Filme só para americano ver
Aclamado por todo o mundo como o filme definitivo para Brad Pitt ir aos Oscares, não parece mal se recorrer a outro filme do actor para expressar a única conclusão a que cheguei após o visionamento. A primeira regra do filme de basebol é não falar do jogo de basebol. Simples qb?
Para os americanos o basebol é o desporto-rei. Para o resto do mundo além do famoso taco, da regra dos três strikes, e talvez do campo em forma de losango, aquilo em que consiste um jogo de basebol é uma enorme incógnita.
Billy Beane é o gestor de uma equipa. Não o treinador, o gestor. O emprego dele é comprar e vender jogadores e conseguir com isso sagrar-se campeão. Competindo contra equipas com 3 vezes mais dinheiro e que lhe levam todas as estrelas, decide apostar numa nova forma de escolher jogadores: as estatísticas. Desafiando os olheiros com 30 anos de vida no desporto, vai seguir os palpites fundamentados em números de um jovem economista que descobre noutra equipa.
Esta é a história do homem que mudou o jogo. Tinham de a contar de forma a agradar tanto aos que vivem para ver basebol como aos que não sabem em que consiste. Aqui não se fala do desporto, nem de paixão ou amor à camisola. Fala-se de dinheiro e de números. Aliás, quem gostar de basebol é capaz de perder um pouco da admiração pela forma cruel e desumana como os jogadores são trocados, tal como cromos de uma caderneta. A única parte da história que tem sentimentos é a relação de Beane com a filha Casey, um prodígio musical, uma menina encantadora e uma filha preocupada com o pai que está a fazer tudo para ser despedido. Esse lado humano de Beane, a sua superstição e o seu passado como jogador (assim como o facto de ser Brad Pitt) criam empatia suficiente para nos apegarmos a uma equipa anónima com resultados medíocres. Aliás, a própria visão do filme torna mais empolgante a possibilidade de um recorde do que uma vitória nos playoffs - sempre números em vez de resultados. O fabuloso trabalho de brincar com os sentimentos de quem assiste sem saber o que aconteceu no vigésimo jogo é o climax de um filme que nos presenteia com muitos banhos de água fria. Quem apoia equipas pequenas sabe o que isso é.
Não é a performance deslumbrante de Pitt que prometem nem é um filme que alguém fora do mundo do baseball recorde daqui a alguns anos, mas é um trabalho extremamente interessante sobre como se pode atingir a excelência pela ciência. E ao verem como o ogo no diamante é mecânico, individualista e matemático, pode ser que nunca mais queiram saber deste desporto.
Aclamado por todo o mundo como o filme definitivo para Brad Pitt ir aos Oscares, não parece mal se recorrer a outro filme do actor para expressar a única conclusão a que cheguei após o visionamento. A primeira regra do filme de basebol é não falar do jogo de basebol. Simples qb?
Para os americanos o basebol é o desporto-rei. Para o resto do mundo além do famoso taco, da regra dos três strikes, e talvez do campo em forma de losango, aquilo em que consiste um jogo de basebol é uma enorme incógnita.
Billy Beane é o gestor de uma equipa. Não o treinador, o gestor. O emprego dele é comprar e vender jogadores e conseguir com isso sagrar-se campeão. Competindo contra equipas com 3 vezes mais dinheiro e que lhe levam todas as estrelas, decide apostar numa nova forma de escolher jogadores: as estatísticas. Desafiando os olheiros com 30 anos de vida no desporto, vai seguir os palpites fundamentados em números de um jovem economista que descobre noutra equipa.
Esta é a história do homem que mudou o jogo. Tinham de a contar de forma a agradar tanto aos que vivem para ver basebol como aos que não sabem em que consiste. Aqui não se fala do desporto, nem de paixão ou amor à camisola. Fala-se de dinheiro e de números. Aliás, quem gostar de basebol é capaz de perder um pouco da admiração pela forma cruel e desumana como os jogadores são trocados, tal como cromos de uma caderneta. A única parte da história que tem sentimentos é a relação de Beane com a filha Casey, um prodígio musical, uma menina encantadora e uma filha preocupada com o pai que está a fazer tudo para ser despedido. Esse lado humano de Beane, a sua superstição e o seu passado como jogador (assim como o facto de ser Brad Pitt) criam empatia suficiente para nos apegarmos a uma equipa anónima com resultados medíocres. Aliás, a própria visão do filme torna mais empolgante a possibilidade de um recorde do que uma vitória nos playoffs - sempre números em vez de resultados. O fabuloso trabalho de brincar com os sentimentos de quem assiste sem saber o que aconteceu no vigésimo jogo é o climax de um filme que nos presenteia com muitos banhos de água fria. Quem apoia equipas pequenas sabe o que isso é.
Não é a performance deslumbrante de Pitt que prometem nem é um filme que alguém fora do mundo do baseball recorde daqui a alguns anos, mas é um trabalho extremamente interessante sobre como se pode atingir a excelência pela ciência. E ao verem como o ogo no diamante é mecânico, individualista e matemático, pode ser que nunca mais queiram saber deste desporto.
Título Original: "Moneyball" (EUA, 2011) Realização: Bennett Miller Argumento: Steven Zaillian, Aaron Sorkin, Stan Chervin (livro de Michael Lewis) Intérpretes: Brad Pitt, Jonah Hill, Phillip Seymour Hoffman, Robin Wright, Chris Pratt Música: Mychael Danna Fotografia: Wally Pfister Género: Biografia, Desporto, Drama Duração: 133 min. Sítio Oficial: http://www.moneyball-movie.com/ |
1 comentários:
Uns pontos abaixo de Capote a todos os níveis, mas um filme competente nonetheless, basicamente. É impossível não gostar do Brad Pitt :P
http://onarradorsubjectivo.blogspot.com/
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