26 de fevereiro de 2009
25 de fevereiro de 2009
Entrevista de Eden Lake
Esta entrevista ocorreu em Sitges no passado mês de Outubro. O cineasta James Watkins concedeu-nos em exclusivo esta entrevista quando o filme já estava seleccionado para o Fantasporto.
O filme vai ser exibido esta noite e é um dos favoritos do Antestreia. Amanhã será seguramente tema de conversa entre os espectadores.
Antestreia: Quando fez este trabalho que filmes tinha em mente?
Watkins: Bob Dylan dizia que somos o que comemos. Por isso cada filme que alguma vez consumi acaba por sair novamente. Não estou certo... Acho que as referências devem ser mais subconscientes do que inconscientes. Assim sendo os filmes dos anos 70, especialmente do início dos anos 70, títulos como "Deliverance", "Straw Dogs" estavam na minha mente pela forma nauseante como utilizavam o horror e a violência.
Esses filmes transmitem uma certa moral e conforto, talvez por saírem na fase pós-Vietname, Watergate, todas essas situações. Não sei como será em Portugal, mas em Inglaterra essa situação repete-se. Com a crise no crédito, a mudança de milénio, são tempos conturbados. Temos um sentimento generalizado de medo da juventude. Pode não ser justificado, mas está lá e merece ser explorado.
A: Na sua opinião valerá a pena justificar o comportamento do vilão, ou será melhor não ter nenhum motivo ou que o espectador não o saiba?
W: Não quis fazer um filme onde seis miúdos perturbados começassem a matar. Tentei encadear os acontecimentos. Mas era um só miúdo a liderar um gang, os restantes podem ver que estão assustados, são cobardes e incapazes de se oporem. Tentei também mostrar que o miúdo mais violento era também o mais brutalizado. Joguei com a ideia da violência como consequência.
A: Temos vindo a assistir a muitos filmes onde o criminoso é um jovem, mas o seu filme é dos que mais explicita a violência. Alguma vez pensou até onde poderia ir? Quais os limites do tema?
W: A minha prioridade ao falar da violência passa por mostrar as consequências. Pela minha experiência digo que é um tema desagradável, sujo, perturbador e não-resolvido, de maneira alguma queria dar glamour à violência.
Em relação aos jovens em particular há dois tabus a que o filme se refere. Um é a violência cometida por jovens, a outra é a violência contra jovens. São assuntos que não agradam às pessoas, não gostam que se fale disso. Por isso achei que seria interessante falar deles num contexto de género, num filme de terror, onde se pode explorar e representar a violência de forma realista.
A: Sente-se parte deste movimento recente do cinema de terror britânico liderado por Neil Marshall? Quem serão os futuros nomes dessa geração que nos está a trazer belíssimos filmes de terror?
W: Conheço um pouco o Neil. Trabalhei com o Jon Harris em "Eden Lake" que, como devem saber, é o realizador de "The Descent 2" e também trabalhei um bocado no argumento desse filme. Por isso sim, no meu ponto de vista há uma relação entre nós, suponho que sejamos um grupo à parte no cinema britânico o que é excelente. O Neil faz filmes muito distintos, adoro os filmes dele mas são diferentes.
J: Também em França surgiu simultaneamente uma nova geração de cineastas como Pascal Laugiers (“Martyrs”). Há pontos em comum entre as duas cinematografias, não são como o cinema de terror tradicional, são quase um sub-género com violência mais física do que psicológica, com tortura intensa como em "Frontiére(s) ou "Haute Tension". Que referências comuns os inspiram? São os clássicos dos anos 70?
W: Ainda não vi "Martyrs" pelo que não posso comentar o filme. Não tenho a certeza de concordar com isso, a violência tem de ser psicológica, não apenas física. Por exemplo a cena mais violenta do meu filme, a cena de tortura, é sobre o líder de um gang que impõe a sua autoridade sobre os restantes e leva-os a um ponto sem retorno, é essa perda da inocência de uma criança no seio de um gang. Não me interessa a violência pura, "Eden Lake" é muito diferente de "Hostel". Penso que tem razão ao traçar paralelismos entre esses filmes e os dos 70. Muitos cineastas olham para esses filmes como filmes onde os autores tinham poder e conseguiam combinar simultaneamente o desenrolar de uma história apelativa com a sua perspectiva pessoal.
