Este filme é uma bela estrumpfe
Fui um grande interessado na chegada dos estrumpfes ao cinema. Tornei-me contra quando vi que tinham americanizado o nome passando a chamar smurf a tudo o que fosse azul com calções. Para piorar, em vez de fazerem a esperada história no meio do bosque, teletransportam-nos para uma Nova Iorque da actualidade onde interagem com muitos humanos. Ora isso é estrumpfe. Decidido a odiar o filme, parti para uma sessão de sofrimento. Na verdade não foi tão mau como estrumpfei, mas mesmo assim foi bastante estrumpfe.
A história começa como sempre. Os estrumpfes preparam-se para uma festa e Gargamel faz um plano para apanhar alguns. Um pouco de magia corre mal e seis dos nossos pequenos heróis vão parar junto com o seu rival à moderna Nova Iorque onde vão ter um enorme impacto na vida de algumas pessoas do mundo da cosmética. A aldeia Estrumpfe e Gargamel são como esperava. A viagem para Nova Iorque encaixa no imaginário estrumpfe e as peripécias só pecam por serem demasiado infantis. Afinal de contas isto não é um filme para os velhos leitores dos estrumpfes, é para os jovens leitores de smurfs... Mudando para o chip de novo seguidor das personagens, temos logo um problema que é Sofia Vergara não saber fazer mais nenhuma personagem além Gloria de “Modern Family” (um pouco como ver Fran Drescher que se representa a ela mesma vezes sem conta há vinte anos). Outro grave problema é terem reduzido os cem estrumpfes a seis demonstrando incapacidade de fazer um argumento rico e variado. E o pior e imperdoável foi não terem conseguido usar a linguagem estrumpfe como deve ser. Em vez de substituirem os verbos ou substantivos (dependendo de serem do sul ou do norte) simplesmente acrescentavam a palavra a uma frase completa tirando toda a ambiguidade e piada da linguagem.
Ignorando todos os detalhes que obrigam a desligar o cérebro, há um momento onde o filme nos conquista. Isso chega quando Gargamel choca a civilização moderna no restaurante. O grande Azaria salva o filme com as tiradas ocasionais totalmente despropositadas. A partir daí, e estando o humor escatológico ligado, é um rápido desenrolar de acrobacias e trambolhões até ao grande final. A única frase a fixar é “I kissed a Smurf and I liked it” dita pela estrumpfina que é dobrada pela Katy Perry.
Nunca chega a ser bom e por vezes nem sequer é facilmente suportável. As situações sem nexo não inúmeras e ninguém conseguirá argumentos para dizer que é uma obra digna dos estrumpfes. Se não os conhecem e se quiserem rir um bocado com disparates e não houver o perigo de afectar a formação de crianças inocentes espreitem. Em todos os outros casos evitem o filme ao máximo.
Fui um grande interessado na chegada dos estrumpfes ao cinema. Tornei-me contra quando vi que tinham americanizado o nome passando a chamar smurf a tudo o que fosse azul com calções. Para piorar, em vez de fazerem a esperada história no meio do bosque, teletransportam-nos para uma Nova Iorque da actualidade onde interagem com muitos humanos. Ora isso é estrumpfe. Decidido a odiar o filme, parti para uma sessão de sofrimento. Na verdade não foi tão mau como estrumpfei, mas mesmo assim foi bastante estrumpfe.
A história começa como sempre. Os estrumpfes preparam-se para uma festa e Gargamel faz um plano para apanhar alguns. Um pouco de magia corre mal e seis dos nossos pequenos heróis vão parar junto com o seu rival à moderna Nova Iorque onde vão ter um enorme impacto na vida de algumas pessoas do mundo da cosmética. A aldeia Estrumpfe e Gargamel são como esperava. A viagem para Nova Iorque encaixa no imaginário estrumpfe e as peripécias só pecam por serem demasiado infantis. Afinal de contas isto não é um filme para os velhos leitores dos estrumpfes, é para os jovens leitores de smurfs... Mudando para o chip de novo seguidor das personagens, temos logo um problema que é Sofia Vergara não saber fazer mais nenhuma personagem além Gloria de “Modern Family” (um pouco como ver Fran Drescher que se representa a ela mesma vezes sem conta há vinte anos). Outro grave problema é terem reduzido os cem estrumpfes a seis demonstrando incapacidade de fazer um argumento rico e variado. E o pior e imperdoável foi não terem conseguido usar a linguagem estrumpfe como deve ser. Em vez de substituirem os verbos ou substantivos (dependendo de serem do sul ou do norte) simplesmente acrescentavam a palavra a uma frase completa tirando toda a ambiguidade e piada da linguagem.
Ignorando todos os detalhes que obrigam a desligar o cérebro, há um momento onde o filme nos conquista. Isso chega quando Gargamel choca a civilização moderna no restaurante. O grande Azaria salva o filme com as tiradas ocasionais totalmente despropositadas. A partir daí, e estando o humor escatológico ligado, é um rápido desenrolar de acrobacias e trambolhões até ao grande final. A única frase a fixar é “I kissed a Smurf and I liked it” dita pela estrumpfina que é dobrada pela Katy Perry.
Nunca chega a ser bom e por vezes nem sequer é facilmente suportável. As situações sem nexo não inúmeras e ninguém conseguirá argumentos para dizer que é uma obra digna dos estrumpfes. Se não os conhecem e se quiserem rir um bocado com disparates e não houver o perigo de afectar a formação de crianças inocentes espreitem. Em todos os outros casos evitem o filme ao máximo.
Título Original: "The Smurfs" (EUA, 2011) Realização: Raja Gosnell Argumento: J. David Stem, David N. Weiss, Jay Scherick, David Ronn (personagnes de Peyo) Intérpretes: Hank Azaria, Neil Patrick Harris, Jayma Mays, Sofia Vergara Intérpretes (vozes): Jonathan Winters, Alan Cumming, Katy Perry, Frd Armisen, George Lopez, Anton Yelchin Música: Heitor Pereira Fotografia: Phil Meheux Género: Animação,Aventura, Comédia, Família, Fantasia Duração: 103 min. Sítio Oficial: http://www.smurfhappens.com/ |
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