Revisitar o mito de Frankenstein actualizando-o sem trair o texto original, é a proposta arriscada a que Bernard Rose se propôs. Realizador de um dos mais interessantes e injustamente esquecidos filmes do fantástico que é “Paperhouse” e bem conhecido dos fãs do terror por “Candyman”, Rose recria num ano em que se anunciam dois outros projectos: o filme “Victor Frankenstein” de Paul McGuigan, e a série “The Frankenstein Code” recentemente redenominada “Lookinglass”.
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A originalidade maior desta versão reside na valorização de dois items em que as versões anteriores eram omissas. A primeira diz respeito a que Mary Shelley nunca escreveu que o Doutor Victor Frankenstein ressuscitava cadáveres. E a segunda que a criatura progressivamente humanizada, pensa e sente como um poeta romântico do século XIX. A estes dois pressupostos Bernard Rose acrescenta uma visão científica absolutamente contemporânea onde a bioengenharia e as tecnologias são capazes de criar vida. Mantendo-se fiel aos estereótipos mais comuns da temática de Shelley, como a cena do lago, o fogo libertador e a sua amizade com o cantor cego, renova completamente o ambiente urbano e laboratorial acentuando a importância da figura feminina, em particular na pessoa de Elizabeth Frankenstein.
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Talvez o que mais impressione os espectadores é a sua aposta numa tendência gore. Curiosa esta obsessão do cinema fantástico por um dos seus mitos que melhor tem resistido ao avanço da ciência.
A lenda da criatura e do seu criador Frankenstein continua bem viva e a ocupar um lugar de destaque na galeria dos monstros.
A lenda da criatura e do seu criador Frankenstein continua bem viva e a ocupar um lugar de destaque na galeria dos monstros.
Título Original: "Frankenstein" (EUA, Alemanha, 2015) Realização: Bernard Rose Argumento: Bernard Rose Intérpretes: Xavier Samuel, Carrie-Anne Moss, Tony Todd, Danny Huston Música: Halli Cauthery Fotografia: Candace Higgins Género: Horror, Thriller Duração: 89 min. Sítio Oficial: não tem |
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