Nem sempre as boas intenções transpostas para cinema resultam em filmes interessantes. Diamante de Sangue é um desses filmes bem intencionados, politicamente correcto, que parte de uma realidade em que o continente africano é fértil. Como se diz no filme com cinismo: “sempre que se descobrem riquezas num país de África, a sua população morre”. Os diamantes da Serra Leoa foram a causa directa de uma sangrenta e prolongada guerra civil. O que poderia ser fonte de riqueza e bem estar, transformou-se na principal fonte de financiamento de políticos corruptos, de facções armadas a quem nunca faltou o dinheiro para investir em novos equipamentos. Quando no Ocidente começou a ser demasiado óbvio o preço que os diamantes estavam a custar ao povo, iniciou-se a campanha que conduziu à intervenção estrangeira que terminou com a guerra civil. E agora os diamantes já não são de “sangue”.
O filme de Zwick relata esse período turbulento. Com um Leonardo diCaprio a corporizar de forma verosímil a figura de um mercenário a soldo de uma companhia sul-africana (que obviamente se refere à multinacional deBeers) que trafica diamantes para a Libéria onde graças à corrupção se tornam diamantes legais. Jennifer Connelly é uma jornalista à procura de provas para a sua história e Djimon Hounsou (“Amistad”, “In America”, “The Island”) é o epicentro em que gira toda a história narrada em flashback. Zwick constrói um filme testemunho com cenas de um realsimo atroz, emoldura-o em cenários naturais de irresistível encanto, recheia-o com espectaculares sequências de acção e guerra, sem esquecer uma insipiente história de amor entre mercenário sem escrúpulos e jornalista cheia de moral e o drama humano da família de Salomon Vandy. O espectador fica preso à narrativa durante os 143 minutos que se esgotam sem se dar por isso e as boas consciências podem dormir descansadas porque tudo está bem quando acaba bem. Os bons são recompensados, os maus castigados e os menos maus redimem-se pelos seus actos. Um grande filme com enormes possibilidades de box-office ou não fossem os actores o chamariz que são, mas mesmo assim demasiado convencional para se atrever a ser uma obra-prima.
O filme de Zwick relata esse período turbulento. Com um Leonardo diCaprio a corporizar de forma verosímil a figura de um mercenário a soldo de uma companhia sul-africana (que obviamente se refere à multinacional deBeers) que trafica diamantes para a Libéria onde graças à corrupção se tornam diamantes legais. Jennifer Connelly é uma jornalista à procura de provas para a sua história e Djimon Hounsou (“Amistad”, “In America”, “The Island”) é o epicentro em que gira toda a história narrada em flashback. Zwick constrói um filme testemunho com cenas de um realsimo atroz, emoldura-o em cenários naturais de irresistível encanto, recheia-o com espectaculares sequências de acção e guerra, sem esquecer uma insipiente história de amor entre mercenário sem escrúpulos e jornalista cheia de moral e o drama humano da família de Salomon Vandy. O espectador fica preso à narrativa durante os 143 minutos que se esgotam sem se dar por isso e as boas consciências podem dormir descansadas porque tudo está bem quando acaba bem. Os bons são recompensados, os maus castigados e os menos maus redimem-se pelos seus actos. Um grande filme com enormes possibilidades de box-office ou não fossem os actores o chamariz que são, mas mesmo assim demasiado convencional para se atrever a ser uma obra-prima.
Título Original: "Blood Diamond" (EUA, 2006) Realização: Edward Zwick Intérpretes: Leonardo DiCaprio, Jennifer Connelly, Djimon Hounsou Argumento: Charles Leavitt (baseado na história de C. Gaby Mitchell e Charles Leavitt) Fotografia: Eduardo Serra Música: James Newton Howard Género: Aventura/Drama/Thriller Duração: 143 min. Sítio Oficial: http://blooddiamondmovie.warnerbros.com/ |
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