Phone Booth - por Ricardo Clara
É já na próxima sexta-feira, 4 de Julho, que estreia a última tentação visual de Joel Schumacher. Em "Phone Booth", Stu Shepard (Colin Farrel) é um agente de publicidade conceituado. Mas ao mesmo tempo dos homens mais desonestos que Nova Iorque (não) vê. Todos os dias, Shepard desloca-se a uma cabine telefónica (sempre a mesma) e faz uma chamada. Não antes sem retirar o anel que o compromete com Kelly Shepard (Radha Mitchell), sua mulher. Mas o telefonema não é para aquela a quem ele jurou fidelidade, mas sim para Pamela McFadden (Katie Holmes), uma mulher de quem Stu espera obter algo mais do que uma simples relação de amizade, fruto do seu trabalho. Até que um dia, após esse ritual diário de quase-infidelidade, os papéis invertem-se: Stu recebe uma chamada. Na cabine telefónica. Atende, e do outro lado...
Este novo filme de Joel Schumacher ("Batman Forever" - 1995, "Bad Company" - 2002) é um misterioso jogo de planos que dura somente 80 minutos, onde Colin Farrel, Forest Whitaker (Ed Ramey) e Kiefer Sutherland("The Caller") desenvolvem um curioso triângulo de tensão, no centro do qual se encontra o agente publicitário que, aprisonado numa cabine telefónica, discorre publicamente sobre a sua vida, as suas mentiras e traições, correndo o risco de ser baleado se não o o fizer. Pior: ninguém sabe que ele de facto se encontra na mira de uma arma, a não ser o próprio alvo. Farrel e Schumacher conseguem, seguindo o guião de Larry Cohen, elaborar uma trama em pouquíssimos metros quadrados. E fazem-no com maestria. De facto, manter um filme cativante durante 1 hora e 20 minutos quando o cenário é uma cabine telefónica é obra. E Schumacher consegue-o. Filma esta película num tom fotográfico, como se cada plano fosse um instantâneo de uma vida egocentrista que um dia se havia de repartir e conseguindo pôr a nu a fragilidade do ser humano, que do alto de um pedestal de segurança cai desamparada numa esquina da cidade que nunca dorme. Múltiplos planos que se entrelaçam, levando o espectador a assistir ao desenrolar da acção de múltiplos ângulos, e a observar a instabilidade psicológica das várias personagens, isto tudo constantemente e em poucos segundos.
"Phone Booth", que foi filmado em 12 dias, teve estreia agendada para bem mais cedo, mas o medo provocado por um "sniper" que aterrorizou Washington em meados do ano passado levou ao adiamento do filme. Esta película volta a juntar realizador e actor principal, depois de um experiência bem sucedida em "Tigerland" (2000) e é produzida, entre outros, por David Zucker, um dos mestres da "silly comedy" da década de 80, com filmes como "The Naked Gun: From the Files of Police Squad!" (1988), "Top Secret!" (1984) ou "Airplane" (1980), sempre com o inseparável Jim Abrahams. Zucker encontra-se actualmente em fase de filmagens de "Scary Movie 3" e preparando a quarta parte desta paródia aos filmes de terror.
A 4 de Julho nos cinemas.
Título Original: "Phone Booth"
Realizador: Joel Schumacher
Intérpretes: Colin Farrel, Kiefer Sutherland, Forest Whitaker, Radha Mitchell, Katie Holmes
Fotografia: Matthew Libatique
Música: Harry Gregson-Williams
Duração: 80 minutos
Sítio virtual oficial: http://www.phoneboothmovie.com/index2.html
Este novo filme de Joel Schumacher ("Batman Forever" - 1995, "Bad Company" - 2002) é um misterioso jogo de planos que dura somente 80 minutos, onde Colin Farrel, Forest Whitaker (Ed Ramey) e Kiefer Sutherland("The Caller") desenvolvem um curioso triângulo de tensão, no centro do qual se encontra o agente publicitário que, aprisonado numa cabine telefónica, discorre publicamente sobre a sua vida, as suas mentiras e traições, correndo o risco de ser baleado se não o o fizer. Pior: ninguém sabe que ele de facto se encontra na mira de uma arma, a não ser o próprio alvo. Farrel e Schumacher conseguem, seguindo o guião de Larry Cohen, elaborar uma trama em pouquíssimos metros quadrados. E fazem-no com maestria. De facto, manter um filme cativante durante 1 hora e 20 minutos quando o cenário é uma cabine telefónica é obra. E Schumacher consegue-o. Filma esta película num tom fotográfico, como se cada plano fosse um instantâneo de uma vida egocentrista que um dia se havia de repartir e conseguindo pôr a nu a fragilidade do ser humano, que do alto de um pedestal de segurança cai desamparada numa esquina da cidade que nunca dorme. Múltiplos planos que se entrelaçam, levando o espectador a assistir ao desenrolar da acção de múltiplos ângulos, e a observar a instabilidade psicológica das várias personagens, isto tudo constantemente e em poucos segundos.
"Phone Booth", que foi filmado em 12 dias, teve estreia agendada para bem mais cedo, mas o medo provocado por um "sniper" que aterrorizou Washington em meados do ano passado levou ao adiamento do filme. Esta película volta a juntar realizador e actor principal, depois de um experiência bem sucedida em "Tigerland" (2000) e é produzida, entre outros, por David Zucker, um dos mestres da "silly comedy" da década de 80, com filmes como "The Naked Gun: From the Files of Police Squad!" (1988), "Top Secret!" (1984) ou "Airplane" (1980), sempre com o inseparável Jim Abrahams. Zucker encontra-se actualmente em fase de filmagens de "Scary Movie 3" e preparando a quarta parte desta paródia aos filmes de terror.
A 4 de Julho nos cinemas.
Título Original: "Phone Booth"
Realizador: Joel Schumacher
Intérpretes: Colin Farrel, Kiefer Sutherland, Forest Whitaker, Radha Mitchell, Katie Holmes
Fotografia: Matthew Libatique
Música: Harry Gregson-Williams
Duração: 80 minutos
Sítio virtual oficial: http://www.phoneboothmovie.com/index2.html