Quis a ironia do destino que Brad Anderson, depois de filmar um inesquecível maquinista, voltasse ao cinema para o mais célebre comboio do mundo.
A bordo do transsiberiano, um comboio que vive mais do turismo e curiosidade do que da necessidade de transporte terrestre entre os extremos orientais, o casal civilizado e humanitário Roy e Jessie (Woody Harrelson, Emily Mortimer) embarca para o que seria uma viagem de regresso cheia de encanto. A bordo do comboio vão conhecer outro casal, Carlos e Abby (Eduardo Noriega, Kate Mara), com dezenas de carimbos nos passaportes. Roy relaciona-se com eles e desfruta dos conhecimentos de turista que possuem, mas Jessie acaba por se ver presa num pesadelo. A viagem torna-se cheia de mistério, discretos crimes sucedem-se, um polícia com instinto (Ben Kingsley) investiga sem saber o que procura e Jessie cada vez se sente mais presa. Não sabe se é melhor ficar num comboio cada vez mais claustrofóbico ou sair para um país terceiro mundista, onde dificilmente se faz entender e não passa despercebida.
Seguindo a incontornável receita Filmax "Transssiberian" tem muito orçamento, nomes sonantes no cartaz e alguns dos maiores espanhóis da sétima arte em outros postos, a fazer currículo. Mas para fazer um bom filme é preciso começar por um bom argumento e este é muito insosso. Se os primeiros minutos prometem, os restantes comprometem. O filme tem um arranque convincente, vai ganhando intensidade, mas não consegue prender a atenção de um espectador. O argumento não é original, as interpretações não são arrebatadoras (Emily Mortimer é a excepção) e nas categorias técnicas está apenas um pouco acima da média. Ben Kingsley e Eduardo Noriega têm uma enorme capacidade expressiva e carisma, mas o filme precisava deles ao máximo, pedia mais que simples presença de ecrã. Woody Harrelson, Kate Mara e Thomas Kretschmann parecem estar lá só para criar situações específicas.
O argumento está hilariantemente recheado de situações pouco credíveis, comportamentos estranhos e acasos convenientes que depressa se tornam previsíveis. Talvez por isso a segunda metade não seja vista com a mesma expectativa. O clímax chega quando o filme já está moribundo e qualquer desenlace é bem-vindo.
Considerando os recursos financeiros, técnicos e humanos era justo esperar um grande filme. Este não sai da mediocridade e será uma grande desilusão para quem espera um novo "El Machinista".
A bordo do transsiberiano, um comboio que vive mais do turismo e curiosidade do que da necessidade de transporte terrestre entre os extremos orientais, o casal civilizado e humanitário Roy e Jessie (Woody Harrelson, Emily Mortimer) embarca para o que seria uma viagem de regresso cheia de encanto. A bordo do comboio vão conhecer outro casal, Carlos e Abby (Eduardo Noriega, Kate Mara), com dezenas de carimbos nos passaportes. Roy relaciona-se com eles e desfruta dos conhecimentos de turista que possuem, mas Jessie acaba por se ver presa num pesadelo. A viagem torna-se cheia de mistério, discretos crimes sucedem-se, um polícia com instinto (Ben Kingsley) investiga sem saber o que procura e Jessie cada vez se sente mais presa. Não sabe se é melhor ficar num comboio cada vez mais claustrofóbico ou sair para um país terceiro mundista, onde dificilmente se faz entender e não passa despercebida.
Seguindo a incontornável receita Filmax "Transssiberian" tem muito orçamento, nomes sonantes no cartaz e alguns dos maiores espanhóis da sétima arte em outros postos, a fazer currículo. Mas para fazer um bom filme é preciso começar por um bom argumento e este é muito insosso. Se os primeiros minutos prometem, os restantes comprometem. O filme tem um arranque convincente, vai ganhando intensidade, mas não consegue prender a atenção de um espectador. O argumento não é original, as interpretações não são arrebatadoras (Emily Mortimer é a excepção) e nas categorias técnicas está apenas um pouco acima da média. Ben Kingsley e Eduardo Noriega têm uma enorme capacidade expressiva e carisma, mas o filme precisava deles ao máximo, pedia mais que simples presença de ecrã. Woody Harrelson, Kate Mara e Thomas Kretschmann parecem estar lá só para criar situações específicas.
O argumento está hilariantemente recheado de situações pouco credíveis, comportamentos estranhos e acasos convenientes que depressa se tornam previsíveis. Talvez por isso a segunda metade não seja vista com a mesma expectativa. O clímax chega quando o filme já está moribundo e qualquer desenlace é bem-vindo.
Considerando os recursos financeiros, técnicos e humanos era justo esperar um grande filme. Este não sai da mediocridade e será uma grande desilusão para quem espera um novo "El Machinista".
Título Original: "Transsiberian" (Alemanha, Espanha, Lituânia, Reino Unido, 2008) Realização: Brad Anderson Argumento: Will Conroy, Brad Anderson Intérpretes: Emily Mortimer, Woody Harrelson, Ben Kingsley, Eduardo Noriega, Kate Mara, Thomas Kretschmann Fotografia: Xavi Giménez Música: Alfonso Vilallonga Género: Crime, Drama, Mistério, Thriller Duração: 111 min. Sítio Oficial: http://www.firstlookstudios.com/films/transsiberian/ |
3 comentários:
A interpretação de Emily Mortimer compensa largamente as falhas... 3/5
Não consegue compensar tudo sozinha...
Por isso é que dou 3/5. ;)
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