16 de novembro de 2016

Filmin chegou a Portugal











A Filmin existe há oito anos em Espanha e tinha uma versão mexicana. Agora a plataforma video-on-demand também tem versão portuguesa e é uma excelente fonte de cinema independente. Os filmes podem ser vistos por browser (computador, tablet, smartphone e brevemente nas Smart TV) e alugados à unidade ou através de uma mensalidade.

A vinda para Portugal teve o apoio do programa Media e o catálogo com 500 filmes – disponíveis na língua original e legendados em Português - inclui ciclos dedicados a Luchino Visconti, Jim Jarmusch e Isabelle Huppert, e foi alimentado por várias pequenas distribuidoras como Alambique Filmes, Midas Filmes, Outsider Filmes, Films4You, O Som e a Fúria, Ukbar Filmes, Terratreme, Rosa Filmes, Fado Filmes...

O lançamento em Portugal inclui a antestreia online no dia 19 de Novembro de um documentário por Werner Herzog, "Lo and Behold, Reveries of the Connected World". Como promoção de lançamento, até ao final do ano dois meses ficam pelo preço de um.

No modelo de mensalidade custa 6,95 euros/mês, sem fidelização obrigatória e ilimitado, e o aluguer à unidade é por 72 horas, com valores entre 1,95 e 3,95 euros.


12 de novembro de 2016

Distribuição cinematográfica decidida pelas pessoas

Se são daquelas pessoas que se queixam da oferta cinematográfica nacional, eis a vossa oportunidade de fazer algo quanto a isso.

O Scope 100 é uma iniciativa europeia de promoção e divulgação do cinema que pretende aprofundar a ligação entre os mais recentes e relevantes filmes independentes e os seus espectadores. A iniciativa envolve 10 países europeus através da colaboração de 10 distribuidoras locais, permitindo ao espectador ter uma última palavra na escolha de um filme que quer ver distribuído em Portugal.

O Scope 100 oferece aos seus membros uma experiência cinematográfica única: a oportunidade de participar na estreia de um filme, desde a sua escolha até ao acompanhamento de todo o processo.

As inscrições estão abertas a qualquer pessoa (maior de 18 anos), e o requisito mais importante é mesmo gostar muito de cinema.

100 Participantes. 7 Filmes. 1 Decisão.

Será constituído um grupo de 100 participantes que irão ter acesso exclusivo a 7 filmes recentes - obras já apresentadas nos principais festivais internacionais, e que representam algumas das mais ambiciosas e arrojadas propostas cinematográficas do ano.

Irão visioná-los, avaliá-los, discuti-los entre si e, no final, seleccionar aquele que julguem merecedor de chegar às salas de cinema nacionais. Os participantes estarão também envolvidos de forma activa na concepção da campanha de promoção, havendo prémios para os principais contributos.

O filme vencedor terá estreia em Março de 2017.

As inscrições são aqui.

6 de novembro de 2016

"Hello My Name is Doris" por Nuno Reis

Doris, a heroína que ninguém vê

"Hello, My Name is Doris" foi escrito e realizado por Michael Showalter, argumentista de "Wet Hot American Summer" em colaboração com Laura Terruso que criou a curta "Doris & the Intern" (2011). Tem algumas semelhanças com o “The Intern” que esteve nos cinemas há uns meses, na parte de ser uma crítica às empresas e ao ritmo do século XXI na perspectiva de quem trabalhou toda uma vida de forma diferente, mas foca-se principalmente no campo pessoal e no fosso entre gerações cada vez menor. É sobre uma mulher nos seus sessenta anos que após a morte da mãe se tenta adaptar ao mundo em que vive e se sente atraída pelo novo colega que tem menos de metade da sua idade. Com os conselhos da filha adolescente da sua única amiga, Doris vai entrar no mundo das redes sociais, do calão, da música electrónica, todas as modas da juventude.
A componente inter-geracional está bem explorada pois mostra uma geração com uma mentalidade mais aberta (a temática LGBT vem à baila três vezes) e que logicamente se integra bem com pessoas de outras culturas, nacionalidades e - porque não? - idades. Não é difícil conhecer alguém como Doris. Uma mulher que vive em função da mãe e quando fica sem ela, fica ainda mais desorientada do que já parecia. Alguém que só recomeça a viver muito tarde na vida e já não sabe interagir com a sociedade, muito menos com uma sociedade que tem metade da idade dela. Doris é também um pouco louca. E finalmente, Doris é adorável. Todos em volta dela a adoram e querem a companhia dela. O problema é que Doris é muito inconveniente e tudo o que faz tem consequências.
Este é um daqueles projectos com muito risco. O tipo de filme independente americano que passaria despercebido na maior parte do mundo. Claro que isso se torna diferente quando quem faz de Doris se chama Sally Field. Um papel tão pateta entregue a alguém menos talentoso arruinaria o filme, mas a enorme Field consegue explorar as diferentes camadas da personagem e a cada passo dar-nos um pouco mais para descobrir. À primeira vista Doris é tudo o que esperaríamos dela, mas a forma como se tenta integrar com pessoas com as quais não tem nada em comum está no ponto ideal. A relação com amigos e família que se vai degradando, os problemas pessoais, o facto de nunca ter tido amigos homens e confundir simpatia com interesse amoroso, ou o facto de ter como referências para a vida adulta um charlatão e uma adolescente... Doris é um mundo e o filme tem tanto de inesperado como de realista. Mesmo sabendo que só poderá acabar mal, somos levados pela excitação desta mulher que ficou com a vida em suspenso.
Estamos perante um daqueles casos em que uma ida ao cinema consegue providenciar uma verdadeira surpresa. Tem drama, tem romance, tem humor e tem muita coragem. É um filme criativo numa era em que todos parecem seguir a mesma fórmula, que se centra numa mulher de idade em vez de se focar em debutantes, e não é por falta de mulheres jovens e lindas na história, mas acontece que todas ficam por pouco tempo, só esta velhota aguenta o filme todo. E o actor principal simplesmente tem de sorrir, ser simpático, passear em tronco nu, basicamente o que as mulheres fazem em noventa por cento dos filmes. Max Greenfield (o Schmidt de "New Girl") está muito bem no papel.
Resta esperar para ver se estreará por cá.
Hello, My Name Is DorisTítulo Original: "Hello, My Name Is Doris" (EUA, 2015)
Realização: Michael Showalter
Argumento: Laura Terruso, Michael Showalter
Intérpretes: Sally Field, Max Greenfield, Tyne Daly, Elizabeth Reaser, Beth Behrs
Música: Brian H. Kim
Fotografia: Brian Burgoyne
Género: Comédia, Drama, Romance
Duração: 95 min.
Sítio Oficial: https://www.hellomynameisdorismovie.com

