Há meia dúzia de anos apareceu nos cinemas a história de um homem que tinha de reconquistar a mulher dos seus sonhos todos os dias porque ela simplesmente se esquecia de tudo no momento em que adormecesse. Essa condição neurológica que causa amnésia recorrente é fictícia, mas a amnésia convencional pode constituir por si só um obstáculo às relações. Em 2012 a receita passou de comédia a drama por ser baseada numa história verídica. O casal mais feliz do mundo sofre um grave acidente. Enquanto ele tem uma recuperação normal, a ela é induzido o coma para que ocorra a regeneração natural. Ao acordar, os últimos cinco anos da vida foram esquecidos, o que inclui ter conhecido o marido, ter terminado um noivado, ter-se afastado da família. Enquanto Leo faz tudo para recuperar a sua mulher, Paige tem como prioridade saber quem é. Mas estará disposta a voltar a deixar para trás o conforto de quem foi?
Há alguns filmes que disponibilizam os primeiros minutos online como forma de cativar espectadores. Ainda bem que este não fez o mesmo pois tinha sérias hipóteses de conseguir salas vazias. Os primeiros três minutos bastam para descobrirmos tudo o que precisamos acerca destes dois pombinhos e para termos o choque da perda. Se o bilhete não estivesse já pago seria a altura ideal para sair. Assim deixamo-nos ficar mais um pouco nesta teia de sentimentos que nos envolve e aperta como um casulo, e só libertará depois de causar uma transformação. É quase impossível ficar indiferente a estas personagens. A identificação com a devoção incondicional de Leo, com o drama da felicidade interrompida, ou com as dúvidas que assolam Paige espalham-se pela plateia e cada um dos que assiste será apanhado por uma ou mais destas perigosas sensações.
Ninguém vai assistir a este filme sem contar que seja uma lamechice. Pelo tema, pelo poster e até pelos protagonistas faz pensar nas adaptações de Nicholas Sparks (mas aqui o autor é Stuart Sender, um produtor e documentarista) o que torna tudo ainda mais grave quando percebemos que voltamos a cair na mesma ratoeira de sempre. Rachel McAdams está constantemente a fazer filmes destes e parece ter aprimorado a técnica pois cada vez fica mais encantadora. Channing Tatum parece ter sido recuperado de uma má década passada e é uma estrela em ascensão nos filmes de acção, no romance e aparentemente na comédia como veremos dentro de dois meses com “21 Jump Street”. Estes dois juntos ou em separado conseguem com personagens bastante humanas que se esqueça tudo o resto, uma função que muitos filmes que tentam ser exclusivamente pipoca deixaram de ter. Depois tropeça nos pequenos detalhes o que o impede de ser memorável, mas para o seu público-alvo (casais, gente acabada de sair de uma relação ou com dúvidas existenciais) será um momento muito bem passado.
Há alguns filmes que disponibilizam os primeiros minutos online como forma de cativar espectadores. Ainda bem que este não fez o mesmo pois tinha sérias hipóteses de conseguir salas vazias. Os primeiros três minutos bastam para descobrirmos tudo o que precisamos acerca destes dois pombinhos e para termos o choque da perda. Se o bilhete não estivesse já pago seria a altura ideal para sair. Assim deixamo-nos ficar mais um pouco nesta teia de sentimentos que nos envolve e aperta como um casulo, e só libertará depois de causar uma transformação. É quase impossível ficar indiferente a estas personagens. A identificação com a devoção incondicional de Leo, com o drama da felicidade interrompida, ou com as dúvidas que assolam Paige espalham-se pela plateia e cada um dos que assiste será apanhado por uma ou mais destas perigosas sensações.
Ninguém vai assistir a este filme sem contar que seja uma lamechice. Pelo tema, pelo poster e até pelos protagonistas faz pensar nas adaptações de Nicholas Sparks (mas aqui o autor é Stuart Sender, um produtor e documentarista) o que torna tudo ainda mais grave quando percebemos que voltamos a cair na mesma ratoeira de sempre. Rachel McAdams está constantemente a fazer filmes destes e parece ter aprimorado a técnica pois cada vez fica mais encantadora. Channing Tatum parece ter sido recuperado de uma má década passada e é uma estrela em ascensão nos filmes de acção, no romance e aparentemente na comédia como veremos dentro de dois meses com “21 Jump Street”. Estes dois juntos ou em separado conseguem com personagens bastante humanas que se esqueça tudo o resto, uma função que muitos filmes que tentam ser exclusivamente pipoca deixaram de ter. Depois tropeça nos pequenos detalhes o que o impede de ser memorável, mas para o seu público-alvo (casais, gente acabada de sair de uma relação ou com dúvidas existenciais) será um momento muito bem passado.
Título Original: "The Vow" (Alemanha, Austrália, Brasil, EUA, França, Reino Unido, 2012) Realização: Michael Sucsy Argumento: Jason Katims, Abby Kohn, Stuart Sender, Marc Silverstein Intérpretes: Channing Tatum, Rachem McAdams, Jessica Lange, Sam Neill, Scott Speedman Música: Michael Brook, Rachel Portman Fotografia: Rogier Stoffers Género: Drama, Romance Duração: 104 min. |
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