31 de dezembro de 2012

2012 - o ano de Avanca

Porque não há melhor forma de acabar o ano do que com boas notícias


Inesperadamente, 2012 foi o ano em que os filmes produzidos em Avanca mais vezes foram exibidos e premiados em países dos 5 continentes.

Num ano em que os apoios ao cinema foram drasticamente reduzidos a zero, os filmes de Avanca foram exibidos 177 vezes em 30 países diferentes.
Ou seja, em cada dois dias do ano um filme produzido em Avanca foi exibido num ecrã de cinema de um qualquer país do mundo.

Outro recorde é também o número de prémios com que a cinematografia de Avanca foi este ano distinguida.
39 prémios distinguiram filmes produzidos ou coproduzidos pelo Cine-Clube de Avanca e Filmógrafo, em festivais de cinema de 12 países.
Os prémios chegaram da Alemanha, Argentina, Arménia, Áustria, Brasil, Geórgia, Grécia, Índia, Itália, Liechtenstein, Portugal e República Checa, numa distribuição geográfica que abarca a Europa, a Ásia e a América do Sul.

O filme mais premiado foi a animação em 3D “Conto do Vento”, a que se juntaram 15 outros filmes de ficção, documentários, experimentais e outros igualmente de animação.

Os filmes foram realizados pelos cineastas António Costa Valente, António Fonseca, António Osório, Bernardo Cabral, Carlos Silva, Cláudio Sá, Cláudio Jordão, Joana Imaginário, José Miguel Moreira, Francisco Lança, Luís Diogo, Luís Margalhau, M.F.Costa e Silva, Manuel Matos Barbosa e Nelson Martins.
A estes, juntam-se os jovens cineastas da Escola Egas Moniz de Avanca, que viram o seu filme “O Circo” ser premiado diversas vezes.

Por 143 vezes os filmes produzidos por Avanca foram selecionados para as competições oficiais de festivais e nomeados para os prémios finais. A este número deve-se juntar os 34 convites que resultaram em outras tantas exibições, complementando as 177 vezes em que os filmes de Avanca foram exibidos em ecrãs de cinema dos mais diversos festivais.

Para além dos países onde foram premiados, os filmes de Avanca foram também exibidos na África do Sul, Albânia, Cabo Verde, Canadá, Chile, Cuba, Egipto, Eslovénia, Espanha, EUA, França, Finlândia, Holanda, Hungria, Japão, Lituânia, Reino Unido e Sérvia.

Produzidos na sua maioria num ano particularmente difícil, só 3 destes 16 filmes tiveram anteriormente apoio direto da Secretaria de Estado da Cultura e 6 dos filmes não tiveram mesmo qualquer apoio do estado. Na sua maioria, os filmes foram produzidos em coprodução com diversas entidades e contaram com a participação de alguns dos melhores atores e técnicos do cinema português.

Entretanto, durante 2012, o Cine-Clube de Avanca avançou na construção da sua sede no centro da freguesia e o festival de cinema AVANCA 2012 voltou a ser a janela primordial de toda esta produção cinematográfica, num evento que reuniu pessoas e filmes dos cinco continentes.

Toda a equipa que interveio neste projeto de produção cinematográfica que passa por Avanca agradece vivamente a todas as pessoas, entidades oficiais, instituições, associações, empresas e grupos informais que contribuíram decisivamente para o sucesso destes números inesperados e motivadores.

30 de dezembro de 2012

Como Baz Luhrmann se manteve entretido

Para quem ficou curioso sobre o que Luhrmann andou a fazer antes de "The Great Gatsby", foi uma série de vídeos para o Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque.
A exposição "Schiaparelli and Prada: Impossible Conversations", que foi inaugurada na Primavera, versava sobre as duas famosíssimas designers italianas, criadoras com ideias semelhantes em diferentes épocas. O trabalho do realizador foi uma série de curtas-metragens com uma conversa imaginária entre elas.


















Posters das personagens de "The Great Gatsby"

Tão depressa como atingiu o estatuto de celebridade resgatando o género musical, Baz Luhrmann ganhou fama de perfeccionista. Esta sua visão de "The Great Gatsby" esteve comprometida diversas vezes devido aos atrasos que isso causou e problemas de agenda com os actores, mas em Maio finalmente veremos a maravilha que preparou para nós.

Com Leonardo Di Caprio, Carey Mulligan, Isla Ficher, Joel Edgerton, Tobey Maguire, Jason Clarke e Elizabeth Debicki, chega aos cinemas em Maio.
The Great Gatsby The Great Gatsby
The Great Gatsby The Great Gatsby
The Great Gatsby The Great Gatsby

29 de dezembro de 2012

Poster e trailer para "To The Wonder", o novo de Malick

Terrence Malick encontrou motivos para filmar e está a um ritmo impressionante para quem deixava pasar vários anos entre projectos. Após as duas décadas de descanso que antecederam "Thin Red Line", os sete anos até "The New World" ou os seis para "The Tree of Life", apresentou este ano "To the Wonder" e tem já mais três em pós-produção para saírem em 2013.

"To The Wonder" de Terrence Malick

Após uma visita ao Mont Saint-Michel, Marina e Neil regressam ao Oklahoma, onde os problemas surgem. Marina conhece um padre exilado como ela, que duvida da sua vocação, enquanto Neil retoma contacto com a amiga de infância, Jane.To The Wonder
Site

28 de dezembro de 2012

27 de dezembro de 2012

TCN: os vídeos e os números

Hoje finalmente temos tudo o que faltava dos prémios TCN.
Se gostam de números podem ver os resultados detalhados. Se gostam é de ver filmes, vejam com alta resolução os vídeos de cada categoria. Gostei particularmente dos de blog (Novo, Individual, Colectivo) e o de Crítica de TV merece o prémio de maior sacanice porque ao ouví-lo acreditei mesmo que a crítica ao Glee tinha ganho!

Abertura


Crítica de TV



Crítica de Cinema



Entrevista



Site/Portal



Artigo de TV



Artigo de Cinema



Novo Blog



Iniciativa



Individual



Colectivo



Blogger



26 de dezembro de 2012

"The Amazing Spider-Man" por Nuno Reis

Por mais eficaz que seja a campanha mediática dos blockbusters de Verão e nos convençamos que temos mesmo de ir ver este último filme de super-heróis, a verdade é que o género não tem muito de novo a oferecer. Quando surgem novos heróis vai-se com esperanças e quando são sequelas/prequelas já se sabe com o que contar, mas quando fazem um reboot exigem que se confie que desta vez vai ser diferente. Desta é que vai ser? Ok, até posso concordar que alguns não saíram bem à primeira, mas, e quando gostei do anterior? Vão mesmo fazer melhor, ou vão arruinar completamente? No ano de 2002 saiu "Spiderman" de Sam Raimi. Inesquecível, visto que estava na primeira sessão pública do filme. Foi um fenómeno, o beijo tornou-se lendário, e junto com as sequelas definiu recordes de bilheteira que pareciam imbatíveis. Com o passar dos filmes perdeu fulgor. Podiam ter parado, mas devido às condições contratuais parar é morrer (neste caso, perder os direitos, vai dar ao mesmo) e recomeçaram. Hesitei antes de o ver. Realizador e elenco eram promotedores, mas seriam alguma vez capazes de se comparar ao Spidey de Raimi?

