30 de abril de 2011

"Outlander" por Nuno Reis

Dois anos depois da passagem pelo Fantasporto e de algumas distribuições limitadas pelo mundo fora chegou às nossas salas comerciais "Outlander". Sem que o filme alguma vez merecesse o destaque de ter estreia comercial, talvez tenha sido a aproximação da chegada de "Cowboys & Aliens" que motivou o lançamento deste "Vikings vs. Alien". Se a ideia era mostrar que tinham feito a mesma história três anos antes correu mal, porque não só a fizeram mal como o livro que inspirou o novo projecto é anterior.

Kainan despenhou na Terra no início do século VIII, numa região que hoje é conhecida por Noruega. Na sua nave vinha também uma criatura conhecida como Moorwen que aproveitou para escapar. Na busca pelo monstro passa por uma aldeia totalmente destruida e queimada. Ele sabe o que fez aquilo e sabe que tem de deter Moorwen o mais depressa possível, mas pode não ter armamento que chegue. Para piorar as coisas é capturado pelos nativos e, por ser um estranho, é acusado do atentado. Apesar de um aparelho lhe permitir falar a língua, vai ter de provar a sua inocência e ganhar a confiança dos vikings porque só unidos poderão derrotar o monstro vindo do espaço antes de serem todos dizimados e o planeta colonizado por uma espécie invasora.

Quem quiser ver um filme repleto de selvagens, mortes e mutilações sangrentas, com seres criados por CGI tem aqui uma boa oportunidade. A componente bélica do filme é realmente forte e bem coreografada, assim como a fotografia. O problema é que quando se tem estrelas como Jim Caviezel, Ron Perlman e Jonh Hurt e a sinopse diz que há guerreiros e extraterrestres se imagina logo um cruzamento de "Braveheart" com "Predator". Pode ter semelhanças, mas falta-lhe muito para chegar a esse nível. O argumento é cliché e o filme no seu todo é mais um desperdício de tempo do que entretenimento (e a criatura parece mais da família do Alien do que de um Predator).

OutlanderTítulo Original: "Outlander" (Alemanha, EUA, 2008)
Realização: Howard McCain
Argumento: Howard McCain, Dick Blackman
Intérpretes: Jim Caviezel, Sophia Myles, Jack Huston, John Hurt, Ron Perlman
Música: Geoff Zanelli
Fotografia: Pierre Gill
Género: Acção, Aventura, Ficção-Científica
Duração: 115 min.
Sítio Oficial: http://www.outlander-themovie.com/

"The Green Hornet" por Nuno Reis

Depois dos remakes, das sequelas e das prequelas, quando todos os livros, jogos e séries de TV tinham sido adaptados a cinema, faltava conquistar um reino, o das ondas hertzianas. Os programas que se ouvia na rádio nos anos quarenta marcaram uma geração como é dito no filme "Radio Days" de Woody Allen. Em 1997 houve uma tentativa de trazer Green Hornet par cinema, mas devido a muitos desacertos mudou inúmeros vezes de argumentista, realizador, protagonista e até de produtora. Em 2011 finalmente chegou às salas, antecipando outras adaptações desse meio como "The Lone Ranger", curiosamente do mesmo criador.

A adaptação é tão posterior que tomou algumas liberdades sem receio de reencontrar os ouvintes na plateia e decepcioná-los. Britt Reid (Seth Rogen) é filho do magnata dos media James Reid (Tom Wilkinson). Leva uma vida desregrada que o pai censura, mas financia. Até que um dia Reid sénior morre e caberia ao iresponsável Britt tomar as rédeas do jornal numa altura crítica para a cidade. Indiferente ao que lhe pedem, vai perceber que nada é tão fácil como parecia quando lhe servem um mau café. A sucessão de acontecimentos vai levá-lo a Kato que além de mecânico e perito em artes marciais acaba por ser o seu único amigo. Juntos vão embarcar numa luta contra o crime pelo lado de dentro.

O dinheiro não traz felicidade, mas pode comprar super-poderes. Depois de Bruce Wayne chega este um novo milionário também que esbanja fortunas no combate ao crime através de uma identidade secreta. E por outro lado trabalho num jornal como Peter Parker e Clark Kent, numa constante observação da sociedade e denúncia dos seus podres. Por tudo isso Green Hornet devia ser um grande herói. Mas não é e a ideia de ser o parceiro a fazer tudo é engraçada.
A abertura com um James Franco descartável prenunciava um filme de grande nível. A secretária que o treina como vilão está muito bem engrendrada (Cameron Diaz por vezes ainda faz bons papéis). O vilão é interpretado por Christoph Waltz e o nome desse senhor chega para recordar o pior que um ser humano consegue fazer. Mas nem com isso tudo o filme satisfaz. A dupla de protagonistas nunca consegue a química que desejaria. A intriga é rebuscada, mas não convincente. E a destruição, apesar de assente em efeitos especiais elaborados e abundantes, ao fim de dez minutos perde a razão de ser de tão exagerada. Há algumas pontas soltas por onde pode surgir novo capítulo e isto como carta de apresentação abre o interesse, mas de Gondry esperava-se muito melhor.

