31 de maio de 2013

CCOP: As Melhores Palmas

Curiosamente, um dos símbolos máximos do cinema mundial, a Palma d'Ouro, surgiu apenas dezasseis anos após o nascimento do Festival de Cinema de Cannes, um evento cultural internacional em França, criado em 1939 para rivalizar com o Festival de Veneza. Aí surgiu o Grand Prix (Grande Prémio), que então premiava o melhor filme em competição no certame. Mas em 1955 nasceu o agora icónico prémio Palma d'Ouro e que premiou um filme de expressão norte-americana: Marty, de Delbert Mann.

Assim permaneceu até 1964 quando, devido a problemas de direitos de autor, a Palma d’Ouro foi novamente substituída pelo Grand Prix, para ser novamente reintroduzida em 1975 e ter permanecido até hoje como símbolo do Festival de Cinema de Cannes. A partir daí, a passadeira vermelha que adorna a Croisette tornou-se um palco privilegiado de estreia dos filmes de alguns dos actualmente melhores cineastas de sempre, com a Palma d’Ouro a reflectir o imaginário de milhões de cinéfilos em todo o mundo, como símbolo do melhor cinema que se faz em todo o mundo. Cinquenta e quatro Palmas d’Ouro depois, o CCOP ousou experienciar a possibilidade de trabalhar como uma espécie de júri de Cannes e humildemente tentou encontrar os melhores entre os melhores.






Como é costume, no top podem encontrar os links para as críticas publicadas neste blog ou escritas por mim para a Take.
1

Apocalypse Now (1979)

Francis Ford Coppola9,6
2

Taxi Driver (1976)

Martin Scorsese9,33
3

Il Gattopardo (1963)

Luchino Visconti9,17
4

Letyat Zhuravli (1958)

Mikheil Kalatozishvili9
4

The White Ribbon (2009)

Michael Haneke9
6

Pulp Fiction (1994)

Quentin Tarantino8,92
7

La Dolce Vita (1960)

Federico Fellini8,89
8

Amour (2012)

Michael Haneke8,55
8

Secrets & Lies (1996)

Mike Leigh8,5
10

The Pianist (2002)

Roman Polanski8,46
10

Entre les murs (2008)

Laurent Cantet8,44
12

O Pagador de Promessas (1962)

Anselmo Duarte8,33
13

The Piano (1993)

Jane Campion8,27
14

Farewell My Concubine (1993)

Chen Kaige8,17
15

Elephant (2003)

Gus Van Sant8,08
16

Orphée Noir (1959)

Marcel Camus8
16

All That Jazz (1980)

Bob Fosse8
16

Missing (1982)

Costa-Gavras8
16

Den Goda Viljan (1992)

Bille August8
16

Eternity and a Day (1998)

Theo Angelopoulos8
16

La stanza del figlio (2001)

Nanni Moretti8
22

The Tree of Life (2011)

Terrence Malick7,92
23

4 Months, 3 Weeks and 2 Days (2007)

Cristian Mungiu7,91
24

Taste of Cherry (1997)

Abbas Kiarostami7,88
25

Marty (1955)

Delbert Mann7,8
26

Barton Fink (1991)

Joel e Ethan Coen7,78
27

Viridiana (1961)

Luis Buñuel7,75
27

Kagemusha (1980)

Akira Kurosawa7,75
27

Paris, Texas (1984)

Wim Wenders7,75
27

Unagi (1997)

Shohei Imamura7,75
27

The Wind That Shakes The Barley (2006)

Ken Loach7,75
32

Underground (1995)

Emir Kusturica7,71
33

Die Blechtrommel (1979)

Volker Schlöndorff7,67
34

Sex, Lies, and Videotape (1989)

Steven Soderbergh7,6
34

Dancer in the Dark (2000)

Lars von Trier7,6
36

L'enfant (2005)

Luc e Jean-Pierre Dardenne7,57
37

Pelle enrobreren (1988)

Bille August7,5
37

Rosetta (1999)

Luc e Jean-Pierre Dardenne7,5
39

The Mission (1986)

Roland Joffé7,4
40

Narayama Bushiko (1983)

Shohei Imamura7,33
40

When Father Was Away on Business (1985)

Emir Kusturica7,33
42

Fahrenheit 9/11 (2004)

Michael Moore7
43

Wild at Heart (1990)

David Lynch6,56
44

Sous le soleil de Satan (1987)

Maurice Pialat ! 6,20
45

Friendly Persuasion (1957)

William Wyler6
46

Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives (2010)

Apichatpong Weerasethakul5,88

30 de maio de 2013

A Cinemateca em Junho

A Cinemateca está a aprimorar a arte de fazer muito com pouco. Mesmo sem condições financeiras e políticas para oferecer os ciclos, faz muito mais do que seria possível. Ao contrário da RTP2 que tem dinheiro e obrigação de fazer ciclos temáticos e decidiu deixar de os fazer por "birra".

Mas falemos da Cinemateca, cujo programa tem o seguinte texto introdutório/editorial (politicamente malandro, a não seguir a AO).
Em Junho, a programação da Cinemateca continua a seguir um modelo ditado pelas circunstâncias do presente. Como já lembrámos no mês passado, historicamente, por natureza e essência, a programação desta Cinemateca – das cinematecas do mundo inteiro – segue uma lógica de Ciclos e retrospetivas, de autor, temáticas, por cinematografias, encarando o Cinema e a sua História, os diálogos e as rimas por eles sugeridos, em programas organizados em regra mensalmente e combinando apostas de maior ambição com rubricas regulares de programação. Assim pautada, uma programação deste tipo pretende ir construindo uma história cujo sentido e dimensão existem tanto no plano do conjunto de cada uma das iniciativas como no do desenho mais abrangente que a cada mês se sugere. É isto que distingue a programação de uma Cinemateca do de uma simples “sala de reprise”.
A realidade actual obriga-nos a mudar a regra: sem condições para continuar a cumprir o padrão desejável, a programação da Cinemateca assume uma mudança de rumo, sem prescindir de propor as suas sessões – cinco por dia, seis dias por semana. Junho de 2013 será, portanto, e outra vez, um mês “de sessões” – cuja variedade e desejo de riqueza “apesar de tudo” ficam expressos nas muitas notas que se seguem, incluído algumas insistências e recorrências temáticas que deixamos aos espectadores o prazer de descobrir através dos títulos e dos textos incluídos neste programa.
A principal excepção a esta regra surge numa pequena retrospetiva da obra de Jiri Trnka, possível graças ao apoio da nossa confrade checa (o Narodny Filmovy Archiv) e da Embaixada da República Checa em Portugal.
E não deixamos, também, de continuar a colaborar com cineastas e produtores portugueses, bem como com outras entidades, para as tradicionais “antestreias” e outras sessões de carácter especial.

