"The Clearing" por Nuno Reis
Estreia hoje a primeira tentativa na escrita e na realização do produtor de "Fatal Instinct", "The Pelican Brief" e "Bulworth". Pieter Jan Brugge decidiu fazer este filme inspirado num rapto real ocorrido no seu país natal (Países Baixos) mas a sua inexperiência tornou-se clara ao fim de alguns minutos de filme.
A história é acerca de Wayne Heyes (Robert Redford), um bem sucedido homem de negócios, que é raptado por um antigo colega de trabalho (Willem Dafoe). A mulher (Helen Mirren) e os filhos (Alessandro Nivola e Melissa Sagmiller) reúnem-se para, com o auxílio do FBI (Matt Craven), tentarem recuperar Wayne.
O filme desenrola-se a dois tempos, enquanto vamos acompanhando o raptor e a sua vítima ao longo de um único dia no bosque, as cenas que mostram a família foram resumidas e passam vários dias. Esta troca constante não fica mal mas alguns flasbacks no início para mostrar o rapto em simulâneo com estas mudanças tornam o filme confuso.
Resumidamente o rapto é a única coisa que acontece no filme, algumas questões pessoais poderiam ter sido desenvolvidas (o caso extra-conjugal e os problemas entre pai e filha), e algumas personagens estão tão simplificadas que escusavam de aparecer. a relação criada entre raptor e raptado tem interesse. No encaixe temporal o telemóvel é o único que pemite fazer alguma associação, a junção das histórias está bem feita mas quase tudo que se segue é desperdício de película.
Na família é apenas Helen Mirren que tem um papel aceitável, estando os outros dois pouco desenvolvidos e a nora de Wayne (Sarah Koskoff) parece estar no filme errado. A surpresa reservada para o final é previsível desde o início. Nas cenas de acção é mau, como drama é aceitável, só mesmo o lado romântico tem algum valor.
Bastante longe de ser uma prioridade na lista de filmes a ver nesta semana recheada de títulos ara todos os gostos.
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