The Green HornetTítulo Original: "The Green Hornet" (EUA, 2011)
Realização: Michel Gondry
Argumento: Seth Rogen, Evan Goldberg (inspirado no programa rádio de George W. Trendle)
Intérpretes: Seth Rogen, Jay Chou, Cameron Diaz, Tom Wilkinson, Christoph Waltz
Música: James Newton Howard|
Fotografia: John Schwartzman
Género: Acção, Comédia, Crime
Duração: 119 min.
Sítio Oficial: http://www.sonypictures.com/movies/thegreenhornet/

"Yogi Bear" por Nuno Reis

Hà cinquenta anos as séries animadas da Hanna Barbera eram rainhas da televisão. Entre uma dezena de séries de diferentes temáticas, toda a gente teria uma preferida. Com base nos interesses do público (medido em rentabilidade esperada) as séries foram sendo adaptadas para cinema. Algumas personagens cuja magia parece ter desaparecido (quem ainda se lembra de Quick Draw McGraw/Pepe Legal ou da Tartaruga Touché?) ficaram esquecidas quando se tratou de adaptar, mas depois de sucessos mediáticos como "The Flintstones" e "Scooby Doo" e outros mais discretos como "Jetsons: The Movie", era indecente ainda faltar o filme do Zé Colmeia, internacionalmente cohecido como Yogi Bear.



Que me perdoe quem preza os nomes originais, mas cresci a ouvir Zé Colmeia e Catatau e vou tratá-los por esses nomes. Zé Colmeia é um urso com muita lábia que vive obcecado por roubar cestos de piqueniques e comer comida humana. O pequeno Catatau respeita as regras do parque, mas como é um pouquinho lento de raciocínio é facilmente arrastado para os planos falíveis de Zé Colmeia. E estes ursos falam o que não parece surpreender o Guarda Florestal Smith, responsável máximo do Parque de Jellystone onde habitam.
No filme o governador quer desflorestar o parque para ganhar dinheiro. Os guardas (Tom Cavanagh e T.J. Miller) e a documentarista (Anna Faris) que acabou de chegar ao parque dão o seu máximo para o impedir, mas no final caberá aos ursos fazer o impossível para salvar o parque.

É uma pena mas o filme comete todos os erros argumentativos possíveis e os actores esforçam-se por serem maus. Deve ter batido novos recordes quanto a previsibilidade e estereótipos. Seria tortuoso ver do início ao fim se não fosse Zé Colmeia. É este urso com o seu carisma que salva o filme e as suas trapalhadas dão sempre para rir, mesmo que se saiba como vai acabar. O trabalho vocal de Dan Aykroyd (Zé) e Justin Timberlake (Catatau) não fica atrás do original e ajudaram o CGI a ressuscitar personagens que não tinham episódios nem tele-filmes há mais de dez anos. Foi demasiado tempo. Já que voltou podiam fazer agora algo de jeito. Algo que agrade tanto a crianças, ansiosas por venerar mais um herói perene, como adultos saudosos de uma era em que a TV tinha grandes séries. Mudando o argumentista, claro.

Yogi BearTítulo Original: "Yogi Bear" (EUA, Nova Zelândia, 2010)
Realização: Eric Brevig
Argumento: Jeffrey Ventimilia, Joshua Sternin, Brad Copeland
Intérpretes: Dan Aykroid (voz), Justin Timberlake (voz), Tom Cavanaugh, T. J. Miller, Anna Faris, Nathan Corddry, Andrew Daly
Música: John Debney
Fotografia: Peter James
Género: Animação, Aventura, Comédia, Família
Duração: 80 min.
Sítio Oficial: http://yogibear.warnerbros.com/

Resultados da sondagem "Ver Filmes é"


A propósito dos filmes em On-Demand ao fim de 60 dias em cinema foi colocada uma sondagem na lateral do blog. Após uma semana e 28 votos, o resultado é o seguinte.



Há duas conclusões obrigatórias. A que já era óbvia à partida é que a sala de cinema é o local preferido. A outra, que também não surpreende, é ninguém se querer sujeitar aos horários da TV.

"Céline et Julie Vont en Bateau" por Nuno Reis

No âmbito de mais uma tertúlia cinematográfica, desta vez dedicada à Nouvelle Vague, onde fui convidado a escolher um filme, trago-vos a sugestão de "Phantom Ladies Over Paris", ou simplesmente "Céline et Julie Vont en Bateau".

O ano é 1974 e enquanto Portugal começava uma revolução militar, em França terminava uma revolução cultural. Os artistas da Nouvelle Vague disparavam os últimos cartuchos de criatividade contra uma indústria que se descaracterizava a passos largos. O golpe final chega de barco. Se os quatrocentos golpes dados por artistas como Chabrol, Demy, Godard, Renoir, Resnais, Rohmer, Truffaut, e Varda não bastaram, Rivette iria mostrar que ao fim de quase vinte anos ainda era possível ser diferente.

Julie está a ler um livro de magia no jardim quando passa uma mulher a correr que deixa cair algo. Chama-se Céline e por acaso é ilusionista. Julie vai atrás dela numa perseguição indiscreta e depressa as suas vidas estão irremediavelmente ligadas. Céline afasta Guillou, a única distracção de Julie, e quando a tem só para si uma interminável aventura cheia de mentiras e ilusão de parte a parte vai começar.

Não parece, mas o filme tem um pouco mais de três horas. Devido a toda a atmosfera mágica, envolvente e irresistível vai ser visto de uma só vez - não há como escapar a esta narrativa - mas fica o alerta para não afectar compromissos na vida real.
Céline e Julie são duas mulheres fora do vulgar, mas o mundo delas é surreal. Os seus pensamentos como que estão ligados e, além de partilharem memórias, as mentiras de uma são corroboradas pela outra. São duas crianças perdidas num mundo de adultos, que ainda encontram prazer nos actos simples da vida como comer um caramelo e conseguem criar uma elaborada mentira a partir de um acontecimento real. E finalmente há aquela casa e os acontecimentos que lá se sucederam e se repetem infinitamente quando comem o doce que as deixa zonzas num alusão óbvia a drogas.
A metáfora dos frascos com doces e das garrafinhas pode ser considerada uma referência à louca fábula de "Alice in Wonderland", mas cinematograficamente é mais próximo de Buñuel com muita sátira social, política e até cinematográfica.