Esta é uma nova visão sobre as origens do Homem-Aranha. Em vez de irmos directos para Mary Jane e Green Goblin, fala-se de Gwen Stacy e enfrenta-se o Lizard. Se a rapariga era obrigatória para os fanáticos, mas desconhecida para o grande público, neste reboot já o universo dos comics foi bem explorado pelos potenciais espectadores e era seguro enveredar por essa visão mais próxima do formato original. Quanto ao vilão, foi ajuizado deixar o arqui-inimigo para segundas núpcias, e fazer a preparação combatendo um semelhante que entrando mais tardiamente seria difícil de valorizar.
Falando dos actores, grande casting do casal principal - perfeitos para os papéis, incomparáveis aos anteriores - e nomes sonantes para tios e vilão. Garfield terá sido das melhores escolhas alguma vez feitas para um super-herói e a interpretação está brutal. As expectativas para os próximos filmes estão muito elevadas porque a Mary Jane escolhida (Shailene Woodley) também é uma actriz maravilhosa e certamente manterá o nível desta entrega.
Quanto à estrutura do filme, o princípio é a história já conhecida do herói a descobrir a sua identidade, os seus poderes, a definir os seus valores, a controlar instintos humanos e hormonas adolescentes enquanto se transforma numa aranha. Exactamente a meio há uma mudança e é uma ponte (quem leu Spider-Man sabe quão perigosos esses locais costumam ser para as mulheres da vida de Parker) que faz a ligação entre duas metades bem diferentes do filme. Na segunda metade a acção ganha predominância. É um Peter ainda revoltado, mas também apaixonado que se dedica a defender aquilo em que acredita e que a muito custo vai sobrevivendo aos desafios da sociedade e do Lizard.

O que "The Amazing Spider-Man" tem de bom é ainda aquela moral que nos incutem a cada filme. Para fazer o bem não temos de ser super, só temos de fazer as pequenas coisas. A força do Homem-Aranha não está nos poderes de aranha, na roupa justa, nas teias que dispara, ou no amor. Está no apoio popular que conseguiu, por isso ele é o friendly neighbour Spider-Man. A cena em que a cidade se realinha para o fazer passar é daquelas que está metida a ferros, mas continua a parecer encaixar. Porque é preciso dar para receber e muitos dos habitantes de Nova Iorque estão a dar o seu pequeno contributo para que o mais super entre eles os salve a todos.

Nâo será um filme para os fãs hardcore, mas é ao gosto dos jovens como se pretendia. Quando termina parece ter sido demasiado rápido e ter ficado muito por contar, mas a verdade é que passaram mais de duas horas. Temos um herói realisticamente humano, com muitos defeitos e virtudes, temos um vilão que parecia não ir dar em nada e se revela muito mais interessante do que os que já tinham sido usados em filme, e temos um filme que com menos comédia ficaria perigosamente credível. Se Webb aprender a controlar os seus poderes criativos, a saga tem potencial para se tornar viciante. E os produtores podem estar descansados. Se usarem os Sinister Six dá para fazer mais meia dúzia de filmes sem reboots.
The Amazing Spider-ManTítulo Original: "The Amazing Spider-Man" (EUA, 2012)
Realização: Marc Webb
Argumento: James Vanderbilt, Alvin Sargent, Steve Kloves (baseados no comics de Stan Lee e Steve Ditko)
Intérpretes: Andrew Garfield, Emma Stone, Rhys Ifans, Denis Leary, Martin Sheen, Sally Field
Música: James Horner
Fotografia: John Schwartzman
Género: Acção, Aventura, Fantasia
Duração: 136 min.
Sítio Oficial: http://www.theamazingspiderman.com/

25 de dezembro de 2012

24 de dezembro de 2012

23 de dezembro de 2012

"Singin'in the Rain" por Nuno Reis

A homenagem ao cinema mudo que veio dos anos 50

Rod: Lina, you're a beautiful woman. Audiences think you've got a voice to match. The studio's gotta keep their stars from looking ridiculous at any cost.
Cosmo Brown: Nobody's got that much money.

Alguns filmes são intemporais. Outros, são recordados em dias de temporal. Se a melhor forma de enfrentar as adversidades é com um sorriso e uma canção, a melhor forma de andar à chuva será cantando e dançando, e com muito amor a aquecer o coração. Raro é o dia de chuva em que não me recorde de "Singin’ in the Rain". Ter passado ontem na televisão foi pretexto para o rever. E que bem aguenta o teste do tempo.
Em 1927 o cinema sofreu a primeira grande transformação. O som invadiu os estúdios e mandou muitas estrelas para o desemprego. Esta é a história da dupla fictícia Don Lockwood e Lina Lamont - o casal favorito do público na era do cinema mudo - e da sua transição para o sonoro. Enquanto Lockwood e o seu amigo músico Cosmo Brown são artistas capazes, Lamont não tem nada para além do seu bom aspecto e não consegue dizer uma frase em condições. No mudo, Lockwood e os estúdios conseguiam disfarçar, mas o sucesso de "The Jazz Singer" vai obrigar a sonorizar o mais recente filme de ambos e isso vai ser uma peripécia.
Os anos 20 podem ter sido loucos, mas os 50 não ficaram muito atrás. O musical estava no seu auge e com a concorrência de Astaire, todos os actores tinham de saber dançar na perfeição. E como dançam Gene Kelly e Donald O’Connor! Kelly é o galã de serviço. Além de ficar com a miúda e de ser um herói, cumpre todos os requisitos do bom da fita. E se era suposto a segunda estrela ser Debbie Reynolds, O’Connor rouba-lhe todo o protagonismo. O complemento humorístico de Kelly faz de tudo. Ele canta, dança, faz acrobacias (o mítico andar nas paredes) e o Globo ganho pelo papel foi o ponto alto da carreira. Quando estão os dois em cena tudo é pretexto para dançar e as cenas perfeitamente sincronizadas são capturadas num take contínuo, provando mais uma vez que antigamente um actor era um artista completo, não apenas uma cara bonita capaz de dizer umas frases. Reynolds como a dupla de voz tem uma personagem discreta, a compensar o espalhafatoso Cosmo. Mas é um trio simpático e dos que melhor funcionou na história do cinema.
"Singin’in the Rain além das músicas nos vídeos tem mais algumas que conseguem ficar na memória, tem uma história divertida, fabulosas coreografias, muito humor, o cuidado obrigatório com o guarda-roupa e os efeitos avançados para a época mostram ousadia cénica e visual. Enquanto isso vai ensinando quão rápido era fazer um filme e complicado sonorizá-lo em condições. Promoveu-se como o musical que mudaria o género. Tem uma grande dose de razão. Um título essencial para acompanhar a evolução do cinema.
Singin'in the RainTítulo Original: "Singin'in the Rain" (EUA, 1952)
Realização: Stankey Donen, Gene Kelly
Argumento: Adolph Green, Betty Comden
Intérpretes: Gene Kelly, Donald O'Connor, Debbie Reynolds,Jean Hagen, Millard Mitchell
Música: Lennie Hayton
Fotografia: Harold Rosson
Género: Comédia, Musical, Romance
Duração: 103 min.
Sítio Oficial: https://www.facebook.com/SinginInTheRainOfficial

22 de dezembro de 2012

Vamos votar "Tabu" para o prémio europeu

O Prémio LUX do Parlamento Europeu leva obras europeias legendadas aos 27 países membros. Este ano um dos três escolhidos foi "Tabu" de Miguel Gomes.
Agora compete à população europeia eleger o melhor. Os adversários são "Csak a Szél" e "Io Sono Li".
Os filmes para se candidatarem devem ser de ficção ou documentários criativos, podem ser imagem real ou animação, mas devem ser obrigatoriamente co-produções e reflectir os valores e tradições da Europa.

