8 de janeiro de 2005

"Mindhunters" por Nuno Reis


Este está a ser um ano em grande para Renny Harlin, depois de uma boa prequela de terror ("Exorcist: the Beginning") tem agora um bom thriller de terror.
A história começa de forma bastante normal, polícias em missão, mortes um bocado chocantes e criminosos que aparecem do nada, depois mostra-nos a verdade por trás disso, um treino vulgar de polícias de élite, os denominados profilers que entram na mente do criminoso. Os finalistas desse curso terão um grande teste, ficarão isolados do mundo numa ilha da Marinha onde serão submetidos a um teste final, o problema é que eles começam a ser mortos e terão de deter o assassino que se escode entre eles.
Muita desconfiança, os nervos à flor da pele e mortes interessantes (mas inferiores às de "Final Destination", a referência dos filmes com mortes macabras predestinadas), tornam este filme muito agradável para quem gosta do género. As suspeitas que vão sendo passadas de vítima em vítima (como em “Identity”) poderiam estar melhor e o conjunto final de sobreviventes é o mais previsível. Apesar disso é um filme onde posso dizer que de bom grado veria a sequela: um bom lote de artistas (desconhecidos na sua maioria), um bom argumentista/realizador (Wayne Kramer, o argumentista de “The Cooler”), e alguns detalhes macabros que causam sorrisos malévolos. As diversas mudanças feitas ao elenco, na direcção e no departamento de som, assim como problemas de distribuição tornaram este filme quase inviável mas o seu baixo orçamento assim como alguma sorte fizeram com que esta pequena pérola não se perdesse. Sorte para os espectadores pois estes últimos meses ainda não tinham tido nenhuma morte espectacular.

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