Programa de Junho.

29 de maio de 2013

Melhores Filmes de Abril

O líder do top de Abril torna-se também o filme com a maior nota média do ano: o chileno Pablo Larraín e o seu Não, que completa a sua trilogia sobre a ditadura de Pinochet recebeu a média de 8,43. O filme nomeado ao Óscar 2013 de Melhor Filme Estrangeiro fica assim à frente do dinamarquês A Caça como melhor filme do ano até ao momento em Portugal.

Já a segunda posição da tabela de Abril é ocupada pelo russo Aleksandr Sokurov que, dois anos depois de ter vencido o Leão de Ouro do Festival de Veneza, chega a Portugal com Fausto. A média de 7,40 foi suficiente para o colocar também na nona posição do top 2013. Já o terceiro lugar da tabela foi para Os Amantes Passageiros, o mais recente filme do espanhol Pedro Almodóvar que recebeu a média de 7,25.
1

No

Não
Pablo Larraín8,43
2

Faust

Fausto
Aleksandr Sokurov7,4
3

Los Amantes Pasajeros

Os Amantes Passageiros
Pedro Almodóvar7,25
4

Monsieur Lazhar

Professor Lazhar
Philippe Falardeau7
4

Celeste & Jesse Forever

Celeste e Jesse Para Sempre
Lee Toland Krieger7
6

Trance

Transe
Danny Boyle6,86
7

Paulette

Nome Código: Paulette
Jérôme Enrico6,33
8

The Company You Keep

Regra de Silêncio
Robert Redford6
8

Iron Man 3

Homem de Ferro 3
Shane Black6
10

I Give It a Year

Dou-lhes um Ano
Dan Mazer5,67
10

Oblivion

Esquecido
Joseph Kosinski5,67
12

Gambit

Ladrões com Estilo
Michael Hoffman5,2
13

The Expatriate

O Expatriado
Philipp Stölz4,75
14

Welcom to the Punch

Conspiração Explosiva
Eran Creevy4,2
15

Playing For Keeps

Fintar o Amor
Gabriele Muccino3
16

Sur la Piste du Marsupilami

Na Pista do Marsupilami
Alain Chabt2,67

Fora dos com número suficiente de votos (de forma completamente compreensível) está "Catch .44", por enquanto o pior do ano.

A Dinamarca com dois filmes no top 10 deste ano, é a grande surpresa.

28 de maio de 2013

Animação nacional em festival infantil de Zlin


O 53ª Festival Internacional de Cinema para a Infância e Juventude de Zlin na República Checa, considerado o maior evento mundial do cinema para os mais novos, exibe esta semana na selecção oficial o filme “A Nau Catrineta” de Artur Correia, produzido pela Filmógrafo e Cine-Clube de Avanca.

Artur Correia, sendo o decano do cinema de animação português, é responsável por alguns dos maiores momentos do cinema português de desenho animado. Em 1967, foi o primeiro realizador português a ser premiado no Festival de Cinema de Animação de Annecy, tendo recebido variadíssimas distinções, nomeadamente no campo do cinema de animação publicitário. Os seus filmes foram laureados, entre outros, com prémios em Veneza, Cannes, Hollywood, Bilbau, Nova York (1968 e 1969), Argentina (1970), Tomar (1981) e Lugano (1983).

Pleno de humor, Artur Correia alia o seu trabalho na animação com a autoria de ilustrações e de vários albuns de banda desenhada.
Entre eles, a obra de vulto “História Alegre de Portugal” e “SUPER-HERÓIS da História de Portugal”, que foi Prémio Melhor Álbum no AMADORA 2005.
Homenageado pelo CINANIMA em 1993 e pela CARTOON PORTUGAL, Artur Correia é autor de algumas das mais significativas séries televisivas de animação.
“O Romance da Raposa”, foi primeira série televisiva de animação portuguesa e um dos grandes sucessos da nossa indústria audiovisual, tendo posteriormente realizado um dos filmes da famosa série “Jackson Five” de Robert Balser e “Histórias a Passo de Cágado” que, exibido no Festival AVANCA’04, foi a primeira série de animação europeia a surgir em telemóveis.


Almeida Garrett recolheu o poema, de autor desconhecido, que se pensa que conta a história da nau que, em 1565, trouxe Albuquerque Coelho de Olinda (Brasil) para Lisboa.
"A Nau Catrineta", sendo uma obra maior da chamada “literatura de cordel”, terá assim as suas raízes no século XVI, tendo-se transformado numa das mais populares cantigas de sempre e um ícone da aventura Portuguesa em mar aberto.
"A Nau Catrineta" inscreve-se nas tragédias marítimas da história Portuguesa durante os descobrimentos e é demostrativo das profundas crenças cristãs dos nossos marinheiros.

“A Nau Catrineta”foi animada por Vitor Lopes, participada por Manuel Matos Barbosa, produzida por António Costa Valente, musicada por Joaquim Pavão e narrada por Fernando Mendonça.

27 de maio de 2013

Palmarés de Cannes volta a destacar a lusofonia

Estou a adorar a nova tradição nacional. Todos os anos algum português ganha um prestigiado prémio nos maiores festivais de cinema do mundo. Seremos assim tão bons e não o percebemos cá dentro?


Selecção Oficial


LONGAS-METRAGENS


Palme d'Or
La Vie d'Adèle - Chapitre 1 & 2 de Abdellatif Kechiche

Grand Prix
Inside Llewyn Davis dos Irmãos Coen

Melhor Realização
Amat Escalante por Heli

Melhor argumento
Jia Zhangke por Tian Zhu Ding

interpretação feminina
Bérénice Brejo em Le Passé de Asghar Farhadi

interpretação masculina
Bruce Dern em Nebraska de Alexander Payne

Prémio do Júri
Soshite Chichi Ni Naru (Like Father, Like Son) de Kore-Eda Hirokazu

Prémio Vulcain do Artista-Técnico outorgado pela C.S.T.
Grigris Realizado por Mahamat-Saleh Haroun

CURTAS-METRAGENS


Palme d'Or da curta-metragem
Safe Realizado por Byoung-Gon Moon

Menção especial – curta-metragem
Hvalfjordur Realizado por Gudmundur Arnar Gudmundsson
37°4 S Realizado por Adriano Valerio

Caméra d'or
Ilo Ilo de Anthony Chen


Cinéfondation


Primeiro Prémio da Cinéfondation
Needle de Anahita Ghazvinizadeh
Segundo Prémio da Cinéfondation
En Attendant Le Dégel de Sarah Hirit
Terceiro Prémio da Cinéfondation
În Acvariu de Tudor Cristian Jurgiu
Pandy de Matúš Vizár


