Dia 5 de Outubro
Quando há Grande Prémio da Catalunha e festejos pelo jogo do Barça uma espécie de estado de hibernação atinge o festival. A programação tem um dos seus dias mais fracos o que não quer dizer que não tenha o público em filas compactas e pacientes à espera nas portas.
O primeiro filme a ser exibido foi a curta vencedora do Fantasporto "Rojo Red". O filme oriundo da Colômbia também aqui se apresenta em competição. Nesta programação desconcertante tanto encontramos "Krabat" sobre esse animal mítico do fantástico que é o morcego - numa reincursão a uma temática tão cara ao cinema alemão de entre as guerras - como o francês "Vinyan" - thrller psicológico com Emmanuélle Beart no principal papel - uma ficção sobre os efeitos do tsunami numa família que perde o filho. A perda, os traumas e o passado assombram esta realidade ficcionada.
Para animar a noite nada melhor que um filme de um consagrado realizador de sucessos comerciais como é Guy Richie. A máfia russa continua a ser um dos grandes temas do cinema actual, numa visão irónica, mas cínica, da expansão do novo império russo. As referências ao grande mundo criminal do futebol e dos lobbys na construção civil, cruzam-se com os pequenos roubos de vigaristas de rua que tentam aproveitar a vida ao máximo. Sexo, drogas e rock’n’roll misturam-se numa explosiva obra que se pode tornar filme de culto.
Noite dentro, numa aposta bastante arriscada para um festival de cinema neste horário, um documentário. Este sobre a excensão do cinema australiano nos anos setenta, apoiado em cenas de sexo explícito, nus frontais e perseguições alucinantes.
O prémio do dia foi a Máquina do Tempo atribuída a Nicholas Meyer, nome incontornável da ficção-científica com os seus trabalhos em "Star Trek" e "Time After Time" entre outros.
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