"Bobby" por António Reis
Bobby – um filme para riscar Bush da História e eleger Hillary Clinton
”Bobby” é o contributo da família Sheen à campanha democrata para as eleições presidenciais de 2008 e o retorno da melhor tradição de grandes filmes que o lobby liberal e democrárico de Hollywood lança para demonstrar que as correntes dominantes de direita da Admnistração americana não reflectem o sentir da elíte intelectual. Depois de “JFK” de Oliver Stone sobre o maior mito da História americana, faltava um filme sobre o segundo maior mito – o seu irmão Robert enquanto candidato presidencial, o homem capaz de dar esperança e recuperar a alma americana, devastada pela derrora anunciada no Vietname e por uma profunda divisão da sociedade. Emilio Estevez – filho de Martin Sheen - escolhe outra visão da História. Não uma teoria da conspiração como Stone, não um biopic, mas antes um pedaço filcral da vida de Bob Kennedy – o dia antes do assassinato. E opta por um puzzle de personagens que acidental ou profissionalmente se encontram no Hotel Ambassador.
São retalhos da pequena história - as telefonistas do hotel em bisca de ascensão social por via da cama, o gerente que já viu passar pelo seu Hotel os grandes da política e do cinema e só lhe falta mesmo assistir a um crime político, a cabeleireira que descobre que o marido a trai, os dois adolescentes à descoberta dos paraísos prometidos pelo LSD, a noiva que se vai casar para que o namorado fuja à incorporação para a frente de batalha, a cantora em declínio que pensa ser ainda uma diva caprichosa, o empregado de cozinha mexicana que ainda sonha ser americano e o seu colega que já perdeu as ilusões e se auto-marginaliza, os membros da campanha que organizam a recepção para televisão ver, excertos de histórias que se vão entrecruzando em montagem paralela. E que convergem todas num final trágico. Todos eles vão viver e ser afectados por estarem no sítio errado a viver a História.
Balançando entre o documental das imagens de arquivo e a ficção, entre os dramas comuns e o drama do Império americano, Estevez constrói um surpreendente filme “engagé”, que quer ajustar contas com a História e lembrar metaforicamente que a crise de valores que a América vieu na década de 70 está de novo aí, que o Iraque é um novo Vietname, que a violência nas ruas é um cancro que vai destruir a sociedade amnericana. Mas que a exemplo de Bob Kennedy é possível a América voltar a ser uma super potência retornando aos seus valores de liberdade e de democracia plena. Se os eleitores forem sensíveis ao filme, Hillary Clinton pode contar com Hollywood para a campanha. Uma banda sonora notável (mesmo com Brian Adams pelo meio) e revivalista e um cast onde se reunem nomes todos de relevo, a querer dar um ajudinha. Eu que sou fã de Bob Kennedy e ainda tenho esperança nos States gosto muito do filme.
São retalhos da pequena história - as telefonistas do hotel em bisca de ascensão social por via da cama, o gerente que já viu passar pelo seu Hotel os grandes da política e do cinema e só lhe falta mesmo assistir a um crime político, a cabeleireira que descobre que o marido a trai, os dois adolescentes à descoberta dos paraísos prometidos pelo LSD, a noiva que se vai casar para que o namorado fuja à incorporação para a frente de batalha, a cantora em declínio que pensa ser ainda uma diva caprichosa, o empregado de cozinha mexicana que ainda sonha ser americano e o seu colega que já perdeu as ilusões e se auto-marginaliza, os membros da campanha que organizam a recepção para televisão ver, excertos de histórias que se vão entrecruzando em montagem paralela. E que convergem todas num final trágico. Todos eles vão viver e ser afectados por estarem no sítio errado a viver a História.
Balançando entre o documental das imagens de arquivo e a ficção, entre os dramas comuns e o drama do Império americano, Estevez constrói um surpreendente filme “engagé”, que quer ajustar contas com a História e lembrar metaforicamente que a crise de valores que a América vieu na década de 70 está de novo aí, que o Iraque é um novo Vietname, que a violência nas ruas é um cancro que vai destruir a sociedade amnericana. Mas que a exemplo de Bob Kennedy é possível a América voltar a ser uma super potência retornando aos seus valores de liberdade e de democracia plena. Se os eleitores forem sensíveis ao filme, Hillary Clinton pode contar com Hollywood para a campanha. Uma banda sonora notável (mesmo com Brian Adams pelo meio) e revivalista e um cast onde se reunem nomes todos de relevo, a querer dar um ajudinha. Eu que sou fã de Bob Kennedy e ainda tenho esperança nos States gosto muito do filme.
Título Original: "Bobby" (EUA, 2006) Realização: Emilio Estevez Intérpretes: Laurence Fishburne, Anthony Hopkins, Helen Hunt, William H. Macy, Heather Graham, Lindsay Lohan, Demi Moore, Ashton Kutcher, Martin Sheen, Sharon Stone, Elijah Wood, Joshua Jackson, Shia LaBeouf, Christian Slater, etc. Argumento: Emilio Estevez Fotografia: Michael Barrett Música: Mark Isham Género: Drama Duração: 120 min. Sítio Oficial: http://www.bobby-the-movie.com/ |