No início o som ambiente é maioritariamente proveniente das ruas de Paris, autênticas e parte integrante do filme. As pessoas da realidade são os pretenciosos artistas parisienses (não há palavras para descrever os espectáculos de magia), mas nem a cidade nem as pessoas importam nesta história com duas protagonistas. Sâo elas que fazem o filme desdobrando-se em múltiplas personalidades de acordo com um argumento tipicamente francês e que roça a perfeição. A montagem também tem momentos sublimes, mas então a realização... essa é tão grandiosa que não dá nas vistas, permitindo a cada componente brilhar por si.

O filme foi feito com poucos meios financeiros, mas tem uma enorme riqueza de conteúdo. A forma de contar a história é indiscutivelmente cinematográfica, mas totalmente diferente do que era feito. O golpe final é quando as personagens se tornam espectadoras e o espectador fica sem saber qual o seu lugar. Magnífico.


Celine Julie Vont BateauTítulo Original: "Céline et Julie Vont em Bateau" (França, 1974)
Realização: Jacques Rivette
Argumento: Juliet Berto, Eduardo de Gregorio, Dominique Labourier, Bulle Ogier, Marie-France Pisier, Jacques Rivette
Intérpretes: Juliet Berto, Dominique Labourier, Bulle Ogier, Marie-France Pisier, Barbet Schroeder, Nathalie Asnar
Música: Jean-Marie Sénia
Fotografia: Jacques Renard
Género: Comédia, Drama, Fantasia, Mistério
Duração: 193 min.

29 de abril de 2011

Why the World needs Superman


Superman


No último filme do Super-Homem ele desapareceu e Lois Lane escreveu um artigo a dizer que o mundo não precisava dele. Quando ele regressou ela escreveu um artigo a dizer porque precisava dele. Parece que o mundo hoje em dia precisa masi dele do que os EUA.


Agora a BD diz que ele vai renunciar à nacionalidade americana para se tornar cidadão do mundo. Como a sétima arte está ligada aos comics isto terá repercussões no argumento do próximo filme? Fará parte de um plano maior relacionado com o tema do filme? Ou será indiferente?

Podem ler mais no Público.

28 de abril de 2011

"Thor" por Nuno Reis


Hoje é Quinta-feira para quem fala português. Também gregos e lituanos nomeiam o dia da semana com um número, mas na maioria das línguas é em honra de uma personagem. Se falarem inglês dirão que é Thor’s day, para escandinavos será Torsdag e mesmo o termo alemão Donnersdag e o holandês Donderdag deixam de ser tão estranhos se nos lembrarmos que Thor tem o nome Donar em algumas culturas. Quem é esse sujeito que baptiza o dia das estreias em meia Europa, perdendo nos outros países apenas para o todo-poderoso deus romano Júpiter? É o mesmo, é o deus do trovão. Enquanto para os humanos Thor/Júpiter era o maior dos deuses, neste filme Thor é apenas o filho de Odin, esse sim, o rei de Asgard e defensor da paz no Universo (de salientar o jogo fonético em inglês de “Asgardians” com “guardians”). Neste filme serão narradas as aventuras de Thor e amigos em Asgard e em Midgard (Terra).

Thor ia ser coroado rei quando um ataque dos gigantes do gelo no palácio obriga a suspender a cerimónia. Odin, vendo o filho a deixar-se levar pelo impulso de retaliar, prefere adiar a passagem do cargo. Thor, o irmão Loki e quatro amigos partem em busca de vingança, interrompendo as tréguas que existiam entre ambos e despoletando um massacre. Furioso com o desrespeito, Odin bane Thor para a Terra despojado dos seus poderes. Um grupo de cientistas em busca duma ponte Einstein-Rosen choca com esse Thor humano e leva-o para o hospital. Ao início desconfiam dele, mas quando a SHIELD leva os resultados das suas pesquisas, a única esperança que lhes resta é o homem que veio das estrelas. Enquanto isso Loki faz os seus preparativos para governar Asgard, nem que para isso tenha de a destruir.

Nos últimos tempos Anthony Hopkins tem feitos más escolhas e Hemsworth não é referência para ninguém de bons filmes, mas um projecto que consegue convencer Kenneth Branagh e Natalie Portman a entrarem no universo Marvel merece algum respeito à partida. Nem o realizador é conhecido por fazer filmes ligeiros, nem a actriz se iria sujeitar no melhor ano da carreira a um filme menor apenas por questões financeiras. E “Thor” é um filme com pés e cabeça. A nível visual é tudo o que se poderia esperar. A personagem Jane Foster foi melhorada em relação ao livro e o alter-ego Donald Blake tem o seu momento, no geral o elenco e a história correspondem à ideia deixada pela BD e à lenda, sem descurar a componente científica. Quanto aos actores podem não ganhar prémios pela interpretação, mas não desiludem os fãs.

Os combates felizmente são muitos e variados, mas sem exageros. Claro que o martelo voador Mjolnir tem um poder destruidor incomparável, mas até essa arma só é usada em casos de absoluta necessidade. O 3D foi um acrescento inútil e para os espectadores será um desperdício de dinheiro. Quase metade do filme nem usa a tecnologia. A única cena onde poderia ser bem aproveitado - um carro a ser atirado - foi filmada do ângulo errado. Branagh não está acostumado a estas modernices.
As referências aos outros filmes do universo estão discretamente presentes e a sequela, confirmada na semana passada, tem espaço para crescer. O interesse por ela é que não é muito porque no formato dado aos filmes Thor e Mjolnir não têm rival.

