"Birth" por Ricardo Clara
Quando, dez anos depois da morte do seu marido, Anna (Nicole Kidman) se depara com um miúdo (Cameron Bright) dessa mesma idade a dizer que é Sean, o seu falecido marido, entende que a sua vida já não iria ser a mesma. Este jovem Sean, homónimo do marido de Anna, tenta convencer que é a reencarnação do primeiro e levar a confusa mulher a não casar com Joseph (Danny Huston). Será que, em "Birth", Sean é... Sean?
Do estreante Jonathan Glazer, mais um realizador que vem directamente da direcção de videoclips (Blur, Massive Attack e Radiohead, por exemplo), este filme pauta-se essencialmente pelo absurdo, e resultado inconstante, com um desfecho de sobremaneira despropositado. Mas, e no plano da pura realização e interpretação, este filme é um deleite à vista. Cameron Bright, o jovem Sean, é uma grande promessa do cinema norte-americano, na mesma esfera de Dakota Fanning (a qual pode ser vista actualmente em "Hide and Seek"). Seguro e decidido, pauta-se por uma enorme tranquilidade e plena disposição no papel que interpreta (tal como aconteceu em "Godsend"). É, sem dúvida, um actor a rever e a acompanhar. Tal como Nicole Kidman, num papel de relevo, e a confirmar que é uma das grandes actrizes do nosso tempo. Por outro lado, a realização de Glazer, meticulosa e pausada, com um rigor quase milimétrico. Deliciosos planos fechados das faces, em momentos de maior tensão, ou a maneira como se move a câmara num espaço exíguo (a acção decorre essencialmente na casa de Anna), bem como a sequência inicial, onde seguimos com o olhar um homem a fazer jogging, num plano de sequência que culmina com a queda para a morte daquele. A fazer lembrar, este plano, "Elephant", de Gus van Sant, que, coincidência ou não, trabalhou com Harris Savides, director de fotografia que integra também esta equipa de produção. Savides é, de longe, uma óptima influência no registo visual do filme, desde a iluminação do interiores, até à referida sequência inicial. Podera, vindo de alguém que trabalhou em "Seven", "The Game", ou o referido "Elephant". Ponto onde destoa é, sem dúvida, a linha argumentativa, que parte de uma premissa interessante, mas que deixa de ser o fio condutor da película para terminar por ser um mero apoio da explosão visual do filme. De qualquer modo, merece ser visto, e decorar estes dois nomes: Jonathan Glazer e Cameron Bright.
Do estreante Jonathan Glazer, mais um realizador que vem directamente da direcção de videoclips (Blur, Massive Attack e Radiohead, por exemplo), este filme pauta-se essencialmente pelo absurdo, e resultado inconstante, com um desfecho de sobremaneira despropositado. Mas, e no plano da pura realização e interpretação, este filme é um deleite à vista. Cameron Bright, o jovem Sean, é uma grande promessa do cinema norte-americano, na mesma esfera de Dakota Fanning (a qual pode ser vista actualmente em "Hide and Seek"). Seguro e decidido, pauta-se por uma enorme tranquilidade e plena disposição no papel que interpreta (tal como aconteceu em "Godsend"). É, sem dúvida, um actor a rever e a acompanhar. Tal como Nicole Kidman, num papel de relevo, e a confirmar que é uma das grandes actrizes do nosso tempo. Por outro lado, a realização de Glazer, meticulosa e pausada, com um rigor quase milimétrico. Deliciosos planos fechados das faces, em momentos de maior tensão, ou a maneira como se move a câmara num espaço exíguo (a acção decorre essencialmente na casa de Anna), bem como a sequência inicial, onde seguimos com o olhar um homem a fazer jogging, num plano de sequência que culmina com a queda para a morte daquele. A fazer lembrar, este plano, "Elephant", de Gus van Sant, que, coincidência ou não, trabalhou com Harris Savides, director de fotografia que integra também esta equipa de produção. Savides é, de longe, uma óptima influência no registo visual do filme, desde a iluminação do interiores, até à referida sequência inicial. Podera, vindo de alguém que trabalhou em "Seven", "The Game", ou o referido "Elephant". Ponto onde destoa é, sem dúvida, a linha argumentativa, que parte de uma premissa interessante, mas que deixa de ser o fio condutor da película para terminar por ser um mero apoio da explosão visual do filme. De qualquer modo, merece ser visto, e decorar estes dois nomes: Jonathan Glazer e Cameron Bright.
Título Original: "Birth" (EUA, 2004) Realizador: Jonathan Glazer Intérpretes: Nicole Kidman, Cameron Bright, Lauren Bacall e Danny Huston Argumento: Milo Addica e Jean-Claude Carrière Fotografia: Harris Savides Música: Alexandre Desplat Género: Drama / Mistério Duração: 100 min Sítio Oficial: http://www.birthmovie.com |
3 comentários:
Ola Boa tarde
Passei por aqui e gostei deste Blog. Tb adoro cinema. Parabens
Ate breve
TJS
http://box-office-cinema.blogspot.com/
É visualmente estimulante, mas o argumento deixa a desejar, como disseste...
Gostei do blog contudo a template tem uns problemas... voltarei pq gosto de cinema
Enviar um comentário