4 de agosto de 2004

"Laws of Attraction" por Nuno Reis

Está nas salas portuguesas o mais recente trabalho de Peter Howitt, o realizador que nos presenteou com os intrigrantes "Sliding Doors" e "AntiTrust" e o divertido "Johnny English". Nesta sua mais recente comédia uma advogada de divórcios (Julianne Moore) conhece um advogado desleixado (Pierce Brosnan) que se revela o seu maior rival. Depois de uma noite em que o alcóol os junta e várias presenças em tribunal onde se tentam destruir, um dos casos em que trabalham leva-os à Irlanda onde o alcóol os casa. As peripécias complicam-se quando o casamento indesejado por ela e desejado por ele, fica comprometido por misturarem a vida pessoal com a profissional num acidente com o lixo doméstico o que a leva a querer terminar a farsa.
As interpretações dos dois protagonistas são as de comédia romântica onde nos acostumámos a vê-los (mas nunca juntos), Michael Sheen, no papel de rockeiro infiel e louco, está muito divertido, parecido com o papel que teve em "Underworld".
O filme em comparação com os anteriores de Howitt é uma grande desilusão, consegue entreter bem durante hora e meia mas não passa disso. Nem a comédia nem o romance permanecem no imaginário do espectador e vários detalhes poderiam ser desenvolvidos. A repetição de uma juíza pouco tolerante (Nora Dunn) está boa e Frances Fisher, como mãe de Moore tem um papel excelente que torna o filme aceitável.
O filme resume-se a uma moral, vale a pena lutar pelas relações quer sejam ou não amorosas, mas mesmo para uma ida romântica ao cinema há alternativas melhores. Custa-me muito dizer isto pois Peter Howitt é dos meus realizadores preferidos mas talvez seja melhor não se aventurar novamente em argumentos de Aline Brosh McKenna (autora do excelente "Three to Tango").

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