ThorTítulo Original: "Thor" (EUA, 2011)
Realização: Kenneth Branagh
Argumento: Ashley Miller, Zack Stentz, Don Payne, J. Michael Straczynski, Mark Protosevich (comics de Stan Lee, Larry Lieber, Jack Kirby
Intérpretes: Chris Hemsworth, Natalie Portman, Tom Hiddleston, Anthony Hopkins, Stellan Skarsgård, Kat Dennings, Clark Gregg, Idris Elba
Música: Patrick Doyle
Fotografia: Haris Zambarloukos
Género: Acção, Aventura, Drama, Fantasia
Duração: 114 min.
Sítio Oficial: http://thor.marvel.com/

A Festa do Cinema Francês continua

A Festa do Cinema Francês é um evento incontornável do nosso cinema. O que poucos saberão é que os responsável por esse ciclo organizam todos os meses sessões de cinema com temas variados.

O Institut français du Portugal propõe, ao longo do ano, projecções de longas e curtas-metragens francesas (ficção e documentário) no âmbito de ciclos de cinema mensais ou durante a Festa do Cinema Francês.

Todos os meses, Institut français du Portugal apresenta quer filmes recentes quer grandes clássicos do cinema francês reunidos:

¤ No âmbito de ciclos de autor (ex. Tony Gatlif, Jean Rouch, Arnaud Desplechin, Marguerite Duras…)
¤ No âmbito de ciclos temáticos: as sessões são geralmente seguidas de debates com o público na presença de personalidades convidadas.

Alguns ciclos do IFP podem viajar pelo país e ser objecto de apresentações públicas, fora de portas.

A Festa do Cinema Francês é organizada no Outono pelo Institut français du Portugal, em diversas cidades.

Desde a sua criação em 2000, a Festa do Cinema Francês, tem apresentado todos os anos, com a colaboração ds distribuidores portugueses, uma selecção de longas-metragens em antestreia e acolhido muitos convidados excepcionais, entre os quais : Sophie Marceau, Isabelle Adjani, Fanny Ardant, Jeanne Balibar, Josiane Balasko, Louis Garrel, Agnès Varda, Costa-Gavras e Agnès Jaoui.

Em 2009, por ocasião do 10º aniversário do festival, 150 projecções foram organizadas em 9 salas através do país, reunindo 28.769 spectateurs e colocando-o assim entre os mais importantes festivais de cinema em Portugal.


Em Maio o tema será a cidade de Paris.

"PARIS NO CINEMA" é o novo ciclo de cinema que pode ver todas as segundas-feiras do mês de Maio, de 2 a 30, no Institut français de Portugal, sempre às 19h00. A entrada é livre e os filmes são legendados em português.
São cinco filmes de referência ao ritmo da Paris de hoje.

Já na próxima segunda-feira, dia 2 de Maio, pode-se ver ou rever o filme de Christophe Honoré "Les Chansons d'Amour" com Louis Garrel, Ludivine Sagnier e Chiara Mastroiani que fez parte da selecção oficial do festival de Cannes em 2007.

Seguem-se:
Dia 9 - "L'esquive" de Abdellatif Kechiche, César do Cinema francês 2005 - Melhor Filme, Melhor revelação feminina, Melhor realizador, Melhor argumento original . E ainda uma Menção Honrosa no festival Internacional do Filme de Stockholm.
Dia 16 - "Renaissance" de Christian Volckman
Dia 23 - "Changement d'adresse" de Emmanuel Mouret. Presente na Quinzena dos Realizadores, Festival de Cannes 2006.
Dia 30 - "Andalucia" de Alain Gomis. Prémio de Interpretação masculina (Yacine Samir) Bayard d'Or no Festival do Filme Francéfono de Namur. Prémio do público "Entrevues" no Festival do filme de Berlim 2007.



Para os interessados a morada é Avenida Luís Bívar 91, Lisboa.

Fotos cinematográficas em Avanca

Fotografias de cinema são o mote para um Concurso Internacional que procura reunir no AVANCA 2011 imagens do cinema e do seu mundo, vindos de vários quadrantes geopolíticos, sociais e culturais.

Este concurso, promovido pela 15ª edição do “AVANCA 2011 – Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia”, tem como objectivo promover a criatividade, a arte fotográfica, bem como expor uma visão pictórica de tudo o que concerne ao cinema.

Procurando uma abordagem alargada a esta relação fotografia/cinema, o concurso procura reunir imagens fotográficas que sejam transversais às várias abordagens cinematográficas. A arquitectura dos cinemas, a rodagem de filmes, a fotografia de cena e dos “making off”, as pessoas, os actores, os realizadores, o cinema como inspiração, são alguns dos pontos de partida para esta selecção de imagens.

Os autores de imagens fotográficas podem inscrever as suas fotografias até 15 de Maio próximo, enviando cópias digitais através da web.

As imagens seleccionadas farão parte de uma mostra que estará em exposição no Festival de Cinema AVANCA 2011, sendo ainda parte integrante de um livro a ser editado por altura do referido festival.

Um Júri Internacional seleccionará e atribuirá o Prémio Click Clack Action a uma das fotografias escolhidas.

O regulamento e as fichas de inscrição podem ser consultados em http://www.clickclackaction.blogspot.com

O Festival AVANCA'11 cumpre este ano a sua 15º edição ininterrupta, acontecendo sempre no final do mês de Julho e integrando workshops, conferências, exposições e várias competições de filmes.

O Festival AVANCA’11 é uma organização do Cine-Clube de Avanca e Câmara Municipal de Estarreja com o apoio do ICA / Ministério da Cultura, Instituto Português da Juventude, Região de Turismo do Centro, DeCA / Universidade de Aveiro, ESAP, ESAD, Junta de Freguesia, Agrupamento de Escolas e Paróquia de Avanca, para além de várias entidades locais.

