Em 1922 o cinema 3D surgiu como uma curiosidade,como uma experiência. O filme então filmado com duas câmaras - "The Power of Love" de Nat G. Deverich e Harry K. Fairall – foi tão valorizado que está perdido. Nos anos 50 tudo mudou. Com a concorrência da televisão, optaram por usar o 3D como isco para levar as pessoas para o cinema. A Warner tornou-se o primeiro estúdio major a usar a técnica e fê-lo com uma adaptação do clássico dos anos 30 " Mystery of the Wax Museum " que se tornou também o primeiro 3D em stereo. O cinema começou a ser para dois olhos e dois ouvidos. Curiosidade: o realizador escolhido, André De Toth, era cego de um olho e por isso não fazia ideia de como o seu trabalho iria parecer ao espectador.
Outra curiosidade: demoraram 33 dias a filmar e apenas mais seis semanas até ao lançamento do filme. Apesar da aparente pressa tornou-se um clássico incontornável e mesmo na época há seis anos que os estúdios não tinham tamanho sucesso com um filme.
Henry Jarrod é um artista magnífico. As suas esculturas em cera transmitem vida, mas o que Burke, o seu fiador, quer é que dêem lucro. Para acelerar o processo, Burke queima todo o museu com Jarrod dentro. Desfigurado pelo fogo e de coração despedaçado pelas criações perdidas, vai levar a cabo uma cruel vingança contra todos os envolvidos, tornando-os parte da sua criação através de um mergulho em cera derretida. O que seria da arte se não incorporasse vida? Cathy, testemunha de um dos crimes, é a única peça que falta na colecção. Para ela está reservada a estátua de Marie Antoinette...
Nos anos 50 os filmes de terror eram para todos os públicos. Podiam ter situações macabras, mas eram numa medida que combinava com a necessidade social de tragédia e sangue. Este "House of Wax" obedece aos requisitos combinando monstros, suspense e horror em doses perfeitamente suportáveis. O elenco de luxo inclui o grandioso Vincent Price como Jarrod, fenomenal e com frases fabulosas, Carolyn Jones (que no mesmo ano fez "White Heat", depois fez "Seven Year Itch", " The Man Who Knew Too Much", " Invasion of the Body Snatchers" e nomeada para Oscar por " The Bachelor Party") como a vítima e o multi-facetado Paul Picerni (actor secundário da Warner) como o quase herói. Mesmo Charles Bronson dá uma ajuda como o ajudante surdo-mudo.
A trama desenrola-se com enorme rapidez e esta história estilo "Fantasma da Ópera" agrada na sua simplicidade. De destacar a forma como brinca com o público em 3D, seja atirando vigas em fogo ou fazendo malabarismos na nossa direcção. O argumento que se refere a estátuas vivas exigia que o espectador se sentisse entre as estátuas. Foi conseguido brilhantemente e mesmo hoje os manequins estão ao alcance das mãos. Afinal o cinema não evoluiu assim tanto.
Cinquenta anos depois deste filme a situação de concorrência é a mesma. O cinema está perante um adversário de nome Internet e usa o 3D como elemento diferenciador. O único problema é a sede de dinheiro que levou o 3D para os lares em TVs gigantes dois anos depois de os a tecnologia renascer. A experiência de ir ao cinema terá de passar cada vez mais por ser um acto de convívio e discussão do que simples recreação ou ter acesso a novas formas de ver cinema.
Outra curiosidade: demoraram 33 dias a filmar e apenas mais seis semanas até ao lançamento do filme. Apesar da aparente pressa tornou-se um clássico incontornável e mesmo na época há seis anos que os estúdios não tinham tamanho sucesso com um filme.
Henry Jarrod é um artista magnífico. As suas esculturas em cera transmitem vida, mas o que Burke, o seu fiador, quer é que dêem lucro. Para acelerar o processo, Burke queima todo o museu com Jarrod dentro. Desfigurado pelo fogo e de coração despedaçado pelas criações perdidas, vai levar a cabo uma cruel vingança contra todos os envolvidos, tornando-os parte da sua criação através de um mergulho em cera derretida. O que seria da arte se não incorporasse vida? Cathy, testemunha de um dos crimes, é a única peça que falta na colecção. Para ela está reservada a estátua de Marie Antoinette...
Nos anos 50 os filmes de terror eram para todos os públicos. Podiam ter situações macabras, mas eram numa medida que combinava com a necessidade social de tragédia e sangue. Este "House of Wax" obedece aos requisitos combinando monstros, suspense e horror em doses perfeitamente suportáveis. O elenco de luxo inclui o grandioso Vincent Price como Jarrod, fenomenal e com frases fabulosas, Carolyn Jones (que no mesmo ano fez "White Heat", depois fez "Seven Year Itch", " The Man Who Knew Too Much", " Invasion of the Body Snatchers" e nomeada para Oscar por " The Bachelor Party") como a vítima e o multi-facetado Paul Picerni (actor secundário da Warner) como o quase herói. Mesmo Charles Bronson dá uma ajuda como o ajudante surdo-mudo.
A trama desenrola-se com enorme rapidez e esta história estilo "Fantasma da Ópera" agrada na sua simplicidade. De destacar a forma como brinca com o público em 3D, seja atirando vigas em fogo ou fazendo malabarismos na nossa direcção. O argumento que se refere a estátuas vivas exigia que o espectador se sentisse entre as estátuas. Foi conseguido brilhantemente e mesmo hoje os manequins estão ao alcance das mãos. Afinal o cinema não evoluiu assim tanto.
Cinquenta anos depois deste filme a situação de concorrência é a mesma. O cinema está perante um adversário de nome Internet e usa o 3D como elemento diferenciador. O único problema é a sede de dinheiro que levou o 3D para os lares em TVs gigantes dois anos depois de os a tecnologia renascer. A experiência de ir ao cinema terá de passar cada vez mais por ser um acto de convívio e discussão do que simples recreação ou ter acesso a novas formas de ver cinema.
Título Original: "House of Wax" (EUA, 1953) Realização: André De Toth Argumento: Crane Wilbur (história original de Charles Belden) Intérpretes: Vincent Price, Carolyn Jones, Paul Picerni, Phyllis Kirk, Frank Lovejoy, Roy Roberts Fotografia: Bert Glennon, J. Peverell Marley, Robert Burks Música: David Buttolph Género: Crime, Horror, Mistério Thriller Duração: 90 min. |
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