Un Certain Regard


Prémio Un Certain Regard
L'Image Manquante de Rithy Panh

Prémio do Júri
Omar de Hany Abu-Assad

Melhor Realização
L'Inconnu Du Lac de Alain Guiraudie

A Certain Talent
Diego Quemada-Diez em La Jaula de Oro

Avenir Prize
Fruitvale Station de Ryan Coogler


Júri Ecuménico


Melhor Filme
Le Passé, Asghar Farhadi

Menções Honrosas
Miele, Valeria Golino
Like Father, Like Son, Kore-eda Hirokazu

Quinzaine des Réalisateurs


Prémio Art Cinema
Les Garçons et Guillaume, à table! de Guillaume Galliene

Prémio SACD
Les Garçons et Guillaume, à table! de Guillaume Galliene

Menção Especial
Tip Top, de Serge Bozon

Prémio Illy de Curta-Metragem
Gambozinos de João Nicolau (Portugal)

Menção Especial de Curta-Metragem
Pouco Mais De Um Mês de André Novais Oliveira (Brasil)

Prémio Label Europa Cinemas
The Selfish Giant, de Clio Barnard


Semaine de la Critique

(Miguel Gomes presidiu ao júri)

Grande Prémio
Salvo de Fabio Grassadonia e Antonio Piazza

Menção Especial
Los Dueños de Ezequiel Radusky e Agustin Toscano

Prémio Revelação France 4
Salvo de Fabio Grassadonia e Antonio Piazza

Prémio SACD
Le Démantèlement de Sébastien Pilote

Prémio Canal+ (curta-metragem)
Pleasure de Ninja Thyberg

Prémio Descoberta (curta-metragem)
Come and Play de Daria Belova

26 de maio de 2013

Grande Prémio do Black&White vai para França

Nos últimos anos o palmarés do festival tem provado que o cinema em preto e branco vem de todo o mundo. Esta edição repetiu a tradição, e a dúvida permaneceu até ao final.

Grande Prémio Vídeo - Ibertelco / Sony

“THE FINAL BELL” - Lionel Michaud
França

Melhor Vídeo Ficção

“1949” - Paul Florian Muller
Alemanha

Melhor Vídeo Documentário

“WARMTH” – Victor Asliuk
Bielorrússia

Melhor Vídeo Experimental

“HERMENEUTICS” - Alexei Dmitriev
Rússia

Melhor Vídeo Animação

“ANDERSARTIG” - Dennis Stein-Schomburg
Alemanha

Melhor Áudio - Yamaha Música

“BLACK ON WHITE” - Emma Bowen
Escócia

Melhor Fotografia

“AWAKE” - Fábio Roque
Portugal

Prémios do Público


Prémio Público Áudio CP Comboios de Portugal
“VESSEL” - João Almeida
Portugal

Prémio Público Fotografia CP Comboios de Portugal
“HISTÓRIAS PASSADAS” - Margarida Sá Marques
Portugal

Prémio Público Vídeo CP Comboios de Portugal
“FONTELONGA” – Luís Costa
Portugal


Menções Honrosas


Menção Honrosa Vídeo Ficção
“TIN & TINA” - Rubin Stein
Espanha

Menção Honrosa Vídeo Ficção
“HOTEL AMENITIES” - Julia Guillén Creagh
Espanha

Menção Honrosa Vídeo Animação
“NON-CITIZENS” - Aliona Gloukhova
Bielorrússia

Menção Honrosa Fotografia
“VACÍOS EN ESPERA” - Bruno Bresani
México

4:40

Este prémio é dado pela Associação de Estudantes da UCP e estava integrado no festival. Como fiz parte do júri posso dizer desde já que o vencedor foi: "Em Linha, Em Círculo" de Afonso Gonçalves, Filipa Figueiredo, Mariana Mesquita e Rafaela Guimarães.

25 de maio de 2013

24 de maio de 2013

A Lei do Cinema no S. Jorge

Os temas da justiça servem de ponto de partida para a mostra de cinema que o Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados promove e que se irá realizar nos próximos dias 27, 28 e 29 de Maio, no Cinema São Jorge.

O cidadão, a justiça, os tribunais, os advogados e o processo judicial, surgem retratados neste ciclo através do documentário, com forte expressão, e da ficção.

As manifestações de conflitos decorrentes de profundas mudanças sociais e a verdade judicial encontram expressão nas obras escolhidas, motivando reflexões sobre o papel dos vários intervenientes na concretização e aplicação da justiça.

Antes de cada projecção haverá um breve espaço de apresentação dos filmes pelos seguintes advogados convidados:
Dr. Eduardo Paz Ferreira, Dr. Francisco Teixeira da Mota, Dr. José António Pinto Ribeiro, Dr. José António Barreiros, Dra. Leonor Vicente Ribeiro, Dr. António Garcia Pereira.

São seis sessões, todas legendadas em português, por 4.5€ cada. Consultem o programa na página da Zero em Comportamento.


23 de maio de 2013

22 de maio de 2013

Sete filmes disputam o Prémio EM Curtas


As três curtas-metragens vencedores do Prémio EM Curtas vão ser conhecidas no dia 27 de Maio, às 18h30, no complexo de Cinemas City Classic, em Alvalade. Esta iniciativa da Novartis, em parceria com o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) e das três associações de doentes do país: Associação Nacional de Esclerose Múltipla (ANEM), a Associação Todos com a Esclerose Múltipla (TEM) e a Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), foi lançada em janeiro com o objectivo de incentivar estudantes das áreas de cinema e audiovisuais a realizar curtas-metragens que contassem histórias sobre como é viver com esclerose múltipla (EM).

Ao júri, composto por Margarida Pimentel, representante do Instituto do Cinema e do Audiovisual, pelo realizador português Gonçalo Galvão Teles, por um representante da Novartis e por um responsável de cada uma das associações de doentes, cabe agora avaliar as sete curtas-metragens a concurso e decidir as três vencedoras. Os critérios para esta decisão passam por avaliar se as curtas-metragens promovem um conhecimento sobre a doença e o seu impacto nas esferas pessoal e social, a utilização de testemunhos reais de pessoas com Esclerose Múltipla e a capacidade de sensibilizar e criar impacto na opinião pública, chamando a atenção para a doença.

Para além do reconhecimento e dos prémios monetários no valor de 2.000 €, 1.000 € e 500 €, respectivamente, para o primeiro, segundo e terceiro lugares, os vencedores do Prémio EM Curtas poderão ver os seus trabalhos em exibição, a partir do dia 1 de Junho, em todas as salas do complexo de Cinemas City.

