É quase garantido que está em exibição em Portugal a futura longa-metragem vencedora do Oscar de Animação. A luta poderá não estar limitada a "Ice Age 3", "Up" e "Ponyo on the Cliff", mas os grandes favoritos são estes. Se para a Pixar e para os estúdios Ghibli de Miyazaki - ambos distribuídos pela Disney - o Oscar já não é novidade, para a Fox seria uma estreia. De todas as sua animações apenas "Ice Age" já foi nomeada, por isso uma vitória não é impossível ou imprevisível.
No primeiro filme um grupo variado de animais (mamute, preguiça, dentes-de-sabre) atravessa o mundo do gelo para entregar um bebé humano ao seu pai. No segundo filme um grupo variado de animais (os anteriores e ainda 3 marsupiais dos quais um é mamute) atravessa um mundo em aquecimento para salvar todos. No terceiro filme um grupo variado de animais (os anteriores e uma doninha) atravessa o mundo dos dinossauros para salvar uma mãe.
Pela síntese de uma linha que fiz dos filmes percebe-se que é mais do mesmo. Um grupo heterogéneo de animais, um mundo perigoso, uma missão nobre. Em todos esses há pelo menos um esquilo que é razão suficiente para se ir ver o filme. Desde o primeiro que o pequeno Scrat funciona como chamariz tendo o monopólio dos teasers e trailers. No segundo foi basicamente a única coisa que se aproveitou e ansiava-se por ele para quebrar o gelo. Neste duplicaram a dose trazendo para cena uma esquila e não fez grande efeito. Continua a provocar grandes gargalhadas e a ser uma boa distracção para alternar entre cenários, mas o terceiro filme já quase dispensa os esquilos. Tem muito humor inteligente, e uma maior riqueza visual, argumentativa e temática.
Aqui mais uma vez é dito "que estranha manada nós formamos". Tal como no saudoso "Em Busca do Vale Encantado", eternizado em sequelas sem fim, o grande trunfo é combinar diferentes espécies e dar-lhes um objectivo comum. Pela espécie assim como pela personalidade depressa nos identificamos com algum deles. Associamos os nossos amigos a outros animais, identificámos conversas deles com as nossas. Este filme não é só feito de dinossauros, aventuras e palhaçadas. É cada vez mais sobre amizade, trabalho em equipa e confiança. Estas criaturas tão distintas formaram uma família onde se respeita o indivíduo e a sua personalidade. Andam sempre às turras, mas sabem que quando precisam têm os amigos por perto e podem-lhes confiar a própria vida e a da prole. Quem não tem uma manada assim devia procurar uma urgentemente.
Esta animação foi um grande passo para o 3D. Sou conservador e prefiro assistir aos filmes na versão mais pura. Dispenso som no que é mudo, cor no que é preto e branco, dobragens no que é estrangeiro e dimensões espaciais no que pertence ao plano da tela. "Ice Age 3" na versão 2D tem imensos momentos que segredam nas entrelinhas "Não imaginas o que estás a perder. Isto em 3D fica magnífico. Vale bem os dois euros." Neste filme finalmente considerei a hipótese de assistir a filmes em 3D. Afinal de contas o progresso faz parte do cinema. A fotografia tornou-se movimento e o mudo tornou-se som. O dicromático ganhou milhões de cores. Os teatros cederam o papel central da distribuição cinematográfica às televisões e à internet. Acho que está na hora de aproveitarmos todas as dimensões da caixa mágica.
Um argumento de grande nível, com imensa acção e um humor diversificado que tanto satisfaz os miúdos com piadas escatológicas como os cinéfilos com cenas e diálogos retirados de "Star Wars" e "Godzilla". Discute com "Hangover" o título de melhor comédia que vi este ano (estreada).
No primeiro filme um grupo variado de animais (mamute, preguiça, dentes-de-sabre) atravessa o mundo do gelo para entregar um bebé humano ao seu pai. No segundo filme um grupo variado de animais (os anteriores e ainda 3 marsupiais dos quais um é mamute) atravessa um mundo em aquecimento para salvar todos. No terceiro filme um grupo variado de animais (os anteriores e uma doninha) atravessa o mundo dos dinossauros para salvar uma mãe.
Pela síntese de uma linha que fiz dos filmes percebe-se que é mais do mesmo. Um grupo heterogéneo de animais, um mundo perigoso, uma missão nobre. Em todos esses há pelo menos um esquilo que é razão suficiente para se ir ver o filme. Desde o primeiro que o pequeno Scrat funciona como chamariz tendo o monopólio dos teasers e trailers. No segundo foi basicamente a única coisa que se aproveitou e ansiava-se por ele para quebrar o gelo. Neste duplicaram a dose trazendo para cena uma esquila e não fez grande efeito. Continua a provocar grandes gargalhadas e a ser uma boa distracção para alternar entre cenários, mas o terceiro filme já quase dispensa os esquilos. Tem muito humor inteligente, e uma maior riqueza visual, argumentativa e temática.
Aqui mais uma vez é dito "que estranha manada nós formamos". Tal como no saudoso "Em Busca do Vale Encantado", eternizado em sequelas sem fim, o grande trunfo é combinar diferentes espécies e dar-lhes um objectivo comum. Pela espécie assim como pela personalidade depressa nos identificamos com algum deles. Associamos os nossos amigos a outros animais, identificámos conversas deles com as nossas. Este filme não é só feito de dinossauros, aventuras e palhaçadas. É cada vez mais sobre amizade, trabalho em equipa e confiança. Estas criaturas tão distintas formaram uma família onde se respeita o indivíduo e a sua personalidade. Andam sempre às turras, mas sabem que quando precisam têm os amigos por perto e podem-lhes confiar a própria vida e a da prole. Quem não tem uma manada assim devia procurar uma urgentemente.
Esta animação foi um grande passo para o 3D. Sou conservador e prefiro assistir aos filmes na versão mais pura. Dispenso som no que é mudo, cor no que é preto e branco, dobragens no que é estrangeiro e dimensões espaciais no que pertence ao plano da tela. "Ice Age 3" na versão 2D tem imensos momentos que segredam nas entrelinhas "Não imaginas o que estás a perder. Isto em 3D fica magnífico. Vale bem os dois euros." Neste filme finalmente considerei a hipótese de assistir a filmes em 3D. Afinal de contas o progresso faz parte do cinema. A fotografia tornou-se movimento e o mudo tornou-se som. O dicromático ganhou milhões de cores. Os teatros cederam o papel central da distribuição cinematográfica às televisões e à internet. Acho que está na hora de aproveitarmos todas as dimensões da caixa mágica.
Um argumento de grande nível, com imensa acção e um humor diversificado que tanto satisfaz os miúdos com piadas escatológicas como os cinéfilos com cenas e diálogos retirados de "Star Wars" e "Godzilla". Discute com "Hangover" o título de melhor comédia que vi este ano (estreada).
Título Original: "Ice Age: Dawn of Dinossaurs" (EUA, 2009) Realização: Carlos Saldanha, Mike Thurmeier Argumento: Peter Ackerman, Michael Berg, Yoni Brenner, Mike Reiss (história por Jason Carter Eaton) Intérpretes: Ray Romano, John Leguizamo, Denis Leary, Queen Latifah, Simon Pegg Música: John Powell Género: Comédia, Animação, Aventura, Romance Duração: 94 min. Sítio Oficial: http://www.iceagemovie.com/ |
1 comentários:
Não tenho uma opinião assim tão positiva do filme, embora o considere superior aos seus antecessores.
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