21 de dezembro de 2012

TCN - Os prémios e seu significado

Como o fim do mundo afinal não vem aí, podia deixar muita coisa por dizer. Mas visto que este mês estão a levar com uma enchente de psots sobre os TCN, aqui vai mais um.


Um número recorde de nomeações é bom. Ter perdido em sete delas também. Assim sobraram para os outros. Mas os prémios que recebi foram importantes e aqui analiso um a um.

Birra do ano
Fui acusado de ter acedido de forma ilegal aos resultados das nomeações. E quando em Janeiro descobri as regras dos TCN 2012 um dia antes de serem totalmente anunciadas? Ou como ontem às 21:45 tinha divulgado no Facebook do Antestreia os resultados da votação para Melhor Artigo de Televisão que só hoje às 0h30 foram publicados? Ou os que publiquei hoje e ainda não estão no Notebook? Sim, descobri muitos dos nomeados aos TCN antes do suposto, mas só utilizaria essa informação para preparar o artigo com antecedência. O problema foi o choque de não estar nomeado na categoria onde tinha mais esperanças. Melhor Iniciativa não ter Trazer a SciFiWorld para Portugal nem O Filme nem Plano Nacional do Cinema (ok, este teria muito a ganhar com uma maior adesão) mais do que uma surpresa, foi um choque. Também tive nomeações que não estava à espera, mas dessas preferi não me queixar demasiado. Receber o prémio foi merecido. A ver se me porto melhor para o ano, quando não for nomeado a nada.

Melhor Crítica de Cinema
Estava nomeado pelo Antestreia e o Rui Madureira pela SciFiWorld. Perdemos para o Split Screen e no entanto fiquei muito contente por um motivo. Se o Tiago Ramos me indicou para o representar significa que tenho o voto de confiança dele (não foi o único a pedir-me isso, mas como este foi gravado é este que tem visibilidade). Pode não ser um Oscar, mas é mais uma prova de como os TCN além de serem uma competição, são uma oportunidade de conviver e fazer amigos. Um dia em que eu não possa ir receber um título, sei que não faltarão voluntários para trazer-mo. É por isso que esta blogosfera é a melhor.
Agradeço ainda ao Francisco Rocha por ter carregado um dos sacos por meia Lisboa.

Duelo dos Memes
O tema deste duelo tem a sua piada. Foi um ano em que a minha campanha quase se limitou a fazer memes que supostamente se tornariam virais e me trariam milhares de votos. Os miseráveis setenta votos recolhidos provam que estava redondamente errado, mas foi muito divertido. Ser chamado para um duelo a propósito disto não tem nada de especial, mas o que pensei de regresso ao meu lugar tem. Não era um duelo sobre memes, ou entre os dois vencedores de Melhor Blogger das edições anteriores, ou entre os dois melhores Blogues Colectivos das últimas duas edições. Era Cinema contra TV e se em televisão o Pedro Andrade é o senhor incontestável, em Cinema serei eu? Pode ser apenas a opinião do Manuel (ou posso estar a dar uma interpretação pretensiosa), mas foi um orgulho ser escolhido para este frente-a-frente.

Melhor Blogger
Sem ver os números não imagino quão equilibrada terá sido a votação. O júri provavelmente regeu-se pelas nomeações e dividiu-se entre mim e o Anibal Santiago. Já o público não sei de onde terá vindo visto que ambos temos blogs com 850 fãs registados e outros com milhares (Split Screen, Espalha Factos e Portal por exemplo) podiam ter ganho isto só com votos do público. Em qualquer dos casos, ganhei em 2010 pelo Antestreia e em 2012 pela SciFiWorld. Deixei a minha marca na blogosfera e posso-me afastar um pouco (não disse reformar) para que os outros também saboreiem a vitória.

Penso que está tudo dito. Resta-me agradecer às 70 pessoas que votaram em mim incondicionalmente e aos 60 que votaram em mim quando acharam adequado.

20 de dezembro de 2012

Melhores Filmes de Novembro

Aproxima-se o final do ano e com ele os grandes filmes à procura dos prémios. Notou-se uma ligeira subida nas médias.
1

Argo

Argo
de Ben Affleck8,33
2

The Perks of Being a Wallflower

As Vantagens de Ser Invisível
Stephen Chbosky8,14
3

Shut Up and Play the Hits

Shut Up and Play the Hits - O Fim dos LCD Soundsystem
Dylan Southern e Will Lovelace8
4

Detachment

O Substituto
Tony Kaye7,71
5

Wreck-It Ralph!

Força Ralph
Rich Moore7,5
5

Cloud Atlas

Cloud Atlas
Tom Tykwer, Andy Wachowski e Lana Wachowski7,5
7

Cesare Deve Morire

César Deve Morrer
Paolo Taviani e Vittorio Taviani7,33
8

Neds

Neds - Jovens Delinquentes
Peter Mullan7,25
9

End of Watch

Fim de Turno
David Ayer7
10

Lawless

Dos Homens Sem Lei
John Hillcoat6,89
11

Killing Them Softly

Mata-os Suavemente
Andrew Dominik6,67
12

Sinister

Sinister - Entidade do Mal
Scott Derrickson6,4
13

Pitch Perfect

Um Ritmo Perfeito
Jason Moore6,33
14

Another Happy Day

Mais Um Dia Feliz
Sam Levinson6,25
15

Butter

Manteiga
Jim Field Smith6
16

Trouble With the Curve

As Voltas da Vida
Robert Lorenz5,5
17

The Words

As Palavras
Brian Klugman e Lee Sternthal5,33
18

Aristides de Sousa Mendes - O Cônsul de Bordéus

Aristides de Sousa Mendes - O Cônsul de Bordéus
Francisco Manso e João Correa4
19

Twilight: Breaking Dawn Part II

A Saga Twilight: Amanhecer - Parte 2
Bill Condon3

Aproveito para anexar o texto referente à esmagadora vitória dos bloggers CCOP nos TCN:
Decorreu ontem, em Lisboa, a cerimónia dos TCN Blog Awards 2012, que premiaram vários dos membros do Círculo de Críticos Online Portugueses. Entre os premiados constam Catarina d'Oliveira com o prémio de Melhor Blogue Individual por Close-Up, Tiago Ramos na categoria de Melhor Crítica de Cinema por O Cavalo de Turim para o Split Screen, Nuno Reis do Antestreia com o prémio de Melhor Blogger e ainda, na categoria de Melhor Artigo de Cinema, um prémio para o blogue Dial P for Popcorn, constituído por Jorge Rodrigues e João Samuel Neves (com o artigo Ninho de Cucos IV, do autor convidado Gustavo Santos). [O prémio de Melhor Novo Blogue foi atribuído da Hoje vi(vi) um filme, da autoria de Inês Moreira Santos, ex-membro do CCOP].