J: O desfecho da história foi uma forma de mostrar o contexto social onde cresceram os jovens?
A: Nos últimos meses/anos um programa televisivo inglês tem mostrado filhos de famílias inglesas que são uns autênticos delinquentes e serial killers em potência Que tipo de documentação do mundo real utilizou para criar as personagens?
W: Tem graça porque enquanto fazíamos a montagem do filme, viajava com a equipa de comboio até ao estúdio diariamente. Algumas pessoas diziam "isto é tão extremo! Nunca poderia acontecer!", então o Jon Harris e eu todos os dias levávamos um daqueles jornais gratuitos e havia sempre notícias macabras de alguém que tinha sido queimado, esfaqueado, foram basicamente as únicas referências que precisávamos. Não quis fazer um filme sobre a realidade social, queria fazer um filme de género. O que quis fazer foi inseri-lo na realidade para que as performances dos actores fossem credíveis. Este filme é de terror mas não é sobre monstros, lobisomens ou vampiros, é algo que cresceu assim, perto de nós e de que não podemos escapar.
A: O filme foi interpretado como do género de terror ou mais como crítica a um mau sistema educativo e pais negligentes?
W: Em Inglaterra felizmente foi muito bem recebido, como um filme assustador e intenso, mas também atraiu atenções para algumas destas questões. Espero que consiga causar tantos sustos como reflexões.
O filme vai ser exibido esta noite e é um dos favoritos do Antestreia. Amanhã será seguramente tema de conversa entre os espectadores.
Antestreia: Quando fez este trabalho que filmes tinha em mente?
Watkins: Bob Dylan dizia que somos o que comemos. Por isso cada filme que alguma vez consumi acaba por sair novamente. Não estou certo... Acho que as referências devem ser mais subconscientes do que inconscientes. Assim sendo os filmes dos anos 70, especialmente do início dos anos 70, títulos como "Deliverance", "Straw Dogs" estavam na minha mente pela forma nauseante como utilizavam o horror e a violência.
Esses filmes transmitem uma certa moral e conforto, talvez por saírem na fase pós-Vietname, Watergate, todas essas situações. Não sei como será em Portugal, mas em Inglaterra essa situação repete-se. Com a crise no crédito, a mudança de milénio, são tempos conturbados. Temos um sentimento generalizado de medo da juventude. Pode não ser justificado, mas está lá e merece ser explorado.
A: Na sua opinião valerá a pena justificar o comportamento do vilão, ou será melhor não ter nenhum motivo ou que o espectador não o saiba?
W: Não quis fazer um filme onde seis miúdos perturbados começassem a matar. Tentei encadear os acontecimentos. Mas era um só miúdo a liderar um gang, os restantes podem ver que estão assustados, são cobardes e incapazes de se oporem. Tentei também mostrar que o miúdo mais violento era também o mais brutalizado. Joguei com a ideia da violência como consequência.
A: Temos vindo a assistir a muitos filmes onde o criminoso é um jovem, mas o seu filme é dos que mais explicita a violência. Alguma vez pensou até onde poderia ir? Quais os limites do tema?
W: A minha prioridade ao falar da violência passa por mostrar as consequências. Pela minha experiência digo que é um tema desagradável, sujo, perturbador e não-resolvido, de maneira alguma queria dar glamour à violência.
Em relação aos jovens em particular há dois tabus a que o filme se refere. Um é a violência cometida por jovens, a outra é a violência contra jovens. São assuntos que não agradam às pessoas, não gostam que se fale disso. Por isso achei que seria interessante falar deles num contexto de género, num filme de terror, onde se pode explorar e representar a violência de forma realista.
