31 de janeiro de 2006

Nomeações para os Oscares 2006




Foram hoje anunciados os nomeados para os Oscares 2006. Eis os concorrentes apurados para a discussão final do galardão máximo do cinema americano.
Nas categorias em que se aplique estão indicados os nomeados vencedores do Golden Globe da categoria.


Melhor Filme
Brokeback Mountain
Capote
Crash
Good Night, and Good Luck
Munich



Melhor Actor Principal
Philip Seymour Hoffman por “Capote
Terrence Howard por “Hustle & Flow
Heath Ledger por “Brokeback Mountain
Joaquin Phoenix por “Walk the Line
David Strathairn por “Good Night, and Good Luck.


Melhor Actriz Principal
Judi Dench por “Mrs. Henderson Presents
Felicity Huffman por “Transamerica
Keira Knightley por “Pride & Prejudice
Charlize Theron por “North Country
Reese Witherspoon por “Walk the Line



Melhor Actor Secundário
George Clooney por “Syriana
Matt Dillon por “Crash
Paul Giamatti por “Cinderella Man
Jake Gyllenhaal por “Brokeback Mountain
William Hurt por “A History of Violence

Melhor Actriz Secundária
Amy Adams por “Junebug
Catherine Keener por “Capote
Frances McDormand por “North Country
Rachel Weisz por “The Constant Gardener

Michelle Williams por “Brokeback Mountain


Melhor Realização
George Clooney por “Good Night, and Good Luck.
Paul Haggis por “Crash
Ang Lee por “Brokeback Mountain
Bennett Miller por “Capote
Steven Spielberg por “Munich


Melhor Argumento Original
Crash
Good Night, and Good Luck
Match Point
The Squid and the Whale
Syriana

Melhor Argumento Original
Brokeback Mountain
Capote
The Constant Gardener
A History of Violence
Munich

Melhor Fotografia
Batman Begins
Brokeback Mountain
Good Night, and Good Luck
Memoirs of a Geisha
The New World


Melhor Montagem
Cinderella Man
The Constant Gardener
Crash
Munich
Walk the Line

Melhor Direcção Artística
Good Night, and Good Luck.
Harry Potter and the Goblet of Fire
King Kong
Memoirs of a Geisha
Pride & Prejudice


Melhor Guarda-Roupa
Charlie and the Chocolate Factory
Memoirs of a Geisha
Mrs. Henderson Presents
Pride & Prejudice
Walk the Line


Melhor Banda Sonora
Brokeback Mountain
The Constant Gardener
Memoirs of a Geisha
Munich
Pride & Prejudice


Melhor Canção Original
Hustle & Flow” "It's Hard Out Here For a Pimp"
Crash” "In the Deep"
Transamerica” "Travelin' Thru"


Melhor Caracterização
The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe
Cinderella Man
Star Wars: Episode III - Revenge of the Sith

Melhor Som
The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe
King Kong
Memoirs of a Geisha
Walk the Line
War of the Worlds

Melhor Edição Sonora
King Kong
Memoirs of a Geisha
War of the Worlds


Melhores Efeitos Visuais

The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe
King Kong
War of the Worlds

Melhor Filme de Animação
Corpse Bride
Hauru no ugoku shiro
Wallace & Gromit in The Curse of the Were-Rabbit


Melhor Filme de Língua Não Inglesa

La Bestia nel cuore” (Itália)
Joyeux Noël” (França)
Paradise Now” (Palestina)
Sophie Scholl - Die letzten Tage” (alemanha)
Tsotsi” (África do Sul)


Melhor Longa Documental
Darwin's Nightmare
Enron: The Smartest Guys in the Room
La Marche de l'empereur
Murderball
Street Fight


Melhor Curta Documental
God Sleeps in Rwanda
A Note of Triumph: The Golden Age of Norman Corwin
The Life of Kevin Carter
The Mushroom Club

Melhor Curta de Animação
Badgered
The Moon and the Son
The Mysterious Geographic Explorations of Jasper Morello
9
One Man Band


Melhor Curta de Imagem Real
Ausreißer
Cashback
Síðasti bærinn í dalnum
Our Time Is Up
Six Shooter









Mais nomeados
8"Brokeback Mountain"
6"Crash"
"Good Night, and Good Luck"
"Memoirs of a Geisha"
5"Capote"
"Munich"
"Walk The Line"

28 de janeiro de 2006

Lumière 2006


Os vencedores



À semelhança do ano passado alguns dos principais blogs de cinema lusófonos reuniram-se para escolher quais os melhores filmes estreados por cá em 2005. Foram convidados alguns outros blogs ficando o número total próximo dos 30!
Os filmes premiados acabam por não surpreender ninguém, num ano em que a qualidade foi boa mas a excelência mínima. And the winners are...


Melhor Montagem
The Aviator

Melhor Fotografia
Million Dollar Baby

Melhor Banda Sonora
Corpse Bride

Melhor Filme de Animação
Corpse Bride

Melhor Argumento
Million Dollar Baby

Melhor Realizador
Clint Eastwood

Melhor Actor
Javier Bardem

Melhor Actriz
Hilary Swank

Melhor Actor Secundário
Morgan Freeman

Melhor Actriz Secundária
Natalie Portman

Melhor Filme
como não poderia deixar de ser, “Million Dollar Baby





Total de galardões:
6 – “Million Dollar Baby
2- “Corpse Bride
1 – “The Aviator
1 - “Closer
1 - “Mar Adentro



E ainda:
Revelação Masculina
Zach Braff

Revelação Feminina
Rachel McAdams

O que ficou de 2005



O ano cinematográfico de 2005 terminou e os melhores começaram a ser premiados: os Golden Globes na semana passada e dentro de momentos os Lumière. Seria loucura fazer uma comparação destes troféus, enquanto que os Globes são uma referência mundial, equiparável aos maiores festivais e apenas suplantada pelos Óscares, os Lumiére são um galardão de somenos importância. Aquilo que têm em comum é fazerem uma selecção entre centenas de filmes para distinguirem os melhores do ano findado, para gravarem na história aqueles títulos que foram superiores, que convenceram um determinado público e os fizeram aplaudir. Quais são então os grandes títulos de 2005?
Seleccionei de entre as centenas de filmes estreados em 2005 cinquenta e dois títulos que marcaram a diferença pela qualidade, pelo número de espectadores ou apenas por serem diferentes, por recorrerem às técnicas mais avançadas ou por tocarem no coração. Ignorei alguns que eram apenas mais um episódio de uma saga ou que foram copiados directamente de um livro. Esta lista pretende ser o mais equilibrada possível, não pretende ser exclusiva nem melhor. Não referi alguns filmes de realizadores de culto tal como não referi alguns dos maiores êxitos de bilheteira. Não referi sequer alguns dos meus favoritos!
Não farei longos comentários a estes filmes. Na maioria foram analisados no blog ao longo do ano e decerto que o leitor conhecerá bastantes. Eis, então, 2005!

O ano em Portugal começou com um pacote de luxo: “Melinda e Melinda” de Allen, o regresso de Streisand em “Meet the Fockers” e uma das grandes revelações independentes “La Niña Santa”. “Ocean’s Twelve” de Soderbergh igualou o antecessor. Depois começaram a surgir os candidatos a Óscar de última hora: numa semana “Closer”, na seguinte “The Machinist”.