Festival Curtas de Vilagarcía renascido


Numa altura em que o nosso Cinanima festeja o quadragésimo aniversário destacando-se dos demais eventos nacionais, é preciso olhar para norte para encontrar um evento mais antigo. Em Vilagarcía de Arousa decorreu em Outubro e Novembro a quadragésima quarta edição do Curtas Film Fest, um evento nascido em 1973 que se tem celebrado ininterruptamente.
No início o Curtas era chamado Festival de Cine Aficionado de Vilagarcía pois foi criado pelos sócios do Liceo de Vilagarcia como fãs da arte. Caso o termo pareça confuso, Liceo não é uma escola, mas uma associação cultural e desportiva sem fins lucrativos. É um conceito muito em voga em Espanha e, tal como neste caso, são organizações centenárias que em muito dinamizam as actividades locais. O Liceo de Vilagarcía é a mais antiga sociedade da cidade, o festival de cinema é o mais antigo da Galiza. 2016 marcou um ponto de viragem pois Vilagarcía apercebeu-se que um dos seus habitantes era Luis Rosales e à data, além de dirigir a revista SciFiWorld, era director do festival de cinema fantástico de Madrid. Pois o filho pródigo da terra iria usar os seus poderes (e contactos) em prol da região e foi nomeado director do Curtas. Isso viria a mudar o rumo do festival e da terra, como poderão ler nos livros de história dentro de alguns anos.
A primeira mudança foi ligeira: uma simples viagem no tempo aos anos 80 para vários dos clássicos adorados do cinema. Batman, Ghostbusters, Robocop, Jack Burton, Conan, os Goonies, Gremlins, Marty McFly, Indiana Jones, Aliens, E.T. e muitos outros destacava-se num programa onde também havia espaço para Superman, V for Vendetta (que ontem fez 10 anos), 300, o Feiticeiro de Oz e a trilogia de Apu. Pode ter muito de cinema fantástico, mas apelando a todos os públicos. E tem muito de comic, o que se torna ainda mais evidente se disser que foi realizada a primeira edição do Salão de Comic de Vilagarcía. E para impressionar toda a gente, a primeira edição contou logo com os maiores da nona arte, como Juan Giménez, Alfonso Azpiri, Salvador Larroca ou Mo Caró que estiveram sentados na mesma mesa em várias ocasiões, feito que qualquer evento maior de comic desejaria.
A sala de exposições também impressionou com adereços de vários filmes desde Gremlins a MIB e estátuas em tamanho real de vários heróis como Spider-Man, Iron Man e The Hulk.
Falta falar das curtas, o tema do evento, e essa parte é igualmente difícil. Com 56 títulos em competição pelo prémio, a melhor curta foi “Titán” de Álvaro González, Javier Fesser venceu melhor realizador com “17 Años Juntos”, Nani Matos foi o melhor realizador galego por “Lurna” e “Einstein-Rosen” de Olga Osorio foi a melhor curta galega. Que dois dos quatro melhores sejam de género fantástico pode ser um sinal de como os contactos de Rosales o ajudaram a divulgar e a ampliar o festival, ou pode ser uma constatação da especialidade do cinema espanhol que alguns festivais generalistas teimam em não reconhecer.
Além do cinema e comic, o certame também apostou na tradição de Samaín fazendo os festejos assombrados como manda a tradição galega, desde abóboras e concurso de disfarces, até gincanas, houve um pouco de tudo. Como apenas estive dois dias lá, não deu para ver tudo, apenas ficar com uma ideia do porquê de uma terra com 35000 habitantes ter tido mais de 20000 presenças nos eventos. E já referi que foi tudo gratuito? E que todos os edifícios municipais têm wifi gratuita? Posso ser um pouco tendencioso, mas o Curtas está em boas mãos e o seu futuro é muito auspicioso.