De recordar que, directa e indirectamente, o CCOP recebeu cerca de trinta nomeações, incluindo Melhor Iniciativa. A direcção do CCOP dá os parabéns a todos os vencedores e nomeados.

19 de dezembro de 2012

Inscrições no FESTin 2013 até o final do ano

Faltam menos de 15 dias para o encerramento das inscrições de filmes para a 4ª edição do FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa. Até 31 de dezembro, cineastas e produtoras de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, ainda podem submeter a sua candidatura nas categorias de curtas e longas-metragens.

Os filmes concorrentes deverão ser exclusivamente de expressão portuguesa e ter sido finalizados entre janeiro de 2011 e dezembro de 2012, com a duração mínima de setenta (70) minutos no caso das longas-metragens e a duração máxima de vinte e cinco (25) minutos no caso das curtas-metragens.

A 4ª edição do FESTin terá lugar de 3 a 10 de abril de 2013, no Cinema São Jorge, em Lisboa. Nesta edição, o FESTin dará destaque ao cinema angolano, depois de ter homenageado Moçambique (2010), Portugal (2011) e o Brasil (2012).

O FESTin é produzido pela Padrão Actual, em coprodução com a Fundação Luso-brasileira, a EGEAC e o Cinema São Jorge. Surgiu em 2010, com o intuito de celebrar a cultura lusófona através do cinema, num ambiente de partilha, intercâmbio e inclusão social, proporcionando o acesso do público a filmes que dificilmente chegam aos circuitos comerciais.
Regulamento completo em: http://www.festin-festival.com/ ou http://www.facebook.com/festin.festival.

18 de dezembro de 2012

17 de dezembro de 2012

Fim do MyOneThousandMovies e como guardar um blog

Hoje um dos blogs mais estimados e úteis do país desapareceu. My One Thousand Movies, que apesar do nome tinha passado a marca dos três mil títulos, era um repositório de filmes clássicos. Obras que não se comercializavam em Portugal, eram disponibilizadas com baixa qualidade e num formato que não dá para televisões, para que quem gostasse fosse obrigado a comprar (via importação). Era um serviço público de elevado cultural sem intuito de lucrar ou de causar prejuízo, mas as fórmulas padrão Google classificaram como pirataria e apagaram cegamente.
Francisco Rocha, o seu autor, este ano já tinha passado pela dificuldade do fecho do MegaUpload onde tinha os filmes. Agora fecham-lhe todo o blog sem hipótese de recurso. Mas promete não desistir o que nos faz acreditar que ainda há hipóteses.

Se quiserem explorar o passado do blog visitem a Máquina do Tempo.

Se desconfiam que o vosso blog pode ser encerrado sem aviso por algum motivo, façam uma cópia de segurança. No Blogger é apenas isto:
Backup Blog Google




16 de dezembro de 2012

Vencedores dos TCN Blog Awards 2012

A tarde de ontem foi uma celebração. Com 11 prémios a serem entregues a 10 blogs/sites diferentes e muito humor (excepto quando entrou o comediante em cena) deu para todos os presentes passarem um bom momento.
O Antestreia trouxe para o Porto o prémio de melhor Blogger para Nuno Reis (tal como em 2010) e o de Melhor Crítica de Cinema (mas esse para entregar aos vizinhos do Split Screen).

Parabéns a todos, obrigado aos nossos apoiantes, e para o ano há mais.

Melhor Crítica de Televisão:

"House - episódio Everybody Lies", por Mafalda Neto, do blogue TV Dependente


Melhor Crítica de Cinema:

"O Cavalo de Turim", por Tiago Ramos do blogue Split-Screen


Melhor Entrevista:

"Entrevista a Jonathan Rosenbaum", por Miguel Domingues, do blogue À Pala de Walsh


Melhor Site/Portal de Cinema/Televisão:
Magazine HD


Melhor Artigo de Televisão:
"RTP 2 - Sentimento de Revolta", por Rui Alves de Sousa, do blogue Companhia das Amêndoas


Melhor Artigo de Cinema:
"Ninho de Cucos (IV)", por Gustavo Santos, no blogue Dial P for Popcorn


Melhor Novo Blogue:
Hoje vi(vi) um filme


Melhor Iniciativa:
Ficheiros Secretos - 10 anos


Melhor Blogue Individual:
Close-Up


Melhor Blogue Colectivo:
TV Dependente


Blogger do Ano:
Nuno Reis

15 de dezembro de 2012

@TCN

No exterior uma manifestação sindical. Hoje em dia qualquer agrupamento reivindicativo tem um significado que vai muito além de qualquer sindicato ou trabalhador.
Irónico como das quatro vezes que estive em Lisboa este ano, por duas vezes uma manifestação me passou ao lado. No interior do Centro Cultural Casapiano a crise é ignorada, festeja-se a cultura e a união dos blogs. Pelo menos uma vez por ano estão todos reunidos e em festa. Nem todos podem ganhar, mas metade dos que aqui estão nem sonham com essa hipótese, apenas se querem divertir e trocar ideias.

Prémios há muitos - onze para ser exacto - e sete deles até podem vir parar aqui.
Sejam para um dos meus espaços, para algum velho amigo ou um acabado de conhecer, estou aqui para aplaudir os melhores nesta festa do cinema.

14 de dezembro de 2012

13 de dezembro de 2012

TCN Blog Awards 2012 - o comunicado oficial

Como relatei no Facebook, hoje recebemos um comunicado de imprensa a alertar para a cerimónia dos TCN a ter lugar neste sábado.

O Antestreia como blog presente em mais categorias tem a obrigação de ajudar na promoção do evento pelo que, após uma correcção para português desacordado, aqui fica o comunicado.

A terceira edição dos TCN Blog Awards, prémios que distinguem os melhores dos melhores da blogosfera nacional dedicada à televisão e ao cinema, acontece já este sábado, dia 15, a partir das 15h. A gala deste ano decorrerá no auditório do Centro Cultural Casapiano, em Lisboa, e será mais uma vez apresentada pelo divertido blogger Manuel Reis.

Durante a gala serão distinguidos diversos blogs e bloggers pelos seus trabalhos sobre cinema e televisão em 11 categorias: Crítica de Televisão, Crítica de Cinema, Entrevista, Site/Portal, Artigo de Televisão, Artigo de Cinema, Novo Blogue, Iniciativa, Blogue Individual, Blogue Colectivo e Blogger do Ano. Entre os convidados para entregar os galardões estArão os actores Nuno Melo e Paula Neves, os jornalistas Joana Latino e Vítor Moura, o radialista Pedro Rolo Duarte, a apresentadora Luísa Barbosa ou Safaa Dib, coordenadora editorial da "Saída de Emergência" e Margarida Acciaiuoli, autora do recentemente publicado "Os Cinemas de Lisboa".

“Os TCN Blog Awards continuam empenhados em mostrar o que de melhor se faz na blogosfera portuguesa dedicada a cinema e televisão, mostrando e reconhecendo, em simultâneo, o trabalho que é desenvolvido por esta comunidade em prol de mais e melhores séries e filmes”, sublinha José Soares, membro da organização dos TCN Blog Awards. “Esperamos casa cheia e, entre outras surpresas, os cerca de 110 convidados poderão contar com uma actuação stand-up comedy a cargo de Miguel Correia e a exibição de duas curtas-metragens muito especiais para a blogosfera”, acrescenta ainda o responsável.