Com a mudança de mês surgiram “The Aviator” e “Vera Drake”, na semana seguinte “Kinsey” e “Ray” e ainda antes do Fantasporto “Hotel Rwanda” e “Million Dollar Baby”. Alguns dos leitores poderão já estar a dizer que isto seria suficiente para classificar 2005 como um grande ano… E se eu dissesse que na semana seguinte estrearam “Mar Adentro”, “Being Júlia” e “Sideways”? Fevereiro é sempre um mês de bom cinema.

Março teve dois títulos incontornáveis, “Saw” e “Oldboy”, onde a violência foi aplicada com mestria tendo convencido o público. Como estrelas menores desse mês destaco “Beyond the Sea” e “The Life Aquatic with Steve Zissou”, um dos filmes mais incompreendidos do ano.

Abril pode ser resumido a um título e esse é “Der Untergang”. “The Woodsman” e “Casa de los Babys”, apesar do baixo número de espectadores, foram também muito apreciados.

Em Maio estrearam o alemão “Sophie Scholl” e o final provisório da saga Star Wars, “Revenge of the Sith”. “Jeux d’Enfants” foi a grande surpresa e o prenúncio de uma onda de bom cinema francês. “The Upside of Anger” juntou um magnífico lote de actrizes a Kevin Costner e sagrou-se o melhor do mês.

Junho traria os primeiros blockbusters do Verão, “Sin City”, “Batman Begins” e, também com muitas estrelas mas sem o impacto mediático, “Crash”. Mais afastado das multidões ficou “The Ballad of Jack and Rose”.

Julho traz Spielberg com “War of the Worlds”, traz o cinema de terror “Dark Water” e do fantástico com “Fantastic Four” mas a ter de escolher um segundo filme para esse mês seria sem dúvida “Millions” onde Danny Boyle voltou a provar que não precisa de estrelas nem de fortunas para fazer bons filmes.

Em Agosto o bom cinema foi de férias e a única estreia mais apelativa que um banho de sol foi “Charlie and the Chocolate Factory”. Destaque ainda para “The Skeleton Key”, e a filosofia de “I Heart Huckabees”.

Setembro já não tem os blockbusters mas tem o regresso de Romero e Gilliam com “Land of the Dead” e “The Brothers Grimm” respectivamente. O prémio revelação vai para “The 40 Year Old Virgin”.

Outubro teve filmes menos maus que os meses anteriores. “Les Poupées Russes” é um filme genial e “Wallace and Gromit” tiveram uma estreia auspiciosa nas longas. Portugal não esteve nesta lista até ao momento mas tem agora em “Alice” e em “O Crime do Padre Amaro” representantes de peso.

Em Novembro “The Constant Gardener”, “Elizabethtown” e “Proof” são totalmente diferentes do outro grande filme do mês. Aqui o grande vencedor foi o mega-documentário “La Marche de l'Empereur”.

Dezembro tem “Broken Flowers” e “King Kong”, o regresso de Burton com “Corpse Bride” e uma agradável surpresa em “The Descent”.

Estão aqui 52 filmes, infelizmente não calhou um em cada semana do ano como seria desejável mas na sua maioria mantiveram-se nas salas tempo suficiente para se poder ver sem pressas.

Como sugestão para o décimo terceiro mês deixo “ “. Como quem não o viu pode não perceber deixo uma pista. Como é possível que o vencedor do Fantasporto ainda não tenha estreado? Ser o melhor filme no melhor festival português não deveria ser sinónimo de qualidade?

Um comentário tem de ser feito ao cinema português. “Alice” enfrenta um dos fantasmas sociais mais importantes do país. A história criada em torno do desaparecimento de uma criança, inspirados nos tristemente célebres casos reais, fez renascer a minha confiança no cinema luso. “O Crime do Padre Amaro” dentro e fora do cinemas já deve ter sido visto por meio milhão de portugueses. Apesar do método utilizado (muito sexo e pouca roupa) não ser o mais adequado está de parabéns por fazer com que se veja cinema português e pela enorme colecção de estrelas nacionais reunidas.

Sendo as datas de estreia em Portugal um pouco diferentes das datas de estreia nos seus países de origem é um pouco suspeito dizer que alguns destes filmes sejam de 2005. Em contrapartida alguns filmes de 2005 apenas estreados este mês (“Caché”) e outros já aplaudidos pela crítica internacional que chegam em breve (“Walk the Line”, “Munich”) deixaram alguma da qualidade desta colheita com o rótulo de 2006. As estreias muito atrasadas de “”, “Darkness” e “The Man From the Elysian Fields”, exibidos anos antes nos festivais de Porto e Gaia respectivamente, mostram que o bom cinema pode tardar mas aparece.
Seria bom que as distribuidoras portuguesas tentassem acompanhar mais de perto as estreias mundiais, o grande público pode apenas querer ver na hora (literamente) o último Senhor dos Anéis, Matrix ou Harry Potter mas sem dúvida que prefere ter nas salas “Darkness” a um “Control” ou “Absolon” que mesmo no devorador mercado americano foram straight to vídeo.


Passemos agora a prémios mais sérios e aos vencedores dos Lumière.

26 de janeiro de 2006

The Libertine por Nuno Reis


John Wilmot, Conde de Rochester, é um daqueles homens que ficaram para a História como escritores malditos. O seu talento com a pena era tão grande como os seus dotes oratórios mas infelizmente foi sempre incompreendido. O seu descontentamento com o mundo em que vivia e com a vida levou-o a ser ousado e desafiador - chegando mesmo a criticar o rei - e a sobreviver a tudo isso, excepto à vida que levou.
Johnny Depp tem um ano depois de Finding Neverland (foi filmado em 2003, The Libertineem 2004) mais um grande papel como um escritor. Neste tem de vestir uma pele menos moral de um escritor que conseguia ser mais devasso do que a sociedade a que pertenceu.
O diálogo introdutório faz recordar Man on the Moon (Wilmot é muito semelhante a Andy Kaufman). A apresentação que nos éfeita da sociedade e da sua completa falta de valores morais, foi feita para retirar da sala todos aqueles que tenham ideias mais pudicas. Os que aguentarem essa meia hora conseguirão apreciar a obra de Wilmot.
Samantha Morton tem um bom papel e tanto a postura como as falas da actriz que interpreta, assim como as falas que a personagem tem de decorar, merecem respeito. Como o conde de Rochester tem a língua muito solta, foi um papel arriscado. Entre os secundários o destaque vai para Malkovich (interpretou esta mesma peça no teatro) como rei. Richard Coyle, como o criado de Wilmot, tem um papel pouco exigente mas várias falas de qualidade. Rosamund Pike continua a fazer maus papeis e Kelly Reilly tem um papel em que quase passa despecebida no ano em que foi eleita actriz revelação em Cannes.
Lawrence Dunmore tornou esta biografia muito ambiciosa para primeira obra. A reconstituição histórica em termos de cenários e guarda-roupa está perfeita, a caracterização final de Depp é aquilo que faz esperar atéao fim. Pouco mais pode ser dito como elogio a um filme que garantidamente vai fazer pessoas abandonar a sala.


Título Original: "The Libertine" (Reino Unido, 2004)
Realização: Lawrence Dunmore
Intérpretes: Johnny Depp, Samantha Morton, John Malkovich
Argumento: Stephen Jeffreys
Fotografia: Alexander Melman
Música: Michael Nyman
Género: Drama
Duração: 114 min.
Sítio Oficial: http://www.miramax.com/thelibertine/

22 de janeiro de 2006

FANTASPORTO 2006 - Apresentação


É já daqui a um mês que tem início a 26ª Edição do Fantasporto - Festival Internacional de Cinema Fantástico do Porto. Este ano, são inúmeras as atracções que convidam a não uma, mas várias visitas ao cinema. Assim, o Antestreia faz uma apresentação de alguns filmes que não poderá, concerteza, perder.