A: Sente-se parte deste movimento recente do cinema de terror britânico liderado por Neil Marshall? Quem serão os futuros nomes dessa geração que nos está a trazer belíssimos filmes de terror?
W: Conheço um pouco o Neil. Trabalhei com o Jon Harris em "Eden Lake" que, como devem saber, é o realizador de "The Descent 2" e também trabalhei um bocado no argumento desse filme. Por isso sim, no meu ponto de vista há uma relação entre nós, suponho que sejamos um grupo à parte no cinema britânico o que é excelente. O Neil faz filmes muito distintos, adoro os filmes dele mas são diferentes.
J: Também em França surgiu simultaneamente uma nova geração de cineastas como Pascal Laugiers (“Martyrs”). Há pontos em comum entre as duas cinematografias, não são como o cinema de terror tradicional, são quase um sub-género com violência mais física do que psicológica, com tortura intensa como em "Frontiére(s) ou "Haute Tension". Que referências comuns os inspiram? São os clássicos dos anos 70?
W: Ainda não vi "Martyrs" pelo que não posso comentar o filme. Não tenho a certeza de concordar com isso, a violência tem de ser psicológica, não apenas física. Por exemplo a cena mais violenta do meu filme, a cena de tortura, é sobre o líder de um gang que impõe a sua autoridade sobre os restantes e leva-os a um ponto sem retorno, é essa perda da inocência de uma criança no seio de um gang. Não me interessa a violência pura, "Eden Lake" é muito diferente de "Hostel". Penso que tem razão ao traçar paralelismos entre esses filmes e os dos 70. Muitos cineastas olham para esses filmes como filmes onde os autores tinham poder e conseguiam combinar simultaneamente o desenrolar de uma história apelativa com a sua perspectiva pessoal.
J: O desfecho da história foi uma forma de mostrar o contexto social onde cresceram os jovens?
A: Nos últimos meses/anos um programa televisivo inglês tem mostrado filhos de famílias inglesas que são uns autênticos delinquentes e serial killers em potência Que tipo de documentação do mundo real utilizou para criar as personagens?
W: Tem graça porque enquanto fazíamos a montagem do filme, viajava com a equipa de comboio até ao estúdio diariamente. Algumas pessoas diziam "isto é tão extremo! Nunca poderia acontecer!", então o Jon Harris e eu todos os dias levávamos um daqueles jornais gratuitos e havia sempre notícias macabras de alguém que tinha sido queimado, esfaqueado, foram basicamente as únicas referências que precisávamos. Não quis fazer um filme sobre a realidade social, queria fazer um filme de género. O que quis fazer foi inseri-lo na realidade para que as performances dos actores fossem credíveis. Este filme é de terror mas não é sobre monstros, lobisomens ou vampiros, é algo que cresceu assim, perto de nós e de que não podemos escapar.
A: O filme foi interpretado como do género de terror ou mais como crítica a um mau sistema educativo e pais negligentes?
W: Em Inglaterra felizmente foi muito bem recebido, como um filme assustador e intenso, mas também atraiu atenções para algumas destas questões. Espero que consiga causar tantos sustos como reflexões.
24 de fevereiro de 2009
23 de fevereiro de 2009
Mais bilhetes para o Fantas
Mais uma vez o Antestreia está a oferecer bilhetes para uma sessão do Fantas. O filme amanhã será:
17h - "Absurdistan" de Veit Helmer, realizador que já venceu no Fantasporto com "Tuvalu"
Temos para oferecer convites duplos aos cinco primeiros leitores que amanhã se dirijam ao gabinete de imprensa do festival.
Vencedores dos Oscares 2009
Que tal acompanhar a cerimónia pelo Antestreia? Os vencedores vão sendo listados aqui em tempo semi-real.
Mais um para "Slumdog Millionaire".
Mais um para "Slumdog Millionaire".
Mais um para "Slumdog Millionaire".
Mais um para "Slumdog Millionaire".