O Prémio EM Curtas contou também com a parceria de sete Escolas que incentivaram os seus alunos a participar, são elas a Escola Superior de Teatro e Cinema do Politécnico de Lisboa (ESTC), a Escola Técnica de Imagem e Comunicação Aplicada (ETIC), a Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, o Instituto de Criatividade, Artes e Novas Tecnologias (Restart), a Universidade da Beira Interior, a Escola Superior Artística do Porto (ESAP) e o Instituto Politécnico de Leiria.

21 de maio de 2013

Black&White começa amanhã

Mesmo em cima da hora, ainda há novidades para quem gosta de cinema.

4:40

Um desafio! Uma corrida contra o tempo! Produzir, filmar e editar filmes até 4 minutos em 40 horas.
Inscrições no secretariado do "BLACK & WHITE" dia 22 de Maio.

Exibição das curtas-metragens produzidas:
Sábado, 25 de Maio às 19:00

Anúncio dos vencedores:
Sábado, 25 de Maio às 22:00


Música

20 de maio de 2013

Programação do NAFF 2013

A NAFF - Not A Film Festival, Mostra de cinema de Benfica já tem programação. São três dias dedicados a curtas por entre dramas, thrillers, romances, comédias, documentários, etc. e uma sessão com o filme "América" de João Nuno Pinto.

A NAFF pretende promover a divulgação de obras de autores nacionais ao público mais jovem. Irá acontecer no Auditório Carlos Paredes de 31 de Maio a 2 de Junho.

IMAX em Portugal pela ZON Lusomundo

Depois de anos de rumores e várias localizações, é no Colombo que os portugueses terão IMAX:

É já a partir de dia 20 de Junho que os Portugueses vão ter acesso à melhor experiência de cinema do Mundo. A ZON Lusomundo Cinemas, em parceria com a IMAX, corp e a Sonae Sierra, prepara-se para abrir a primeira sala de cinema IMAX® DMR - Digital 3D em Portugal. O Centro Colombo, pela sua relevância comercial, localização, acessibilidade e volume de visitantes, foi o local escolhido para acolher este novo espaço de cinema premium, estando já em construção uma sala de cinema totalmente nova no âmbito da reestruturação do Complexo de Cinemas.

Na semana de estreia a nova sala de cinema IMAX® exibirá um blockbuster de referência na indústria audiovisual, produzido em exclusivo para IMAX, “Parque Jurássico”. “O Homem de Aço”, o aguardado filme de Zack Snyder, estreará na semana seguinte.

O sistema Imax® DMR foi desenvolvido pela empresa canadiana IMAX Corporation e permite visualizar filmes em ecrãs muito maiores do que os sistemas digitais convencionais, proporcionando uma experiência verdadeiramente única de imersão.

Com o posicionamento “IMAX® is believing” a experiência proporcionada é tão real que coloca o espectador no centro da acção. Trata-se de um formato de cinema que combina tecnologia, arquitectura e sistemas patenteados, cada vez mais utilizado em blockbusters internacionais. Cada vez mais os realizadores e os estúdios de cinema usam a tecnologia IMAX® para se ligarem às audiências de uma forma única, pelo que a rede IMAX® se tem tornado uma das plataformas de distribuição mais bem-sucedidas do mundo.

Atualmente a rede IMAX® possui cerca de 738 salas de cinema em 53 países do mundo (606 multiplexes comerciais, 19 destinos comerciais, e 113 salas institucionais em museus e parques temáticos). A maioria das capitais europeias já têm IMAX®, a Lisboa chega agora através da ZON Lusomundo Cinemas.

Para Luis Mota, Administrador da ZON Lusomundo Cinemas, “o lançamento do IMAX® vai proporcionar aos portugueses a possibilidade de experienciarem o que de melhor se faz no panorama cinematográfico mundial, não só ao nível de conteúdos exclusivos como de tecnologia state-of-art. É a diferença entre ver um filme ou fazer parte dele!”.

A ZON Lusomundo Cinemas, que sempre se tem destacado pela inovação, volta a ser pioneira na evolução tecnológica cinematográfica em Portugal. Recorde-se que a empresa líder de mercado é responsável pela gestão de mais de 200 salas de cinema e foi precursora no processo de digitalização da indústria cinematográfica e introdução de plataformas digitais de distribuição de conteúdos e 3D digital no cinema em Portugal e na Europa.

“A ZON Lusomundo partilha a nossa paixão pela entrega de experiências de entretenimento únicas e exclusivas, e hoje estamos muito satisfeitos por unir forças para introduzir em Portugal o conceito IMAX®” refere Andrew Cripps, Presidente da IMAX, EMEA. Estamos muito confiantes de que a Experiência IMAX® vai permitir uma nova era de exibição cinematográfica em Portugal que vai levar os fãs de cinema para dentro da acção, como nenhuma outra experiência anterior.

A Sonae Sierra, por seu lado, dentro da sua estratégia de inovação e de permanente introdução de novos conceitos tornou-se parceira neste negócio de forma a proporcionar uma oferta de entretenimento diferenciadora e única no universo dos centros comerciais em Portugal, que vai permitir ao público Português passar a usufruir de um conceito de sucesso internacional até agora inexistente no nosso país.

A propósito do novo conceito, Cristina Santos, Administradora da área de gestão de centros comerciais em Portugal refere que “a chegada do IMAX® a Portugal vem reforçar a oferta de lazer do Centro Colombo e irá permitir oferecer aos visitantes do Centro uma experiência de cinema única”.

19 de maio de 2013

Globos portugueses de Ouro 2013

Enquanto a Academia não faz nada, estes prémios são os mais importantes que temos por cá. No entanto, estão mais imparciais do que nos acoatumaram e acabaram por premiar os favoritos de muitas outras cerimónias e instituições que destacaram os melhores de 2012.

Melhor Filme

"Florbela", de Vicente Alves do Ó
Linhas de Wellington, de Valeria Sarmiento
"O Gebo e a Sombra", de Manoel de Oliveira
  • "Tabu", de Miguel Gomes

    Melhor Actriz

    Ana Moreira em "Tabu"
  • Dalila Carmo em "Florbela"
    Laura Soveral em "Tabu"
    Rita Durão em "A Vingança de Uma Mulher"

    Melhor Actor

    Carlos Santos em "Operação Outono
    Carloto Cotta em "Tabu"
  • Nuno Lopes em Linhas de Wellington
    Rui Morrison em "Em Câmara Lenta"

  • 18 de maio de 2013

    Cannes 2013 - O ano em que tudo acontece

    Nos anos em que estive em Cannes nunca havia nada de interessante. Não vi nenhuma parada Troma. Não estava na rua quando atiravam granadas de fumo. Só sabia dessas situações porque me diziam e por um ou outro jornal gratuito que meninas em verde ou vemelho insistentemente me ofereciam. Chegando a Portugal vinham as perguntas repetitivas durante um mês "viste esta?", "estiveste com aquele?", "tanto tempo lá e não te cruzaste com ninguém importante?". Quando vou a Cannes é para cinema. Claro que fico contente de encontrar velhos amigos e gosto de falar com uma ou outra celebridade, mas não é o desfile glamoroso que se vê na televisão. Além das várias dezenas de celebridades mostradas às câmaras e escondidas dos veraneantes, há milhares de pessoas em alvoroço em busca delas. Desde que me deixem trabalhar, tudo bem.