Na Secção Oficial de Cinema Fantástico, 20 obras de grande qualdade dão muito por onde escolher. Desde já, o inevitável "Simpathy for Lady Vengeance" de Chan-wook Park, a terceira parte da trilogia da vingança, que nos ofereceu ainda o ano passado o genial "Old Boy" (aliás, foi o Fantasporto que o exibiu pela primeira vez pela altura da comemoração dos seus 25 anos). Em seguida, "Coisa Ruim", de Tiago Guedes, num filme que marcará a primeira vez na história do festival em que um filme português abrirá o certame. Com igual destaque, "Voice", de Equan Choe e "One Missed Call 2" de Renpei Tsukamoto conferem o traço de qualidade oriental que já é hábito com o passar dos anos. Para terminar, duas propostas: "Frostbiten", o primeiro filme de sueco de vampiros, com a assinatura de Anders Banke, e um filme genial e que eu pessoalmente recomendo: "Johanna", do húngaro Kornél Mundruczó, será concerteza uma grande descoberta de quem se deslocar ao Teatro Rivoli no próximo mês de Fevereiro.





Quanto à Semana dos Realizadores, a escolha é, de facto, 5 estrelas. Díficil de destacar qualquer um dos filmes, deixo aqui cinco propostas: "Domino" de Tony Scott e "Edison" de David J. Burke, dois filmes de grande intensidade, "Incautos" de Miguel Bardem (o mesmo de "La Mujer más fea del mundo", premiado no Fantasporto 2000), uma história de enganos e os documentários "Cineastas en Action" e "Cineastas vs Magnatas" de Carlos Benpar, onde é medida a intensidade do braço de ferro entre a criatividade dos cineastas e a megalomania dos produtores e distribuidores. Para terminar, "Off Screen", um belo filme de Pieter Kuijpers, baseado numa história verídica, e que certamente irá ser muito bem acolhido pelo público que se deslocar ao auditório portuense, e "Be With Me", que só posso descrever como obra-prima.





Na Secção Oficial Orient Express, o incontornável Kim Ki Duk com a sua última obra "The Bow" bem como o filipino "The Echo" de Yam Laranas são propostas muito convincentes.
Já na Secção Première e Panorama, a escolha é variada e de grau elevadíssimo de qualidade. Senão vejamos: "Fragile" de Jaume Balagueró, e que irá encerrar o festival, será uma boa surpresa, bem como "Hostel", um thriller de grande intensidade, muito bem recebido pela crítica norte-americana, realizado por Eli Roth, e produzido por Quentin Tarantino. Pelo meio, deixo alguns nomes que gostaria de destacar: "Jacqueline Hyde" de Rolfe Kanefsky, uma paródia divertidíssima, "O Espelho Mágico" de Manoel de Oliveira, integrada na homenagem ao cineasta português, "Taiwan Black Movies" de Hou Chi-Jan, um documentário sobre os filmes do final dos anos 70, início dos anos 80, com a temática centrada na sexploitaxion da figura feminina da época, filmes que misturavam vingança e violência, e "The Weeping Meadow", do incontornável Theo Angelopoulos.


Para encerrar esta pequena antevisão, duas propostas muito interessantes: a nova secção Love Connection, onde serão apresentados filmes com temáticas que encerram em si amores estranhos e estranhas formas de amar, e as retrospectivas: Irmãos Shaw, Cinema Húngaro e Cinema de Bollywood, bem como o Expressionismo Alemão. De 20 de Fevereiro a 5 de Março, no Teatro Rivoli, Cinema Passos Manuel, Cinemas AMC Arrábida 20 e Auditório da Biblioteca Almeida Garret, o Antestreia irá informar tudo o que se vai passar neste Fantasporto 2006.


FANTASPORTO 2006 - Os Filmes


SECÇÃO OFICIAL CINEMA FANTÁSTICO

LONGAS-METRAGENS

A Quiet Love (Ale/Ger) de Till Franzen
Animal (Por, Fra) de Roselyne Bosch
Coisa Ruim (Por) de Tiago Guedes, Frederido Serra
Cruel World (EUA/USA) de Kelsey T. Howard
Dead Meat (Irl) de Conor McMaho
Death Tunnel (EUA/USA) de Philip Adrian Booth
F.A.Q. (Esp/Spain) de Carlos Atanes
Frostbiten (Sue/Swe) de Anders Banke
Johanna (Hun) de Kornél Mundruczó
Lie Still (GB/UK) de Sean Hogan
One Missed Call 2 (Jap) de Renpei Tsukamoto
Saints-Martyrs-des-Damnés (Can) de Robin Auber
Spirit Trap (GB/UK) de David Smith
The Other Half (GB/UK) de Marlowe Fawcett, Richard Nockles
Um Lobisomem na Amazónia (Bra) de Ivan Cardoso
Zulo (Esp/Spain) de Carlos Martin Ferrera

CURTAS-METRAGENS

A Fistful of Zombies (Fra) de Abel Ferry
A Lenda do Espantalho (Esp/Spain) de Marc Besas
Antebody (EUA/USA) de James P. Gleason
Battle Chess (Can) de John Dustan, Michael Paszt
Glamour (Por) de Luis Galvão Telles
Home Delivery: Servicio a Domicilio (Esp/Spain) de Elio Quiroga
Mebana (Sue/Swe) de Daniel Wallentin
Shadow Man (EUA/USA) de David Benullo
Sombras de Thule (Por) de Miguel Cunha
Staring at the Sun (EUA/USA) de Toby Wilkins
The Ten Steps (GB/UK) de Brendan Muldowney
Uroboro (Por) de Luis Gomes

SECÇÃO OFICIAL SEMANA DOS REALIZADORES

Adam’s Apple (Din/Den) de Anders Thomas Jensen
Be With me (Sing) de Eric Khoo
Cineastas en Action (Esp/Spain) de Carlos Benpar
Cineastas vs Magnatas (Esp/Spain) de Carlos Benpar
Domino (Fra, EUA/Fra, USA) de Tony Scott
Edison (EUA/USA) David J. Burke
El Desenlace (Esp/Spain) de Juan Pinzás
Incautos (Esp/Spain) de Miguel Bardem
Inconscientes (Esp/Spain) de Joaquín Oristrell
Looking for Alexander (Can) de Francis Leclerc
Off Screen (Hol, Bel/ Neth, Bel) de Pieter Kuijpers
Shooting Dogs (GB, Ale/UK/Ger) de Michael Caton Jones
The Bow (Cor Sul, Jap/South Kor, Jap) de Kim Ki Duk
The Hamster Cage (Can) de Larry Kent
The Rider Named Death (Russia) de Karen Shakhnazaroz

LONGAS-METRAGENS Méliès D’Argent 2006

A Quiet Love (Ale/Ger) de Till Franzen
Animal (Por, Fra) de Roselyne Bosch
Coisa Ruim (Por) de Tiago Guedes, Frederido Serra
Dead Meat (Irl) de Conor McMaho
F.A.Q. (Esp/Spain) de Carlos Atanes
Frostbiten (Sue/Swe) de Anders Banke
Johanna (Hun) de Kornél Mundruczó
Lie Still (GB/UK) de Sean Hogan
Spirit Trap (GB/UK) de David Smith
The Other Half (GB/UK) de Marlowe Fawcett, Richard Nockles
Zulo (Esp/Spain) de Carlos Martin Ferrera