"Slumdog Millionaire" já se isolou no comando com sete vitórias (quatro consecutivas), antecipando a retumbante vitória final esperada. É o vencedor do ano. Os troféus conquistados foram de realização, argumento, montagem, fotografia, e três das quatro categorias musicais. O de melhor filme não lhe escapará.
O acompanhamento ao vivo da Empire consegue ser divertido e legível.
Só falta um e não haverá muitas dúvidas...
Mais um para "Slumdog Millionaire" e é o tal. Danny Boyle limpou as estatuetas fundamentais. As surpresas foram algumas, as injustiças poucas. A manterem-se assim os Oscar ainda acabam sendo credibilizados.
Actor Principal | |
---|---|
Nomeados | Vencedor | Richard Jenkins por The Visitor" Frank Langella por "Frost/Nixon" Sean Penn por "Milk" Brad Pitt por "The Curious Case of Benjamin Button" Mickey Rourke por "The Wrestler" |
Actor Secundário | |
Nomeados | Vencedor | Josh Brolin por "Milk" Robert Downey Jr. por "Tropic Thunder" Philip Seymour Hoffman por "Doubt" Heath Ledger por "The Dark Knight" Michael Shannon por "Revolutionary Road" |
Actriz Principal | |
Nomeados | Vencedor | Anne Hathaway por "Rachel Getting Married" Angelina Jolie por "Changeling" Melissa Leo por "Frozen River" Meryl Streep por "Doubt" Kate Winslet por "The Reader" |
Actriz Secundária | |
Nomeados | Vencedor | Amy Adams por "Doubt" Penélope Cruz por "Vicky Cristina Barcelona" Viola Davis por "Doubt" Taraji P. Henson por "The Curious Case of Benjamin Button" Marisa Tomei por "The Wrestler" |
Filme de Animação | |
Nomeados | Vencedor | "Bolt" "Kung Fu Panda" "Wall-E" |
Direcção Artística | |
Nomeados | Vencedor | "Changeling" "The Curious Case of Benjamin Button" "The Dark Knight" "The Duchess" "Revolutionary Road" |
Fotografia | |
Nomeados | Vencedor | "Changeling" "The Curious Case of Benjamin Button" The Dark Knight "The Reader" "Slumdog Millionaire" |
Guarda-roupa | |
Nomeados | Vencedor | "Australia" "The Curious Case of Benjamin Button" "The Duchess" "Milk" "Revolutionary Road" |
Realização | |
Nomeados | Vencedor | "The Curious Case of Benjamin Button "Frost/Nixon" "Milk" "The Reader" "Slumdog Millionaire" |
Documentário | |
Nomeados | Vencedor | "The Betrayal - Nerakhoon" "Encounters at the End of the World" "The Garden" "Man on Wire" "Trouble the Water" |
Curta-metragem Documental | |
Nomeados | Vencedor | "The Conscience of Nhem En" "The Final Inch" "Smile Pinki" "The Witness from the Balcony of Room 306" |
Montagem | |
Nomeados | Vencedor | "The Curious Case of Benjamin Button" "The Dark Knight" "Frost/Nixon" "Milk" "Slumdog Millionaire" |
Filme em Língua Não-Inglesa | |
Nomeados | Vencedor | "Der Baader Meinhof Complex" "Entre Les Murs" "Okuribito" "Revanche" "Waltz With Bashir" |
Caracterização | |
Nomeados | Vencedor | "The Curious Case of Benjamin Button" "The Dark Knight" "Hellboy II: The Golden Army" |
Banda Sonora | |
Nomeados | Vencedor | "The Curious Case of Benjamin Button" "Defiance" "Milk" "Slumdog Millionaire" "Wall-E" |
Música Original | |
Nomeados | Vencedor | "Wall-E" "Down to Earth" "Slumdog Millionaire" "Jai Ho" "Slumdog Millionaire" "O Saya" |
Filme | |
Nomeados | Vencedor | "The Curious Case of Benjamin Button" "Frost/Nixon" "Milk" "The Reader" "Slumdog Millionaire" |
Curta-metragem de Animação | |