    Pois este foi um excelente ano para não ir lá. Entre roubos de jóias (em homenagem ao filme de Coppola exibido), pessoas a serem detidas com aparelhos suspeitos, e convidados evacuados de emergência, animação não falta. Sempre disse que a segurança lá não era tão boa como se apregoa. Mas ambiguamente também sempre achei o processo de entrada e revista demasiado lento. Quando chegava ao detector de metais já tinha tirado telemóvel, chaves e moedas dos bolsos, assim como qualqur caneta ou brinde que parecesse suspeito. E insultei mentalmente aqueles que não chegavam igualmente preparados.

    Já adivinho que, se estivesse lá, ia receber 50 chamadas de pessoas preocupadas entre cada sessão. E quando chegasse iam perguntar se tinha sido revistado, evacuado, preso... A resposta em que não acreditariam seria "Revistas sempre houve. A saída das salas cheias assemelha-se a uma evacuação. Quando o filme é mau e não se consegue sair parece uma prisão de hora e meia. Não sei o que se passou, estive nos filmes."
    Porque seguramente, quem está lá em trabalho, não vai deixar de ir aos filmes, às reuniões e às festas, só porque alguém quer desestabilizar o festival, fazer afirmações políticas ou o que quer que seja. O espectáculo tem de continuar e isso depende de todos nós: jornalistas, distribuidores, produtores, festivais.

    17 de maio de 2013

    Arquiteturas Film Festival 2013

    Este ano foi declarado Ano da Arquitectura em Portugal e, cada vez mais, assistimos ao reconhecimento de novos talentos portugueses e de projectos de elevada qualidade ao nível nacional e internacional. Apresentar estes e muitos outros ao nível mundial, na perspectiva da imagem em movimento, é o propósito da 1ª edição do ARQUITETURAS FILM FESTIVAL LISBOA – o primeiro festival internacional ibérico de filmes documentais e ficcionais sobre arquitetura.

    Este é um desafio que se pretende interdisciplinar e aberto, visando explorar as relações entre a produção audiovisual e a arquitectura. Nesse sentido, temos o prazer de convidar realizadores, produtores de cinema, estudantes, profissionais de arquitectura e film makers em geral, de todas as nacionalidades, para nos enviarem filmes de sua autoria capazes de mostrar uma perspectiva única relativa ao cruzamento da arquitectura com o cinema: documentários ou ficção, curtas ou longas-metragens, animação ou experimental; em tom formal ou informal, sério ou humorístico; que já tenham ganho prémios em festivais ou que tenham acabado de sair da handy-cam.

    A primeira edição do Arquiteturas Film Festival decorrerá no Cinema City Classic Alvalade de 26 a 29 de Setembro, 2013.

    A inscrição deverá ser efectuada até 1 de Agosto de 2013.

    Página do festival, Regulamento/ficha de inscrição

    16 de maio de 2013

    CurtaLix 2013


    Agora uma sugestão de festival fora do habitual. Este decorre só em dias úteis e as sessões são durante a tarde pelo que não é para o público normal.

    É um festival de curtas metragens organizado pelos alunos e professores do curso multimédia da Escola Secundária de Lixa, Felgueiras. É destinado a todos os alunos do Ensino Secundário, com especial participação para Cursos Profissionais.

    Tem como principal objetivo a promoção dos valores culturais e artísticos, nomeadamente cinematográficos, num contexto vocacional, promovendo a vocação como a criatividade e a originalidade.

    Serão atribuidas Menções Especiais:

    TROFÉU E DIPLOMA:
    - Melhor Ficção
    - Melhor Documentário
    - Melhor Animação

    DIPLOMAS
    - Melhor Argumento
    - Melhor Fotografia
    - Melhor Representação
    - Prémio do Público

    CERTIFICADOS
    - Participação no Festival

    15 de maio de 2013

    Primeira Mostra de Curtas NAFF

    A NAFF - Not A Film Festival, 1ª Mostra de curtas-metragens de Benfica, irá exibir curtas-metragens portuguesas, de ficção, animação, e documentário, de 31 de Maio a 2 de Junho. O objectivo principal é promover a divulgação de obras de autores nacionais ao público mais jovem. Três dias praticamente completos de curtas-metragens de vários géneros.

    Acolhido pela freguesia de Benfica, e integrado no CRIAR CONTRASTE ’13, a NAFF irá acontecer no Auditório Carlos Paredes. Pretende-se com o mesmo, incentivar a produção e criação de obras cinematográficas nacionais – promovendo assim o nosso cinema – tentando aproximá-lo ao maior número de pessoas possível, e dando a conhecer o que de melhor existe por Portugal, mostrando uma visão diferente sobre “o que é a curta-metragem”.

    As Inscrições estão encerradas e as curtas-metragens seleccionadas.

    Em destaque, Cool" que já aderiu aos domínios Antestreia.

    14 de maio de 2013

    Fandom antes da série começar

    As adaptações literárias têm a vantagem de terem algum público garantido. O problema é quando um canal compra os direitos e depois não faz nada com eles. Ou pior, começa e não acaba. Sim, estou a falar da FOX. Compraram os direitos para adaptar a trilogia "Delirium" de Lauren Oliver para tv e fizeram o piloto. Com Emma Roberts, Billy Campbell e Erin Cahill no elenco regular, o episódio piloto foi realizado por Rodrigo García ("Passengers", "Mother and Child", "Albert Nobbs") e tudo indicava confiança no projecto. A recusa foi uma das surpresas televisivas da temporada.

    Depois da recusa da FOX em avançar com a série, começou um movimento popular dos admiradores do livro para que a adaptação tenha um fim. A FOX que repense a decisão, que faça em filme, ou que liberte os direitos para outro canal, mas não pode deixar esta gente desiludida.


    Sinopse: As pessoas não sabiam que quando o amor - o delírio - se desenvolve no sangue, não há como escapar. Mas as coisas mudaram. Os cientistas conseguiram erradicar o amor e o governo exige que todos os cidadãos recebam a cura quando façam 18 anos. Lena Holoway esperava ansiosa pelo dia em que seria vacinada. Uma vida sem amor é uma vida sem dor: segura, controlada, previsível, feliz.
    Mas três meses antes desse dia, ela faz o impensável: apaixona-se!