Passando à frente a parte dos apoios e patrocinadores, aqui fica alguma informação fundamental para quem se está a ligar pela primeira vez ao Antestreia e não sabe o que este prémio é.

Os TCN Blog Awards são organizados pela Take Cinema Magazine e pelo blog Cinema Notebook. Pelo terceiro ano consecutivo, a Take Cinema Magazine e o Cinema Notebook promovem esta iniciativa que tem como principal objectivo premiar e divulgar o que de melhor se faz na blogosfera nacional dentro da temática cinema e televisão.

Após uma selecção prévia levada a cabo pela organização dos TCN Blog Awards, os melhores blogs e bloggers são distribuídos por categorias e colocados para votação aberta ao público em geral. Os vencedores são então conhecidos e premiados nesta gala, que tem lugar todos os anos em Dezembro
Ou Janeiro, para ser mais correcto.


Boas ideias que por aí andam

Raramente se encontra algo de útil no Twitter no meio de milhares de observações inúteis de pessoas teoricamente interessantes, mas calhou no meio daquilo ler um título do género "O que deve a Disney comprar a seguir?" publicado pelo JoBlo.

Isso inicia sempre um momento de reflexão. É verdade que isso dos direitos custarem dinheiro é uma treta. Se alguém tivesse os direitos de tudo, o trabalho ficava muito mais fácil. E se alguém tem dinheiro para comprar tudo, é a "House of Mouse". Mas isso também leva a que franchises como Star Wars sejam (desnecessariamente?) ressuscitadas. Só o tempo dirá se os fãs ganharão algo com isso. E certamente não ganharão tanto como os estúdios.

De todas aquelas ideias quais teriam pernas para andar? Os novos filmes? Os direitos sobre jogos? Os reboots? Os direitos em falta sobre personagens que já lhes pertencem?

12 de dezembro de 2012

11 de dezembro de 2012

"Cosmopolis" para ter por casa

A edição doméstica de "Cosmópolis" parece mais interessante que o filme em si.

Um dos filmes mais falados do ano está prestes a ser editado em DVD e o ESPAÇO NIMAS, em Lisboa, reservou uma noite para celebrar a edição especial de COSMOPOLIS. Na próxima quinta-feira, 13 de Dezembro, às 21h30, será exibido o imperdível MAKING OF do filme protagonizado por ROBERT PATTINSON e produzido por PAULO BRANCO.

O Making of “Citizens of Cosmopolis”, realizado por Julie Ng, é uma porta de entrada surpreendente para o universo do mais recente filme de DAVID CRONENBERG. O documentário de 106 minutos acompanha o processo de produção e filmagens de COSMOPOLIS e será um dos conteúdos exclusivos a integrar a EDIÇÃO ESPECIAL EM DVD, que estará disponível durante o mês de Dezembro.

COSMOPOLIS estreou-se em Maio de 2012, depois de ter integrado a Selecção Oficial do prestigiado Festival de Cannes, onde competiu pela Palma de Ouro. DAVID CRONENBERG, ROBERT PATTINSON e DON DELILLO marcaram presença nas concorridas antestreias nacionais do filme, que encheram o Grande Auditório do Centro Cultural de Belém e duas salas dos Cinemas Medeia Monumental – eventos que estão presentes nos conteúdos adicionais da edição especial em DVD do filme.

Para além desta edição, COSMOPOLIS vai estar ainda disponível numa edição simples e também em BLU-RAY.

O bilhete para a sessão do Making Of de COSMOPOLIS no ESPAÇO NIMAS custa 4 euros.

Vídeo moralizador para os TCN

Aproxima-se o Sábado de todas as decisões. Será dia 15 pelas 15 horas em Belém (na vizinhança da nova manifestação) que se conhecerão os vencedores.
Muitos escreveram os seus favoritos, mas agora também há prognósticos em vídeo. O André Marques do Blockbusters diz aqui publicamente em quem votou e o Antestreia tem várias presenças nos lugares de topo como Melhor Crítica, Melhor Blogger e Melhor Blog que agradeço.


Veremos se o resto da blogosfera (e do júri) pensa assim.

10 de dezembro de 2012

9 de dezembro de 2012

Os melhores argumentos do ano

Se se interessam pela argumentação, se querem perceber como foi planeada uma determinada cena, ou se simplesmente não conseguem esperar mais dois meses para saber o que se vai passar em determinado filme, porque não lerem o argumento?

Aqui ficam alguns dos mais importantes do ano graças ao Dear Cinema:
  1. Amour (Argumento)
  2. Rust and Bone (Argumento)
  3. Beasts of the Southern Wild (Argumento)
  4. Moonrise Kingdom (Argumento)
  5. Frankenweenie (Argumento)
  6. Wreck-It Ralph (Argumento)
  7. Lincoln (Argumento)
  8. The Best Exotic Marigold Hotel (Argumento)
  9. The Sessions (Argumento)
  10. Hitchcock (Argumento)
  11. Celeste and Jesse Forever (Argumento)
  12. Smashed (Argumento)
  13. The Perks of Being a Wallflower (Argumento)
  14. Arbitrage (Argumento)
  15. ParaNorman (Argumento)
  16. Anna Karenina (Argumento)
  17. Hyde Park on Hudson (Argumento)
  18. Promised Land (Argumento)
  19. This is 40 (Argumento)
  20. Ted (Argumento)
  21. Snow White and the Hunstman (Argumento)
  22. The Lorax (Argumento)

8 de dezembro de 2012

Em resposta ao artigo escrito por Mourinha "às criancinhas"

Saiu no suplemento Ípsilon, do jornal Público de 30 de Novembro passado, um texto que não pode deixar de suscitar uma reacção. Com o título "A evolução da alternativa ao academismo contada às criancinhas", esse artigo de opinião versa, em tom de escárnio, sobre a situação presente da revista francesa Cahiers du Cinéma, contraposta aos anos históricos da sua afirmação no mundo. O seu redactor, o crítico de cinema Jorge Mourinha, "conta às criancinhas" a história da revista e o seu impacto nos modos de ver, dar a ver e fazer Cinema. Diz, a certa altura, que a política de autores tem vindo a "impor globalmente" uma "oposição comummente aceite entre 'cinema comercial' e 'cinema de arte' ou 'cinema de autor'". Percebemos que Mourinha sabe que os Cahiers procuraram precisamente “confundir” essas etiquetas redutoras entre o que é comercial e o que é arte; que viram arte no comercial (caso de Hitchcock) e comercial na arte (caso dos autores "burgueses" da Tradição da Qualidade, que Truffaut denunciou como a tendência mais funesta do cinema francês). Contudo, não entendemos onde está a lógica em afirmar que o que corresponderia hoje a defender, como o fizeram na altura os críticos dos Cahiers, realizadores como Hawks e Hitchcock, seria "erguer a 'autor'" um cineasta como Christopher Nolan, "coisa que aos Cahiers hoje, entrincheirados no academismo que eles próprios criaram, nunca passaria pela cabeça."