CURTAS-METRAGENS Méliès D’Argent 2006

A Fistful of Zombies (Fra) de Abel Ferry
A Lenda do Espantalho (Esp/Spain) de Marc Besas
Home Delivery: Servicio a Domicilio (Esp/Spain) de Elio Quiroga
Mebana (Sue/Swe) de Daniel Wallentin
Sombras de Thule (Por) de Miguel Cunha
The Ten Steps (GB/UK) de Brendan Muldowney
Uroboro (Por) de Luis Gomes

SECÇÃO OFICIAL ORIENT EXPRESS

EM COMPETIÇÃO

Dumplings (HK) de Fruit Chan
One Missed Call 2 (Jap) de Renpei Tsukamoto
Samaritan Girl (Cor Sul(South Kor) de Kim Ki Duk
Simpathy for Lady Vengeance (Cor Sul/South Kor) de Chan-wook Park
The Bow (Cor Sul, Jap/South Kor, Jap) de Kim Ki Duk
The Echo (Filipinas/Philipinnes) de Yam Laranas
Voice (Cor Sul/South Kor) de Equan Choe

FORA DE COMPETIÇÃO

A Tale of Two Sisters (Cor Sul/South Kor) de Kim Ji-woon
A Woman Called Abe Sada (Jap) de Noboru Tanaka
Angels Guts - The Darkest Memories (Jap) de Chusei Sone
Be With me (Sing) de Eric Khoo
Ghost in the Shell 2 (Jap) de Mamoru Oshii
Hellevator (Jap) de Hiroki Yamaguchi
I.K.U. (Jap) de Shu Lea Cheang
Love Hotel (Jap) de Shinji Sômai
One Armed Swordsman (China) de Chang Chen
Professional Espacialist (Jap) de Tasumi Kumashiro
Sars Wars (Tai/Thai) de Taweewat Wantha
Street of Joy (Jap) de Tatsumi Kumashiro
Sword in the Moon (Cor Sul/South Kor) de Kim Ui-seok
Taiwan Black Movies (Rep. Formosa/Taiwan) de Hou Chi-Jan
The Eight Diagram Pole Fighter (China) de Liu Chia-liang
The House of 72 Tenants (China) de Chor Yuen
The Kingdom and the Beauty (China) de Li Han hsiang
The Love Eterne (China) de Li Han hsiang
The Woman With the Red Hair (Jap) de Tatsumi Kumashiro
Three… Extremes (HK, Jap, Cor Sul/HK, Jap, South Kor) de Takashi Miike, Chan-wook Park, Fruit Chan
Wonderful Days (Cor Sul, EUA/South Kor, USA) de Kim Moon-Saeng, Park Sunmin

SECÇÃO OFICIAL PREMIÈRE & PANORAMA

A Tale of Two Sisters (Cor Sul/South Kor) de Kim Ji-woon
Battle of Planets (Jap, EUA/Jap, USA) de David E. Hanson
Fragile (Esp/Spain) de Jaume Balagueró
Crash Test Dummies (Aus) de Jorg Kalt
Gamerz (Esc/Sco) de Robbie Frazer
Ghost in the Shell 2 (Jap) de Mamoru Oshii
Ginger Snaps: Making Of (GB/UK) de Howard Martin
Ginger Snaps 1 (Can, EUA/Can, USA) de John Fawcett
Ginger Snaps 2: Unleashed (Can) de Brett Sullivan
Ginger Snaps Back: The Beginning 3 (Can) de Grant Harvey
Hair High (EUA/USA) de Bill Plympton
Hellevator (Jap) de Hiroki Yamaguchi
Hostel (EUA/USA) de Eli Roth
Jacqueline Hyde (EUA/USA) de Rolfe Kanefsky
John Howe: There and Back Again (Sue, Sui/Swe, Swi) de Anders Banke, François Boetschi
O Casamento de Romeu de Julieta (Bra) de Bruno Barreto
O Espelho Mágico (Por) de Manoel de Oliveira (Homenagem Manoel de Oliveira)
Pleasant Days (Hun) de Kornél Mundruczó
Sars Wars (Tai/Thai) de Taweewat Wantha
Sick and Twisted Festival of Animation (EUA/USA) de Spike and Mike
Simpathy for Lady Vengeance (Cor Sul/South Kor) de Chan-wook Park
Super Nova (Fra) de Pierre Vinour
Sword in the Moon (Cor Sul/South Kor) de Kim Ui-seok
Taiwan Black Movies (Rep. Formosa/Taiwan) de Hou Chi-Jan
The Cabinet of Dr Caligari (EUA/USA) de David Lee Fischer
The Day the Earth Stood Still (EUA/USA) de Robert Wise (Homenagem Robert Wise)
The Last Horror Movie (GB/UK) de Julian Richards
The Nun (Esp/Spain) de Luis de La Madrid
The Toybox (GB/UK) de Paolo Sedazzar
The Weeping Meadow (Gre, Ale, Fra, Ita/Gre, Ger, Fra, Ita) de Theo Angelopoulos
Three (GB, Lux/UK, Lux) de Stewart Raffill
Three… Extremes (HK, Jap, Cor Sul/HK, Jap, South Kor) de Takashi Miike, Chan-wook Park, Fruit Chan
Voice (Cor Sul/South Kor) de Equan Choe
Wonderful Days (Cor Sul, EUA/South Kor, USA) de Kim Moon-Saeng, Park Sunmin
Zombie King (Can) de Stacey Case

The Silvergleam Whistle (EUA/USA) de Mike Williamson

SECÇÃO OFICIAL LOVE CONNECTION

24/7: The Passion of Life (Ale/Ger) de Roland Reber
A Woman Called Abe Sada (Jap) de Noboru Tanaka
Angels Guts - The Darkest Memories (Jap) de Chusei Sone
Desperate Remedies (Nov Zel/New Zel) de Stewart Main, Peter Wells
Desperatly Seeking Seka (Sue/Swe) de Christian Hallman, Magnus Paulsson
I.K.U. (Jap) de Shu Lea Cheang
Love Hotel (Jap) de Shinji Sômai
Pleasant Days (Hun) de Kornél Mundruczó
Professional Espacialist (Jap) de Tasumi Kumashiro
Rain (Nov Zel/New Zel) de Christine Jeffs
Street of Joy (Jap) de Tatsumi Kumashiro
The Woman With the Red Hair (Jap) de Tatsumi Kumashiro