"Café Society" por Nuno Reis

Woody Allen está de volta, mas qual deles?


Todos sabem que Woody Allen tem várias facetas. Não é só por ser actor, realizador, argumentista e músico, é porque tão depressa nos dá uma comédia como um drama, algo de época ou ficção-científica, tao depressa filma nas suas Nova Iorque ou Paris com amor, como faz um filme em piloto automático por razões claramente económicas. "Cafe Society" é um filme com algum piloto automático, mas é um quase regresso à Nova Iorque dos anos 30 que vimos em "Os Dias da Rádio" (passado em 1942), é uma visita à Hollywood glamorosa dessa época com um toque de "Broadway Danny Rose", é um refrescar dos actores com quem trabalha.
"Café Society" é sobre Hollywood e as festas do mundo do cinema. Não se foca naquelas cheias de estrelas e fotografias para as revistas, mas as dos homens de negócios que faziam acordos milionários e trocavam boatos. Phil Stern é o maior deles. Um homem tão ocupado que quase não consegue tempo para reunir com o sobrinho - cujo nome não recordava - para lhe arranjar emprego. E Bobby agradece pois não só tem liberdade para explorar a cidade, como acaba por conhecer Vonnie, uma das assistentes do tio e uma lufada de ar fresco numa sociedade maquilhada e vestida para impressionar. Ao fim de alguns meses, já farto dessa vida, Bobby volta para Nova Iorque com ideias sobre como a gente da alta sociedade quer ser vista e aplica essas ideias no clube do irmão que depressa se torna o lugar mais in da cidade.
Neste regresso ao que Allen já fez tão bem, tanto pela época como pelo tema e localização, o argumento de "Café Society" fica a dever muito aos seus irmãos mais velhos. Tem tudo o que vimos Allen fazer como ninguém, em especial aquelas personagens que tentam seguir em frente nas relações falhadas, ou as que estão a mudar para sempre o mundo em que vivem sem se aperceberem disso, mas não é um bom Allen. Vindo de um novo realizador ainda se aceitaria e aplaudiria, mas dele exigíamos mais. Está sempre na eminência de saltar para algo maior, mas depois há sempre um qualquer acontecimento que impede esse avanço e se volta a focar num individuo e aí prefere jogar com os sentimentos de culpa e arrependimento do que explorar todo o mundo que nos apresentou.
É de destacar a nova oportunidade de Jesse Eisenberg (depois de um fraco "To Rome With Love") que se volta a tentar esticar para fora do acting range que lhe imaginávamos. Não serve para tema único do filme como o realizador tentou, mas tem uma boa transformação de jovem entusiasmado e desorientado vindo da outra costa em sagaz homem de negócios. De notar a improvável aposta em Kristen Stewart com quem Eisenberg fez dupla em "American Ultra" (e ultimamente tem conseguido trabalhar com alguns dos maiores realizadores) numa personagem-chave que podia e devia ter sido mais explorada. Entre as confirmações, Steve Carell também não faz nada que ainda não o soubéssemos capaz e podia ter tido ou mais ou menos tempo, ficou numa posição ingrata em que parecia ser pivotal para depois ser descartado. Tal como a Stewart, foi-lhe dada uma personagem demasiado estereotipada para conseguir dar um cunho pessoal. Corey Stoll teve a sorte de ser o escape cómico e faz parte de muitas da melhores cenas. Exceptuando um momento de Bobby no hotel, diria que todos os bons gags do filme passam precisamente pelo Ben de Stoll. Falta ainda uma referência a Blake Lively que surge no filme por alguns minutos quase como uma figura angelical e, mesmo não sendo exigente para a actriz que simplesmente tem de sorrir e deslumbrar, tem o condão de subtilmente mudar o tom do filme.
Após ver um daqueles filmes que só Allen conseguiria fazer, a sensação é de ter sido um bom filme, com grande elenco, cenários e fotografia impecáveis, mas com o passar das horas a sensação de poder ter sido mais acaba por ganhar. Tem muitas cenas memoráveis (por quem não via igual antes noutros filmes dele) e uma ou outra frase que se poderá repetir no dia-a-dia, mas nada de extraordinário.

