17 de junho de 2017

A propósito do feminismo

Enquanto muitos aclamam o fenómeno "Wonder Woman" que está a trazer as mulheres para um patamar diferente, outros filmes e outras realizadoras combatem há muito tempo pelo mesmo sem que se fale delas.

Ao ler um artigo que em nada tinha a ver com cinema reparei na publicidade a "Heróis da Nação" e enquanto congeminava se deveria rever esse filme ou acabar primeiro com aqueles em atraso, um pequeno detalhe saltou-me à vista. 'Do aclamado realizador de "Uma Outra Educação"'. Então não era da Lone Scherfig? Aliás, não eram os dois da Lone Scherfig? Estive enganado todo este tempo? Não, é uma mulher. Teria ela feito uma operação de mudança de sexo que eu não soubesse? Ei, isso acontece mais do que se pensa! Também não. O que se terá passado? Ah, foi apenas a equipa da NOS que se limitou a traduzir o poster inglês e nem pensou que "director" pudesse ser um cargo feminino.
Uma empresa de cinema (não apenas de distribuição, mas de tudo) não considerar a possibilidade de mulheres fazerem filmes é triste. Não adianta fazer filmes se a nossa sociedade não estiver preparada para a mudança.

E como se isso não bastasse, a citação "Gemma Arterton is perfect" ficou apenas "Gemma está perfeita". Então agora é na base do nome próprio? Se eu não posso ter essas familiaridades com a senhora, não percebo porque poderiam eles. Ah, talvez porque não soubessem. É que se procurarem com atenção, encontram outros dois sites portugueses que perderam uma letra e escreveram Aterton. Mais profissionalismo, gente! Precisamos de muitos filmes assim e que sejam vistos. Não é só despachar como sendo mais um.
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