De repente, Mourinha sonega toda a história que se segue à formulação da "política de autores": nada mais que a emancipação do Cinema a nível mundial. O que Mourinha propõe é olharmos para o cinema comercial como os críticos dos Cahiers souberam olhar no seu tempo, mas como se a dimensão autoral fosse indissociável da natureza comercial ou não do filme em análise. Os Cahiers não estabeleceram que TODO o cinema de autor tem de ser cinema comercial; disseram que o cinema de autor pode nascer de uma conjuntura económica e política adversa à liberdade artística do criador. Entre o "pode" e o "tem" cabe o mundo — claro que para Mourinha, como a última produção de Nolan é cinema de autor, coisa que este arruma só pelo facto de "dizer que assim é", então Nolan é o novo Hawks ou o novo Hitchcock e... Mourinha o novo Truffaut?

O que os críticos dos Cahiers fizeram foi — e voltamos a usar o termo "vitimizante" de Jorge Mourinha — "impor" a liberdade de se ver cinema muito para lá dos sistemas de gosto instalados — esses sim, foram as vítimas da sua crítica. Os Cahiers propuseram um "novo olhar" livre de preconceitos tal como não foi de modo algum imposto um novo preconceito que dita que todo o cinema comercial americano está destituído de dimensão autoral, ou então Spielberg não teria visto o seu "War of the Worlds" ser considerado pela revista "só" o oitavo melhor filme da primeira década do novo milénio... Ou M. Night Shyamalan não teria merecido a consagração que nunca teve — e algum dia terá? — no seu próprio país.

Mais à frente, o crítico do Público diz: "Muitos dos nomes que os Cahiers defendem na sua lista como cineastas livres fazem parte do academismo do cânone 'autorista', ao qual pertencem em alguns casos mais pela sua postura perante o cinema do que pelos filmes em si." Como pode a "postura sobre o cinema" não estar nos "filmes em si", ou melhor, onde foram os críticos dos Cahiers buscar essa postura que não nos filmes? Parece-nos evidente que Mourinha, por não tolerar, por exemplo, o cinema de Ferrara, sente-se no direito de tomar toda a linha editorial dos Cahiers por ortodoxa ou académica ou, no limite, "conformada" — um de nós também detestou o último Coppola, o outro não considera “Holy Motors” como merecedor de inclusão em Tops dos melhores do ano, mas vê-los na lista da Cahiers lembra-nos como é sempre possível um olhar diferente sobre o mesmo objecto...

Mourinha cita Bazin para dizer que "tudo é relativo", algo que o crítico do Público não põe em prática quando se mostra incapaz de: aceitar a diversidade de proveniências do Cinema, reconhecer o lugar que os Cahiers ocuparam e ainda procuram ocupar no desafio aos unanimismos e aos "gostos maioritários" e — detenhamo-nos, por fim, neste ponto — respeitar a diversidade de visões sobre um filme provenientes de fontes como os, segundo Mourinha, “blogues que multiplicam opiniões”.

Recordamos que a presente indignação ao artigo publicado pelo suplemento Ípsilon nasce na própria comunidade blogger cinéfila portuguesa, uma comunidade liberta de linhas editoriais que não a instituída pelo próprio blogger em prol de uma reflexão cinematográfica anti-consensual, inclusive geradora de alguns futuros profissionais do cinema português e que, em toda a sua natureza, pluralidade, virtudes e defeitos, revela-se um dos espaços mais férteis e inconformados no que toca ao debate sobre o passado, presente e futuro da Sétima Arte.

Signatários:
André Marques
Aníbal Santiago
Hugo Gomes
Inês Moreira Santos
Jorge Rodrigues e João Samuel Neves
Jorge Teixeira e Pedro Teixeira
Luís Mendonça
Miguel Reis
Nuno Reis
Samuel Andrade


7 de dezembro de 2012

Amanhã DVD "Balas 3" nas lojas

Depois de ter aparecido online uma versão não-acabada do filme, eis que a versão final chega às lojas. Amanhã é o primeiro dia para comprar e para o Porto é também dia de autógrafos.

EXTRAS: making of, comentários dos actores, bloopers...
E um vale de 2 euros para descontar nos espectáculos "Balas & Bolinhos - mesmo à frente do teu focinho!" (Coliseu do Porto dia 15 e 16 Março, Coliseu de Lisboa dia 30 de Março)

6 de dezembro de 2012

5 de dezembro de 2012

"Amour" é o vencedor dos European Film Awards


Mesmo a tempo da estreia em Portugal, o passado fim-de-semana foi nova coroação de "Amour" como o filme a ver nos próxims tempos.


Melhor Filme

"Amour" escrito e realizado por Michael Haneke

Melhor Realizador

Michael Haneke por "Amour"

Melhor Actriz

Emmanuelle Riva por "Amour"

Melhor Actor

Jean-Louis Trintignant por "Amour"

Melhor Argumento

Tobias Lindholm & Thomas Vinterberg por "Jagten (The Hunt) "

Melhor Fotografia (Carlo di Palma)

Sean Bobbitt for "Shame"

Melhor Ediçao

Joe Walker for "Shame

Melhor Desenho de Produção

Maria Djurkovic for "Tinker Taylor Soldier Spy"

Melhor Compositor

Alberto Iglesias for "Tinker Taylor Soldier Spy"

Descoberta (Prémio FIPRESCI)

"Kauwboy" de Boudewijn Koole (Paises Baixos)

Melhor Documentário

"Hiveer Nomade (Winter Nomads)" de Manuel von Stürler (Suíça)

Melhor Longa de Animação

"Alois Nebel" de Tomáš Luňák (República Checa, Alemanha, Eslováquia)

Melhor Curta

Superman, Spiderman or Batman" de Tudor Giurgiu, Roménia

Melhor Co-produção (Prémio EURIMAGES)

Helena Danielsson, Suécia

Conquista World Cinema

Dame Helen Mirren, Reino Unido

Prémio Carreira

Bernardo Bertolucci, Itália

Prémio do Público

"Hasta la Vista (Come As You Are)" de Geoffrey Enthoven

Finte: Academia Europeia

4 de dezembro de 2012

Steve Jobs, e Steve jOBS

Steve Jobs era um homem fora do comum. A sua biografia vendeu quase tão bem como os seus inventos tecnológicos, e a vida que teve também primou pela diferença. A adaptação para cinema dessa obra literária não será fácil.

O homem que está a escrever "Steve Jobs" também não é qualquer um. Aaron Sorkin já nos trouxe a vida de outros grandes homens, incluindo um génio da informática ("Charlie Wilson's War", "The Social Network", "Moneyball"). E para Jobs não facilitou. A primeira versão, segundo contou numa entrevista, vai ter três partes, cada um em tempo real e reflectindo um momento-chave da vida deste visionário. O primeiro será antes do lançamento do Mac, o segundo antes do NeXT e o terceiro antes do iPod. Supostamente através das suas acções em momentos de elevada criticidade, vamos conhecer como nunca a sua forma de pensar.
Sem dúvida que independentemente do formato, terá milhões de espectadores.

Se gostarem de mini-spoilers, aqui fica mais alguma informação.

Enquanto isso, vejam o aspecto de Jobs no outro biopic que aí vem, "jOBS":
Ashton Kutcher, Dermot Mulroney, James Woods, Lukas Haas e J.K.Simmons são as caras nesta adaptação de um argumentista estreante (Matt Whiteley) e um realizador inexperiente (terceiro filme de Joshua Michael Stern).

3 de dezembro de 2012

"El Sexo de los Ángeles" por Nuno Reis

Por entre a grande quantidade de filmes que passaram na Cinefiesta, um que pode ter passado despercebido, infelizmente, é "El Sexo de los Ángeles". O mais recente filme de Xavier Villaverde (que os seguidores do Fantasporto recordarão de "Trece Campanadas") é uma fabulosa e muito acessível história sobre o amor fora do convencional.