Café SocietyTítulo Original: "Café Society" (EUA, 2016)
Realização: Woody Allen
Argumento: Woody Allen
Intérpretes: Jesse Eisenberg, Kristen Stewart, Steve Carell, Corey Stoll, Blake Lively
Fotografia: Vittorio Storaro
Género: Comédia, Drama, Romance
Duração: 96 min.
Sítio Oficial: https://www.cafesocietymovie.com

Vamos lá a isso


O regresso

Não é bem um regresso porque não houve uma saída ou uma pausa programada. Simplesmente o tempo entre publicações começou a ficar demasiado grande para voltar a escrever sem uma justificação. Como muitos saberão além deste espaço também escrevo para a SciFiWorld. Para não ter conteúdo duplicado, não escrevo sobre o mesmo. Por isso a SFW ficou com a parte do fantástico, e o Antestreia ficaria com tudo o resto. Uma divisão simples. Só entre trabalho, mestrado e todas as coisas que surgem na vida pessoal, o tempo disponível não abundou. O tempo foi passando e desde os Óscares que não escrevia aqui. Sem querer, foi o maior hiato na história deste blog (o anterior foi quando comecei a trabalhar e tive de reinventar o horário de escrita).

O que tenho andado a fazer?

Como referido acima, tenho andado ocupado com aquilo que paga as contas, aulas a noite e trabalhos pela noite dentro, a escrita para a SciFiWorld, criar um novo blog… Sim, como se isto não bastasse ainda vem aí mais um. Quem me conhece como blogger é capaz de ter reparado que sempre houve uma afinidade com a criação de componentes fora do comum. Isso porque a minha formação é em Ciência de Computadores e o meu trabalho envolve muitos websites e outras coisas que nem vale a pena explicar. Ora a minha tecnologia preferida para o desenvolvimento web é nacional e chama-se OutSystems, e como o sentimento é recíproco e essa empresa também gosta de mim, nomearam-me Most Valuable Professional. Portanto, além de ter criado uma nova conta de twitter para os assuntos tecnológicos, quero criar um espaço para falar desses temas. Quais? Todos! Para já terá dez secções entre Informática e Social Media. Se com o tempo ficar proficiente em mais alguma coisa, também irá para lá. Enquanto o site não fica pronto (obviamente que o quero fazer eu, senão, qual era a piada?) estou a escrever conteúdos para publicar lá. Porque é que isso vos interessaria? Porque também estou a fazer definições “for dummies” de temas tecnológicos e estou a compilar dúvidas frequentes de bloggers sobre funcionalidades e formas de fazer as coisas nas principais plataformas de blogging. Se quiserem ir colocando as questões aproveitem.
Finalmente chegamos à parte do mestrado. É em marketing digital portanto também está ligado a estes temas. Se por um lado a parte de ter aulas quatro vezes por semana suavizou, chegou a altura de fazer projecto/dissertação e muito mais trabalho se avizinha. Nada que me assuste, mas o tempo livre não será nestes próximos doze meses. Assim que o tenha, será para voltar ao site do Antestreia que já anunciei há uns quatro ou cinco anos e cada vez faz mais sentido.

Próximos passos

Este post chega porque vêm aí dois artigos. Um para a rubrica Woody Allen que está de volta com "Café Society", e outro sobre o festival de Vilagarcia de Arousa. Em tempos escrevi sobre Ourense, o primeiro festival estrangeiro que cobri, pois agora estou de volta à Galiza para um festival que nasceu em 1973 e este ano ganhou nova vida com uma forte injecção de cinema fantástico. Não é um regresso às publicações diárias, mas as publicações serão mais regulares.

29 de fevereiro de 2016

Nomeados e Vencedores dos Oscares 2016

Mais uma cerimónia dos Oscares e como é costume alguma polémica para discutir neste dia extra que o ano nos trouxe. De referir que as melhores actrizes me deixaram imensamente satisfeito e a Internet vai enlouquecer com o facto de Leonardo Di Caprio finalmente ter ganho.

Em números "Mad Max: Fury Road" teve 6, "The Revenant" 3 e Spotlight 2.


BEST PICTURE

The Big Short
Bridge of Spies
Brooklyn
Mad Max: Fury Road
The Martian
The Revenant
Room
Spotlight

ACTOR IN A LEADING ROLE

Bryan Cranston, Trumbo
Matt Damon, The Martian
Leonardo DiCaprio, The Revenant
Michael Fassbender, Steve Jobs
Eddie Redmayne, The Danish Girl

ACTRESS IN A LEADING ROLE

Cate Blanchett, Carol
Brie Larson, Room
Jennifer Lawrence, Joy
Charlotte Rampling, 45 Years
Saoirse Ronan, Brooklyn

ACTOR IN A SUPPORTING ROLE

Christian Bale, The Big Short
Tom Hardy, The Revenant
Mark Ruffalo, Spotlight
Mark Rylance, Bridge of Spies
Sylvester Stallone, Creed

ACTRESS IN A SUPPORTING ROLE

Jennifer Jason Leigh, The Hateful Eight
Rooney Mara, Carol
Rachel McAdams, Spotlight
Alicia Vikander, The Danish Girl
Kate Winslet, Steve Jobs

ANIMATED FEATURE FILM

Anomalisa
Boy and the World
Inside Out
Shaun the Sheep Movie
When Marnie Was There

