estão nas categorias técnicas onde se arrisca a conquistar mais prémios que o antecessor. Especialmente a combinação delas na incrível cena do combate nocturno, onde se cruza a excelência em cenários, direcção, fotografia e efeitos digitais de todo o género para fazer uma das mais belas batalhas dos últimos anos.

É uma adaptação fiel ao livro, respeitou os espectadores dando algo merecedor do dinheiro e como investimento decerto agradou aos produtores. Filmes em que todos saem a ganhar são muito raros e devem ser aplaudidos. O próximo já não estará nas mãos de Adamson, veremos se consegue manter esta qualidade.

Título Original: "The Chronicles of Narnia: Prince Caspian" (EUA, Reino Unido, 2008)
Realização: Andrew Adamson
Argumento: Andrew Adamson, Christopher Markus eStephen McFeely (baseados na obra de C. S. Lewis)
Intérpretes: Ben Barnes, William Moseley, Anna Popplewell, Georgie Henley, Skandar Keynes
Fotografia: Karl Walter Lindenlaub
Música: Harry Gregson-Williams
Género: Acção, Aventura, Fantasia
Duração: 144 min.
Sítio Oficial: http://disney.go.com/disneypictures/narnia

16 de julho de 2008

"High School Musical 3" aproxima-se



Foi esta semana lançado o trailer do filme Disney mais aguardado do ano. "High School Musical 3 O Último Ano" vai encerrar uma saga que nos últimos tempos conquistou a América. Só no YouTube os vídeos dos dois primeiros filmes juntos superaram os 250 milhões de visualizações. Um número que supera a soma de todos os vídeos das sagas Harry Potter, Shrek, Batman, Spider-Man e Pirates of the Caribbean para dar um exemplo.

O vídeo que tentará repetir o feito é este que se segue.





Em "High School Musical 3 Último Ano" encontramos os seniores do liceu, Troy e Gabriella, perante a perspectiva da separação, quando cada um deles se prepara para ir para diferentes universidades. Juntamente com os restantes Wildcats, eles organizam um sofisticado musical de Primavera que reflecte as suas experiências, esperanças e receios no futuro. Com nova e incrível música e números de dança extraordinários criados com o objectivo de aproveitar ao máximo as vantagens do grande ecrã, este extravagante filme liberta, através das performances do talentoso elenco de East High, muito entretenimento e alta energia.

As fotos seguintes mostram a magnifica festa que o filme promete. Dia 23 de Outubro chega às salas.















12 de julho de 2008

Para (não) variar


Ficamos a saber hoje pelo Público que o Cinema Águia d'Ouro, na cidade do Porto, foi vendido pela anterior proprietária Solverde para lá ser erguido um hotel de low cost, para a cadeia B&B. Este cinema, que se encontra encerrado desde 1989, foi um dos exemplos de vitalidade enumerados por Filipe La Féria quando o Santa Claus lhe ofereceu o Teatro Municipal Rivoli, no passado ano de 2007.

Sem estar contra o (re)aproveitamento de edifícios devolutos na baixa da cidade, considerando como é óbvio a premente necessidade de atrair o máximo de população para aquela zona, o facto é que a construção de um hotel vai potenciar a vinda de novos públicos, que se tornarão espectadores priveligiados da desertificação a que a cidade está votada, bem como a completa ausência de propostas culturais a que estamos votados. O fim mais do que anunciado de uma sala que bem poderia ser reactivada pela edilidade, se exitisse vontade (e visão) para tal. A este propósito, dois pontos:

Em primeiro lugar, a badalada questão do polo da Cinemateca no Porto. Passando ao lado da guerra entre João Benard da Costa, Isabel Pires de Lima e Luís Miguel Cintra, que munidos de réguas e dicionários, compararam o tamanho das pilas e do vocabulário, a verdade (ao contrário do que erradamente defende hoje Daniel Oliveira no Expresso) é que a cidade precisa de facto de uma programação de cinema clássico e contemporâneo, a qual deverá ser fornecida por aquela instituição, não fosse ser subsidiada por fundos públicos (que acabam por beneficiar uma pequena parcela da população). Não estamos (pelo menos da minha parte) a batalhar por uma Cinemateca no Porto (o ANIM está muito bem onde está, e não necessita de ser alargado), mas sim por um local de exibição com programação estruturada e subsidiada pela casa-mãe. Da minha parte (e recorrendo à belíssima crónica de João Pereira Coutinho na Única), podem erguer uma casa-museu para exibirem as ceroulas e o penico de Salazar - deixem-nos, pelo menos, ter acesso a filmes dessa altura, em projecção de qualidade.

Em segundo lugar, e intimamente ligado à questão da oferta cultural, o recente Super Bock Super Rock, que de super não se avistou nada (especialmente no Norte). Notícia, como se reclamava no dia da abertura, era existir um festival de música no Porto. Mas bem dispensamos este tipo de eventos, com um cartaz daquela natureza. É que, e francamente, parecia uma ida ao Coração da Cidade para uma sopa quente e um pão, como se de sem abrigo se tratasse. ZZ Top? Jamiroquai? Morcheeba? Mas será que está tudo louco? Que raio de programação é esta? Temos que fazer 300 ou 400 quilómetros para ir ver The National, Vampire Weekend (sim, estiveram na Casa da Música), Bob Dylan e MGMT? Programação pop-rock de gabarito, a acompanhar as tendências actuais, num lado, e a casa-museu Salazar noutro?
Não se espantem os meus caros amigos, por Rosa Passos (mas que grande concerto!) ir ao Theatro Circo a Braga, ou The National atacar em Famalicão. Por cá, para (não) variar, tudo na mesma.


11 de julho de 2008

Jogo vs Filme

não é a primeira vez que falamos de "Max Payne", filme baseado num popular videojogo que muito sucesso teve há uns anos atrás, e que tem a sua estreia para breve. Ora o sempre competente /film divulga hoje as primeiras fotos da fita, que parecem decalcadas do próprio jogo! Ficam aqui, para deleite de todos que durante umas horas vingaram as terríveis mortes da família Payne.









10 de julho de 2008