Nomeados | Vencedor | "La Maison en Petits Cubes" "Ubornaya istoriya - lyubovnaya istoriya" "Oktapodi" "Presto" "This Way Up" |
Curta-metragem de Imagem Real | |
Nomeados | Vencedor | "Auf der Strecke" "Manon sur le bitume" "New Boy" "Grisen" "Spielzeugland" |
Edição de Som | |
Nomeados | Vencedor | "The Dark Knight" "Iron Man" "Slumdog Millionaire" "Wall-E" "Wanted" |
Mistura de Som | |
Nomeados | Vencedor | "The Curious Case of Benjamin Button" "The Dark Knight" "Slumdog Millionaire" "Wall-E" "Wanted" |
Efeitos VIsuais | |
Nomeados | Vencedor | "The Curious Case of Benjamin Button" "The Dark Knight" "Iron Man" |
Argumento Adaptado | |
Nomeados | Vencedor | "The Curious Case of Benjamin Button" "Doubt" "Frost/Nixon" "The Reader" "Slumdog Millionaire" |
Argumento Original | |
Nomeados | Vencedor | "Frozen River" "Happy-Go-Lucky" "In Bruges" "Milk" "Wall-E" |
22 de fevereiro de 2009
21 de fevereiro de 2009
De regresso ao RSS
Em tempos tivemos o botão para RSS, mas há um ano atrás criámos um gadget que além de ter os últimos posts tinha ainda as estreias semanais e todos os links externos do Antestreia e algumas funcionalidades.
Por pedido de uma leitora voltámos a colocar o feed RSS na barra lateral do blog, abaixo do botão para o gadget das estreias. Com ele podem-nos seguir pelo Google Reader ou outras ferramentas de RSS.
No fundo da barra lateral está também a lista de seguidores do blog onde nos podem acompanhar pelo Blogger.
Oferta de bilhetes para hoje
E agora mais dois trailers
E depois dos 4 de ontem hoje seguem-se mais dois trailers. O primeiro é o teaser do próximo Almodóvar. O argumento ainda é desconhecido, mas envolve muitos abraços e tem Penélope Cruz.
"Los Abrazos Rotos"
O segundo é do terceiro filme de Apatow. Comédia sobre um comediante que está nas últimas semanas de vida e tenta fazer uma amizade antes de partir.
20 de fevereiro de 2009
Mais quatro trailers
A Columbia Tristar Warner disponibilizou-nos os trailers de duas das suas próximas distribuições.
O primeiro é de "The Taking of Pelham 123" / "Assalto ao Metro 123" realizado por Tony Scott com Denzel Washington, John Travolta, James Gandolfini e John Turturro.
Os restantes são de "The International" / "O International" de Tom Tykwer com Clive Owen e Naomi Watts.
Assassination
Guggenheim
Opening
Abertura do Fantasporto 2009
Dentro de duas horas a dose dupla de Benicio Del Toro vai dar início a mais uma semana de cinema fantástico no Porto. Até agora foram filmes com a desculpa da arquitectura - "Blade Runner", "AI", "Metropolis" e "Dark City" são filmes que deviam dar todos os anos no Fantas – mas a partir desta noite já é a doer. Esqueçam as noites de sono. Esqueçam família, emprego e todos aqueles que não compraram lugar cativo. Os festejos de Carnaval como vem sendo hábito ficam adiados para depois do encerramento.
Durante a sessão de abertura um discreto "Bellini e o Demónio" na sala pequena é o primeiro filme competitivo a ser exibido. Ainda não conta como sessão competitiva, mas visto que essa é domingo às 15 alguns espectadores podem querer deixar mais tempo para o almoço dominical e ver já a proposta brasileira. Às 23:30 o Grande Auditório inicia a Semana dos Realizadores com "The Deal". Depois sem nenhuma justificação volta a dar "Blade Runner". O público agradece.