CINEMATOGRAPHY

Carol
The Hateful Eight
Mad Max: Fury Road
The Revenant
Sicario

COSTUME DESIGN

Carol
Cinderella
The Danish Girl
Mad Max: Fury Road
The Revenant

DIRECTING

The Big Short
Mad Max: Fury Road
The Revenant
Room
Spotlight

DOCUMENTARY (FEATURE)

Amy
Cartel Land
The Look of Silence
What Happened, Miss Simone?
Winter on Fire: Ukraine’s Fight for Freedom

DOCUMENTARY (SHORT SUBJECT)

Body Team 12
Chau, beyond the Lines
Claude Lanzmann: Spectres of the Shoah
A Girl in the River: The Price of Forgiveness
Last Day of Freedom

FILM EDITING

The Big Short
Mad Max: Fury Road
The Revenant
Spotlight
Star Wars: The Force Awakens

FOREIGN LANGUAGE FILM

Embrace of the Serpent
Mustang
Son of Saul
Theeb
A War

MAKEUP AND HAIRSTYLING

Mad Max: Fury Road
The 100-Year-Old Man Who Climbed out
the Window and Disappeared
The Revenant

MUSIC (ORIGINAL SCORE)

Bridge of Spies
Carol
The Hateful Eight
Sicario
Star Wars: The Force Awakens

MUSIC (ORIGINAL SONG)

“Earned It,” Fifty Shades of Grey
“Manta Ray,” Racing Extinction
“Simple Song #3,” Youth
“Til It Happens To You,” The Hunting Ground
“Writing’s On The Wall,” Spectre

PRODUCTION DESIGN

Bridge of Spies
The Danish Girl
Mad Max: Fury Road
The Martian
The Revenant

SHORT FILM (ANIMATED)

Bear Story
Prologue
Sanjay’s Super Team
We Can’t Live without Cosmos
World of Tomorrow

SHORT FILM (LIVE ACTION)

Ave Maria
Day One
Everything Will Be Okay (Alles Wird Gut)
Shok
Stutterer

SOUND EDITING

Mad Max: Fury Road
The Martian
The Revenant
Sicario
Star Wars: The Force Awakens

SOUND MIXING

Bridge of Spies
Mad Max: Fury Road
The Martian
The Revenant
Star Wars: The Force Awakens

VISUAL EFFECTS

Ex Machina
Mad Max: Fury Road
The Martian
The Revenant
Star Wars: The Force Awakens

WRITING (ADAPTED SCREENPLAY)

The Big Short
Brooklyn
Carol
The Martian
Room

WRITING (ORIGINAL SCREENPLAY)

Bridge of Spies
Ex Machina
Inside Out
Spotlight
Straight Outta Compton

27 de janeiro de 2016

"Spotlight" por Nuno Reis


Spotlight
Por vezes a simples tradução de um título revela demasiado sobre um filme. No caso de “O Caso Spotlight” revela que não sabiam do que se tratava. Spotlight não foi um caso específico, é uma equipa especial de investigação. Entre os seus vários trabalhos, houve um que se destacou, e em 2003 a mais antiga equipa de jornalismo de investigação em actividade nos Estados Unidos viria a receber um Pulitzer pelo serviço público prestado à comunidade com esse artigo. A melhor forma de começar a falar disso é pela cidade dos acontecimentos, Boston. A capital do estado do Massachussets tem uma identidade muito própria e o orgulho do habitante comum na sua cidade só tem comparação na quase vizinha Nova Iorque e uma ou outra pelo mundo fora. Boston sempre foi uma amálgama de culturas (o filme refere arménios, irlandeses e portugueses entre outros) mas todos eles americanos que a defendem de tudo como ainda se viu no trágico atentado da maratona.
Spotlight
Boston tinha um problema, um padre pedófilo. Enquanto os jornalistas comuns o referiram, o novo editor do Boston Globe, um judeu itinerante que pouco sabia sobre a cidade, quis ver essa história melhor explicada. Alocou à investigação a sua melhor equipa, Spotlight, e esperou que lhe trouxessem algo. Saiu bem maior do que a encomenda e, como talvez recordem, abalou os alicerces da Igreja Católica em todo o mundo, tal como o caso belga.
Spotlight
O filme começa com um ritmo pausado, de pessoas normais a fazerem o seu trabalho, a conviverem, em suma, a viverem. Lentamente vão falando aqui e ali e chega uma nova pista ou um testemunho. Seguem um novo rumo ou confirmam o que desconfiavam. Depressa o lado emocional sobrepõe-se ao racional e o ser humano sobrepõe-se ao jornalista. O elenco de luxo onde temos Michael Keaton, Mark Ruffalo, Rachel McAdams e John Slattery transmite tudo isso. Liev Schreiber com uma personagem mais controlada, introvertida e racional, destoa ao ser o único que se mantém calmo quando as provas dizem que devia perder a cabeça. E então quando começam os jogos de bastidores onde se envolve a Igreja, a Justiça, as instituições e as amizades, vemos que todos estão a tentar proteger a sua imagem em vez de lutarem pela verdade e pela sua cidade.
Spotlight
Não é um filme feito para convencer o público ou para agradar a alguém. É duro de ver e não tem nenhuma história paralela facilitadora. São apenas jornalistas que se dedicam exclusivamente a isso, às vezes com prejuízo da vida pessoal, porque o público precisa de saber e os culpados terão de ser afastados das potenciais vítimas. Porque quem tem o dom da palavra tem de o usar em prol da sociedade. Às vezes basta uma pessoa para fazer a diferença. Independentemente dos obstáculos e das amizades que fiquem pelo caminho, o jornalista é o primeiro com esse dever. Nesta era em que a imprensa corre riscos de extinção e tem de se reinventar, muitas publicações seguiram o caminho fácil do sensacionalismo para aumentar as vendas, ou de simplesmente copiar textos de uma agência para reduzir custos. Convém que cada jornalista relembre o juramento ou pelo menos os ideais que tinha quando se aventurou nessa profissão. É preciso investigar, confirmar, documentar e publicar para informar isento e imparcial. Pode não vender sempre, mas pelo menos fica-se com a sensação de dever cumprido.