    A página do movimento está em http://deliriumnet.com/spreadthedeliria/ e conta com cerca de 1500 assinaturas neste momento.


    13 de maio de 2013

    Nova queda nas receitas

    A quebra nas bilheteiras nacionais foi de 20% no primeiro terço do ano. Só Abril teve um corte de 50%.
    Olhando para as críticas no blog reparo que também fui responsável por essa diminuição, com uma mudança de atenção para o DVD e séries em substituição da clássica sala. Digo sempre que isso vai mudar em breve, mas nem os filmes puxam, nem o preço convida. Um filme por semana (por vezes sessão dupla) tem sido o máximo.

    Ainda estou à espera que inventem um passe anual, que dê acesso a todos os filmes por um preço razoável. Se fosse 10€ ou 20€ mensais ficava pago no primeiro mês! Acima disso, ninguém compraria.

    12 de maio de 2013

    A Take está de volta!

    Devem ter sentido falta da melhor revista portuguesa de cinema. Depois de um novo longo período de inactividade a Take nº 30 está disponível para consulta.
    Especial atenção para a página 73 onde se pode ver juntos os cartazes da última edição a que não fui e da primeira a que não irei.


    Numa outra suposição, provavelmente repararam numa viagem ao clássicos que foi feita neste blog, com a publicação de críticas a filmes em tempos galardoados com o título de Melhor Filme em Cannes, normalmente com o título de Palme d'Or. Pois isso veio a propósito de uma iniciativa do CCOP (que em parte foi também responsável por este regresso da revista). Aos quatro textos aqui publicados nas últimas semanas, juntam-se dois publicados noutra ocasião, e quatro publicados nesta edição da revista.

    1951


    1955


    1958
    Letât Zuravli (ler na Take)

    1959


    1961


    1970
    MASH (ler na Take)

    1984
    Paris, Texas (ler na Take)

    1986
    The Mission (ler na Take)

    2007


    2012


    11 de maio de 2013

    "Viridiana" por Nuno Reis

    O palmarés de um filme é sempre um pesado fardo a suportar. “Viridiana” pode ter ganho Cannes e pode ter sido votado melhor filme espanhol de sempre no centenário da arte no país vizinho, mas, por si só, não me cativou. Não foi pela antiguidade ou pelos vestígios de surrealismo. É preciso ver tudo o que significou para perceber o êxtase com que falam dele. Primeiro ponto, foi o regresso de Buñuel a Espanha depois de um longo exílio. Segundo, fintou a censura franquista que, sob influência da Igreja, o quis ver destruído, apesar do êxito internacional. Em Espanha desapareceu, mas uma cópia já tinha chegado a França (e vencido Cannes) de onde seguiu para o mundo e para a eternidade. Terceiro ponto, é uma crítica social, ao regime e em especial à cegueira da Igreja e da sua obra social. Tendo isto em mente ao rever “Viridiana”, este Buñuel fica um bocado diferente.

    Viridiana é uma noviça prestes a fazer os votos. Ao receber uma carta do tio moribundo que a convida a visitá-lo, inicialmente recusa, mas a madre superiora ordena que ela lhe faça essa última vontade. O regresso ao mundo exterior não pertencia aos desejos de Viridiana pelo que se limita à propriedade do tio, como se continuasse em reclusão. Subitamente tudo muda e Viridiana tem a oportunidade de aproveitar um pecado alheio para fazer uma obra misericordiosa, e usar uma fortuna para prestar auxílio aos pobres. Isso fará com que se sinta melhor, mas com que descubra cada vez mais podres do ser humano.

    Se à época foi um choque para a censura, hoje em dia não o será menos pelas cenas polémicas que vai acumulando. Nem é preciso listá-las pois destacam-se no meio de um filme que aparenta ser demasiado correcto quase todo o tempo até nos atirar com uma dessas surpresas. Também brinca com os espectadores mostrando personagens multi-dimensionais, não limitadas à primeira impressão que se faz deles, e que contrariam praticamente todos os estereótipos, tanto para o Bem, como para o Mal. É com essas pequenas diferenças que “Viridiana” vai fazendo pontos. Enquanto conta uma história fora do normal, dá uma lição de moral bem forte.
    Com o passar do tempo vou gostando mais do filme. Já quase compreendo que tenha vencido a Palma de forma unânime. Talvez um dia concorde que é o melhor Buñuel e melhor filme espanhol, mas vamos com calma.

    ViridianaTítulo Original: "Viridiana" (Espanha, México, 1961)
    Realização: Luis Buñuel
    Argumento: Luis Buñuel, Julio Alejandro
    Intérpretes: Silvia Pinal, Francisco Rabal, Fernando Rey, Margarita Lozano
    Música: Gustavo Pittaluga
    Fotografia: José F. Aguayo
    Género: Drama
    Duração: 90 min.
    Sítio Oficial:

    10 de maio de 2013

    MovieChainer

    O poderoso site de profissionais de cinema Cinando apoia o lançamento do MovieChainer, uma plataforma europeia de apoio ao cinema que serve para varias escalas de distribuição.

    MovieChainer é uma aplicação na nuvem que permite aos detentores de direitos dos filmes, manterem a informação legal e financeira dos seus projectos, acompanhar as receitas, gerar relatórios e declarações.

    O site vai ser oficialmente apresentado durante o festival de Cannes, mas pode ser visitado desde dia 30. http://www.MovieChainer.com

    9 de maio de 2013

    Festival de Curtas sobre Geocaching

    Pode não ser uma novidade para quem recebe a newsletter de Geocaching, mas fica aqui o aviso para quem não anda envolvido no mundo das caixinhas escondidas.

    Geocaching é um jogo à escala global em que, na versão mais simples, escondem uma caixa, publicam as coordenadas e alguém a vai procurar. Depois há variações com desafios físicos e mentais para obter as coordenadas, outras em que é preciso ir a diversos locais, outras em que é preciso equipas do outro lado do mundo...

    Até 7 de Julho podem submeter os vossos filmes com a temática de Geocaching para o Geocaching International Film Festival a ter lugar em Seattle a 17 de Agosto.

    Os filmes devem ter de 1 a 5 minutos (créditos incluídos), serem adequados a todos os públicos e versarem sobre geocaching. Aceitam ficção, documental, videoclip, experimental, animação...

    Os prémios são
    Melhor Fotografia
    Mais creativo/experimental
    Mais instrucional
    Mais aventuroso
    Mais Inspiracional
    Prémio do Público

    Para instruções sobre como concorrer visitem o site oficial.

    8 de maio de 2013

    Competição internacional para filmes do SpongeBob


    Os filmes a concurso podem ser submetidos a partir de hoje, 6 de Maio, e até 28 de Junho, através do site do concurso: www.spongebobsquareshorts.com.