PANORAMA DO CINEMA PORTUGUÊS

A Piscina (Por) de Ana e João Viana – ACM
A Rapariga da Mão Morta (por) de Alberto Seixas Santos – ACM
A Serpente (Por) de Sandro Aguilar – ACM
Agur (Por) de João Meneses
Berço de Pedra (Por) de Nuno Rocha
Bonecas de Porcelana (Por) de Luis Loureio
Boom (Por) de Veit Helmer
Como Ganhar um Casting se Você é uma Mulher (Por) de Luis Loureiro
Ctrl Alt Fly (Por) de Victor Santos – ACM
Da Pele à Pedra (Por) de Pedro Sena Nunes
Estratégias para uma Vida (Por) de Miguel Gorjão Clara
Exposição (Por) de Joana Barbosa
Frio (Por) de Artur Serra Araújo
Hélio Superstar (Por) de Paula Marques e Avelino Castro
História Trágica com Final Feliz (Por) de Regina Pessoa
Linhas Paralelas (Por) de Colectivo Osu
Lixo (Por) de Filipe Gajo
Logro (Por) de Rita Figueiredo – ACM
Meta (Por) de Tiago Pereira
Numerus (Por) de Anabela Costa
O Almoço (Por) de Gideon Nel – ACM
Os Caminheiros (Por) de Luís Campos Brás
O Dia em que Ela Acordou (Por) de Luis Loureiro
Puritas (Por) de Path to Dignity
Quando Eu morrer (Port) de Luís Vieira Campos
Rupofobia (Por) de Telmo de Campos
Salitre (Por) de Leonor Noivo – ACM
Shine On – Director’s Cut (Por) de Rui Brito
Sombras de Thule (Port) de Miguel Cunha
Uma Questão de Sangue (Por) de Ana Almeida, Ana Borges, Luis Peres, Mariana Seixas, Marta Lima, Rute Vareta
Um Homem (Por) de Laurent Simões – ACM
Um Olhar Sobre Esmoriz (Por) de Diogo Vaz
Vez (Por) de Martin Dale
Glamour (Por) de Luis Galvão Telles

MASTERS OF HORROR

1. Dance of the Dead (EUA/USA) de Tobe Hooper
2. Homecoming (EUA/USA) de Joe Dante
3. Incident On and Off a Moutain Road (EUA/USA) de Don Coscarelli
4. Jenifer (EUA/USA) de Dario Argento
5. Dreams in the Witch-House (EUA/USA) de Stuart Gordon
6. Chocolate (EUA/USA) de Mick Garris
7. Deer Woman (EUA/USA) de John Landis

RETROSPECTIVA CINEMA HÚNGARO

Longas metragens

Colossal Sensastion (Hun) de Róbert Koltai
Diary for my Father and Mother (Hun) de Márta Mészáros
Love (Hun) de Karóly Makk
Love Film (Hun) de István Szabó
Pleasant Days (Hun) de Kornél Mundruczó
The Midas Touch (Hun) de Géza Bereményi
The Round Up (Hun) de Miklós Jancsó
The Unburied Man (Hun) de Márta Mészáros
The Witness (Hun) de Péter Bacsó

Curtas-metragens

After Rain (Eso után) (Por) de Péter Mészáros
Before Dawn( Before Dawn) (Por) de Balint kenyeres
Day After Day (Afta) (Hun) de Kornél Mundruczó
Little Apocrypha n. 2 (Hun) de Kornél Mundruczó
Post Soldier (Hun) de Tamás Buvár
Who’s the Cat? (Hun) de Peter Mészarós

RETROSPECTIVA BOLLYWOOD

Chori Chori Chupke Chupke (Ind) de Abbas Mustan
Deewar (Ind) de Gaurang Dosh
Devdas (Ind) de Sanjay Leela Bhansali
Dil Se… (Ind) de Mani Ratnam
Kabhi Khusi Kabhie Gham… (Ind) de Yash Johar
Kal Ho Naa Ho (Ind) de Nikhil Advani
Khakee (Ind) de Rajkumar Santtoshi
Kuch Kuch Hota Hai (Ind) de Karan Johar
Main Hoon Na (Ind) de Farah Khan
Mughal-e-azam (Ind) de K. Asif
Munna Bahi M.B.B.S. (Ind) de Rajkumar Hirani
Waqt (Ind) de Vipul Amrutlal Shah

RETROSPECTIVA IRMÃOS SHAW

One Armed Swordsman (China) de Chang Chen
The Eight Diagram Pole Fighter (China) de Liu Chia-liang
The House of 72 Tenants (China) de Chor Yuen
The Kingdom and the Beauty (China) de Li Han hsiang
The Love Eterne (China) de Li Han hsiang

RETROSPECTIVA EXPRESSIONISMO ALEMÃO

A Mulher na Lua (Ale/Ger) de Fritz Lang
Aurora (Ale/Ger) de F.W.Murnau
Der Golem (Ale/Ger) de Henrik Galeen, Paul Wegener
Dr Mabuse (Ale/Ger) de Fritz Lang
Fausto (Ale/Ger) de F.W. Murnau
M – Matou (Ale/Ger) de Fritz Lang
Metropolis (Ale/Ger) de Fritz Lang
Nosferatu (Ale/Ger) de F. W. Murnau
Os Nibelundos 1: A Morte de Siegfried (Ale/Ger) de Fritz Lang
Os Nibelungos 2: A Vingança de Cremilde (Ale/Ger) de Fritz Lang

RETROSPECTIVA BILL PLYMPTON

Longas-metragens

Hair High (EUA/USA) de Bill Plympton
I Married a Strange Person (EUA/USA) de Bill Plympton
Mutant Aliens (EUA/USA) de Bill Plymtpon
The Tune (EUA/USA) de Bill Plympton

Curtas-metragens

245 days (EUA/USA) de Bill Plympton
25 Ways to Quit Smoking (EUA/USA) de Bill Plympton
Boomtown (EUA/USA) de Bill Plympton
Can't Drag Racing with Jesus (EUA/USA) de Bill Plympton
Dancing All Day (EUA/USA) de Bill Plympton
Dig My Do (EUA/USA) de Bill Plympton
Draw (EUA/USA) de Bill Plympton
Drawing Lesson #2 (EUA/USA) de Bill Plympton
Eat (EUA/USA) de Bill Plympton
Enviromental: Acid Rain (EUA/USA) de Bill Plympton
Exciting Tree (EUA/USA) de Bill Plympton
Faded Roads (EUA/USA) de Bill Plympton
Flooby Nooby (EUA/USA) de Bill Plympton
Guard Dog (EUA/USA) de Bill Plympton
How to Kiss (EUA/USA) de Bill Plympton
How to Make Love (EUA/USA) de Bill Plympton
Human Rights (EUA/USA) de Bill Plympton
Isn't Good Again (EUA/USA) de Bill Plympton
Love in the Fast Lane (EUA/USA) de Bill Plympton
Lovesick Hotel (EUA/USA) de Bill Plympton
Lucas, the Ear of the Corn (EUA/USA) de Bill Plympton
More Sex and Violence (EUA/USA) de Bill Plympton
No Nose Blues (EUA/USA) de Bill Plympton
Noodle ear (EUA/USA) de Bill Plympton
Nose Hair (EUA/USA) de Bill Plympton
One of Those Days (EUA/USA) de Bill Plympton
One of Those Days (EUA/USA) de Bill Plympton
Parking (EUA/USA) de Bill Plympton
Plymtoons (EUA/USA) de Bill Plympton
Previous Lives (EUA/USA) de Bill Plympton
Previous Lives 2 (EUA/USA) de Bill Plympton
Push Comes to shove (EUA/USA) de Bill Plympton
Self Portrait (EUA/USA) de Bill Plympton
Sex and Violence (EUA/USA) de Bill Plympton
Smell the Roses (EUA/USA) de Bill Plympton
Sugar Delight (EUA/USA) de Bill Plympton
Sugar Delight 2 (EUA/USA) de Bill Plympton
Surprise Cinema (EUA/USA) de Bill Plympton
Tango Schmango (EUA/USA) de Bill Plympton
The Turn on (EUA/USA) de Bill Plympton
The Wiseman (EUA/USA) de Bill Plympton
Trivial Pursuit (EUA/USA) de Bill Plympton
Your Face (EUA/USA) de Bill Plympton

Cinema Belga (curtas-metragens)