27 de abril de 2011

26 de abril de 2011

Nova estrela de "Transformers 3" nua

Este será o último filme da saga pelo menos para Michael Bay. Num esforço para que seja perfeito (ou pelo menos melhor do que o anterior) foram feitas várias mudanças. Quem gostou do anterior não se preocupe porque pelo que li até agora o argumento continua sem nexo. Uma foi a troca de Megan Fox por Rosie Huntington-Whiteley, uma modelo que tem pelo menos tanto jeito para actuar como a predecessora. A outra é o lançamento de fotos das novas personagens. Aqui fica para se deliciarem a primeira imagem de uma nova personagem fundamental e sem roupa.
Shockwave Transformers

Este é Shockwave, um dos Decepticons que se vai juntar à batalha final. Agora percebem porque "Deceptions" se traduz "Decepções"?

SHOTS 2011: lote bónus

Um novo lote de filmes está disponível no site do SHOTS para votação pública.

Estropeado
David Fernández Varón, Ismael Rodríguez Sánchez


Sabrina
Sergio Colmenar


Remember
Andrea Zamburlin


Anorexia
K. Prada y J. Prada


El Viajero
Jordi Roca


Sister
Mitchael Rittmannsberger


Mirada Perdida
David Pareja

FESTin começa hoje


O FESTin 2011 - Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa tem hoje início. Para este dia estão programadas diversas atrações que celebram o cinema lusófono.

O filme de abertura é o "Lixo Extraordinário", com co-produção brasileira, dirigido por João Jardim, Lucy Walker, e Karen Harley, com produção executiva de Fernando Meirelles. O documentário enfoca o trabalho do artista plástico brasileiro de renome internacional, Vik Muniz, que elaborou obras a partir de sua convivência com os trabalhadores do maior aterro sanitário da América Latina, o Jardim Gamacho, no Rio de Janeiro. O documentário foi nomeado para o Oscar deste ano na categoria de melhor documentário. A abertura vai contar com a presença do artista plástico Vik Muniz e do realizador João Jardim. O evento que realizar-se-á ás 21:00, no Cinema São Jorge, contará com um cocktail e DJ set após a exibição do filme.

Outras sessões estão previstas antes da abertura com curtas-metragens que começam a ser exibidas a partir das 16h. Dentre elas destaca-se o filme "Simpatia do Limão" que contará com a presença do realizador, Miguel Oliveira, conta a história de Joana que vai a uma cartomante para que ela traga o seu marido de volta; o curta-metragem "Dina", filme moçambicano realizado por Mickey Fonseca, vencedor do Prémio de Melhor Curta-Metragem de África no African Movie Academy Awards 2011; e o curta guineense "A pegada de todos os tempos" da realizadora Flora Gomes que mostra uma fábula sobre a tradição e a modernidade.

Além de produções brasileiras, moçambicanas e guineenses, também poderão ser vistas produções portuguesas e angolanas neste dia.

O FESTin 2011 realizar-se-á até o dia 01 de Maio, confira a programação no site: http://www.festin-festival.com.

25 de abril de 2011

"Carmen 3D" por Nuno Reis

Os DVD's de peças musicais sempre foram um sucesso, mas a nova moda para eternizar performances memoráveis é filmá-las em 3D. O passo seguinte é transmitir em sessões únicas e simultâneas. Hoje, por exemplo, houve uma sessão de "Carmen 3D" às 17 horas em dez salas ZON Lusomundo pelo país fora e o Antestreia esteve lá a convite da distribuidora.

A história de Carmen vem do século XIX. Don José, um cabo espanhol que fugiu de Sevilha para Navarra devido a uns desacatos, é visitado por Micaela, uma jovem da terra com um recado da mãe de José. Apesar de apaixonado pela pura e inocente Micaela, José deixa-se seduzir, como todos os homens, pela provocante cigana Carmen. Quando Carmen é capturada por se ter envolvido numa briga José deixa-a fugir sendo por isso despromovido e preso. Desgraçado por amor, vai abandonar a vida de militar, trair os sonhos da mãe e tornar-se um contrabandista.

O filme começa ainda nos bastidores da Royal Opera House. Os actores preparam-se nos camarins. Em seguida o olhar da câmara percorre a audiência como qualquer espectador desocupado faria. A orquestra começa a tocar, o par de olhos mecânicos centra-se no palco e a peça tem início.
A apresentação da maioria das personagens é feita de forma deslumbrante num primeiro acto seguro e eficaz em que o 3D prova a utilidade. No segundo acto o 3D não tem tanta utilidade, nota-se inclusivamente algumas falhas, mas uma interpretação sublime de "Nous avons en tête une affaire" torna tudo mais secundário. O terceiro acto é demasiado escuro para que o 3D surta efeito. A nível musical não há tantas sonoridades conhecidas (os imortais "Habanera" e "Chanson du toréador" são respectivamente primeiro e segundo acto), mas a emoção centra-se na narrativa. O quarto acto é puro espectáculo, visualmente arrebatador e com artifícios que justificam a dimensão extra.
De lamentar que a legendagem não corresponda à qualidade sonora porque foram frequentes os erros (trocas de género, mudanças de tempo verbal, letras em falta...) e os anglófonos a cantarem em francês não são fáceis de perceber.

Quanto às performances, comparando com outras versões (inclusivamente da mesma Royal Opera House) disponíveis pela Internet, foi o melhor conjunto de cantores que ficou nesta versão. Não avaliarei interpretações por toda a teatralidade que está subjacente à interpretação de uma Ópera, mas posso referir vozes. O grande destaque vai para as mezzo soprano Christine Rice (Carmen) e Paula Murrihy (Mercédès) e em segundo para o barítono Aris Argiris. Esta preferência pode ser discutível visto que sou famoso por ser duro de ouvido.

A sala de cinema ainda não substitui uma ópera qualquer e o Covent Garden é incomparável. É uma nova forma de trazer a ópera às pessoas e talvez leve à ópera pessoas insatisfeitas com a versão cinematográfica. Convém é não esquecer que nem todas as versões têm a mesma qualidade e esta, apesar de em tela ser tão impessoal, é de um nível superior a praticamente qualquer uma que passe pelo nosso país.