SpotlightTítulo Original: "Spotlight" (EUA, 2015)
Realização: Tom McCarthy
Argumento: Josh Singer, Tom McCarthy
Intérpretes: Mark Ruffalo, Michael Keaton, Rachel McAdams, Billy Crudup, Stanley Tucci, Liev Schreiber, John Slattery, Brian d'Arcy James
Música: Howard Shore
Fotografia: Masanobu Takayanagi
Género: Drama, Histórico
Duração: 129 min.
Sítio Oficial: http://spotlightthefilm.com/

26 de janeiro de 2016

"The Big Short" por Nuno Reis



The Big Short 2015
Primeiro tínhamos as comunidades que partilhavam tudo. Quando acharam necessário introduzir as trocas por uma questão de justiça, descobriram a ganância. Quem tinha algo único, tinha o poder de definir o seu preço. Os metais passaram de adorno a sinal de riqueza. Aí inventaram outro conceito, o da moeda. O seu valor tornou-se figurativo e um pedaço de metal com uma forma específica valia mais do que o metal nele contido. Depois entrou em cena um pedaço de papel que valia mais do que o metal e foi o descalabro. Hoje em dia o dinheiro que usamos em quase tudo é ainda mais leve do que o papel. Não existe, é algo etéreo e virtual. A economia sempre seguiu o rumo inverso e assim que o dinheiro se tornou nada, ganhou demasiado peso. De repente, as vidas de todos dependiam de uma informação escrita em bits em computadores controlados por X, que seguiam as regras definidas por Y, as leis definidas pelos políticos XX aconselhados pelos especialistas XY, e era investido segundo os instintos de XZ em Não Se Sabe Quem. E sempre que a economia funcionava e fazia dinheiro para as pessoas, a ignorância era uma bênção. Até que um dia alguém quis conhecer melhor essas incógnitas e, além de lhes pôr um nome, saber o seu valor. Assim que começaram a puxar o cordão, viram uma corrente onde todos os elos eram fracos, estúpidos e corroídos e que não aguentaria um puxão. A melhor forma de lhes fazer frente, era esperar que caíssem.
The Big Short 2015
"The Big Short" é um quatro em um. Começa como um mockumentary sobre o grande crash financeito no final da década passada cuja factura ainda estamos a pagar. Com um estilo muito próximo do documentário, reconstrói de forma levemente ficcionada os factos que levaram à queda do sistema e à ruína de milhões de pessoas em todo o mundo, explicando que foram os culpados e o que fizeram. Depressa descobrimos a vertente da comédia, pois este lote de actores de primeira - onde se incluem Christian Bale, Ryan Gosling, Steve Carell, Brad Pitt, e em papéis menores Melissa Leo, Karen Gillan e Marisa Tomei, além de algumas outras estrelas como elas próprias – explora a tragédia da única forma possível: com humor. Depois há o revés e o que nos fazia rir, depressa nos faz sentir vontade de chorar. É tão grande o número de gente mesquinha, incompetente e idiota que tem poderes sobre o dinheiro, que aquilo só podia dar torto. E vai ser mesmo muito mau. Tão mau que se fosse ficção ninguém acreditava. Só que é a mais pura realidade, ainda que um pouco retocada. E aí chega o quarto sub-género do filme: o terror. Pois estes monstros continuam em liberdade. A trabalhar. A fazer as mesmas asneiras. A brincar com o dinheiro dos outros e a vender um saco de gatos mortos como se fosse um tigre raro.
The Big Short 2015
Adam McKay conseguiu pegar num tema que não tem nada de divertido e torná-lo apelativo para um leque alargado de público. Brincou com um assunto sério, explicou a economia como se fizesse sentido, e desmascarou os especialistas como uns incompetentes que, por estarem no lugar certo à hora certa, acabaram a carregar nuns botões que controlam as vidas dos outros. Mas eles não são todo-poderosos. Os poucos com escrúpulos já se afastaram e os que restam são uns aproveitadores sem respeito por ninguém e obcecados pelo dinheiro que nunca parece suficiente. Claro que isto é redutor, mas quando o vilão é assim apresentado e provavelmente todos os espectadores foram vítimas de alguma forma (seja pela sobretaxa, pelo aumento do IVA, ou outro imposto qualquer) como se pode não desejar que eles sejam depenados como uma galinha? Ver "The Big Short" é saborear a vingança contra aquela gente que continua impune e esse bilhete de cinema é o melhor investimento financeiro que se pode fazer. Seja pela aula de economia avançada, ou seja pela sensação de relativo prazer que o sofrimento dos carrascos traz às vítimas. Porque os nossos heróis foram ladrões que roubaram a ladrões e tiveram dois olhos numa terra de cegos.
The Big Short 2015
Sou contra os shorts como instrumento financeiro. Acho ridículo apostar a desvalorização das coisas. Tornam a economia num mero jogo. Mas aqui foram muito bem usados.
Para fixar como lição sobre investimentos bancários: Umas vezes ganha-se, das outras vezes perde-se e no fim, a casa ganha sempre. Ou, como diria o nosso AI preferido, “A strange game. The only winning move is not to play.