    Os fãs desta série reconhecida mundialmente, podem participar neste concurso submetendo filmes com duração até 3 minutos, que se inspirem no SpongeBob e no seu mundo e/ou amigos, celebrando o seu humor, boa disposição e persistência constante. As curtas-metragens poderão ser em imagem real, animação, stop motion ou outro formato desejado, sendo avaliadas com base na criatividade, originalidade, incorporação/interpretação dos atributos da personagem e qualidade geral.

    Numa primeira fase, um júri do Nickelodeon selecionará uma lista dos 10 melhores filmes de cada categoria. As curtas desta shortlist ficarão disponíveis no site da competição a partir de 18 de Julho, para que qualquer pessoa possa votar no seu filme favorito até dia 2 de agosto. O vencedor de cada categoria será anunciado no dia 5 de Agosto.

    A curta mais votada de cada categoria, será eleita grande vencedora e receberá um prémio digno de um verdadeiro fã de cinema: uma viagem para 4 pessoas a Los Angeles, com direito a bilhetes de dois dias para os Universal Studios Hollywood e o “SpongeBob Fan Shellabration”, onde o filme vencedor será transmitido. A vitória contemplará ainda um prémio monetário no valor de 2500 dólares (aprox. 1900 euros).
    Para além dos prémios globais, o Nickelodeon Portugal presenteará ainda o melhor trabalho português com uma câmara GoPro HERO3.

    Para os fãs do SpongeBob, para quem gosta de cinema, os aspirantes a realizador ou os já profissionais de qualquer idade, “SpongeBob Squareshorts” é uma oportunidade de ingressar no mundo da realização, celebrando o protagonista da série do Nickelodeon, SpongeBob Squarepants, vista em mais de 170 países e estados e transmitida em mais de 35 línguas.

    Mais informações sobre a competição e respectivo regulamento em http://www.spongebobsquareshorts.com/.

    7 de maio de 2013

    "Orfeu Negro" por Nuno Reis

    Hoje em dia a indústria cinematográfica brasileira é uma referência. Pode não ser um colosso a nível mundial, mas, pelo menos à nossa escala, devíamos por os olhos no que o país irmão tem vindo a fazer nos últimos anos. Vários realizadores conceituados, paisagens deslumbrantes, pessoas únicas, uma cultura com muito encanto e algo de magia, uma política razoável de incentivo ao mecenato, “tem tudo para dar certo”. Mas antes não era assim. Tinham as paisagens, as pessoas, a cultura. Faltava a indústria. Para isso os estrangeiros muito contribuiram. Antes de Anselmo Duarte e o seu “O Pagador de Promessas” conquistarem a Palma, Marcel Camus apresentou o Brasil ao mundo com “Orfeu Negro”, uma reinvenção da mitologia grega onde não falta Hermes, Eurícide, Cerbero e Carnaval. Venceu Cannes, o Globo e o Oscar de filme estrangeiro, não se podia pedir mais.

    “Orfeu da Conceição” foi escrito por Vinicius de Moraes com tudo aquilo que caracterizou a obra do poeta. Tem tanta dor como amor, tem um Brasil autêntico, sem medo de se expor no melhor e no pior (onde incluo violência, anafalbetismo, incapacidade de gerir o dinheiro). E a música é de Tom Jobim, também ele um perito quando se trata de afirmar a cultura brasileira no palco mundial. Claro que essa peça de teatro podia parecer um pouco arrojada quando se fala do Brasil dos anos 50. Levar Orfeu para as favelas não é propriamente fácil. Muito mais fácil ficou a tarefa de Camus: levar as favelas para o teatro grego. Filmes assim não exigem talento, saiem espontaneamente. Como podia um francês dizer a um brasileiro como festejar o Carnaval? A única coisa a fazer é rezar para que a acção só comece depois da câmara estar ligada.
    Fora do Carnaval, quando o samba se silenciou, começa um filme bem mais negro. Aí os estrangeiros poderão ter tido alguma outra influência. É quase que um outro mundo - de muito maior risco cinematográfico - que se revela perante os nossos olhos. Como se a macabra figura da Morte a deambular pelo Carnaval carioca não bastasse. Aí já não é um filme tão leve. Partilha-se o suor que escorre da testa de Orfeu.

    Tantos anos passados ainda se vê com gosto. Continua a ter muito do encanto de então e mesmo que o Carnaval carioca já tenha sido explorado em demasia no cinema, nunca foi de um ponto de vista tão interior. Há inclusivamente personagens que evitam o Carnaval para irem a outras diversões, mas enquanto lá estão, gozam ao máximo essa festa. Essa é a imagem o Brasil que se deve passar, não uma ilusão construída para turista ver.

    Orfeu NegroTítulo Original: "Orfeu Negro" (Brasil, França, Itália, 1959)
    Realização: Marcel Camus
    Argumento: Marcel Camus, Jacques Viot, Vinicius de Moraes (Baseados na peça de Vinicius de Moraes)
    Intérpretes: Breno Mello, Marpessa Dawn, Lourdes de Oliveira, Léa Garcia, Ademar Da Silva, Alexandro Constantino
    Música: Luiz Bonfá, Antonio Carlos Jobim
    Fotografia: Jean Bourgoin
    Género: Comédia, Drama, Musical, Romance
    Duração: 107 min.

    6 de maio de 2013

    "O Trilho" oportunidade única?

    Este mês terão oportunides para ver um filme de acesso muito limitado. Por enquanto as sessões disponíveis são apenas 3 e em Lisboa.

    Biblioteca República Museu e Resistência
    Rua Alberto de Sousa, nº10ª – Lisboa

    Dias 17, 18 e 25 de Maio às 17h00
    Entrada Livre


    "O Trilho" de Gonçalo Silva

    Trilho, um filme independente e experimental que entretece fios de narrativa ficcional e fragmentos de testemunhos pessoais de vários artistas do panorama cultural português, resultando numa tapeçaria visual de várias linguagens misturadas e metamorfoseadas ao longo desse diálogo. Trilho é um projeto que fala do amor pela arte, pela dança, pela representação, pelo teatro, pela palavra, pelo cinema, numa altura em que o panorama cultural português se vê a braços com o desencanto e o abandono de um Governo que acha que a cultura é acessória. Trilho é uma declaração de amor à arte como processo orgânico e fundamental de uma sociedade viva e um manifesto de resistência visual feita por artistas para todos.O Trilho
    Site

    5 de maio de 2013

    "Miracolo a Milano" por Nuno Reis

    O Cinema quando surgiu era mágico para quem o via. Com a banalização da arte e a cedência aos interesses económicos foi perdendo esse encanto, mas por vezes surge uma obra que ainda nos consegue encantar. A forma mais fácil é partir em busca dos clássicos e redescobrir aqueles que fascinaram a geração anterior ou uma antes dessa. Vitorio de Sica era um dos artífices famosos por maravilhar a cada filme. Enquanto "Ladrões de Bicicletas" é a obra mais famosa e que mais gente refere como filme da sua vida, tive a sorte de conhecer de Sica pela sua Palma, "Miracolo a Milano". Numa pequena nota sobre o tema, Cannes conseguiu premiar praticamente todos os grandes realizadores italianos.