Carmen 3DTítulo Original: "Carmen 3D" (Reino Unido, 2011)
Realização: Julian Napier
Argumento: novela de Prosper Mérimée, libretto de Henri Meilhac e Ludovic Halévy,
Intérpretes: Christine Rice, Bryan Hymel, Aris Argiris, Maija Kovalevska, Elena Xanthoudakis, Paula Murrihy, Adrian Clarke, Harry Nicoll
Música: Georges Biset
Fotografia: Sean MacLeod Phillips
Género: Drama, Musical
Duração: 170 min.
Sítio Oficial: http://www.carmen3d.com/

Filmes para ver antes de morrer

Em Março de 2009 o Yahoo Movies lançou uma lista de cem filmes para ver antes de morrer onde estavam os grandes clássicos.
Em Abril de 2010 saiu uma lista para quem não gosta de filmes antigos 100 clássicos modernos para ver antes de morrer que inclui produções de 1990 a 2009.
Voltando a mergulhar num nicho, a lista de 2011 é alusiva a 50 documentários para ver antes de morrer. A produção centra-se novamente no final do século XX, início do XXI, mas é preciso admitir que têm saído muito documentários imperdíveis.

24 de abril de 2011

Poster e trailer "La Casa Muda"

"La Casa Muda" de Gustavo Hernández

Laura e o pai vão fazer reparações numa casa que vai ser posta à venda. Chegam lá de noite para começarem as reparações logo de manhã, mas são perturbados por um ruído vindo do exterior que passa para o piso superior da casa. O pai sobe para ver o que se passa e Laura tenta ir para o exterior. Este filme acompanha em tempo real os últimos 78 minutos de um caso real passado nos anos 40 no Uruguai.

A crítica brevemente no blog.
La Casa Muda
Imdb

23 de abril de 2011

22 de abril de 2011

Júri do Black & White 2011

Júri internacional avalia obras no festival Black & White

Chris Chafe, Leonor Silveira, Pib, Sahra Kunz e Stefan Le Lay compõem o painel de jurados da iniciativa promovida pela Escola das Artes

Único no mundo por celebrar a estética a preto e branco, o Festival “Black & White” deste ano conta com um júri internacional de nomeada. De entre o painel de jurados, composto por cinco elementos, evidencia-se a presença de Chris Chafe (EUA), director do centro de investigação em música e acústica informática na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Compositor e investigador musical no âmbito da performance interactiva, é um dos principais impulsionadores do estudo da música pela internet.

A este nome, junta-se o da actriz portuguesa Leonor Silveira. Conhecida pela participação em vários filmes de Manoel de Oliveira, foi recentemente distinguida com a “Ordem das Artes e Letras de França”, uma das mais altas distinções honoríficas que homenageia personalidades que se afirmaram pelo contributo na difusão da cultura em França. Actualmente, assume a função de subdirectora do Instituto de Cinema e Audiovisual. A também portuguesa Sahra Kunz, docente no curso de Som e Imagem da Católica no Porto, é outra das figuras confirmadas.

O quadro de jurados fica composto com a presença de Stephan Le Lay e Pib, ambos de nacionalidade francesa. O primeiro – que se destaca pela conquista de dois galardões em duas edições do “Black & White” na categoria de vídeo – é ainda realizador e co-fundador da produtora "Les films du Varech" e argumentista da longa-metragem "Survie". Já o segundo, um fotógrafo autodidacta, é conhecido pelo trabalho desenvolvido ao nível da cultura urbana e hip-hop. Depois de inúmeras publicações e exposições, dá cartas na pesquisa fotográfica sobre o indivíduo e sobre a sua presença na complexidade urbana.

Recorde-se que Escola das Artes da Universidade Católica no Porto abre portas à oitava edição do Festival “Black & White” de 11 a 14 de Maio. Este ano, os jurados terão entre mãos a avaliação de um conjunto de 46 obras – 30 vídeos, oito sequências fotográficas e oito áudios – a preto e branco.

Pinguins!

"Mr Popper's Penguins" de Mark Waters

A vida de um homem começa a mudar quando herda seis pinguins. Gradualmente converte o seu apartamento num paraíso de gelo.
Apesar de todos os maus exemplos recentes, um filme que tenha pinguins é obrigatoriamente divertido.
Mr Popper
Imdb


Se quiserem ver um pouco mais de gelo recordem a curta/teaser "Ice Age 4: Scrat Continental Crack Up".

21 de abril de 2011

Premiado do Fantas faz sucesso em Tribeca


Fui alertado pelo realizador Aharon Keshales para a estrondosa reacção ao filme "Rabies" em TriBeCa.

A country surrounded by homicidal maniacs probably does not have much need for horror movies. Perhaps that is why it took over sixty years for the Israeli film industry to produce its first slasher film. It was worth the wait. Considerably more inventive than the genre standard, Navot Papushado and Aharon Kashales’ Rabies is a highlight of the Cinemania selections at this year’s Tribeca Film Festival.

Libertas Film Magazine


É uma boa sensação saber que esteve no Fantas antes do resto do mundo e que as boas referências se continuam a acumular. Votos de sucesso para um filme que se espera ver premiado em mais sítios.

"Barronhos – Quem teve medo do poder popular?" no Lugar do Real

O primeiro filme de Luís Filipe Rocha, o documentário Barronhos – Quem teve medo do poder popular?, está agora disponível online no portal Lugar do Real. Rodado em 16mm e estreado no Animatógrafo em 1976, foi recentemente restaurado pela Cinemateca Portuguesa. O filme analisa um crime cometido no verão quente de 1975, num dos bairros de lata da periferia de Lisboa, e propõe uma reflexão, a quente, sobre o Processo Revolucionário em Curso que ao longo desse ano agitou todo o país, e sobre as contradições políticas, sociais e económicas que dividiram Portugal em consequência do golpe militar de 25 de Abril de 1974.

