The Libertine por Nuno Reis
John Wilmot, Conde de Rochester, é um daqueles homens que ficaram para a História como escritores malditos. O seu talento com a pena era tão grande como os seus dotes oratórios mas infelizmente foi sempre incompreendido. O seu descontentamento com o mundo em que vivia e com a vida levou-o a ser ousado e desafiador - chegando mesmo a criticar o rei - e a sobreviver a tudo isso, excepto à vida que levou.
Johnny Depp tem um ano depois de Finding Neverland (foi filmado em 2003, The Libertineem 2004) mais um grande papel como um escritor. Neste tem de vestir uma pele menos moral de um escritor que conseguia ser mais devasso do que a sociedade a que pertenceu.
O diálogo introdutório faz recordar Man on the Moon (Wilmot é muito semelhante a Andy Kaufman). A apresentação que nos éfeita da sociedade e da sua completa falta de valores morais, foi feita para retirar da sala todos aqueles que tenham ideias mais pudicas. Os que aguentarem essa meia hora conseguirão apreciar a obra de Wilmot.
Samantha Morton tem um bom papel e tanto a postura como as falas da actriz que interpreta, assim como as falas que a personagem tem de decorar, merecem respeito. Como o conde de Rochester tem a língua muito solta, foi um papel arriscado. Entre os secundários o destaque vai para Malkovich (interpretou esta mesma peça no teatro) como rei. Richard Coyle, como o criado de Wilmot, tem um papel pouco exigente mas várias falas de qualidade. Rosamund Pike continua a fazer maus papeis e Kelly Reilly tem um papel em que quase passa despecebida no ano em que foi eleita actriz revelação em Cannes.
Lawrence Dunmore tornou esta biografia muito ambiciosa para primeira obra. A reconstituição histórica em termos de cenários e guarda-roupa está perfeita, a caracterização final de Depp é aquilo que faz esperar atéao fim. Pouco mais pode ser dito como elogio a um filme que garantidamente vai fazer pessoas abandonar a sala.
Johnny Depp tem um ano depois de Finding Neverland (foi filmado em 2003, The Libertineem 2004) mais um grande papel como um escritor. Neste tem de vestir uma pele menos moral de um escritor que conseguia ser mais devasso do que a sociedade a que pertenceu.
O diálogo introdutório faz recordar Man on the Moon (Wilmot é muito semelhante a Andy Kaufman). A apresentação que nos éfeita da sociedade e da sua completa falta de valores morais, foi feita para retirar da sala todos aqueles que tenham ideias mais pudicas. Os que aguentarem essa meia hora conseguirão apreciar a obra de Wilmot.
Samantha Morton tem um bom papel e tanto a postura como as falas da actriz que interpreta, assim como as falas que a personagem tem de decorar, merecem respeito. Como o conde de Rochester tem a língua muito solta, foi um papel arriscado. Entre os secundários o destaque vai para Malkovich (interpretou esta mesma peça no teatro) como rei. Richard Coyle, como o criado de Wilmot, tem um papel pouco exigente mas várias falas de qualidade. Rosamund Pike continua a fazer maus papeis e Kelly Reilly tem um papel em que quase passa despecebida no ano em que foi eleita actriz revelação em Cannes.
Lawrence Dunmore tornou esta biografia muito ambiciosa para primeira obra. A reconstituição histórica em termos de cenários e guarda-roupa está perfeita, a caracterização final de Depp é aquilo que faz esperar atéao fim. Pouco mais pode ser dito como elogio a um filme que garantidamente vai fazer pessoas abandonar a sala.
Título Original: "The Libertine" (Reino Unido, 2004) Realização: Lawrence Dunmore Intérpretes: Johnny Depp, Samantha Morton, John Malkovich Argumento: Stephen Jeffreys Fotografia: Alexander Melman Música: Michael Nyman Género: Drama Duração: 114 min. Sítio Oficial: http://www.miramax.com/thelibertine/ |
1 comentários:
Quando fui ver o Libertino, fui ver o filme sem ter qualquer conhecimento sobre o filme. Nunca tinha ouvido falar sobre o Libertino, apenas num dia vi o trailer que esta excelente e no dia seguinte vi o filme. Eu não sou daquelas pessoas que abandonam as salas de cinema (por muito mau que um filme possa ser, não sou capaz de fazer isso) mas este Libertino foi um filme que não me agradou mesmo nada, a não ser o diálogo inicial e final de John.
Estou neste momento a promover o meu Blog CINEJORNAL. Se possível faz uma visita. Eu agradeço!
Parabéns pelo teu blog!
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