Cliché (Bel) de Gaetan DeDeken
Comme le temps paxe vite (Bel) de Roland Lethem
Gourmandises (Bel) de Roland Lethem
Hostel Party (Bel) de Roland Lethem
L’étrange portrait de la dame en jaune (Bel) de Hélène Cattet e Bruno Forzani
La Ballade des amants maudits (Bel) de Roland Lethem
La Double Insomnie (Bel) de Roland Lethem
La Fée sanguinaire (Bel) de Roland Lethem
Le Sexe enragé (Bel) de Roland Lethem
Le Vampire de la cinémathèque (Bel) de Roland Lethem
Le Vice et la vertu (Bel) de Roland Lethem
Les souffrances d’un ceuf meurtri (Bel) de Roland Lethem
Lili au lit (Por) de Roland Lethem
Mamaman (Bel) de Iao Lethem
Super-Huître (Bel) de Roland Lethem
Un passé pas si simple Bel) de Gaetan DeDeken

Filmes Manu Gomez

Animações

Tempolis (Bel) de Manu Gomez
9 mois + tard (Bel) de Manu Gomez
Le Vieux Chaperon Noir (Bel) de Manu Gomez
Les Trois Petits Popotins (Bel) de Manu Gomez
Sans Titre (Bel) de Manu Gomez
Phalloctère (Bel) de Manu Gomez
Ira (Bel) de Manu Gomez
Ubu (Bel) de Manu Gomez
Superbia (Bel) de Manu Gomez
V.I.I. (Bel) de Manu Gomez
L’Encardé (Bel) de Manu Gomez
Invidia (Bel) de Manu Gomez
Kinemarmor (Bel) de Manu Gomez
La Gourmandise (Bel) de Manu Gomez
Voyeur (Bel) de Manu Gomez

Filmes Ficção

In Vino Veritas (Bel) de Manu Gomez
Ira-Diation (Bel) de Manu Gomez
Le Petit Rouge (Bel) de Manu Gomez
La Colonie Pénitentiaire (Bel) de Manu Gomez
Praha (Bel) de Manu Gomez
Le Patiente (Bel) de Manu Gomez
Peccato (Bel) de Manu Gomez

Filmes Portugueses da Casa Animação

A Cor negra (Por) de Silvino Fernandes
Cicatriz (Por) de Tânia Duarte
Com uma Sombra na Alma (Por) de Fernando Galrito e João Ramos
Cosmix (Por) de Agostinho Marques
Eu Descobri Portugal (Por) de Armando Coelho
História Trágica com Final Feliz (Por) de Regina Pessoa
Menu (Por) de Joana Toste
Os Poderes do Sr Presidente (Por) de Abi Feijó
Selo ou não Sê-lo (Por) de Isabel Alboim Inglês
Sem Respirar (Por) de Pedro Brito
Vascularidades (Por) de Paulo D’Alva

Filmes do Festival Black and White Fest

7.35 de la manana (Esp/Spain) de Nacho Vigalondo
Generation (Nov Zel/New Zel) de David Downes
Ich kann es mir sehr gut vorstellen (Aus) de Daniel Suljic
Kola (Bielorússia/Byelorussian) de Victor Asliuk
Meu nome é Paulo Leminski (Bra) de César Migliorin
Night in a Hotel (Eslováquia/Slovakia) de Matus Libovic
O prezo da dote (Esp/Spain) de Chuz Dominguez
Petro e branco (Por) de João Rodrigues
Regard de Pierre (Fra) de Pierre-Yves Craud
Vent (Hol/Neth) de Erik van Schaaik


19 de janeiro de 2006

"Match Point" por Ricardo Clara


Paixão. Tentação. Obsessão. Estas três palavras, que definem o filme, definem também o meu estado de espírito horas depois de o visionar. Paixão pela película, tentação de a rever e obsessão pelos seus pormenores. E se alguém tinha dúvidas acerca da genialidade de Woody Allen, desengane-se de vez - esta é uma obra genial, saída da mente e capacidade de um génio.
Chris Wilton (Jonathan Rhys-Meyers) é um antigo profissional de ténis, e que agora se dedica a dar aulas deste mesmo desporto, num clube privado onde a alta sociedade londrina se reune. Chris, partilhando refeições com alguns dos homens mais abastados do Reino Unido, conhece Chloe Hewett (Emily Mortimer), com quem se viria meses depois a casar. Durante o tempo de noivado, é-lhe apresentada uma mulher, parceira do irmão de Chloe (Tom Hewett - Matthew Goode), que, num tom de femme fatale, o leva a instantaneamente apaixonar-se por ela - uma norte-americana, aspirante a actriz, com dificuldades de se impor na sua carreira - Nola Rice (Scarlett Johansson). Já casado, e meses depois de ver Nola pela última vez, Chris e ela desenvolvem uma relação de adultério que iria mudar para sempre as suas vidas.
"Match Point" é uma peça de perfeição. Diálogos perfeitos, temporizados com os silêncios perfeitos. Movimentos de câmara suaves mas intensos, recurso constante a planos fechados, de modo a que a nossa atenção esteja sempre focada no principal acontecimento (e não são raras as vezes onde Allen se alheia de quem está a falar, e foca exclusivamente as reacções de quem está a ouvir). Um argumento a todos os títulos delicioso, que parece inicialmente - fruto de um despertar lento e envolvente - uma banal história de paixão e traição, mas que acaba por, com um twist genial, desenrolar-se numa história com grande carga dramática, aliada a uma ponta de ironia que delicia o espectador. Ambientes como só Woody Allen sabe criar. Com uma banda sonora assente em Verdi, num registo de gravações antigas, o ambiente leva-nos desde a intimidade num apartamento criado especialmente para o efeito, com deliciosos pormenores de decoração, até Londres por si só. E, sendo este o primeiro filme que Woody Allen dirige em Londres, coloca-se um ponto final aos que diziam que o norte-americano só sabe filmar Nova Iorque. Errado. Ninguém filma a Big Apple como ele, mas nunca ninguém tinha visto pela lente Londres como Allen. E por fim, temos Scarlett Johansson. Definitivamente, alguém que nasceu para o cinema. E se já a havíamos visto pela mão de Soffia Coppola em "Lost in Translation", num registo de pureza e naif, agora dão-nos a conhecer a faceta de sensualidade e beleza, como duvido que alguém, nos próximos anos (a não ser o próprio Allen) consiga igualar. Traz, a par de Jonathan Rhys-Meyers (que, apesar de uma boa interpretação, não consegue estar brilhante), um tom de paixão e obsessão fantástico que, aliado à sua pureza angelical, torna delicioso de todos os pontos de vista. E, por justiça, sem deixar de mencionar o trabalho de edição e montagem, a cargo de Alisa Lepselter, que conferem a aura de perfeição que tenho defendido no texto.
É, indubitavelmente, uma obra deliciosa, inolvidável, e que merece, sem dúvida alguma, a ida ao cinema.