Quem não quiser ver estes dois tem propostas bem alternativas na sala abaixo. Primeiro o série B "Samurai Avenger" onde temos uma cornucópia de ideias loucas que cruza espadachins cegos, pistoleiros e zombies. Quem não estiver a dormir ou a reincidir no eterno "Blade Runner" estará seguramente a testar o seu estômago em "Schramm", primeira sessão dedicada ao torturante Buttgereit.
Durante a sessão de abertura um discreto "Bellini e o Demónio" na sala pequena é o primeiro filme competitivo a ser exibido. Ainda não conta como sessão competitiva, mas visto que essa é domingo às 15 alguns espectadores podem querer deixar mais tempo para o almoço dominical e ver já a proposta brasileira. Às 23:30 o Grande Auditório inicia a Semana dos Realizadores com "The Deal". Depois sem nenhuma justificação volta a dar "Blade Runner". O público agradece.
Quem não quiser ver estes dois tem propostas bem alternativas na sala abaixo. Primeiro o série B "Samurai Avenger" onde temos uma cornucópia de ideias loucas que cruza espadachins cegos, pistoleiros e zombies. Quem não estiver a dormir ou a reincidir no eterno "Blade Runner" estará seguramente a testar o seu estômago em "Schramm", primeira sessão dedicada ao torturante Buttgereit.
People will see me and cry
Será que temos mesmo razões para chorar com mais uma adaptação? Lá para Setembro vai estrear o remake de outro clássico. No "Fame" versão de 2009 a história vai ser basicamente a mesma contudo o argumento está com especialistas: Aline Brosh McKenna ("Three to Tango", "27 Dresses","Laws of Attraction","The Devil Wears Prada") e Allison Burnett ("Autumn in New York", "Resurrecting the Champ", "Feast of Love", "Untraceable").
O realizador dá pelo curioso nome Kevin Tancharoen. Desconhecido no mundo do cinema, tem uma enorme fama no da música onde já trabalhou com Madonna, Britney Spears, Christina Aguilera, Jessica Simpson. NSYNC e Michael Jackson.
No elenco destaque para Kelsey Grammer como maestro e Kay Panabaker como protagonista. Debbie Allen depois do filme e da série vai voltar, mas noutro papel.
Aqui estão as primeiras imagens.
Será verdade?
Anda para aí uma suposta carta com os vencedores dos Oscares 2009. A difusão viral vai acelerar até domingo. Verdadeiro ou falso? É bom que preparem o discurso com especial cuidado just in case.
Metade destes nomes são os favoritos, especialmente nas categorias de peso, mas haveria algumas surpresas.
Sendo verdade dou já os parabéns à Pixar pelas 4 estatuetas. Três em "Wall-E" e outra por "Presto", a curta que o acompanhou. Também com três troféus ficaria apenas "The Dark Knight".
"Slumdog Millionaire" ficaria com os dois de topo, em igualdade numérica com "The Reader" e "Benjamin Button". Os prémios ficariam muito distribuídos num ano onde finalmente qualidade não faltou.
Metade destes nomes são os favoritos, especialmente nas categorias de peso, mas haveria algumas surpresas.
Sendo verdade dou já os parabéns à Pixar pelas 4 estatuetas. Três em "Wall-E" e outra por "Presto", a curta que o acompanhou. Também com três troféus ficaria apenas "The Dark Knight".
"Slumdog Millionaire" ficaria com os dois de topo, em igualdade numérica com "The Reader" e "Benjamin Button". Os prémios ficariam muito distribuídos num ano onde finalmente qualidade não faltou.
Que saudades do AMC...
Há muitos anos o multiplex do Arrábida pertencia à cadeia AMC. Com a mudança de empresa as únicas coisas que se mantiveram foram as pipocas fora-de-série e os cartões de fidelidade. E são dos raros sítios onde se vê um filme sem intervalos. Então o que se perdeu? Apenas a possibilidade ver todos os nomeados para melhor filme num só dia por 30 dólares (25 para quem tiver cartão) e pipocas de oferta.