    Dizer que este nao é um filme comum pecará por defeito. É um filme único. Combinando o neo-realismo com fantasia, uma mensagem de esperança por entre a crítica social, e uma lição sobre como devemos encarar a vida. Como se fosse um filme de Benigni nos anos 50.
    Nesta maravilhosa odisseia pela mundo dos pobres, acompanhamos Toto, um jovem para quem a vida não foi fácil, mas que nunca deixou de sorrir perante as adversidades. Começa logo a conhecer o mundo real no primeiro dia da vida adulta. Rodeado de pessoas mal-encaradas ou mal-educadas, sem emprego, sem casa, e roubado dos seus poucos pertences, se continua alegre só pode ser maluco. Não, Toto continua a acreditar que conseguirá encontrar o lado bom das pessoas e dos acontecimentos. O que o faz ser estimado por todos os pobres enquanto erguem a sua cidade no meio do nada.

    Dizer mais do filme é estragar a experiência a quem não o conhece. Combina o melhor humor do cinema mudo com uma ousada banda sonora e tem muitas personagens divertidas. É uma história acessível a todos os públicos, sobre um homem abençoado pelo amor materno que partilha o seu pouco com todos. Quando o fantástico invade o filme, já aceitamos tudo o que surja porque acreditamos no que nos queriam contar. Utiliza isso a seu favor e desdobra-se em peripécias e invenções que mesmo sem serem credíveis no contexto, têm por base atitudes perfeitamente reconhecíveis.

    É um daqueles filmes fundamentais de Vittorio de Sica e mesmo no seu melhor periodo, entre "Ladri di Biciclette" (1948) e "Umberto D." (1952). A ver assim que possível, ou a rever, porque obras-de-arte deste nível não cansam.

    Miracolo a MilanoTítulo Original: "Miracolo a Milano" (Itália, 1951)
    Realização: Vittorio de Sica
    Argumento: Cesare Zavattini, Suso Cecchi D'Amico, Mario Chiari, Adolfo Franci
    Intérpretes: Francesco Golisano, Paolo Stoppa, Brunella Bovo, Guglielmo Barnabò, Emma Gramatica
    Música: Alessandro Cicognini
    Fotografia: G.R. Aldo
    Género: Comédia, Drama, Fantasia
    Duração: 100 min.

    4 de maio de 2013

    Programa "Noite e Nevoeiro" na Cinemateca

    Sendo que os ciclos temáticos na Cinemateca vão rarear nos próximos tempos, convém aproveitar os poucos que ainda vão sendo feitos.
    Entre 6 e 11 de Maio, a partir da projecção de dez filmes realizados entre 1943 e 2010, numa série de sessões intituladas a partir de título fundamental de Alain Resnais em 1956, "Noite e Nevoeiro" (Nuit et Brouillard"), a Cinemateca propõe um programa que reflecte sobre o Holocausto e é comentado por escritores, ensaístas, historiadores, políticos, professores e realizadores.

    O Ciclo é organizado em colaboração com a Fundação Luso-Americana, na sequência da conferência internacional "Portugal e o Holocausto - Aprender com o Passado, Ensinar para o Futuro", uma iniciativa da FLAD, da Fundação Calouste Gulbenkian e da Embaixada dos Estados Unidos em Portugal, realizada em Outubro de 2012 na Gulbenkian.

    3 de maio de 2013

    2 de maio de 2013

    1 de maio de 2013

    Avanca triunfa em Itália

    "50 Pesos Argentinos", filme de curta-metragem realizado por Bernardo Cabral e produzida pela Cineact, Filmógrafo e Cineclube de Avanca, acaba de ser duplamente premiado no 8º Video Festival de Imperia - Festival Internazionale D'Arte Cinematogratica Digitale
    Na Gala de Encerramento do Festival, que decorreu na noite do passado sábado na cidade costeira de Impéria, capital da Liguria italiana, Bernardo Cabral subiu ao palco para receber os prémios "Vincitore World Global Film” e “Vincitore Festival of Festivals".

    "50 Pesos Argentinos" foi integralmente rodado na Ilha de S. Miguel nos Açores, numa produção que reinventa o início do século XX marcado pela extrema pobreza e com a emigração como quase única alternativa para a população das aldeias açorianas. Baseado num conto do escritor micaelense Ruy Guilherme Morais que o realizador adaptou, esta obra, protagonizada pelos actores Eduardo Almeida e Fátima Sousa, teve produção de Judite Barros, Fátima Cabral, A. Valente, Bernardo Cabral, música de Emanuel Paquete e Fernando Augusto Rocha, imagem de Paulo Medeiros, som de Tó Garcia e montagem de Paulo Medeiros e Carlos Silva.

    Tendo sido exibido no AVANCA 2012 (festival de cinema finalista e vencedor da competição “Festival of Festivals”), o filme “50 Pesos Argentinos” tem sido objecto de vários prémios e selecções oficiais. Na Índia foi galardoado com o 2º Prémio da Competição Internacional do "Script 2013 - International Short Film Festival", na cidade de Kochi em Kerala. Anteriormente foi distinguido com os Prémios do Público e Melhor Filme Regional no Panazorean Festival de Cinema e no Festival de Cinema da Ribeira Grande.
    Exibido na última edição do Fantasporto, foi objecto de recente selecção oficial em festivais de cinema em Espanha (Barcelona, Corunha), Índia (Nova Deli, Mumbai), para além de ter passado pelos ecrãs da capital da Argentina (Buenos Aires), cidade mítica para a narrativa do filme.

    Bernardo Cabral, que na Itália recebeu pessoalmente o prémio, é também autor de outros filmes que abordam histórias açorianas. Tendo produzido e realizado a primeira longa-metragem de ficção dos Açores, os seus filmes têm alternado entre a ficção e o documentário. Licenciado em História, estudou cinema no Canadá e tem dividido a sua actividade entre a produção de cinema e televisão, a docência de audiovisuais e a dinamização do cinema na ilha de São Miguel.

    O filme teve o apoio da Direcções Regionais da Cultura e da Juventude, das Câmaras Municipais de Ribeira Grande, Ponta Delgada e Povoação, Escolas Profissionais da Ribeira Grande e das Capelas, Polícia de Segurança Pública e diversas empresas e entidades da região.