Em 1992, enquanto Barcelona hospedava os Jogos Olímpicos, uma pequena aldeia testemunhou um crime terrível. Em 2004 o mais experiente realizador espanhol, Carlos Saura, dirigiu a adaptação para cinema da história que abalou o país.
Na aldeia de Puerto Hurraco, Badajoz, um namoro terminado lança o ódio entre duas famílias. Para vingar a afronta feita à sua irmã Luciana, Jerónimo Fuentes mata o ex-namorado dela sendo por isso condenado à prisão. Pouco depois um misterioso incêndio deflagra na casa dos Fuentes que mata a matriarca e obriga a família a abandonar a aldeia e a recomeçar a vida. Trinta anos depois Jerónimo sai da prisão e esfaqueia Juan Giménez no domingo em que as suas filhas comungam. Também os outros irmãos Fuentes sofrem de loucura, convictos de que a aldeia é culpada da morte da mãe e que os Giménez são os culpados do ódio da aldeia, tudo farão para se vingarem. A história é-nos contada pela mais velha das meninas Giménez, narra-nos o seu Verão livre de preocupações em que parte à descoberta do passado para descobrir um terror que não poderia imaginar.
Vários aspectos humanos são focados como a vontade de ir para a cidade, as grandes superfícies que ameaçam o comércio, o emigrante de regresso, o anão cantor, o louco viciado em drogas, tudo aquilo que simultaneamente torna a aldeia típica mas única. A grande vantagem do filme é que não se apresenta como um documentário mas sim como o feliz Verão de uma jovem que brinca e dança com as irmãs, que começa a namorar e que tem uma vida cheia de sonhos. Até que decide saber mais sobre o morto de quem todos falam e porque ficou a aldeia aliviada com a notícia. Só que investigar a razão que o levou a tentar matar o pai dela poderá levar a descobrir algumas coisas sobre o pai que não são agradáveis. A beleza da paisagem e o realismo do filme são magníficos.
Infelizmente o filme não é só sobre coisas boas por isso chegará o dia em os Fuentes consumarão a vingança final. Os minutos finais passados na aldeia têm uma aparência simples mas de enorme complexidade de realização, são de uma enorme beleza mas de uma violência brutal. Saber que é tudo real torna ainda mais macabro. Nas interpretações o destaque vai para Yohana Cobo, a narradora, e para os irmãos Fuentes que, com mais ou menos tempo de cena, são excepcionais. O ponto fraco do filme são alguns efeitos especiais pois apesar de cenas como a avaria eléctrica ficarem perfeitas, outras teoricamente mais simples (como as facadas) são feitas de forma muito rudimentar.
Na aldeia de Puerto Hurraco, Badajoz, um namoro terminado lança o ódio entre duas famílias. Para vingar a afronta feita à sua irmã Luciana, Jerónimo Fuentes mata o ex-namorado dela sendo por isso condenado à prisão. Pouco depois um misterioso incêndio deflagra na casa dos Fuentes que mata a matriarca e obriga a família a abandonar a aldeia e a recomeçar a vida. Trinta anos depois Jerónimo sai da prisão e esfaqueia Juan Giménez no domingo em que as suas filhas comungam. Também os outros irmãos Fuentes sofrem de loucura, convictos de que a aldeia é culpada da morte da mãe e que os Giménez são os culpados do ódio da aldeia, tudo farão para se vingarem. A história é-nos contada pela mais velha das meninas Giménez, narra-nos o seu Verão livre de preocupações em que parte à descoberta do passado para descobrir um terror que não poderia imaginar.
Vários aspectos humanos são focados como a vontade de ir para a cidade, as grandes superfícies que ameaçam o comércio, o emigrante de regresso, o anão cantor, o louco viciado em drogas, tudo aquilo que simultaneamente torna a aldeia típica mas única. A grande vantagem do filme é que não se apresenta como um documentário mas sim como o feliz Verão de uma jovem que brinca e dança com as irmãs, que começa a namorar e que tem uma vida cheia de sonhos. Até que decide saber mais sobre o morto de quem todos falam e porque ficou a aldeia aliviada com a notícia. Só que investigar a razão que o levou a tentar matar o pai dela poderá levar a descobrir algumas coisas sobre o pai que não são agradáveis. A beleza da paisagem e o realismo do filme são magníficos.
Infelizmente o filme não é só sobre coisas boas por isso chegará o dia em os Fuentes consumarão a vingança final. Os minutos finais passados na aldeia têm uma aparência simples mas de enorme complexidade de realização, são de uma enorme beleza mas de uma violência brutal. Saber que é tudo real torna ainda mais macabro. Nas interpretações o destaque vai para Yohana Cobo, a narradora, e para os irmãos Fuentes que, com mais ou menos tempo de cena, são excepcionais. O ponto fraco do filme são alguns efeitos especiais pois apesar de cenas como a avaria eléctrica ficarem perfeitas, outras teoricamente mais simples (como as facadas) são feitas de forma muito rudimentar.
Título Original: “El Séptimo Día” (Espanha, 2004) Realizador: Carlos Saura Intérpretes: Yohana Cobo, José Garcia, José Luís Gomez, Juan Diego e Victoria Abril Argumento: Ray Loriga Fotografia: François Lartigue Música: Roque Baños Género: Drama Duração: 103 min Sítio Oficial: Lolafilms Apesar de a Lolafilms indicar http://elseptimodia.com como sendo o sítio oficial, o endereço não tem dono. |
2 comentários:
Tenho alguma curiosidade... mas n é dos filmes que tenho mais ansiedade de ver...
não estou com muita vontade o ver, mas nunca se sabe :) See ya
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