O Cinema quando surgiu era mágico para quem o via. Com a banalização da arte e a cedência aos interesses económicos foi perdendo esse encanto, mas por vezes surge uma obra que ainda nos consegue encantar. A forma mais fácil é partir em busca dos clássicos e redescobrir aqueles que fascinaram a geração anterior ou uma antes dessa. Vitorio de Sica era um dos artífices famosos por maravilhar a cada filme. Enquanto "Ladrões de Bicicletas" é a obra mais famosa e que mais gente refere como filme da sua vida, tive a sorte de conhecer de Sica pela sua Palma, "Miracolo a Milano". Numa pequena nota sobre o tema, Cannes conseguiu premiar praticamente todos os grandes realizadores italianos.
Dizer que este nao é um filme comum pecará por defeito. É um filme único. Combinando o neo-realismo com fantasia, uma mensagem de esperança por entre a crítica social, e uma lição sobre como devemos encarar a vida. Como se fosse um filme de Benigni nos anos 50.
Nesta maravilhosa odisseia pela mundo dos pobres, acompanhamos Toto, um jovem para quem a vida não foi fácil, mas que nunca deixou de sorrir perante as adversidades. Começa logo a conhecer o mundo real no primeiro dia da vida adulta. Rodeado de pessoas mal-encaradas ou mal-educadas, sem emprego, sem casa, e roubado dos seus poucos pertences, se continua alegre só pode ser maluco. Não, Toto continua a acreditar que conseguirá encontrar o lado bom das pessoas e dos acontecimentos. O que o faz ser estimado por todos os pobres enquanto erguem a sua cidade no meio do nada.
Dizer mais do filme é estragar a experiência a quem não o conhece. Combina o melhor humor do cinema mudo com uma ousada banda sonora e tem muitas personagens divertidas. É uma história acessível a todos os públicos, sobre um homem abençoado pelo amor materno que partilha o seu pouco com todos. Quando o fantástico invade o filme, já aceitamos tudo o que surja porque acreditamos no que nos queriam contar. Utiliza isso a seu favor e desdobra-se em peripécias e invenções que mesmo sem serem credíveis no contexto, têm por base atitudes perfeitamente reconhecíveis.
É um daqueles filmes fundamentais de Vittorio de Sica e mesmo no seu melhor periodo, entre "Ladri di Biciclette" (1948) e "Umberto D." (1952). A ver assim que possível, ou a rever, porque obras-de-arte deste nível não cansam.
Dizer que este nao é um filme comum pecará por defeito. É um filme único. Combinando o neo-realismo com fantasia, uma mensagem de esperança por entre a crítica social, e uma lição sobre como devemos encarar a vida. Como se fosse um filme de Benigni nos anos 50.
Nesta maravilhosa odisseia pela mundo dos pobres, acompanhamos Toto, um jovem para quem a vida não foi fácil, mas que nunca deixou de sorrir perante as adversidades. Começa logo a conhecer o mundo real no primeiro dia da vida adulta. Rodeado de pessoas mal-encaradas ou mal-educadas, sem emprego, sem casa, e roubado dos seus poucos pertences, se continua alegre só pode ser maluco. Não, Toto continua a acreditar que conseguirá encontrar o lado bom das pessoas e dos acontecimentos. O que o faz ser estimado por todos os pobres enquanto erguem a sua cidade no meio do nada.
Dizer mais do filme é estragar a experiência a quem não o conhece. Combina o melhor humor do cinema mudo com uma ousada banda sonora e tem muitas personagens divertidas. É uma história acessível a todos os públicos, sobre um homem abençoado pelo amor materno que partilha o seu pouco com todos. Quando o fantástico invade o filme, já aceitamos tudo o que surja porque acreditamos no que nos queriam contar. Utiliza isso a seu favor e desdobra-se em peripécias e invenções que mesmo sem serem credíveis no contexto, têm por base atitudes perfeitamente reconhecíveis.
É um daqueles filmes fundamentais de Vittorio de Sica e mesmo no seu melhor periodo, entre "Ladri di Biciclette" (1948) e "Umberto D." (1952). A ver assim que possível, ou a rever, porque obras-de-arte deste nível não cansam.
Título Original: "Miracolo a Milano" (Itália, 1951) Realização: Vittorio de Sica Argumento: Cesare Zavattini, Suso Cecchi D'Amico, Mario Chiari, Adolfo Franci Intérpretes: Francesco Golisano, Paolo Stoppa, Brunella Bovo, Guglielmo Barnabò, Emma Gramatica Música: Alessandro Cicognini Fotografia: G.R. Aldo Género: Comédia, Drama, Fantasia Duração: 100 min. |
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