18 de novembro de 2009

"The Brothers Bloom" por Nuno Reis

Os irmãos Bloom nunca tiveram na vida mais do que um ao outro. Até um dia em que Bloom se interessa por uma rapariga e o irmão mais velho congemina um plano. No fim Bloom falhou o seu objectivo, mas Stephen cumpriu os seus intentos e sente que são capazes de melhor. Com o passar dos anos e através de uma aprendizagem esforçada, tornam-se os melhores vigaristas do mundo. Stephen faz o plano, Bloom interpreta, Bang Bang fornece tudo o que precisam. Quem tiver dinheiro e aparecer no caminho deles vai viver uma aventura sem igual, mas ficará sem uma fortuna. Dinheiro bem gasto na opinião de Stephen, que diz "a vigarice ideal é quando cada um consegue exactamente aquilo que quer. Para os outros as emoções, para eles o dinheiro. Até que um dia Bloom finalmente desiste dessa vida e Stephen terá direito a um último plano para o recuperar ou perder para sempre.
Nesse plano terá de ludibriar uma excêntrica milionária solteira e reclusa. Só que Stephen defronta-se com uma mulher incrível em todos os aspectos. Não só tem o dinheiro como o aspecto e aproveitou o tempo livre para aprender uma enorme quantidade de truques. Será ela uma actriz a participar no plano pessoal de Stephen? Será ela uma vigarista melhor do que eles? Será o amor da vida de Bloom?

Ao longo de quase duas horas somos bombardeados com truques, ideias e esquemas geniais. Esta epopeia percorre a Europa - com uma breve passagem pelos EUA para alegria dos produtores - descobrindo praias deslumbrantes, tesouros perdidos, museus principescos e aventuras mirabolantes. Só que nunca se sabe o que é parte do plano e o que é real. Como se fosse a versão cómica de "The Game". O modelo não chega a cansar, mas brinca demasiado com o espectador. Precisamente por nos deixar supor que tudo pode acontecer, nada do que suceda surpreende.

A destacar as interpretações que trazem agradáveis surpresas. Adrien Brody tem um fenomenal papel cómico como não me recordo de ter visto, e o mesmo se aplica a Rachel Weisz. Mark Ruffalo confirma que como actor secundário sai-se bem. Já o desempenho de Rinko Kikuchi está incrível. Perdoem a piada fácil, mas não há palavras que descrevam o seu papelão como informadora/perita em explosivos/cantora.
Quando termina fica a sensação de que o filme não atingiu todo o seu potencial, mas proporcionou bons momentos. É entretenimento e contenta-se com isso.


Título Original: "The Brothers Bloom" (EUA, 2008)
Realização: Rian Johnson
Argumento: Rian Johnson
Intérpretes: Adrien Brody, Rachel Weisz, Mark Ruffalo, Rinko Kikuchi
Fotografia: Steve Yedlin
Música: Nathan Johnson
Género: Aventura,Comédia,Crime,Drama,Romance
Duração: 114 min.
Sítio Oficial: http://www.thebrothersbloom.com/

1 comentários:

Tiago Ramos disse...

Tenho bastante curiosidade, especialmente devido às críticas agradáveis que o filme recebeu!