Magia é ilusão
Qualquer progresso científico suficientemente disruptivo é considerado magia. De outra forma não teria piada. O cinema documental dos Lumiére até que depressa se tornou um entretenimento banal, mas quando o ilusionista Georges Méliès lhe aplicou os seus truques, passou a ser chamado de magia. Essa grande ilusão ainda hoje perdura. As pessoas correm para as salas de espectáculo que lhes proporcionem experiências mais estranhas, mais fora do comum, mais mágicas. Nâo foi por acaso que acima usei a palavra espectáculo para identificar a sala.
Se em tempos o rei do espectáculo era o ilusionista, com os seus passes de prestidigitação, hoje não há dúvidas que são os cineastas. Homens e mulheres capazes de nos transportar para outros locais e outras épocas, ou mesmo para mundos de fantasia onde o impossível acontece diariamente. Mas o respeito entre estes artistas é imenso e não é normal cruzar os temas. Tivemos casos recentes como "L’Illusioniste" onde o importante não era a arte do engano, mas a parte humana da história, e "The Prestige" que fez com que todos se achassem capazes de desmascarar um ilusionista como fraude. Mas a verdade é que quando o artista assume o nome de ilusionista não está a mentir. Assume que o que vai fazer é uma ilusão, um truque óptico.
A história do filme acompanha quatro artistas que são unidos por umas cartas misteriosas. Se em separado eram bons, em conjunto são incomparáveis e os maiores mágicos de sempre. Apoiados por um magnata, vão dar uma série de espectáculos onde o impossível acontece. Mas nem toda a gente gosta de ser enganada. Há um polícia que os quer prender por roubo e um ex-ilusionista que ganha a vida revelando os truques dos outros. E quanto maior a fama do ilusionista, mais apetecível essa revelação. Como podem quatro indivíduos enfrentar a polícia, os homens do dinheiro e o maior especialista em desfazer ilusões? Com magia.
“Now You See Me” é uma reconciliação entre os mundos do cinema e do ilusionismo. A arte da ilusão atinge todo o seu potencial de deslumbramento no grande ecrã e só os mais básicos dos truques são revelados de forma a manter o mistério. Aliás, contem com atenção o número de vezes que falam de ilusionismo. Os dedos de uma mão bastam. A palavra-chave usada ao desbarato é Magia pois o espectador do filme tem de estar no estado X-Files (I want to believe) para se deixar levar. E como funciona. Os efeitos especiais propiciam um alcance que o ilusionismo actual nunca conseguiria e assim os quatro cavaleiros surpreendem todos. Falta saber se eles são os bons, os maus, ou se estão simplesmente a ser manipulados por alguém com outros interesses. Interpretações surpreendentes de todos os actores que podem adicionar este projecto ao currículo com orgulho pois não será um exagero dizer que não fizeram nada tão bom em muitos anos.
Com uma narrativa envolvente, muita intriga, acção, e truques de ficar com o queixo caído, o filme heist de Louis Leterrier é bastante inteligente e convence como qualquer ilusionista gostaria. Há detalhes que não são tão credíveis (o truque grande do segundo espectáculo é o mais escandaloso), e o twist final não é uma surpresa completa, mas perdoa-se pois o filme no seu todo funciona e o seu visionamento será uma bela experiência para os sentidos e para a mente.
Qualquer progresso científico suficientemente disruptivo é considerado magia. De outra forma não teria piada. O cinema documental dos Lumiére até que depressa se tornou um entretenimento banal, mas quando o ilusionista Georges Méliès lhe aplicou os seus truques, passou a ser chamado de magia. Essa grande ilusão ainda hoje perdura. As pessoas correm para as salas de espectáculo que lhes proporcionem experiências mais estranhas, mais fora do comum, mais mágicas. Nâo foi por acaso que acima usei a palavra espectáculo para identificar a sala.
Se em tempos o rei do espectáculo era o ilusionista, com os seus passes de prestidigitação, hoje não há dúvidas que são os cineastas. Homens e mulheres capazes de nos transportar para outros locais e outras épocas, ou mesmo para mundos de fantasia onde o impossível acontece diariamente. Mas o respeito entre estes artistas é imenso e não é normal cruzar os temas. Tivemos casos recentes como "L’Illusioniste" onde o importante não era a arte do engano, mas a parte humana da história, e "The Prestige" que fez com que todos se achassem capazes de desmascarar um ilusionista como fraude. Mas a verdade é que quando o artista assume o nome de ilusionista não está a mentir. Assume que o que vai fazer é uma ilusão, um truque óptico.
A história do filme acompanha quatro artistas que são unidos por umas cartas misteriosas. Se em separado eram bons, em conjunto são incomparáveis e os maiores mágicos de sempre. Apoiados por um magnata, vão dar uma série de espectáculos onde o impossível acontece. Mas nem toda a gente gosta de ser enganada. Há um polícia que os quer prender por roubo e um ex-ilusionista que ganha a vida revelando os truques dos outros. E quanto maior a fama do ilusionista, mais apetecível essa revelação. Como podem quatro indivíduos enfrentar a polícia, os homens do dinheiro e o maior especialista em desfazer ilusões? Com magia.
“Now You See Me” é uma reconciliação entre os mundos do cinema e do ilusionismo. A arte da ilusão atinge todo o seu potencial de deslumbramento no grande ecrã e só os mais básicos dos truques são revelados de forma a manter o mistério. Aliás, contem com atenção o número de vezes que falam de ilusionismo. Os dedos de uma mão bastam. A palavra-chave usada ao desbarato é Magia pois o espectador do filme tem de estar no estado X-Files (I want to believe) para se deixar levar. E como funciona. Os efeitos especiais propiciam um alcance que o ilusionismo actual nunca conseguiria e assim os quatro cavaleiros surpreendem todos. Falta saber se eles são os bons, os maus, ou se estão simplesmente a ser manipulados por alguém com outros interesses. Interpretações surpreendentes de todos os actores que podem adicionar este projecto ao currículo com orgulho pois não será um exagero dizer que não fizeram nada tão bom em muitos anos.
Com uma narrativa envolvente, muita intriga, acção, e truques de ficar com o queixo caído, o filme heist de Louis Leterrier é bastante inteligente e convence como qualquer ilusionista gostaria. Há detalhes que não são tão credíveis (o truque grande do segundo espectáculo é o mais escandaloso), e o twist final não é uma surpresa completa, mas perdoa-se pois o filme no seu todo funciona e o seu visionamento será uma bela experiência para os sentidos e para a mente.
Título Original: "Now You See Me" (EUA, França, 2013) Realização: Louis Leterrier Argumento: Ed Solomon, Boaz Yakin, Edward Ricourt Intérpretes: Jesse Eisenberg, Mark Ruffalo, Woody Harrelson, Isla Ficher, Dave Franco, Morgan Freeman, Mélanie Laurent, Michael Caine Música: Brian Tyler Fotografia: Mitchell Amundsen, Larry Fong Género: Crime, Mistério, Thriller Duração: 115 min. Sítio Oficial: http://www.nowyouseememovie.com |
0 comentários:
Enviar um comentário