Para mais frases inspiradoras, a citação no início do texto tem oito versões. É só refrescar a página.
The Big ShortTítulo Original: "The Big Short" (EUA, 2015)
Realização: Adam McKay
Argumento: Adam McKay, Charles Randolph (baseados no livro de Michael Lewis)
Intérpretes: Steve Carell, Christian Bale, Ryan Gosling, Tracy Letts, Marisa Tomei, Brad Pitt, John Magaro, Finn Wittrock, Rafe Spall, Jeremy Strong, Margot Robbie, Anthony Bourdain, Selena Gomez, Melissa Leo, Karen Gillan,
Música: Nicholas Britell
Fotografia: Barry Ackroyd
Género: Biografia, Drama
Duração: 130 min.
Sítio Oficial: http://www.thebigshortmovie.com

25 de janeiro de 2016

"The Danish Girl" por Nuno Reis


Einar Wegener: I think Lily's thoughts, I dream her dreams. She was always there.



Em "The Danish Girl é-nos contada a história verídica (muito adaptada) de Einar Wegener, uma mulher nascida em corpo de homem. O protagonismo foi entregue ao actual detentor do Óscar de Melhor Actor, Eddie Redmayne, mas há uma única estrela no filme e é Alicia Vikander. Não se pode falar d’A Rapariga Dinamarquesa sem falar de uma rapariga que afinal é sueca. Após um 2014 onde a vimos apenas em "Testament of Youth" e "Son of a Gun", 2015 foi o ano em que saltou para a fama e se tornou impossível de ignorar. Logo no início do ano no flop sword and sorcery "Seventh Son" tem uma aura mágica. Depois foi a maior entre as enormes estrelas de "Ex Machina" onde era uma máquina inocente a precisar de ajuda que conquistou todos os corações, em especial dos informáticos. Em seguida veio "The Man From U.N.C.L.E." onde se tornou um ícone da moda e de estilo. E um pouco antes de, em modo fast food, ser o prato mais delicioso de "Burnt", foi uma Mulher daquelas com maiúscula que lutou contra o mundo por amor e pelo que achava correcto.
Alicia Vikander, The Danish Girl
Tom Hooper tem tido uma relação de amor-ódio com o público e a crítica. Depois do eficaz mas ignorado "The Damned United" chegaram os quatro Óscares para "The King’s Speech" (Filme, Actor, Realizador e Argumento) entre doze nomeações e as não tão impressionantes três vitórias em oito nomeações (maioritariamente técnicas) de "Les Misérables". Ambos os filmes foram considerados monótonos e este seu regresso aos biopics, com um tema bem polémico, prometia agitar as águas. Tudo começa com um casal de artistas, Einar e Gerda Wegener. Mais importante do que serem um casal ou serem artistas, é o facto de serem dois jovens sociáveis, imensamente apaixonados e os melhores amigos um do outro. Aos poucos vamos ouvindo a sua história, mas não era preciso. Vemos que há algo especial entre eles desde o primeiro momento. E enquanto Gerda é sempre ela própria, torna-se óbvio que Einar se está a conter. O que começa como uma brincadeira, acaba por revelar a faceta escondida de Einar. Na verdade ele tem uma outra personalidade. Ele é uma ela e adopta o nome Lily. Essa provação vai minar o casamento, mas vai reforçar ainda mais a amizade.
Se o ditado garante que por trás de cada grande homem está sempre uma grande mulher, os biopics sobre eles deveriam admitir a importância das suas companheiras. Quase todos os anos vemos algumas dessas grandes mulheres, mas quantas são enormes e se igualam ou superam o protagonista? Deste século recordávamos Reese Witherspoon como June Carter em "Walk the Line" e agora junta-se-lhe Alicia Vikander como Gerda Wegener. Nem foi a dualidade de Einar/Lily que abalou o estatuto de Redmayne, nem o cansaço pelo biopic onde triunfou (sem convencer) no ano passado. É o erro de Vikander ter sido apresentada como actriz secundária para todos os prémios quando o filme na verdade é sobre as duas mulheres em pé de igualdade (e Vikander até tem mais tempo de ecrã). O espectador parte com expectativas diferentes, exigindo mais dele, e enquanto Redmayne tinha uma personagem à deriva e que só por uma vez tem um brilho credível nos olhos, Vikander deslumbrou-nos com uma personagem frontal, simples e com os sentimentos à flor da pele e o coração na boca. Enquanto Einar tenta descobrir Lily, Gerda é sempre ela mesma e tem uma posição de força. Ele revela a fragilidade do seu lado feminino e ela mostra toda a força daquele que não é um sexo fraco.