Lugar do Real é um sítio de visionamento do documentário, de filmes e vídeos escolares e da fotografia documental, disponibilizados para fins pedagógicos, de investigação e culturais, e foi criado pela AO NORTE – Associação de Produção e Animação Audiovisual. Esta plataforma está dividida em três secções independentes entre si - Lugar do Real, Escolas e Fotomemória.

A secção Lugar do Real quer ser uma alternativa ao acesso e valorização do documentário, alargando o visionamento a obras condenadas a uma divulgação residual; uma base de dados que facilite aos programadores a selecção de documentários e de outras obras audiovisuais para projecção em sala; um encontro com "outros olhares" - registos na área da antropologia visual, depoimentos, memórias, entrevistas, imagens de arquivo, etc., e um incentivo para a recuperação e partilha, em formato digital, dos filmes em 8mm com valor histórico e cultural (Século XX em 8mm);

Escolas é uma janela aberta sobre as obras realizada pelos alunos das escolas de cinema e de audiovisuais, e um ponto de encontro dos projectos levados a cabo pelas escolas do ensino básico e secundário ou por outras entidades interessadas na literacia audiovisual;

Na Fotomemória divulga-se a fotografia documental, entendida como memória do séc. XX, com especial atenção aos álbuns de família.

O portal pode ser visitado em www.lugardoreal.com.

NATO contra o cinema em casa

Num mundo perfeito toda a gente teria uma tela de cinema em casa e quando queria ver um filme teria o produtor a vir trazê-lo em mão no instante do pedido, o realizador estaria por perto para explicar as suas opções quando solicitado e os actores... bem, poderiam aparecer no final caso o filme seja merecedor de aplausos ou tão mau que surja uma vontade incontrolável de atirar tomates.
Mas não é assim hoje em dia. Temos de nos deslocar a um local público, rezar para que tenham o filme que queremos e num horário aceitável, dividir o espaço com muitas pessoas mal-educadas, suportar ruído de pipocas e sorvedores de refrigerantes, por vezes enfrentar problemas de imagem ou som e alguns outros acidentes. Se for na Letónia até podemos levar um tiro. Como seria bom poder levar o filme para casa... Mas isso já é possível!

A partir de hoje a DirecTV vai disponibilizar nos EUA um serviço de VOD (video on demand) chamado Home Premiere que disponibiliza os filmes da Warner, Fox, Sony e Universal 60 dias após o lançamento em cinema por 29,99 dólares. A NATO (National Association of Theater Owners, Associação Nacional dos Donos de Cinemas) manifestou-se contra e apela a um boicote ao serviço. Junto a eles está um batalhão de nomes sonantes incluindo Peter Jackson, Michael Bay, Kathryn Bigelow, James Cameron, Guillermo del Toro, Roland Emmerich, Antoine Fuqua, Shawn Levy, Michael Mann, Todd Phillips, Brett Ratner, Robert Rodriguez, Gore Verbisnki e Robert Zemeckis.

Alegam que isso é um incentivo à pirataria (em vez de levarem câmaras para a sala de cinema gravam directo do ecrã da TV), que o preço tendencialmente vai descer levando a um prejuízo anual de centenas de milhões, e que vai destruir os hábitos de ir ao cinema.
Eu acho que excepto casos muito pontuais passado um mês ou dois da estreia já o filme saiu de exibição. Isso é apenas um ataque ao Home Video que custa o mesmo e permite múltiplos visionamentos. Quem quer ver filmes vê onde muito bem entender e quem aprecia Cinema continuará a ver em tela.

Isso significa que não indo ao cinema:
Posso ver um filme para crianças sem as ouvir o filme todo e sem ser obrigado a ver dobragens?
Posso ver um blockbuster sem esperar uma hora na fila pelo bilhete, sem ir para uma sala a transbordar, sem que me contem opiniões sobre o livro e sem cotoveladas à saída?
Óptimo!

E se for ao cinema:
Os pais não vão deixar os filhos adolescentes ir a uma sessão da noite porque podem ver em casa umas semanas depois?
Os bandos ruidosos vão começar a ficar em casa (por esse preços até compensa se forem mais de 5 ver) deixando o cinema para as pessoas que vão sozinhas ou aos pares e normalmente se portam melhor?
As salas vão ter de proporcionar um melhor ambiente, projecção de qualidade e preço ou simplesmente começar a passar filmes independentes?
Óptimo!

Agora apresentem-me argumentos contra que não estejam já no Hollywood Reporter.

Os restantes signatários são Todd Garner, Lawrence Gordon, Stephen Gyllenhaal, Gale Anne Hurd, Karyn Kusama, Jon Landau, Bill Mechanic, Jamie Patricof e Adam Shankman.

Trailer da curta "ColourBleed"



Fez ontem um mês que Peter Szewczyk terminou a sua segunda curta-metragem. Aqui fica o trailer, uma delícia visual.


Site oficial

Este artista dos efeitos visuais trabalhou em filmes das sagas animadas "Shrek", "Ice Age" e "Madagascar", nas de imagem real "Star Wars", "Harry Potter" e "The Chronicles of Narnia", assim como nos blockbusters "Avatar", "2012", "The Day the Earth Stood Still" e no director's cut de "THX 1138".

No meio de todos esses filmes ainda brincou com a tecnologia fazendo "Dark Clouds", sobre a chuva ácida.


20 de abril de 2011

My Movie Tracks - Nuno Reis


Espreitem algumas músicas da minha vida na iniciativa My Movie Tracks do blog Os Filmes da Gema.

