24 de março de 2005

”36, Quai des Orfévres” por Nuno Reis


36, Quai des Orfévres é o endereço do quartel da polícia de Paris. Em 1947 Henri-Georges Clouzot fez um filme chamado "Quai des Orfévres" sobre um músico ciumento que é acusado de homicídio, quase sessenta anos depois é o ex-polícia Olivier Marchal que utiliza o endereço para fazer um filme sobre uma investigação.
O elenco tem alguns dos maiores nomes do cinema francês, Vrinks (Daniel Auteuil) é o polícia bom, Klein (Gerárd Depardieu) é o polícia mau, Mansini (André Dussolier) é o chefe deles. Não é exactamente correcto distinguir polícia bom e polícia mau pois ambos pertencem a ambas as categorias. Não são corruptos mas não seguem os regulamentos e ambos abusam da força, Vrinks e equipa fazendo uma justiça paralela, Klein contra os que se opõem à sua carreira.
Mancini está prestes a ser promovido a comissário e pretende capturar o único bando que lhe tem escapado, o seu sucessor será escolhido entre Vrinks e Klein, aquele que capturar o “bando dos furgões” ganha o posto. Vrinks consegue uma informação vital para apanhar o bando mas por um preço demasiado alto e Klein, vendo a sua promoção em risco, arruína a missão provocando a morte de um colega (porque será que em quase todos os filmes aqueles que se reformam são os primeiros a morrer?). A partir daí será uma batalha pela sobrevivência do lado de Vrinks, que sofre as consequências de um má decisão, e um combate sem regras nem limites para Klein, que é indiferente ao mal que causa aos outros, revelando vários podres da polícia francesa e a óbvia rivalidade entre brigadas, neste caso Anti-Banditismo e de Intervenção. Um filme ao estilo dos últimos policiais franceses mas com a vantagem de ser feito por alguém que viveu a experiência, o realizador tem um pequeno papel como Christo, um ex-bandido amigo de Vrinks
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1 comentários:

Anónimo disse...

Boa Páscoa