"The Girl Next Door" repete um dos filões mais rentáveis do thriller de terror que é o "baseado em factos reais". Se "Stuck" parte de uma situação plaúsivel mas não real para criar um terror muito perto de nós, "The Girl Next Door" parte de um caso verídico para filmar um terror vivido. Neste sentido o filme quase se assume como um docudrama psicológico sobre um crime que já tinha sido abordado em "An American Crime" ainda que aqui os nomes tenham sido alterados.
Sendo perturbador de que modo a sociedade americana produz tantas situações tantas situações reais que muitas vezes parecem saídas da imaginação mais perversa dos escritores do fantástico, a verdade é que o horror de algum quotidiano acaba por igualar os argumentos mais elaborados do cinema. Esta história de degradação moral, de disfuncionalidade familiar e de silêncios cúmplices mostra na sua crueza até que ponto a mente humana é um "continente negro".
A história de Sylvia Likens (aqui chamada Meg) passa-se em Indianapolis nos anos 60. Duas raparigas são deixadas por pais negligentes ao cuidado de uma família com aparência de normalidade. Só que sob esta capa familiar e de rotina quotidiana esconde-se um pesadelo. Sylvia, a jovem adolescente, torna-se o alvo privilegiado de uma maldade crescente exercida pela paranóica matriarca da família e dos seus filhos contagiados por esta inebriante sensação de poder absoluto, de ausência de responsabilidade pelos seus actos. O sadismo dos personagens tornam a vida de Sylvia num inferno de dor física e psicológica a que se submete quase voluntariamente para proteger a irmã. No fim, como nos filmes de terror, os inocentes morrem e os culpados acabam por contar com alguma benevolência da justiça.
MOTELx em três filmes "The Girl Next Door", "Stuck" e "Teeth" (sessão de encerramento) aborda três subgéneros do fantástico unidos pelo fio condutor da culpa.
Sendo perturbador de que modo a sociedade americana produz tantas situações tantas situações reais que muitas vezes parecem saídas da imaginação mais perversa dos escritores do fantástico, a verdade é que o horror de algum quotidiano acaba por igualar os argumentos mais elaborados do cinema. Esta história de degradação moral, de disfuncionalidade familiar e de silêncios cúmplices mostra na sua crueza até que ponto a mente humana é um "continente negro".
A história de Sylvia Likens (aqui chamada Meg) passa-se em Indianapolis nos anos 60. Duas raparigas são deixadas por pais negligentes ao cuidado de uma família com aparência de normalidade. Só que sob esta capa familiar e de rotina quotidiana esconde-se um pesadelo. Sylvia, a jovem adolescente, torna-se o alvo privilegiado de uma maldade crescente exercida pela paranóica matriarca da família e dos seus filhos contagiados por esta inebriante sensação de poder absoluto, de ausência de responsabilidade pelos seus actos. O sadismo dos personagens tornam a vida de Sylvia num inferno de dor física e psicológica a que se submete quase voluntariamente para proteger a irmã. No fim, como nos filmes de terror, os inocentes morrem e os culpados acabam por contar com alguma benevolência da justiça.
MOTELx em três filmes "The Girl Next Door", "Stuck" e "Teeth" (sessão de encerramento) aborda três subgéneros do fantástico unidos pelo fio condutor da culpa.
Título Original: "The Girl Next Door" (EUA, 2007) Realização: Gregory Wilson Argumento: Daniel Farrands, Philip Nutman (livro de Jack Ketchum) Intérpretes: Blythe Auffarth, Daniel Manche, Blache Baker, Catherine Mary Stewart Fotografia: William M. Miller Música: Ryan Shore Género: Crime, Drama, Horror, Thriller Duração: 91 min. Sítio Oficial: http://www.thegirlnextdoorfilm.com/ |
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