Todos vão pelo cinema, mas alguém vai pelos filmes?
O festival de Avanca 2010 aproxima-se do final. Entre conferências e workshops internacionais acaba por ser mais um encontro do que um festival. Provas? Em três dias vi apenas uma sessão. Quem costuma acompanhar este blog sabe que é mais provável eu ver sete filmes num dia do que um filme em sete dias pelo que algo estará errado. Não, em Avanca é mesmo assim.
Dão-nos em cada edição grandes filmes e cinquenta e duas semanas de espera até vermos os seus criadores. No ano seguinte entre júris e formadores esses realizadores estão todos acampados na escola Egas Moniz. Como em qualqer festival que se preze a melhor forma de conviver com cineastas e cinéfilos é em torno de cervejas pela noite dentro. Só que em Avanca os dias são mais longos. Para acordar cedo depois de uma noitada, aprender a fazer cinema é das poucas motivações que resulta.
Fazer um festival é uma dádiva ao mundo, mas uma enorme responsabilidade e preocupação para os organizadores. É preparar a casa para uma festa e receber centenas ou milhares de visitas. Terminando a festa resta arrumar a casa e esperar pela próxima vez, em casa de outro.
Avanca é assim. Vimo-los em festivais de todo o mundo apresentando filmes, vencendo prémios, conhecendo a "concorrência" e convivendo com amigos. Mesmo em Junho e Julho - em vésperas do próprio festival e com a enorme carga de trabalho associada - estiveram em outros festivais de curta-metragem.
Ir a um festival é tirar férias da vida quotidiana e partir sem responsabilidades para junto de amigos. Visitar a casa deles relaxadamente como convidado, mas estar pronto para dar uma mãozinha no que for preciso sempre que falte algo.
Em Avanca nem tanto. A equipa está oleada e cada um trabalha por si e pelo outros. Até pode faltar o director, desde que não falte o porco no espeto ninguém apontará falhas. Continua a ser o lugar onde se quer estar em comunhão cultural.
Em Avanca existe um grupo cada vez mais heterogéneo de pessoas. Espectadores, cineastas e estudiosos ficam instalados em hotéis ou em tendas. Almoçam na cantina da escola e jantam em restaurantes ao longo da estrada nacional. Assistem a filmes no centro paroquial e consideram como ponto alto os festejos na feira gastronómica local. Avanca não tem as galas que as figuras políticas querem para um ou dois dias, tem aquilo que as pessoas comuns precisam no dia-a-dia: cinema sem complicações.
Finalmente quero deixar registado o nosso apoio incondicional ao António Costa Valente que atravessa um momento muito difícil. O festival dele está em boas mãos e espera-o. Seja hoje, amanhã ou em 2011.
Dão-nos em cada edição grandes filmes e cinquenta e duas semanas de espera até vermos os seus criadores. No ano seguinte entre júris e formadores esses realizadores estão todos acampados na escola Egas Moniz. Como em qualqer festival que se preze a melhor forma de conviver com cineastas e cinéfilos é em torno de cervejas pela noite dentro. Só que em Avanca os dias são mais longos. Para acordar cedo depois de uma noitada, aprender a fazer cinema é das poucas motivações que resulta.
Fazer um festival é uma dádiva ao mundo, mas uma enorme responsabilidade e preocupação para os organizadores. É preparar a casa para uma festa e receber centenas ou milhares de visitas. Terminando a festa resta arrumar a casa e esperar pela próxima vez, em casa de outro.
Avanca é assim. Vimo-los em festivais de todo o mundo apresentando filmes, vencendo prémios, conhecendo a "concorrência" e convivendo com amigos. Mesmo em Junho e Julho - em vésperas do próprio festival e com a enorme carga de trabalho associada - estiveram em outros festivais de curta-metragem.
Ir a um festival é tirar férias da vida quotidiana e partir sem responsabilidades para junto de amigos. Visitar a casa deles relaxadamente como convidado, mas estar pronto para dar uma mãozinha no que for preciso sempre que falte algo.
Em Avanca nem tanto. A equipa está oleada e cada um trabalha por si e pelo outros. Até pode faltar o director, desde que não falte o porco no espeto ninguém apontará falhas. Continua a ser o lugar onde se quer estar em comunhão cultural.
Em Avanca existe um grupo cada vez mais heterogéneo de pessoas. Espectadores, cineastas e estudiosos ficam instalados em hotéis ou em tendas. Almoçam na cantina da escola e jantam em restaurantes ao longo da estrada nacional. Assistem a filmes no centro paroquial e consideram como ponto alto os festejos na feira gastronómica local. Avanca não tem as galas que as figuras políticas querem para um ou dois dias, tem aquilo que as pessoas comuns precisam no dia-a-dia: cinema sem complicações.
Finalmente quero deixar registado o nosso apoio incondicional ao António Costa Valente que atravessa um momento muito difícil. O festival dele está em boas mãos e espera-o. Seja hoje, amanhã ou em 2011.