Não me lembra de ter lido em lado algum que rir faz mal à saúde, bem pelo contrário, quando era miúdo o meu médico de família adaptava a velha lenga-lenga "deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer, e dizia, abreviando: "rir dá saúde e faz crescer". O mais recente filme de Peter Segal ("Terapia de Choque", 2003; "O Professor Chanfrado 2, 2000; "Naked Gun 33 1/3: The Final Insult", 1994) oferece-nos hora e meio de boa disposição, tratando de maneira civilizada um assunto muito sério. No entanto, há por aí muita gente com medo que, a rir, lhe caiam os dentes, mas desses não reza a história.
Por falar em lenga-lengas, "A Minha Namorada tem Amnésia" tem um título péssimo, mas de facto, a namorada tem amnésia, e se dormir não cresce nem fica mais saudável, esquece-se de tudo o que viveu no dia anterior e recomeça de novo como se tratasse do dia em que sofreu o acidente que a fez ficar naquele estado. Todos os dias, Lucy (Drew Barrymore) sai de casa pensando que é um domingo de Outubro, em que, depois de tomar o pequeno almoço, vai apanhar ananáses com o pai. Num desses muitos dias, o veterinário Henry Roth (Adam Sandler) passa pelo mesmo café onde Lucy está a construir casinhas com os seus waffles. A maneira inocente como ela se comporta, desperta o sentimento mais nobre de todos, naquele garanhão habituado a engatar estrangeiras que vêm passar férias ao Havai, até ali habituado a abandonar as suas conquistas à porta do avião ou do barco, Henry vai, pela primeira vez, sentir algo parecido com o seu veneno. A sua paixão esquece-se todos os dias que o ama e ele é obrigado a conquistá-la dia após dia. Para os românticos, como eu, confesso, não há imagem mais bonita que, todos os dias ser forçado a conquistar a mulher que se ama, além de nunca se instalar a monotonia, é impossível não sentir nada, quando ela o sente, sempre, pela primeira vez. Por aí e pela minha parte, aplausos para o argumento de George Wing.
Além da realização segura de Peter Segal, o homem saber o que faz, não o fizesse há alguns anos com evidente sucesso, como são os exemplos já enunciados, destaque para o elenco, Adam Sandler, que trabalhou para Segal em "Terapia de Choque" (2003) e produz o filme e a norte-americana Drew Barrymore, a Dylan Sanders dos "Anjos de Charlie" ou, para quem se lembra, a Gertie de E.T. - O Extraterrestre" (1982). Em segundo plano, Rob "Deuce Bigalow" Schneider como Ula um nativo com uma mão cheia de filhos e uma estranha paixão por tubarões, e Dan "Ghostbusters" Aykroyd, o Dr. Keats, o médico que trata Lucy.
"Last, but not least", a banda sonora. Por ser uma comédia/romance, tinha de ter canções de amor, e tem! São versões de alguns dos clássicos da música pop. De "Hold me Now" de Tom Bailey e "Lips like Sugar" dos Echo and the Bunnymen, a "Slave to Love" de Bryan Ferry e "Every Breath you Take" dos Police, passando por "True" dos Spandau Ballet, ou "Drive" dos Cars. Nos originais, a banda sonora conta com "Wouldn't It Be Nice" dos Beach Boys, e "Could you be Loved" e "Is this Love" de Bob Marley.
Por falar em lenga-lengas, "A Minha Namorada tem Amnésia" tem um título péssimo, mas de facto, a namorada tem amnésia, e se dormir não cresce nem fica mais saudável, esquece-se de tudo o que viveu no dia anterior e recomeça de novo como se tratasse do dia em que sofreu o acidente que a fez ficar naquele estado. Todos os dias, Lucy (Drew Barrymore) sai de casa pensando que é um domingo de Outubro, em que, depois de tomar o pequeno almoço, vai apanhar ananáses com o pai. Num desses muitos dias, o veterinário Henry Roth (Adam Sandler) passa pelo mesmo café onde Lucy está a construir casinhas com os seus waffles. A maneira inocente como ela se comporta, desperta o sentimento mais nobre de todos, naquele garanhão habituado a engatar estrangeiras que vêm passar férias ao Havai, até ali habituado a abandonar as suas conquistas à porta do avião ou do barco, Henry vai, pela primeira vez, sentir algo parecido com o seu veneno. A sua paixão esquece-se todos os dias que o ama e ele é obrigado a conquistá-la dia após dia. Para os românticos, como eu, confesso, não há imagem mais bonita que, todos os dias ser forçado a conquistar a mulher que se ama, além de nunca se instalar a monotonia, é impossível não sentir nada, quando ela o sente, sempre, pela primeira vez. Por aí e pela minha parte, aplausos para o argumento de George Wing.
Além da realização segura de Peter Segal, o homem saber o que faz, não o fizesse há alguns anos com evidente sucesso, como são os exemplos já enunciados, destaque para o elenco, Adam Sandler, que trabalhou para Segal em "Terapia de Choque" (2003) e produz o filme e a norte-americana Drew Barrymore, a Dylan Sanders dos "Anjos de Charlie" ou, para quem se lembra, a Gertie de E.T. - O Extraterrestre" (1982). Em segundo plano, Rob "Deuce Bigalow" Schneider como Ula um nativo com uma mão cheia de filhos e uma estranha paixão por tubarões, e Dan "Ghostbusters" Aykroyd, o Dr. Keats, o médico que trata Lucy.
"Last, but not least", a banda sonora. Por ser uma comédia/romance, tinha de ter canções de amor, e tem! São versões de alguns dos clássicos da música pop. De "Hold me Now" de Tom Bailey e "Lips like Sugar" dos Echo and the Bunnymen, a "Slave to Love" de Bryan Ferry e "Every Breath you Take" dos Police, passando por "True" dos Spandau Ballet, ou "Drive" dos Cars. Nos originais, a banda sonora conta com "Wouldn't It Be Nice" dos Beach Boys, e "Could you be Loved" e "Is this Love" de Bob Marley.
Título Original: "50 First Dates" (EUA, 2004) Realizador: Peter Segal Intérpretes: Adam Sandler, Drew Barrymore e Rob Schneider Argumento: George Wing Fotografia: Jack N. Green Música: Teddy Castellucci Género: Comédia / Romance Duração: 99 min Sítio Oficial: http://www.sonypictures.com/movies/50firstdates/index.html |
1 comentários:
Concordo, gostei bastante do filme e a BSO também é bastante boa. 4*
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