Em 1968 foram filmados muitos filmes incontornáveis da história do cinema, “C'era una volta il West”, “2001: A Space Odyssey”, “The Lion In Winter” e “Bullitt” são clássicos, “The Odd Couple” e “The Party” são ainda referências na comédia. Na área do fantástico surgiram “Planet of the Apes”, “Rosemary’s Baby”, “Night of the Living Dead” e “Barbarella”, sem dúvida que foi um grande ano para o cinema mas, quantos destes foram feitos para os mais novos? Numa era em que o cinema era passatempo para os adultos os filmes para crianças eram raros, neste ano surgiram dois que não só eram próprios para crianças como tinham outra coisa em comum: um carro no título. Se “Chitty Chitty Bang Bang” era um modelo estranho que conseguia voar “The Love Bug” era um carro perfeitamente vulgar e apreciado por todos que, apesar de não voar, corria como nenhum outro. Os filmes seguiram-se, Herbie venceu sem parar durante quatro filmes - 1974, 1977, 1980 foram os anos das sequelas - tendo depois desaparecido dos cinemas. Entre os filmes o elenco mudou bastante, Dean Jones, o seu primeiro dono, volta a surgir em 1982 numa série em que dirigia uma escola de condução onde, obviamente, Herbie está sempre presente. Finalmente em 1997 Peyton Reed (“Bring It On”, “Down With Love”) dirigiu Bruce Campbell numa versão televisiva, seria o destino de Herbie ficar-se pela televisão? Não, ergueu-se uma última vez para provar que ainda está pronto para as curvas.
Com a certeza de ter alguns dos seus antigos fãs de novo na sala para ver Herbie, o filme começa por recordar através de jornais os grandes momentos do carocha - arrasando a concorrência, cruzando a meta, sendo notícia – e os maus momentos – perdendo, sofrendo, caindo no esquecimento. Nas primeiras cenas está Herbie a ser levado para o ferro-velho onde terminará a sua existência, qualquer espectador que goste minimamente do Herbie ficaria chocado mas esses ainda estavam nostálgicos e nem se apercebem. Em seguida o filme começa a centrar-se nas pessoas, mostra-nos a família Peyton, lendas do automobilismo. A filha mais nova, Maggie, acabou o curso e irá passar um último mês em casa antes de partir para New York para trabalhar em televisão. Como prenda o pai oferece-lhe um carro e, apesar de a escolha inicialmente ter sido outra, o 53 cai-lhe dos céus. A partir daí Herbie dá espectáculo de forma tão convincente como antes, na pista e fora dela, e Maggie voltará ao volante contrariando a vontade do pai.
Um filme com este carro não precisaria de mais nada mas a Disney apostou em grande e juntou um lote de estrelas. Michael Keaton é o pai, Matt Dillon o vilão e Lindsay Lohan a estrela. Keaton tem uma interpretação de fugir, tanto ele como Dillon levaram o filme na brincadeira e não são mais do que nomes sonantes em personagens secundárias. Lohan é um pouco mais complexa. Sendo uma das muitas crianças-prodígio Disney desde cedo que criou uma legião de fãs, a pausa que fez para os estudos não os afastou e no regresso ao cinema arrebatou diversos prémios. O talento que tem demonstrado nas comédias não é totalmente usado aqui e além disso faz imensas cenas em mini-saia, o que não é prático para conduzir e distrai os espectadores. Estando os actores abaixo do bom… resta o carro. Herbie faz tudo o que aprendeu nos outros filmes e demonstra quase tanta teimosia. Como defeito aponto apenas fazer um som de mogwai (gremlin) e estarem sempre a tentar mostrar-lhe a “cara”. Por muito que tenham tentado não há aquela simbiose a que Herbie nos habituou com os seus condutores. Não é uma comédia brilhante e não é um filme de culto, é o carocha que todos lembram num filme que deve ser esquecido o mais depressa possível.
Com a certeza de ter alguns dos seus antigos fãs de novo na sala para ver Herbie, o filme começa por recordar através de jornais os grandes momentos do carocha - arrasando a concorrência, cruzando a meta, sendo notícia – e os maus momentos – perdendo, sofrendo, caindo no esquecimento. Nas primeiras cenas está Herbie a ser levado para o ferro-velho onde terminará a sua existência, qualquer espectador que goste minimamente do Herbie ficaria chocado mas esses ainda estavam nostálgicos e nem se apercebem. Em seguida o filme começa a centrar-se nas pessoas, mostra-nos a família Peyton, lendas do automobilismo. A filha mais nova, Maggie, acabou o curso e irá passar um último mês em casa antes de partir para New York para trabalhar em televisão. Como prenda o pai oferece-lhe um carro e, apesar de a escolha inicialmente ter sido outra, o 53 cai-lhe dos céus. A partir daí Herbie dá espectáculo de forma tão convincente como antes, na pista e fora dela, e Maggie voltará ao volante contrariando a vontade do pai.
Um filme com este carro não precisaria de mais nada mas a Disney apostou em grande e juntou um lote de estrelas. Michael Keaton é o pai, Matt Dillon o vilão e Lindsay Lohan a estrela. Keaton tem uma interpretação de fugir, tanto ele como Dillon levaram o filme na brincadeira e não são mais do que nomes sonantes em personagens secundárias. Lohan é um pouco mais complexa. Sendo uma das muitas crianças-prodígio Disney desde cedo que criou uma legião de fãs, a pausa que fez para os estudos não os afastou e no regresso ao cinema arrebatou diversos prémios. O talento que tem demonstrado nas comédias não é totalmente usado aqui e além disso faz imensas cenas em mini-saia, o que não é prático para conduzir e distrai os espectadores. Estando os actores abaixo do bom… resta o carro. Herbie faz tudo o que aprendeu nos outros filmes e demonstra quase tanta teimosia. Como defeito aponto apenas fazer um som de mogwai (gremlin) e estarem sempre a tentar mostrar-lhe a “cara”. Por muito que tenham tentado não há aquela simbiose a que Herbie nos habituou com os seus condutores. Não é uma comédia brilhante e não é um filme de culto, é o carocha que todos lembram num filme que deve ser esquecido o mais depressa possível.
Título Original: "Herbie: Fully Loaded" (EUA, 2005) Realizador: Angela Robinson Intérpretes: Herbie, Lindsay Lohan, Justin Long, Michael Keaton, Matt Dillon, Breckin Meyer Argumento: Thomas Lennon, Robert Ben Garant, Alfred Gough, Miles Millar baseados na personagem de Gordon Buford Fotografia: Greg Gardiner Música: The Blacksmoke Organisation, Mark Mothersbaugh Género: Comédia/Família/Fantasia Duração: 101 min Sítio Oficial: http://disney.go.com/disneypictures/herbie/ |
2 comentários:
Sempre adorei o Herbie. Não vou perder este filme...
Nesta versão tem demasiada vontade própria e isso estragou o filme. Os verdadeiros fãs do Herbie irão achar isso estranho mas não duvido que gostem de o rever.
Não garanto é que queiram voltar a ver um novo filme do Herbie, se forem como eu vão dizer que é preferível ver novamente os antigos todos.
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