O filme português mais falado do ano está em competição no Curtas. Enquanto o público espera para o ver na devido secção, Competição Nacional 3, o Antestreia antecipou-se assistindo à sessão infantil onde foi exibido. É que a sua ambivalência colocou o filme a disputar praticamente todos os principais prémios do festival: Curtinhas, Nacional e Internacional.
Esta é a história de uma colónia de férias como tantas outras. Os jovens estão divididos por escalões etários e género, o que aumenta as rivalidades. Os rapazes mais novos são constantemente arreliados pelos mais velhos a quem tentam ripostar. Com partidas de parte a parte e amores não correspondidos, vão criando as recordações que carregarão toda a vida.
Quem nunca experimentou a magia de uns dias longe do controlo parental? Quem alguma vez esteve em colónias de férias ou situação semelhante (acampamentos de escuteiros, visitas de estudo de vários dias,...) reconhecerá a beleza desse momento. A aproximação àquele lado mais selvagem do ser humano que as crianças tanto anseiam libertar. Basta pensar nos não tão raros momentos ao adormecer quando irmãos ou primos subitamente começam uma algazarra com tanto de infantil como de deliciosa.
Combinando essa doce selvajaria dos jovens com a lenda urbana dos gambozinos (bem maiores do que pensava), está dado o mote para um filme sobre nada. É precisamente isso. “Gambozinos” não tem algo de seu para dar. Apenas procura os tesouros mais preciosos nas memórias de cada um. O acto de ver o filme será normal. O que importa é o que se sente depois, quando o lado infantil foi despertado.
Dizer mais estragaria o lado mais divertido de “Gambozinos”. Mas adianto que, sejam os desafios, as músicas ou mesmo o culto do grande Marsupilami, tem tanto de autêntico que parece um argumento escrito por uma criança grande (no melhor sentido). E, no entanto, não tem como ganhar a secção infantil do festival. Não é um filme para quem ainda vive num mundo de campos de férias e gambozinos. É para quem não tem como voltar ao tempo e lugar onde foi mesmo muito feliz.
Poderia fazer observações sobre Cannes ter reconhecido a beleza de tal ideia, mas é um daqueles casos em que as palavras pouco importam. Cada pessoa terá uma forma diferente de o ver e apreciar ou não. O que digo é que, a nível de fotografia, está um trabalho deveraas impressionante.
Esta é a história de uma colónia de férias como tantas outras. Os jovens estão divididos por escalões etários e género, o que aumenta as rivalidades. Os rapazes mais novos são constantemente arreliados pelos mais velhos a quem tentam ripostar. Com partidas de parte a parte e amores não correspondidos, vão criando as recordações que carregarão toda a vida.
Quem nunca experimentou a magia de uns dias longe do controlo parental? Quem alguma vez esteve em colónias de férias ou situação semelhante (acampamentos de escuteiros, visitas de estudo de vários dias,...) reconhecerá a beleza desse momento. A aproximação àquele lado mais selvagem do ser humano que as crianças tanto anseiam libertar. Basta pensar nos não tão raros momentos ao adormecer quando irmãos ou primos subitamente começam uma algazarra com tanto de infantil como de deliciosa.
Combinando essa doce selvajaria dos jovens com a lenda urbana dos gambozinos (bem maiores do que pensava), está dado o mote para um filme sobre nada. É precisamente isso. “Gambozinos” não tem algo de seu para dar. Apenas procura os tesouros mais preciosos nas memórias de cada um. O acto de ver o filme será normal. O que importa é o que se sente depois, quando o lado infantil foi despertado.
Dizer mais estragaria o lado mais divertido de “Gambozinos”. Mas adianto que, sejam os desafios, as músicas ou mesmo o culto do grande Marsupilami, tem tanto de autêntico que parece um argumento escrito por uma criança grande (no melhor sentido). E, no entanto, não tem como ganhar a secção infantil do festival. Não é um filme para quem ainda vive num mundo de campos de férias e gambozinos. É para quem não tem como voltar ao tempo e lugar onde foi mesmo muito feliz.
Poderia fazer observações sobre Cannes ter reconhecido a beleza de tal ideia, mas é um daqueles casos em que as palavras pouco importam. Cada pessoa terá uma forma diferente de o ver e apreciar ou não. O que digo é que, a nível de fotografia, está um trabalho deveraas impressionante.
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