O meu agradecimento para a Marta que com esta inicitiva me fez recordar algumas músicas inesquecíveis. Aqui ficam os vídeos.

Chariots of Fire em "Chariots of Fire"
Moon River em "Breakfast At Tiffany's"
Plumbing em "The Goonies"
So Long Marianne em "The Boat That Rocked"
As Time Goes By em "Casablanca"
Gabriel's Oboe em "The Mission"
Summer Nights em "Grease"
Bogey em "The Bridge on the River Kwai"
Elephant Love Medley em "Moulin Rouge!"
Ring of Fire em "Walk the Line"

Amanhã o mundo será terminado. Ou não.

O problema das viagens no tempo é que alteram o futuro. A temível Skynet do universo Terminator, de acordo com os últimos filmes, entraria online entre dia 19 e 21 deste mês.
Como a série "The Sarah Connor Chronicles" aponta a segunda data (aqui) e ainda não apareceu um quinto filme a contrariar, hoje é o nosso último dia antes do Judgement Day. Peguem nas armas e destruam os robots antes que eles nos destruam a nós. Já sabem o que vai acontecer...

Se não acontecer nada "I'll be back" amanhã com novos posts. O que não volta amanhã é a votação para melhores argumentos da década passada por isso digam depressa o que pensam.

Selecção para La Semaine de La Critique

Longas-metragens


Las Acacias, de Pablo Giorgelli
Ave, de Konstantin Bojanov
17 Filles, de Delphine & Muriel Coulin
The Slut, de Hagar Ben Asher
Snowtown, de Justin Kurzel
Sauna on Moon, de Zou Peng
Take Shelter, de Jeff Nichols

Curtas-metragens


Alexis Ivanovitch Vous Etes Mon Héros, de Guillaume Gouix
Black Moon, de Amie Siegel
Blue, de Stephan Kang
Boy, de Topaz Adizes
Bul-Myul-Ui-Sa-Na-Ie, de Moon Byoung-gon
Dimanches, de Valérie Rosier
In Front of the House, de Lee Tae-ho
La Inviolabilidad del Domicilio se Basa en el Hombre que Aparece Empunando un Hacha, de Alex Piperno
Junior, de Julia Ducournau
Permanências, de Ricardo Alves Júnior

Exibições Especiais


La Guerre est Déclarée, de Valérie Donzelli
Pourquoi tu Pleures?, de Katia Lewcowicz
Walk Away Renée, de Jonathan Caouette
My Little Princess, de Eva Ionesco

"Mean Girls 2" por Nuno Reis

Sequela é um termo frequentemente usado para identificar um filme como sendo a continuação de outro. Uma nova obra que tem início logo no final da anterior ou talvez uns anos depois. Em alguns casos pode até começar antes da anterior acabar.
Quando aparece o número 2 num título pensa-se que algo será acrescentado ao que já foi feito. Ora ultimamente isso não é o que acontece. Os estúdios preferem repetir a fórmula com outros actores e colar o número 2 na esperança que quem viu o primeiro veja o segundo.



Na "sequela" "Mean Girls 2", Jo é uma adolescente diferente das outras. Tem viajado sem parar e nunca assentou numa escola. Na última paragem antes da faculdade interage mais do que é habitual e vai acabar a liderar um movimento para depor a ditadura da rainha das Plásticas. Uma guerra sem tréguas onde vale tudo.

No filme de Mark Waters - um especialista em filmes românticos e comédias para adolescentes - reuniu-se um elenco inigualável com uma Lindsay Lohan no topo da carreira, uma Rachel McAdams no início da fama, uma Amanda Seyfried prestes a disparar para o estrelato e rainhas da comédia como Tina Fey e Amy Poehler. Havia ainda um Tim Meadows e o segundo filme tem isso em comum. Que não haja mal-entendidos, por "isso em comum" entenda-se Meadows, ninguém mais.
Enquanto o primeiro filme se tornou um fenómeno de sucesso (embora não seja procurado, revê-se com gosto sempre que passa na TV) este é daqueles filmes que incentiva ao hiper-zapping. A realizadora tem um currículo interessante e Meaghan Martin, a protagonista que desencantou de uma das séries que dirigiu, encaixa na personagem, mas nada no filme tem o encanto que se esperava de um filme que ambicionasse estar ao nível do predecessor. Safa-se Jennifer Stone que de todas as actrizes é quem tem o papel mais razoável e mais hipóteses de carreira.

Ter sido feito para TV desce muito as expectativas, mas um filme decalcado do original sem nomes sonantes, sem uma história própria, sem um número musical que fique na retina, sem nada... É uma seca que dificilmente será vista até ao final. Previsível como é também não merece que se gaste esse tempo.

Mean Girls 2Título Original: "Mean Girls 2" (EUA, 2011)
Realização: Melanie Mayron
Argumento: Allison Schroeder, Elana Lesser, Cliff Ruby
Intérpretes: Meaghan Martin, Jennifer Stone, Maiara Walsh, Nicole Gale Anderson, Claire Holt
Música: Transcenders
Fotografia: Levie Isaacks
Género: Comédia
Duração: 96 min.
Sítio Oficial:

19 de abril de 2011

Quais as hipóteses de um "Honey" sem Jessica Alba?

"Honey 2" de Bille Woodruff

Recentemente libertada da detenção juvenil, uma talentosa dançarina encontra uma utilidade para a sua paixão pela dança com uma equipa de rua. Tem como sonho derrotar a equipa que a rejeitou perante as câmaras.
Que me lembre quando o primeiro filme chegou a Portugal estava cotado no IMDb como quarto pior filme de sempre. Jessica Alba tornou-se sex symbol meses depois. Este fará melhor? Os fãs de "Step Up", "StreetDance" e filmes assim que me digam.
Honey 2
Imdb