18 de fevereiro de 2009

Big Brother is watching (and hearing) you



Uma das grandes vantagens dos festivais é trazerem grandes filmes que o público poderia nunca ver. Se nas antestreias ainda pode haver desilusões, nas retrospectivas esse público mesmo sem os ver já sabe com o que conta. São filmes que foram vistos no festival em anos anteriores, alguém já arranjou em dvd, pelo menos já leram sobre ele. Quando o filme tem meses, como é o caso do "Blindness", percebe-se que saibam pouco, quando tem 80 anos como "Metropolis" deviam saber tudo.

Na sessão de ontem das 21 horas duas espectadoras estavam a assistir ao filme de Fritz Lang e a discutir se valia a pena continuar ali ou se deviam mudar para "Dark City". A pessoa à frente delas mandou-as calar e as gralhas dizem algo do género "chega tarde e ainda se põe a mandar vir". A conversa prolongou-se mais espaçadamente até ao final do filme. Pelo que me lembro das minhas idas ao cinema quem chega tarde incomoda uma vez. Quem fala incomoda sempre que abre a boca.

Devo agradecer a essas palradoras a sua presença. Combinando essa recordação à estreia recente de mais um filme de Jason, desconfio que terei uns sonhos bem sangrentos, adequados ao espírito festival.

Moral da história: Ninguém deve ir ver um filme contrariado. Desperdiça tempo e estraga a sessão aos outros (e às vezes esse outro é um blogger de mau humor).

2 comentários:

Bruno Ramalho disse...

são essas pessoas que vêm ao fantas uma única vez e depois só sabem falar mal!

Mas fantástico fantástico, foi aí há 2 anos no Grande Auditório um indivíduo que levou rádio e headphones para ouvir o futebol durante o filme... o_0

Close Up! disse...

Como eu já disse,tirando adolescentes histéricas a minha pior vez foi mesmo com o "Caralho pô" a alto e bom som...
Estava a ver que o gajo ía sacar da faca e fazer uma sequela do Scream...