Título Original: "Match Point" (Reino Unido / Luxemburgo, 2005)
Realização: Woody Allen
Intérpretes: Scarlett Johansson, Jonathan Rhys-Meyers, Emily Mortimer e Brian Cox
Argumento: Woody Allen
Fotografia: Remi Adefarasin
Música: (não original) Giuseppe Verdi, Andrew Lloyd Webber (entre outros)
Género: Drama / Romance
Duração: 124 min.
Sítio Oficial: http://www.matchpoint.dreamworks.com


18 de janeiro de 2006

"Saw II" por Ricardo Clara


Se em 2005 "Saw" / "Saw - Enigma Mortal" havia surpreendido os cinéfilos, em especial os seguidores do género, este "Saw II" / "Saw II - A Experiência do Medo" não desilude. Com um argumento muito sólido, dá uma interessante noção de como uma sequela deste tipo pode ser tão segura como o primeiro filme. E aqui, o diabólico Jigsaw (Tobin Bell) volta a arquitectar um plano que coloca um grupo de pessoas dentro de uma casa, onde o passo entre a morte e a vida pode ser tomado de livre vontade - basta escolher! O detective Eric Mason (Donnie Wahlberg) vê-se de novo confrontado com o serial-killer, que agora conseguiu prender o seu filho nesta casa, com um grupo de ex-condenados, entre os quais Amanda (Shawnee Smith), a única sobrevivente da primeira aposta do assassino. Cabe a Mason seguir as regras do jogo para poder reaver o seu filho...
Voltando a apostar em imagens de grande violência e gore, "Saw II" / "Saw II - A Experiência do Medo" aposta na mesma fórmula, mas sem defraudar - fins terríveis para os "jogadores", sangue, e pequenos jogos dentro do jogo de vida ou morte. Realizado por Darren Lynn Bousman (desconhecido no nosso país, e que vem substituir James Wan, o mentor do primeiro), continua a ser interessante todo o ambiente criado na tela - com imagens esbatidas, que acompanham o tom demencial do filme, e apoiado em vários twists, como já é hábito neste tipo de películas. Um filme de terror competente, que, para os amantes do gore, merece uma visita ao cinema.


Título Original: "Saw II" (EUA, 2005)
Realização: Darren Lynn Bousman
Intérpretes: Donnie Wahlberg, Shawnee Smith e Tobin Bell
Argumento: Darren Lynn Bousman
Fotografia: Don Davis
Música: Thomas Newmann
Género: Thriller / Terror
Duração: 93 min.
Sítio Oficial: http://www.saw2.com


David Cronenberg na Cinemateca


Apresentação de Filipe Lopes



DAVID CRONENBERG: A EXPRESSÃO NUA
Ciclo dedicado a David Cronenberg na Cinemateca Portuguesa

Ame-se ou odeie-se, a verdade é que David Cronenberg é, hoje, muito à custa da adaptação ao grande ecrã de obras que muitos diziam serem impossíveis de transformar em filme (como "The Naked Lunch / O Festim Nu", ou "Crash", apenas para dar dois exemplos), uma referência incontornável do cinema actual. Homem "dos sete instrumentos", o realizador canadiano (e actor, argumentista, montador, produtor, director de fotografia…), é autor de títulos que constituem algumas das maiores lufadas de ar fresco no cinema dos últimos trinta anos. Uma excelente notícia para todos aqueles que vivem na zona da Grande Lisboa, bem
como para todos quantos lá possam deslocar-se para ver bom cinema, é o Ciclo organizado pela Cinemateca Portuguesa dedicado a esse, que é, talvez, o grande responsável pelo maior conjunto de regras quebradas na memória recente da história do cinema. Este é um ciclo absolutamente essencial e uma das raras oportunidades de ver, em projecção, as primeiras longas-metragens da extraordinária carreira de Cronenberg! Deixo-vos os títulos, as datas e respectivos horários:



JANEIRO 2006
STEREO (1969)
Seg. [30] 21:30, Sala Dr. Félix Ribeiro

CRIMES OF THE FUTURE (1970)
Ter. [31] 19:00, Sala Dr. Félix Ribeiro
FEVEREIRO 2006
SHIVERS / OS PARASITAS DA MORTE (1975)
Qua. [1] 21:30, Sala Dr. Félix Ribeiro
Qua. [8] 19:30 Sala Luís de Pina

STEREO (1969)
Qui. [2] 19:30 Sala Luís de Pina

CRIMES OF THE FUTURE (1970)
Qui. [2] 22:00 Sala Luís de Pina

RABID (1976)
Sex. [3] 19:00, Sala Dr. Félix Ribeiro
Qua. [8] 22:00 Sala Luís de Pina

FAST COMPANY (1978)
Seg. [6] 21:30, Sala Dr. Félix Ribeiro
Sex. [10] 19:30 Sala Luís de Pina

THE BROOD / A NINHADA (1979)
Seg. [13] 19:00, Sala Dr. Félix Ribeiro
Seg. [20] 19:30, Sala Luís de Pina

SCANNERS (1981)
Seg. [13] 19:00, Sala Dr. Félix Ribeiro
Ter. [21] 19:30, Sala Luís de Pina

VIDEODROME / EXPERIÊNCIA ALUCINANTE (1983)
Qui. [16] 19:00, Sala Dr. Félix Ribeiro
Ter. [21] 22:00, Sala Luís de Pina

THE DEAD ZONE / ZONA DE PERIGO (1983)
Qui. [16] 21:30, Sala Dr. Félix Ribeiro
Qua. [22], 19:30, Sala Luís de Pina

THE FLY / A MOSCA (1986)
Sex. [17] 19:00, Sala Dr. Félix Ribeiro
Qua. [22], 22:00, Sala Luís de Pina

DEAD RINGERS / IRMÃOS INSEPARÁVEIS (1988)
Sex. [17] 21:30, Sala Dr. Félix Ribeiro
Qui. [23] 19:30, Sala Luís de Pina

NAKED LUNCH / O FESTIM NU (1991)
Qui. [23] 22:00 Sala Luís de Pina
MARÇO 2006
NAKED LUNCH / O FESTIM NU (1991)
Qua. [01] 19:00, Sala Dr. Félix Ribeiro

M. BUTTERFLY (1993)
Qua.[1] 21:30, Sala Dr. Félix Ribeiro
Seg. [6] 19:30, Sala Luís de Pina

CRASH (1996)
Qui. [2] 19:00, Sala Dr. Félix Ribeiro
Seg. [6] 22:00, Sala Luís de Pina

EXistenZ (1999)
Qui. [2], 21:30, Sala Dr. Félix Ribeiro
Qua. [8] 19:30, Sala Luís de Pina

CAMERA (2000)
Sex. [3] 21:30, Sala Dr. Félix Ribeiro
Qua. [8] 22:00, Sala Luís de Pina

SPIDER (2002)
Ter. [7] 21:30, Sala Dr. Félix Ribeiro
Qui. [9]19:30, Sala Luís de Pina

A HISTORY OF VIOLENCE (2005)
ANTE-ESTREIA EM PORTUGAL
Sex.[10] 21:30, Sala Dr. Félix Ribeiro


17 de janeiro de 2006

Globos de Ouro 2006



Brokeback Mountain foi o grande vencedor da noite, perfilando-se cada vez mais como uma séria aposta para os Óscares. Aqui ficam os vencedores dos Golden Globes 06:



Melhor filme: "Brokeback Mountain", de Ang Lee

Melhor realizador: Ang Lee, "Brokeback Mountain"


Actriz, drama: Felicity Huffman, "Transamerica"


Actor, drama: Philip Seymour Hoffman, "Capote"



Actriz, comédia ou musical: Reese Witherspoon, "Walk the line"
Actor, comédia ou musical: Joaquin Phoenix, "Walk the line"

Actriz secundária: Rachel Weisz, "The Constant Gardener"


Actor secundário: George Clooney, "Syriana"



Melhor filme, comédia ou musical: "Walk the Line"

Realizador e argumentista com Hillary Swank
Melhor filme estrangeiro: "Paradise now", Hany Abu-Assad, Palestina


