As transmissões televisivas de eventos desportivos, em regra geral, estagnaram de há uns anos para cá. Aliás, todo o espectáculo da emissão, onde a imagem e o comentário se devem unir de forma proporcional sofreu uma forte paragem.
O recurso aos mesmos planos e à mesma abordagem levam à certeza de que ali está um filão que secou definitivamente. A par, alguma impreparação (para não dizer analfabetismo completo) de muitos dos relatadores e comentadores desportivos, em especial daqueles que trabalham para estações em canal aberto. Apesar de ser pura e simplesmente o seguir de uma tendência que é generalizada na comunicação social (a da total falta de informação sobre o que se relata ou comenta), a verdade é que são cada vez menos as situações onde uma boa transmissão desportiva, visualmente falando, é acompanhada de comentários que acrescentam algo ao que estamos a ver - e não como já é costume, onde somos confrontados com simples contra-informação ou puro ruído.
Neste fim de semana, dois exemplos óbvios - Portugal - Brasil em futebol de praia (RTP N), onde o comentador de serviço aponta a presença de Christian Karembeau, antigo jogador de futebol de 11, como sendo Yannick Noah, tenista na reforma. Notado o erro, decidiu o comentador apontar que afinal era o futebolista, casado com uma modelo, informação preciosa como bem se entende.
Por outro lado, a insistência de um dos homens que acompanharam a transmissão do S.L. Benfica - Blackburn Rovers para o Torneio do Guadiana (SIC), em apelidar o conhecido avançado inglês Robbie Fowler de (e perdoem-me a fonética transformada em letra) Robert Fuler - o que é verdadeiramente incrível, para quem segue e «informa» os telespectadores, não ter a noção de quem joga e quem são os intervenientes. Para completar o circo, ambos, reforçados agora com o repórter de campo, gastam mais de 15 minutos a dizer que este Fuler está "gordo", e que cada um deles faria, em diversas ocasiões, muito melhor do que o texugo com botas Nike alguma vez fez.
Mas nem tudo são espinhos. A transmissão do Euro 2008 foi abrilhantada por um dispositivo suspenso nos estádios que acompanharia as jogadas de muito perto, o que acrescenta (muito) ao que todos vêm em casa. Bem como a transmissão da Volta à França deste ano (motivo pelo qual escrevo estas linhas). Bom, não por causa da totalidade da emissão, antes a criativa opção de colocarem um motard com um operador de câmera a seguir a par o sprint final que coroou Gert Steegmans como vencedor da 21ª Etapa nos Campos Elíseos. De tão simples, com uma criatividade tão certeira e de tão bom gosto, que vemos que basta uma boa abordagem e pouco barulho, para uma transmissão desportiva feita com qualidade.
O recurso aos mesmos planos e à mesma abordagem levam à certeza de que ali está um filão que secou definitivamente. A par, alguma impreparação (para não dizer analfabetismo completo) de muitos dos relatadores e comentadores desportivos, em especial daqueles que trabalham para estações em canal aberto. Apesar de ser pura e simplesmente o seguir de uma tendência que é generalizada na comunicação social (a da total falta de informação sobre o que se relata ou comenta), a verdade é que são cada vez menos as situações onde uma boa transmissão desportiva, visualmente falando, é acompanhada de comentários que acrescentam algo ao que estamos a ver - e não como já é costume, onde somos confrontados com simples contra-informação ou puro ruído.
Neste fim de semana, dois exemplos óbvios - Portugal - Brasil em futebol de praia (RTP N), onde o comentador de serviço aponta a presença de Christian Karembeau, antigo jogador de futebol de 11, como sendo Yannick Noah, tenista na reforma. Notado o erro, decidiu o comentador apontar que afinal era o futebolista, casado com uma modelo, informação preciosa como bem se entende.
Por outro lado, a insistência de um dos homens que acompanharam a transmissão do S.L. Benfica - Blackburn Rovers para o Torneio do Guadiana (SIC), em apelidar o conhecido avançado inglês Robbie Fowler de (e perdoem-me a fonética transformada em letra) Robert Fuler - o que é verdadeiramente incrível, para quem segue e «informa» os telespectadores, não ter a noção de quem joga e quem são os intervenientes. Para completar o circo, ambos, reforçados agora com o repórter de campo, gastam mais de 15 minutos a dizer que este Fuler está "gordo", e que cada um deles faria, em diversas ocasiões, muito melhor do que o texugo com botas Nike alguma vez fez.
Mas nem tudo são espinhos. A transmissão do Euro 2008 foi abrilhantada por um dispositivo suspenso nos estádios que acompanharia as jogadas de muito perto, o que acrescenta (muito) ao que todos vêm em casa. Bem como a transmissão da Volta à França deste ano (motivo pelo qual escrevo estas linhas). Bom, não por causa da totalidade da emissão, antes a criativa opção de colocarem um motard com um operador de câmera a seguir a par o sprint final que coroou Gert Steegmans como vencedor da 21ª Etapa nos Campos Elíseos. De tão simples, com uma criatividade tão certeira e de tão bom gosto, que vemos que basta uma boa abordagem e pouco barulho, para uma transmissão desportiva feita com qualidade.
2 comentários:
Concordo plenamente contigo. Hoje em dia a falta de informação sobre o que se transmite e comenta na TV é um generalizada, infelizmente, e não só em relação a acontecimentos desportivos...
Também acompanhei a Volta à França e preferi mil vezes acompanhá-la no EuroSport do que na RTP N/RTP 2.
Quanto a relatos de futebol, há muito que me aborrecem, chegando por vezes (não muitas :) atirar o som da TV e a ouvir o relato da rádio.
Sem dúvida, Izzi!,
Também tiro o som da TV em diversas vezes, para não atingir o ponto de ruptura e ter aquela estranha vontade de atentar contra os comentadores! Obrigado pelo comentário certeiro!
RC
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