The Danish Girl
Depois de "Big Eyes" nos ter contado a vida de um casal de pintores a viver na mentira, esta outra visão de uma história que de forma redutora trata do mesmo tema - e na verdade não tem nada mais em comum - podia ter parecido demasiado semelhante. Não. Ainda que Lily nos seja apresentada pelos quadros de Gerda e eles nos deixem saudades, a pintura é muito bem desviada para segundo plano. Isso faz parte do estilo próprio de Hooper que levou às críticas nos trabalhos anteriores: foca-se apenas nas pessoas. Resumindo o que está mal, o ritmo não é o ideal, a história precisava de mais desenvolvimento e aposta demasiado no indivíduo ignorando o ambiente, o que costuma ser fatal quando se faz um produto histórico. Por sorte tem algumas interpretações que o ajudam e tanto a breve participação de Amber Heard ao início, como de Matthias Schoenaerts em momentos mais avançados, ajudam a mostrar a complicada sociedade envolvente onde eles são os raros pontos de fuga. Os vários detalhes em que o argumento escapou à realidade fragilizam o filme e tornam Lily naive, compensando na criação de uma grande personagem para Gerda, tanto do ponto de vista humano como artístico ou emocional.
The Danish Girl
É um filme imperdível para compreender porque 2015 é o ano de Alicia Vikander e porque ela merece o título de Melhor Actriz Secundária (se não lhe querem dar o de principal) e provavelmente será estudado por décadas a propósito disso, mas falhou em tudo o resto. Há vários anos que o tema da transsexualidade tem sido bem tratado no cinema, mas este que podia ter sido o seu regresso à ribalta foi um bocado ao lado. Pelo menos a televisão não se tem saído mal nessa tarefa.
The Danish GirlTítulo Original: "The Danish Girl" (Reino unido, EUA, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, 2015)
Realização: Tom Hooper
Argumento: Lucinda Coxon (baseada no livro de David Ebershoff)
Intérpretes: Eddie Redmayne, Alicia Vikander, Ben Whishaw, Matthias Schoenaerts, Amber Heard, Sebastian Koch
Música: Alexandre Desplat
Fotografia: Danny Cohen
Género: Biografia, Drama, Histórico, Romance
Duração: 119 min.
Sítio Oficial: https://www.workingtitlefilms.com/films/view/film/124

9 de janeiro de 2016

Blogs e bloggers vencedores dos TCN 2015

Hoje teve lugar a sexta edição dos TCN Blog Awards. Dentro de três semanas virá um texto sobre a cerimónia e considerações sobre o futuro, mas até lá fiquem com links para os vencedores para recordar o que de melhor se fez na blogosfera em 2015.


Blogger do Ano: Pedro de Alarcão Lombarda, do blogue CinemaXunga

Blogue Colectivo: TVDependente

Blogue Individual: A Janela Encantada

Novo Blogue: Jump Cuts

Artigo de Televisão: The Daily Show with Jon Stewart, por Diogo Cardoso, do blogue TVDependente

Artigo de Cinema: Cinema Mudo Escandinavo, por José Carlos Maltez, do blogue A Janela Encantada

Crítica de Televisão: Mad Men, 7ª Temporada, por Mafalda Neto, do blogue TVDependente.

Crítica de Cinema: Mad Max: Fury Road, por Pedro de Alarcão Lombarda, do blogue CinemaXunga

Entrevista: Shlomi Elkabetz, por Aníbal Santiago, do blogue Rick's Cinema

Reportagem: Cannes 2015, por Hugo Gomes, do blogue Cinematograficamente Falando

Iniciativa: VHS - Vilões, Heróis e Sarrabulho

Rubrica: Posters Caseiros, por Edgar Ascensão, do blogue Brain-Mixer

Ranking/Top: Top 15: Música de Filmes de Terror, por Rita Santos, do blogue Not a Film Critic

Site/Portal/Facebook: Facebook da Girl on Film

Festival: MOTELx 2015

Distribuidora: Alambique

Canal de Cabo: Canais TVCine & Séries