Melhor argumento: "Brokeback Mountain", Larry McMurtry, Diana Ossana


Canção original: "A love that will never grow old", de Gustavo Santaolalla ("Brokeback Mountain")


Banda sonora: "Memories of a Geisha", John Williams

Prémio de carreira Cecil B. DeMille: Anthony Hopkins




Televisão:

Actriz, drama: Geena Davis, "Commander in Chief"

Actor, drama: Hugh Laurie, "House"

Actriz, comédia ou filme musical: Mary-Louise Parker, "Weeds"

Actor, comédia ou filme musical: Steve Carell, "The Office"

Actriz, mini-série ou filme: S. Epatha Merkerson, "Lackawanna Blues"

Actor, mini-série ou filme: Jonathan Rhys Meyers, "Elvis"

Actriz secundária, série, mini-série ou filme: Sandra Oh, "Grey's Anatomny"

Actor secundário, série, mini-série ou filme: Paul Newman, "Empire falls"

Série, comédia - "Desperate Housewives"

Série, drama - "Lost"

Mini-série ou filme: "Empire falls"

12 de janeiro de 2006

"Jarhead" por António Reis

Desenganem-se os que pensam que “Jarhead” é a versão de Sam Mendes de “Platoon” ou “Full Metal Jacket”. Também não é “Three Kings” apesar do contexto. É um filme de recrutas e de uma guerra mas o tom é genuinamente de Sam Mendes. Baseado numa história verídica de um fuzileiro jarhead (cabeça de frasco) designação da gira ds fuzileiros, é um filme sobre o primeira guerra do Iraque a célebre Tempestade no deserto que libertou o Kuwait, apesar de o deixar em chamas.
Começando como um filme de recrutas, daí o título português se aproveitar do conceito de máquina zero, cedo o filme passa dos rituais de iniciação às técnicas de combate e ás torturas de caserna para a situação em cenário de guerra virtual como foram os três meses que o exército americano passou na Arábia Saudita antes da invasão. É assim um filme sobre uma guerra virtual, sempre adiada, contra um inimigo invisível, onde só a areia imensa do deserto e os repórteres de televisão em busca de algumas “cachas” povoam o quotidiano. Neste pelotão abandonado nos confins de uma fronteira imaginária só a loucura parece estar presente. E nesta guerra original, o valente soldado Swoff consegue não matar um único iraquiano e só dispara para comemorar o triunfo. Pelo meio fica a paisagem surreal de um deserto com os poços de petróleo em chamas, a areia viscosa de nafta, um cavalo perdido das coudelarias dos sultões e as carcaças e cadáveres do automóveis e seus ocupantes apanhados ela aviação americana na auto-estrada para Bagdad. Uma visão cínica sobre o serviço militar, sobre a guerra do Bush pai e os interesses do petróleo e sobretudo sobre a anormalidade dos dramas individuais no regresso a casa.
Uma das muitas cenas memoráveis é a exibição de “Apocalipse Now” e da sua cavalgada das valquírias perante a assistência ululante dos fuzileiros prestes a partir para o combate, ou a cena da cassete com o genérico de “Deer Hunter” de Cimino que esconde uma cena hardcore entre a mulher do fuzileiro e um seu vizinho. Apreciem a banda sonora sobretudo o original de Tom Waits que só por si valia o filme. Os fãs de filmes de guerra saíram desiludidos, os fãs de Sam Mendes também, os fãs de cinema não seguramente.





Título Original: "Jarhead" (EUA, 2005)
Realização: Sam Mendes
Intérpretes: Jake Gyllenhaal, Peter Sarsgaard, Jamie Foxx, Chris Cooper
Argumento: William Broyles Jr. baseado na autobiografia de Anthony Swofford
Fotografia: Roger Deakins
Música: Thomas Newmann
Género: Drama, Guerra
Duração: 123 min.
Sítio Oficial: http://www.jarheadmovie.com/

"Dreamer" por Nuno Reis

Há muitos anos que Dakota Fanning se afirmou como a mais talentosa actriz da sua geração e uma das melhores na sua idade que o cinema já viu. Depois de um ano menos bom em que teve um bom papel num mau filme e um mau papel num bom filme, chegou o momento de voltar a ter um grande papel num grande filme. “Dreamer” é um daqueles filmes para a família como davam antigamente na televisão aos domingo de tarde. Esta é a saga dos Crane, uma família que enriqueceu numa geração para na seguinte perder tudo, que, por um capricho do destino, agora poderá ou retomar a sua subida ou cair de vez. Cale Crane, interpretada por Fanning, é o mais novo elemento da família. Num dia em que acompanha o pai ao emprego herda a hereditária ligação com o mundo dos cavalos que o pai tinha tentado cortar. Aquilo que ela vê fascina-a, os extraordinários animais que participarão na corrida são das coisas mais belas que já viu e Sonya, a égua campeã que a equipa do seu pai tem a competir torna-se imediatamente a sua favorita. Todos os Crane acabarão a adorar esse animal que é mais do que uma mascote para eles, é uma razão para sonhar. Sonya é a abreviatura de Soñador.
Ao longo de duas horas de filme vemos a família a atravessar tantas dificuldades que, se não fosse imperativo um filme destes acabar (minimamente) bem, se poderia apostar na falência dos Crane. Mas ao longo dessas duas horas os desafios vão sendo superados e Cale tem sempre uma nova razão para sorrir. Mesmo que os intentos de Cale sejam logicamente impossíveis quando ela os apresenta, assim que ela sorri toda a audiência fica convencida que ela conseguirá, pois ninguém consegue impedir uma criança de sonhar e ninguém impedirá esta criança de ser feliz. Ela simplesmente merece ter os seus sonhos realizados: passar mais tempo com o pai; ter um cavalo como mascote; ou receber o seu animal como um campeão e colocar-lhe uma coroa de flores.
O filme está de parabéns por conseguir recuperar Kurt Russell para os dramas, por confiar a uma pequena estrela como Dakota Fanning o estrelato, e por dar a Elisabeth Shue e Kris Kristoferson papeis secundários com um mínimo de qualidade (Shue em “Hide and Seek” “cai” da janela de Fanning; Kristoferson tem sido morto, ressuscitado e clonado vezes sem conta nos “Blade”s). Sacrifice (o “actor” que faz de Soñador) é um animal excepcional, torna este filme indispensável para os amantes de cavalos e consegue as simpatizas daqueles que não gostavam de cavalos. É um filme que toda a família pode ver e que todas as crianças deveriam ver para saber o que é preciso fazer e sofrer quando se tem um sonho.






Título Original: "Dreamer: Inspired by a True Story" (EUA, 2005)
Realização: John Gatins
Intérpretes: Kurt Russell, Dakota Fanning, Kris Kristofferson, Elisabeth Shue, David Morse
Argumento: John Gatins
Fotografia: Fred Murphy
Música: John Debney
Género: Drama, Familiar
Duração: 98 min.
Sítio Oficial: http://www.dreamworks.com/Dreamer/

8 de janeiro de 2006

Por que é que...



A RTP decidiu dobrar a nova série "Two and a Half Men" / "Dois Homens e Meio", transmitida aos domingos pelas 12:00? Nomeada para um Emmy, e para um Golden Globe deste ano, a série foi muito bem recebida pelo público norte-americano, especialmente pelo regresso de Charlie Sheen. Será que estamos a entrar numa nova era, ao estilo da vizinha Espanha? E a dobragem é, no mínimo, deplorável - a "voz" do Jake Harper português é de ponderar entre a fuga ou um corte nos pulsos...


7 de janeiro de 2006