John: Why wasn’t I born Elvis Presley?
Julia: Because you were meant to be John Lennon.
Noutra segura incursão pelas longas, o Curtas apresentou-nos ontem "Nowhere Boy" da atista/realizadora Sam Taylor-Wood. Esta sua terceira experiência no mundo do cinema foi nomeada para quatro BAFTAs e o visonamento do filme confirma o mérito.
Era uma vez um jovem chamado John. Ele era alegre, irreverente e desafiador. Enquanto o tio era vivo tinha companhia na brincadeira e era feliz, mas quando ficaram só ele e a sisuda tia Mimi começou a procurar pelo resto da pequena família. O primeiro passo foi reatar relações com a mãe, que ele não imaginava mas morava muito próximo. Incrivelmente a mãe é o oposto da irmã, enquanto Mimi escusa Tchaikovsky e Bach, Julia é fã do rock’n’roll e porta-se como uma jovem. No convívio com a mãe John vai descobrir uma nova forma de encarar a vida, vai descobrir a música, vai saber quem é Elvis e vai dizer “quero ser como ele”. Com o companheiro de tropelias Pete e alguns outros encontrados na casa de banho, vai formar os Quarrymen. Ao longo do tempo vão-se juntando outros ainda mais jovens, como o canhoto Paul e finalmente George.
Esta é a história de um jovem que sempre soube que iria ser grande, apesar de não saber em quê. A música levou-o a seguir uma carreira que será recordada para todo o sempre.
O foco do filme permanece por muito tempo em Aaron Johnson que tem um desempenho perfeito como Lennon. Depois divide-o com Paul porque todo o mundo sabe quem ele é e a partir do momento em que estão juntos, são parceiros para sempre (ou assim se pensava). Sangster tem menos tempo em cena, mas não fica atrás. Uma enorme expectativa antecede a sua estreia como Tintin.
Por trás de cada grande homem há uma grande mulher. Por trás de um dos maiores dos homens há duas grandes mulheres. A mãe e a tia são as mulheres que criaram o homem, que acreditaram nele, que o ajudaram a seguir o sonho nos momentos menos bons. Interpretações inesquecíveis de Kristin Scott Thomas e Anne-Marie Duff - a primeira já uma lenda do cinema europeu, a segunda apenas um nome sonante da produção britânica - elevarão este filme para a prateleira dos clássicos.
Sam Taylor-Wood ousou filmar a história não-contada dos Beatles e aproveitou a fama sem cair na tentação de se aproveitar dela. Tornou uma lenda "mais conhecida do que Deus" num jovem banal com sonhos de grandeza, deixando a porta aberta para um futuro risonho. O constante toque de comédia que dá ao drama torna o filme muito agradável de ver e com o espírito adequado ao mito. Deu um primeiro passo nas longas em grande e esperemos que se mantenha por muito tempo nesse estilo de cinema. Merece mais do que sessões partilhadas com talentos menores.
Julia: Because you were meant to be John Lennon.
Noutra segura incursão pelas longas, o Curtas apresentou-nos ontem "Nowhere Boy" da atista/realizadora Sam Taylor-Wood. Esta sua terceira experiência no mundo do cinema foi nomeada para quatro BAFTAs e o visonamento do filme confirma o mérito.
Era uma vez um jovem chamado John. Ele era alegre, irreverente e desafiador. Enquanto o tio era vivo tinha companhia na brincadeira e era feliz, mas quando ficaram só ele e a sisuda tia Mimi começou a procurar pelo resto da pequena família. O primeiro passo foi reatar relações com a mãe, que ele não imaginava mas morava muito próximo. Incrivelmente a mãe é o oposto da irmã, enquanto Mimi escusa Tchaikovsky e Bach, Julia é fã do rock’n’roll e porta-se como uma jovem. No convívio com a mãe John vai descobrir uma nova forma de encarar a vida, vai descobrir a música, vai saber quem é Elvis e vai dizer “quero ser como ele”. Com o companheiro de tropelias Pete e alguns outros encontrados na casa de banho, vai formar os Quarrymen. Ao longo do tempo vão-se juntando outros ainda mais jovens, como o canhoto Paul e finalmente George.
Esta é a história de um jovem que sempre soube que iria ser grande, apesar de não saber em quê. A música levou-o a seguir uma carreira que será recordada para todo o sempre.
O foco do filme permanece por muito tempo em Aaron Johnson que tem um desempenho perfeito como Lennon. Depois divide-o com Paul porque todo o mundo sabe quem ele é e a partir do momento em que estão juntos, são parceiros para sempre (ou assim se pensava). Sangster tem menos tempo em cena, mas não fica atrás. Uma enorme expectativa antecede a sua estreia como Tintin.
Por trás de cada grande homem há uma grande mulher. Por trás de um dos maiores dos homens há duas grandes mulheres. A mãe e a tia são as mulheres que criaram o homem, que acreditaram nele, que o ajudaram a seguir o sonho nos momentos menos bons. Interpretações inesquecíveis de Kristin Scott Thomas e Anne-Marie Duff - a primeira já uma lenda do cinema europeu, a segunda apenas um nome sonante da produção britânica - elevarão este filme para a prateleira dos clássicos.
Sam Taylor-Wood ousou filmar a história não-contada dos Beatles e aproveitou a fama sem cair na tentação de se aproveitar dela. Tornou uma lenda "mais conhecida do que Deus" num jovem banal com sonhos de grandeza, deixando a porta aberta para um futuro risonho. O constante toque de comédia que dá ao drama torna o filme muito agradável de ver e com o espírito adequado ao mito. Deu um primeiro passo nas longas em grande e esperemos que se mantenha por muito tempo nesse estilo de cinema. Merece mais do que sessões partilhadas com talentos menores.
Título Original: "Nowhere Boy" (Canadá, Reino Unido, 2009) Realização: Sam Taylor-Wood Argumento: Matt Greenhalgh (baseados nas memórias de Julia Baird) Intérpretes: Aaron Johnson, Kristin Scott Thomas, Anne-Marie Duff, Josh Bolt, Thomas Sangster Fotografia: Seamus McGarvey Música: Alison Goldfrapp, Will Gregory Género: Biografia, Drama, Música Duração: 98 min. Sítio Oficial: http://www.nowhereboy.co.uk/ |
0 comentários:
Enviar um comentário