Em tempo de balanço do que foi o Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura, nada melhor do que destacar uma obra emblemática realizada pelo mais velho realizador do mundo em actividade e produzida, entre outros, pela Sociedade Porto 2001, que foi o “Porto da Minha Infância” de Manoel de Oliveira. De facto, o realizador português voltou a presentear a cidade Invicta com um filme que, apesar de não conter o peso dos anos que tinha o “Douro, Faina Fluvial”, mostra-se como mais importante visto que casa Oliveira e a nossa cidade desde a sua infância até aos dias de hoje.
Como um simbólico farol a iluminar a escuridão, também o realizador alumia a história portuense passando pelas confeitarias, pelo Palácio de Cristal, pela Rua 31 de Janeiro, pelos jardins, por aquela que foi a casa que o viu nascer e tudo isto ontem, hoje ... sempre. Desde o seu primeiro amor até à opereta Miss Diabo, Oliveira recorda como foi, como é e que, apesar das coisas desaparecerem, a memória permanece, mais ou menos viva. E a recordação é uma arma que não podemos perder, senão...tudo desaparece de vez.
E Manuel de Oliveira, com os seus invejáveis 93 anos, imortalizou as suas recordações num Porto da Minha Infância.
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