Sou um enorme fã e seguidor da família Simpson. Aliás, sou um confesso admirador de todo o trabalho de Matt Groening. Enquanto série televisiva, tem o brilhantismo de se encontrar no ar à cerca de 18 anos consecutivos, moldando e desenhando novos patamares da comédia, parodiando, quer a sociedade americana, quer a sociedade em global, nunca esquecendo uma auto-crítica mordaz e atenta, que elevou "The Simpsons" a série de culto.
É inevitável traçar a linha da série com a do filme, que se juntam amiude, cruzando-se todas as personagens históricas, que em muitos casos fizeram episódios peças automáticas de culto. Mas a série está, de à uns anos para cá, a sofrer de um défice de criatividade. Continua a crítica e o apontamento certeiro, mas faltam rasgos de genialidade como um Michael Jackson branco (bom, albino...) ou as perseguições de Sideshow Bob a Bart, sem esquecer episódios como "A Fish called Selma" ou todos os "Treehouse of Horror". São lugares que Groening e a sua equipa raramente conseguiram chegar nas últimas temporadas, mas que não me afastaram do acompanhamento religioso, não fosse ser umas das minhas devoções atentas.
E é neste prisma que entra "The Simpsons Movie", uma espécie de episódio grande, e que tem a capacidade de ser suficiente por si só, não caíndo na banalidade nem no tédio. Estão lá Homer, Marge, Bart, Lisa e Maggie, bem como todos aqueles que ao longo de quase 400 episódios fizeram a história de Springfield e arredores. Recupera, igualmente, alguma capacidade de transformar excertos em deliciosas obras de arte de comédia (a sequência em que Marge se interroga como é que pegadas de porco haviam ido parar ao tecto, olhando em acto contínuo para o lado, e vislumbrando Homer a segurar um porco de pernas para o ar a caminhar no tecto, enquanto entoa o tema de Spider Man, trocando man por... pig: "Spider-Pig, Spider-Pig. / Does whatever a Spider-Pig does. / Can he swing / from a web? / No he *can't*, / cause he's a *pig*. / Look out! / He is the *Spider-Pig*!", é um objecto de culto instantâneo e que faz relembrar antigas abordagens de Groening à familia Simpson), e transporta para a tela uma quantidade enorme de gags, que funcionam na perfeição e que estão muitíssimo bem interligados entre ele, ficando a sensação de que havia tempo e espaço para mais. Uma peça a ver por todos, dos fãs da série aqueles que não a seguem.
É inevitável traçar a linha da série com a do filme, que se juntam amiude, cruzando-se todas as personagens históricas, que em muitos casos fizeram episódios peças automáticas de culto. Mas a série está, de à uns anos para cá, a sofrer de um défice de criatividade. Continua a crítica e o apontamento certeiro, mas faltam rasgos de genialidade como um Michael Jackson branco (bom, albino...) ou as perseguições de Sideshow Bob a Bart, sem esquecer episódios como "A Fish called Selma" ou todos os "Treehouse of Horror". São lugares que Groening e a sua equipa raramente conseguiram chegar nas últimas temporadas, mas que não me afastaram do acompanhamento religioso, não fosse ser umas das minhas devoções atentas.
E é neste prisma que entra "The Simpsons Movie", uma espécie de episódio grande, e que tem a capacidade de ser suficiente por si só, não caíndo na banalidade nem no tédio. Estão lá Homer, Marge, Bart, Lisa e Maggie, bem como todos aqueles que ao longo de quase 400 episódios fizeram a história de Springfield e arredores. Recupera, igualmente, alguma capacidade de transformar excertos em deliciosas obras de arte de comédia (a sequência em que Marge se interroga como é que pegadas de porco haviam ido parar ao tecto, olhando em acto contínuo para o lado, e vislumbrando Homer a segurar um porco de pernas para o ar a caminhar no tecto, enquanto entoa o tema de Spider Man, trocando man por... pig: "Spider-Pig, Spider-Pig. / Does whatever a Spider-Pig does. / Can he swing / from a web? / No he *can't*, / cause he's a *pig*. / Look out! / He is the *Spider-Pig*!", é um objecto de culto instantâneo e que faz relembrar antigas abordagens de Groening à familia Simpson), e transporta para a tela uma quantidade enorme de gags, que funcionam na perfeição e que estão muitíssimo bem interligados entre ele, ficando a sensação de que havia tempo e espaço para mais. Uma peça a ver por todos, dos fãs da série aqueles que não a seguem.
Título Original: "The Simpsons Movie" (EUA, 2007) Realização: David Silverman Argumento: Matt Groening e James L. Brooks Intérpretes (vozes): Dan Castellaneta, Julie Kavner, Nancy Cartwright e Yeardley Smith Música: Hans Zimmer Género: Comédia / Animação Duração: 87 min. Sítio Oficial: http://www.simpsonsmovie.com |
2 comentários:
Li o seu blog, assim como li uma crítica na Folha sobre o filme, e agora eu me pergunto: havia alguma possibilitamente, mesmo remota, de que esse filme desse errado? E havia alguma possibilidade remota de qualquer um achar que, não importa o que fosse feito, era suficiente? Simpsons vicia - gosto da frase do crítico do NY Times: o filme dos Simpsons é como um episódio mediano da série, o que quer dizer que eu poderia assisti-lo mais umas trinta ou cinquenta vezes.
Concordo, b.m., com o comentário - era muito difícil o filme sair muito mau. E a frase do NYT é igualmente muito pertinente - é de facto como um episódio mediano da série. Aparentemente, vamos ter sequelas dos filme!
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