Temos Carla e Bruno, dois estudantes universitários que se amam desde sempre, moram juntos e vão ser felizes para sempre. Uma manhã, ao enfrentar um carteirista, Bruno leva uma pancada na cabeça que lhe vai mudar completamente a vida. Drogas ligeiras, ocupação de casas, homossexualidade... Ele não era assim! Pode parecer o mesmo jovem, mas o seu comportamento não é igual. Enquanto isso, Carla continua a derradeira luta para salvar o jornal académico pelo que não se apercebe das diferenças até ser tarde de mais. Vai-se distraíndo das suas obrigações devido a este dilema, o que lhe traz consequências profissionais e junto com a situação dos pais aumenta o seu nervosismo.
A ironia do filme está em isto não ser uma consequência da pancada. Bruno ainda é jovem, está a descobrir quem é. As drogas parecem já ter sido parte da sua vida, a ocupação não foi propositada, e a homossexualidade, foi uma questão de encontrar a pessoa certa. Ele não gosta de homens no geral e não deixou de gostar de mulheres. Simplesmente da mesma forma que ama Carla e a prefere a qualquer outra, também Rai é o único homem de quem gosta. Porque o amor/desejo não pode ser limitado a um género. O amor/desejo é por um indivíduo.

Claro que não é um tema fácil. E "El Sexo de los Ángeles" foi feito para chocar um bocadinho as mentes mais conservadoras. Não é demasiado explícito no sexo entre homens, e antes de o mostrar, tem sempre um muito mais ousado acto sexual entre homem e mulher. Quem for terminantemente contra as relações homossexuais não gostará do filme apenas por isso. Quem for curioso, pode-se focar demasiado nesse ponto e perder a verdadeira mensagem. Quem estiver preparado e for capaz de se abstrair do género dos intervenientes, para ver apenas os dilemas de uma relação a três, vai ter uma experiência única.
Por um lado temos Bruno dividido entre o amor e o desejo, entre a relação estável a a aventura. Depois temos Carla que se sente traída, mas é capaz de perdoar. E finalmente Rai que se envolveu apenas por diversão e acabou a sentir mais do que esperava. Ora tudo isto é universal. Abstraindo-nos do género - e perdoem-me repetir sempre isto, mas será a maior dificuldade para quem assista - não são três rumos narrativos possíveis para um qualquer drama romântico?
Além desse drama apresentado com sentimento, há ainda uns toques de humor (não eram necessários, mas não destoam) e o grande trunfo de ser orgulhosamente falado em catalão sempre que os intervenientes o são. Para um estrangeiro isso pode passar despercebido, mas é um passo importante para aceitar a multiculturalidade espanhola.

Depois da sessão sai-se com muito em que pensar e com a satisfação de tempo bem passado pois desde a dança perfeitamente sincronizada da abertura, até ao último frame, que não revelo, experimenta-se todo o género de emoções. Um filme para rever assim que estreie.

El Sexo de los ÁngelesTítulo Original: "El Sexo de los Ángeles" (Espanha, Brasil, 2012)
Realização: Xavier Villaverde
Argumento: Ana Maroto, Xavier Villaverde, José Antonio Vitoria
Intérpretes: Astrid Bergès-Frisbey, Álvaro Cervantes, Llorenç González, Sonia Méndez, Julieta Marocco
Música: Eduardo Molinero
Fotografia: Sergi Gallardo
Género: Comédia, Drama, Romance
Duração: 105 min.
Sítio Oficial: http://www.elsexodelosangeles.es/

2 de dezembro de 2012

"La Chispa de la Vida" por Nuno Reis

A vida é feita de momentos. Por vezes basta ter uma ideia genial para mudar a nossa vida. E basta uma decisão errada para darmos cabo dela. Roberto Gómez (José Mota) é um publicitário desempregado. A mulher (Salma Hayek) lembra-o constantemente como foi genial há vinte anos, quando inventou o slogan “A Faísca da Vida” para uma popular marca, mas do que ele se lembra é que há dois anos que não tem trabalho, o subsídio de desemprego acabou e as perspectivas de emprego não melhoraram com a crise. A entrevista de hoje tem de ser a tal. Os seus antigos colegas de certeza que lhe conseguirão um lugar para que se recomponha. Ou então, uma série de eventos vai atirar Roberto para o evento mais mediático do ano, onde terá de jogar com a própria vida para garantir a subsistência da família.

Alex de la Iglesia raramente foi comedido nas suas críticas. Nos anos mais recentes tem sido ainda mais frontal e aqui todos ouvem o que não queriam. É a crise, são as televisões em busca de sangue, são as empresas de relações públicas e os políticos... e, enquanto isso, uma família que nos relembra do que é realmente fundamental.

O filme começa bem, com uma ideia simples e estereótipos odiáveis. Faz críticas mordazes e vai acertando nos pontos que doem. Infelizmente perde-se nas variações entre a comédia que é, os temas sérios que trata e as personagens ridículas (ou melhor, distintas) que aparecem no final para dar um ar mais credível à família. Até a piada do product placement foi sobreaproveitada. E o ataque a alguém das televisões parece demasiado específico para não ser uma referência a alguém real. Só lamento não perceber quem.

No elenco Mota tem um papel um pouco parado, mas divertido. Por oposição Fernando Tejero mexe-se muito, e acaba por ser demasiado demasiado alegre para o verme nojento que desempenha. Salma Hayek tem uma personagem muito interessante, permitindo ser sensual e ao mesmo tempo mãe de família, assim como fazer um pouco de comédia e drama. A presença de Carolina Bang pode ser motivada pela sua relação com Iglesia, mas não compromete em nada o filme. É uma personagem simpática e que acaba por ter bastante relevância na história.

Um filme que podia ter sido bastante mais se não abusasse da comédia. Bastava a ironia da situação.
La Chispa de la VidaTítulo Original: "La Chispa de la Vida" (Espanha, França, EUA, 2011)
Realização: Alex de La Iglesia
Argumento: Randy Feldman
Intérpretes: José Mota, Salma Hayek, Carolina Bang, Blanca Portillo, Juan Luis Galiardo, Fernando Tejero
Música: Joan Valent
Fotografia: Kiko de la Rica
Género: Comédia, Drama
Duração: 98 min.
Sítio Oficial: http://www.lachispadelavida.es/

Nova distribuidora no panorama nacional



Outsider Films é a nova distribuidora de conteúdos audiovisuais criada em
Setembro último por Luís Galvão Teles e Luís Froes. Reunindo, através da sua
equipa, a experiência em produção à experiência de distribuição, a Outsider
Films pretende proporcionar ao público bons momentos, através de conteúdos
de entretenimento.

Luís Froes adianta que o projeto "envolve a estreia de quatro a cinco filmes
por ano, entre animações e feel good movies, claramente em contraciclo com o
estado do país
". Para o realizador e produtor Luís Galvão Teles, a entrada
na distribuição "está directamente relacionada com a produção e as
dificuldades que a área do cinema atravessa
". A Outsider Films pretende
assim ser exemplo do empreendedorismo possível no panorama do cinema em
Portugal.

