"Bridget Jones: the Edge of Reason" por Nuno Reis
Enquanto não chegam às salas os clássicos de Natal, alguns outros títulos surgem com intenções de conquistar bilheteiras. Esta semana o filme em destaque é a sequela de "The Bridget Jones's Diary", com o regresso de Renée Zellweger, Colin Firth, Hugh Grant, Gemma Jones e Jim Broadbent.
Apenas quatro semanas após a aventura contada no primeiro filme, Bridget Jones volta a partilhar connosco as suas aventuras românticas e as suas imensas desaventuras em todas as àreas. Desta vez a nossa heroína desconfia que o seu amor, Mark Darcy, tem um caso com uma colega de trabalho (interpretada pela australiana Jacinda Barrett) e as suas suspeitas vão aumentando quando vê a intimidade existente entre eles. Algumas atitudes de Mark fazem com que ela perca a paciência e acabe com o namoro por diversas razões estúpidas, voltando sempre para ele arrependida. Quando lhe surge uma oportunidade de ter um programa televisivo dela aceita-o mas irá trabalhar com o seu antigo patrão, Daniel Cleaver. No primeiro programa Bridget sofre muitos contratempos e descobre que há coisas na vida muito piores do que as suas teimas, que o seu namorado comparado com outros é um santo, e que o patrão nunca mudará. E é claro que os dois homens voltam a lutar por causa dela.
Um filme claramente cómico - muito apoiado num bom livro - e que recupera personagens apreciadas pelos espectadores, como sequela não desilude e analisando apenas como comédia é superior ao original. A banda sonora está abaixo do precedente mas esse tinha uma mboa banda sonora onde se misturavam velhos êxitos com singles recentes e qualquer comparação é injusta. O argumento tem algumas falhas, algumas absurdas e incompreensíveis, e para quem leu o livro existe uma cena com um coelho que é inadmissível não ter usado no filme.
O final é muito parecido com o de "Notting Hill" e isso recorda que é um filme inglês, se não fosse por isso só o sotaque distinguiria este filme de um americano.
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