Carro, telemóvel, Internet, cartão bancário. Com todos estes localizadores não é preciso ter um chip implantado para que alguém saiba exactamente onde estamos. Para saber essa localização em tempo útil é preciso concentrar muita informação. Mas será seguro para alguém que essa informação esteja reunida num só ponto? Com todo o mundo ligado qualquer um pode entrar em qualquer lado, e essa base de dados, mesma estando protegida pelo exército americano, será sempre um chamariz de problemas. Se quem controla essa informação também controlar remotamente todas as máquinas do mundo então a sociedade está condenada. É isso que acontece a Jerry e Rachel. Dois desconhecidos a viver momentos de grande fragilidade emocional são atirados para um jogo que não compreendem e onde as suas vidas estão em risco. Enquanto o governo está às aranhas quanto à identidade e origem do poder do novo inimigo, uma voz omnipresente e omnipotente vai dizendo aos protagonistas o que devem fazer e não têm alternativa além de obedecer.
"Eagle Eye" inicia como um thriller de enorme potencial, subitamente o segredo é revelado e tudo é percebido sem necessidade de mais explicações. Repescando uma ideia que já foi utilizada centenas de vezes – em estreias deste ano inclusivamente – o filme desenvolve-se já sem interesse e sem surpresas. Tragicamente o caminho tomado era mesmo o único possível. Nenhuma outra justificação seria credível ao passo que esta, depois de tantos avisos dados pela ficção-científica, terá mesmo de ser verdade algum dia.
Assim a história prolonga-se por duas horas, com muitas explosões e confusão para impedir o espectador de pensar. Recordando os outros filme que tratam do tema este era perfeitamente inútil. No início Spielberg esteve para ser o realizador, quando cedeu o lugar a Caruso a equipa deste reescreveu o guião. Como não imagino Spielberg a fazer algo tão mau posso agradecer aos argumentistas por conseguirem destruir o que o filme tinha de bom.
Se até ao século XX o mundo era do ser humano, a partir do século XXI o mundo será das máquinas. Excluindo o cenário de ficção-científica em que andróides enfrentam humanos num luta até ao último homem (claro que a humanidade perde) podemos ver que na nossa sociedade já é isso que sucede. Inicialmente foram apenas os automóveis, mas agora toda a nossa vida depende de circuitos... e eles podem não estar num dia bom. Enquanto um humano é tradicionalmente indigno de confiança, nos computadores ainda confiamos. E esse será o último erro da Humanidade.
"Eagle Eye" inicia como um thriller de enorme potencial, subitamente o segredo é revelado e tudo é percebido sem necessidade de mais explicações. Repescando uma ideia que já foi utilizada centenas de vezes – em estreias deste ano inclusivamente – o filme desenvolve-se já sem interesse e sem surpresas. Tragicamente o caminho tomado era mesmo o único possível. Nenhuma outra justificação seria credível ao passo que esta, depois de tantos avisos dados pela ficção-científica, terá mesmo de ser verdade algum dia.
Assim a história prolonga-se por duas horas, com muitas explosões e confusão para impedir o espectador de pensar. Recordando os outros filme que tratam do tema este era perfeitamente inútil. No início Spielberg esteve para ser o realizador, quando cedeu o lugar a Caruso a equipa deste reescreveu o guião. Como não imagino Spielberg a fazer algo tão mau posso agradecer aos argumentistas por conseguirem destruir o que o filme tinha de bom.
Spoiler (Reflexão negativista ou como queiram chamar)
Se até ao século XX o mundo era do ser humano, a partir do século XXI o mundo será das máquinas. Excluindo o cenário de ficção-científica em que andróides enfrentam humanos num luta até ao último homem (claro que a humanidade perde) podemos ver que na nossa sociedade já é isso que sucede. Inicialmente foram apenas os automóveis, mas agora toda a nossa vida depende de circuitos... e eles podem não estar num dia bom. Enquanto um humano é tradicionalmente indigno de confiança, nos computadores ainda confiamos. E esse será o último erro da Humanidade.
Título Original: "Eagle Eye" (Alemanha, EUA, 2008) Realização: D. J. Caruso Argumento: John Glenn, Travis Adam Wright, Hillary Seitz e Dan McDermott Intérpretes: Shia LaBeouf, Michelle Monaghan, Rosario Dawson, Michael Chiklis e Billy Bob Thornton Fotografia: Dariusz Wolski Música: Brian Tyler Género: Acção, Mistério, Thriller Duração: 118 min. Sítio Oficial: http://www.eagleeyemovie.com/ |
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