O primeiro filme que a Outsider Films propõe ao público português já no
início de 2013, "Zambézia", é uma divertida e aclamada animação em 3D de
produção sul-africana dos estúdios Triggerfish, de onde chegará também
"Khumba", com estreia prevista em Portugal para o final de 2013. Já fora do
âmbito da animação a Outsider Films conta ainda levar às salas portuguesas o
filme "Insensibles", um thriller histórico que se desenrola na vizinha
Espanha, e "Miel de Naranjas", ambos co-produções de Luís Galvão Teles através
da Fado Filmes.

"Zambézia" chega às salas portugueses no dia 1 de Janeiro em mais de 40 salas
em 3D e 2D, o filme é também um dos 21 filmes candidatos a nomeação para os
Óscares na categoria de Melhor Filme de Animação. Realizada nos estúdios de
animação Triggerfish, "Zambézia" conta, na versão portuguesa, com a
coordenação de dobragem de Bruno Ferreira e as interpretações de Francisco
Areosa, Patricia Bull, Vítor de Sousa e Manuel Marques, e a participação
especial de Inês Castel-Branco, Pedro Granger e Zé Diogo Quintela.

Site do filme; Zambézia
Site da distribuidora: Outsider Films

"Tengo Ganas de Ti" por Nuno Reis

A juventude é um período em que tudo é possível, tudo é permitido, e o tempo funciona ao contrário. A juventude é um estado de espírito. "Tengo Ganas de Ti" parecia um vulgar romance juvenil. Vê-lo assim é possível, mas há muito mais por trás.
A primeira coisa a fazer é desligar o cérebro. A plausibilidade é rara. O acaso e a sorte movem-se por todo o lado. Todavia, com um olhar menos crítico, as situações que essas "liberdades" narrativas permitem, podem ser apreciadas.

A história parece familiar. Rapaz e rapariga gostam um do outro. Namoram, acabam e não se voltam a ver. Os amigos acham que eles deviam continuar juntos, mas a simples referência a esse facto basta para ele a esquecer e ir jantar com a ladra que encontrou pelo caminho e que o andava a perseguir discretamente. Subitamente é uma história muito mais complexa onde além de amores desencontrados e relações impossíveis, há um fantasma (não no sentido literal) do passado a assombrar um grupo de amigos. E o protagonista pode bem ser esquizofrénico pois gosta muito de falar com esse fantasma não-literal.

Por vezes é uma vulgar história de amor, outras é o retrato possível de uma geração demasiado jovem para conseguir lidar com o fim da vida. Ao mesmo tempo é sobre adolescentes a procura de afirmação e que recorrem às drogas para serem livres, acabando por entrar noutra prisão. E é sobre amizade incondicional e uma obrigação eterna que se tem perante aqueles a quem se jurou amor eterno. E é sobre fracassar a defender essas pessoas, tanto as que nos deixaram como as que nós deixamos. Porque ninguém consegue fazer tudo e estar em todo o lado.
É esta absurda quantidade de ideias que se cruzam no filme. Uma simples comédia romântica com potencial, que se desgraça a partir do momento em que tem mais fios condutores da narrativa do que personagens. Tenta ser uma obra completa e falha redondamente, desperdiçando um bom trabalho de realização em apenas algumas cenas memoráveis. Mas será assim tão mau?
Até que tudo faz sentido: apesar de o programa da Cinefiesta não ser claro nesse ponto, isto é uma sequela! É preciso ver "Tres Metros Sobre el Cielo" para saber do que falam, para entrar na história à primeira, para conhecer as personagens e o que lhes vai na mente. Só assim, como entre velhos amigos, todos os silêncios passam a pertencer a uma história maior. Continuam a ser demasiados problemas, mas quem vê sente-os como seus, sabe como lidar com eles.

"Tengo Ganas de Ti" pega na grande história de amor que os adolescentes espanhóis queriam saber como terminaria, e transporta-a para o mundo real. Onde não há finais felizes só porque se ama.
É uma chamada à realidade, não o típico romance cor-de-rosa. Com um bocado mais de cuidado no argumento podia ter ficado um bom filme.
Tengo Ganas de TiTítulo Original: "Tengo Ganas de Ti" (Espanha, 2012)
Realização: Fernando González Molina
Argumento: Ramón Salazar (livro de Federico Moccia)
Intérpretes: Mario Casas, María Valverde, Clara Lago, Álvaro Cervantes, Marina Salas, Andrea Duro
Música: Manel Santisteban
Fotografia: Xavi Giménez
Género: Drama, Romance
Duração: 124 min.
Sítio Oficial: http://www.tengoganasdetipelicula.com

1 de dezembro de 2012

"Balas 3" só sai dia 8

Começou a circular pela internet a seguinte mensagem do realizador Luís Ismael:
"Hoje começou a circular na net uma cópia de trabalho, isto é, NÃO é a versão final do Balas 3.
Esta cópia foi visionada no cinema Lusomundo Parque Nascente muito antes da estreia do filme.
Não quero acreditar que um profissional deste cinema, do qual tenho o maior respeito, tenha colocado online uma versão NÃO FINALIZADA do filme, mas parece que assim o é.
Da minha parte só posso lamentar, não pelo acto infeliz de colocar o filme inacabado na internet como sendo a versão final, mas principalmente pela falta de respeito pelo trabalho de dezenas de profissionais que em durante TRÊS ANOS trabalharam para que o último balas chegasse aos seus fãs, admiradores e público da melhor forma possível.
Este balas que agora anda na internet não é aquele que divertiu 250,000 espectadores no cinema.
É uma cópia de trabalho inacabada e é por isso uma FRAUDE e para mim é um momento muito triste.
Bastava terem esperado 6 dias para colocarem online a versão final na internet.
Apenas 6.
Mas agora sei que 6 é o coeficiente de inteligência do imbecil que colocou o ficheiro online."

Por um lado percebe-se a indignação de ver o trabalho de três anos diminuído, mas isto não é fazer publicidade à versão pirateada? Não está a ajudar ao roubo do tão necessário lucro?

A verdade é que o fenómeno Balas se tornou superior a isso. Com estes números (a minha estimativa era a mais optimista e disse 200000) a passagem pelos cinemas foi lucrativa e, mais importante, o feedback foi positivo. O DVD continua a ser uma importante fonte de rendimento, mas ficou provado que mesmo depois de uma década esta saga tem muitos milhares de seguidores e, saindo o DVD, vão seguramente comprá-lo.

Ter saído o filme na net seria mau. Ter saído a versão errada é boa publicidade pois quem olhar para esta vai desejar ver a final que é melhor. Aliás, se não fosse a acusação ao pessoal das salas, eu diria que a colocação da versão antiga na net e este alerta mediático para o facto, tinham sido total da responsabilidade da Lightbox como técnica ousada de marketing. Se alguém no país o conseguiria fazer com sucesso seriam eles.

Se não quiserem ir ao cinema vê-lo (ainda há 6 sessões diárias distribuídas por 3 salas na região do Porto) resta-lhes esperar uma semana para ter o filme. Dia 8 às 18h no NorteShopping há sessão de autógrafos e outra dia 11 pelas 21h no Colombo. Antes disso, dia 4 vai sair uma surpresa da Lightbox que pode ou não estar relacionada com este filme...


Vejam a pergunta sobre o tema na entrevista feita na distribuidora ZON Lusomundo.