14 de outubro de 2004

"Resident Evil: Apocalypse" por Nuno Reis



Há dois anos o então desconhecido Paul W.S. Anderson realizou "Resident Evil", este ano preferiu fazer "Alien Vs. Predator" e deixou o argumento que escreveu para a sequela nas mãos do estreante Alexander Witt, que tem sido assistente de realização em blockbusters todos os anos, desde "Speed" e "Twister" até "Pirates of the Caribbean: The Curse of the Black Pearl" em 2003, este ano foi uma pequena desilusão com "Hidalgo" mas provou o seu mérito com esta bem engendrada sequela.

Para quem não se lembra do primeiro filme, um acidente num laboratório libertou centenas de zombies e a corajosa Alice com a ajuda de alguns S.T.A.R.S. enfrenta-os e consegue sobreviver mas não sabemos o que aconteceu com o seu amigo Matt. Neste filme mostram-nos a cidade de Raccoon, com milhões de habitantes, a ser atacada pelo mesmo perigoso vírus. Começa com um aspecto fiel ao video-jogo e várias das frases ditas (e mesmo alguns cenários) eram-me familiares.

Este título aproveita o que de melhor o jogo tinha, apesar de não ser tão assustador como o primeiro filme. O início mostra de forma leve (o mais possível) que a cidade está a ser atacada e alguns afortunados trabalhadores da Umbrella estão a ser evacuados de emergência mas uma das suas protegidas, Angela Ashford, filha de um importante cientista da empresa, é vítima de um acidente. O ataque das estranhas criaturas assassinas é visto na televisão local por uma mulher que vemos trocar os seus saltos altos por algo mais confortável, é a entrada em cena de... Sienna Guillory. Possivelmente os leitores esperavam que eu dissesse Milla Jovovich mas neste filme ela não colhe todos os louros, a célebre personagem que anuncia a ameaça dos mortos-vivos, Jill Valentine, surge de uma forma que faz com que os fãs do primeiro filme se esqueçam de Jovovich, mesmo tendo ela já sido vista no filme. Minutos depois uma entrada em grande de Alice junta estas duas mulheres de armas a um S.T.A.R num filme repleto de acção, com diversas criaturas perigosas e uma missão humanitária, resgatar Angela, a sua única possibilidade de fuga.

A crueldade do Doutor Isaccs (Iain Glen) não é mostrada da melhor forma ao longo do filme mas tem um bom final que anuncia a sequela. Mike Epps como T.J. dá o toque de humor necessário ao filme. Oded Fehr, secundário de "The Mummy" e "Deuce Bigalow, Male Gigolo", mantém-se fiel à sua postura nesses dois filmes, com um herói suficientemente condizente com o necessário.

O maior defeito do filme é o desaparecimento oportuno das criaturas que reaparecem na altura exacta, elas podem ser lentas mas não estão suficientemente dispersas pela cidade. Também a personagem Nemesis poderia estar mais desenvolvida, afinal, quase deu o título ao filme. Em destaque as criaturas variadas que aproveitaram dos jogos (como quase tudo o resto), foi pena não terem mantido a personagem Claire, que tentaram trazer na pele de Emily Bergl.

1 comentários:

Anónimo disse...

Viva!
Era só para comunicar-vos que o Hollywood mudou de endereço por problemas graves com o antigo servidor.
Agora está alojado em www.hollywood.weblog.com.pt

Quando puderem, agradecia que corrigissem o link!

Um abraço
Miguel Lourenço Pereira