A ZON Lusomundo, à semelhança do ano passado, vai mostrar alguns dos seus filmes nomeados numa cerimónia pré-Oscares. Mas ver os cinco filmes do ano num dia é algo incomparavelmente melhor. São 11 horas seguidas de bom cinema e ainda sobra a noite para dormir.
Para quando em Portugal algo assim?
A ZON Lusomundo, à semelhança do ano passado, vai mostrar alguns dos seus filmes nomeados numa cerimónia pré-Oscares. Mas ver os cinco filmes do ano num dia é algo incomparavelmente melhor. São 11 horas seguidas de bom cinema e ainda sobra a noite para dormir.
Para quando em Portugal algo assim?
19 de fevereiro de 2009
Faça você mesmo
É um filme? É um jogo? Não! É um bocado dos dois. Cada vez os filmes ficam menos nas mãos dos seus produtores e passam para as mãos dos espectadores. No cinema é um pouco tarde para alterar, mas nos DVD e na net já tudo se consegue.
DVDs com finais alternativos são imensos. São quase um director's cut incluído no original.
Esta série é estilo o nosso "Diário de Sofia". Cada semana os visitantes do site dão uma sugestão de como segue a história. O site é especializado em trabalhos deste género.
E agora temos isto. Um filme online ao gosto do espectador. Existem várias decisões que se pode tomar e o rumo da história muda conforme os gostos de cada um. É um jogo com pouca jogabilidade mas em imagem real. O trailer está abaixo.
Pode não ser brilhante, mas é um novo rumo para a arte com inúmeras possibilidades. Algum dia não será apenas uma escolha no argumento, ou de quem vive ou morre, mas também quais os actores, o ângulo da câmara, banda sonora, até o género de filme pode ficar diferente. Não há limites para o que se pode fazer.
Lutando pela Terra
A luta do futuro será pela água, mas até lá ainda se luta pela terra. Neste filme não será por um bocado de terreno, mas pelo planeta todo. Em português isto fica um bocado confuso mas aqui vai uma tentativa de sinopse do filme:
Os habitantes de Terra são um povo pacífico. Os habitantes de Earth precisam desesperadamente de um novo planeta para viver e querem transformar Terra para ser o novo Earth o que causaria a morte dos Terranos. Uma jovem de nome Mala vai capturar um piloto inimigo para resgatar o seu pai e salvar o mundo em que vive. Filme de guerra em animação 3D não muito adequado para crianças.
As vozes são surpreendentes pois reúnem Evan Rachel Wood, Brian Cox, Luke Wilson, David Cross, Justin Long, Amanda Peet, Dennis Quaid, Chris Evans, James Garner, Rosanna Arquette e Chad Allen.
O argumento é de Evan Spiliotopoulos e de Aristomenis Tsirbas que também realiza. O primeiro já trabalhou para sequelas de animações Disney. Tsirbas foi um dos artistas da série "Star Trek", de "Dogma", "Titanic", "Conspiracy Theory" e "My Favorite Martian". Como o mesmo realizador já fez um filme entitulado "Terra" este deverá chamar-se "Battle for Terra".
Deixem o livro em paz!
O que é demais é moléstia e neste caso já molesta demasiado. A semana passada falava-se de adaptar "Pride & Prejudice" juntando uns zombies. Logo várias ideias mais surgiram de filmes a melhorar. Tem piada e é original.
Esta semana um boato dizia que Elton John ia produzir o sugestivo "Pride & Predator" que teria Elizabeth Bennett e os famosos guerreiros alienígenas. Tem piada por ser um grande disparate. Ri-me e esqueci.
Mas hoje foi demais. Agora dizem que Sam Mendes vai produzir uma adaptação da série "Lost in Austen" para cinema. Até o IMDb já tem link. A história acompanha uma leitora ávida de Jane Austen que ocasionalmente se encontra no lugar de Elizabeth Bennett.
Os episódios estão disponíveis por tv online e depois de ver desconfio que não dê um grande filme.
Isso lembra-me que ainda tenho de escrever "Revolutionary Road" talvez já amanhã.
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