”Mean Creek” por Nuno Reis
Jacob Aaron Estes está a dar os primeiros passos no cinema e com este drama juvenil já conseguiu atrair as atenções. A presença em Sundance foi apenas um passo na divulgação internacional que este belo filme obteve. Em termos de mercado não excedeu as expectativas mas a reacção do público tem sido muito boa.
O argumento é simples, um miúdo (Sam) constantemente incomodado por um colega de escola (George) consegue ajuda do irmão mais velho e de uns amigos dele para “uma pequena vingança”. Simulando o seu aniversário consegue levar a passear de barco a sua maior amiga (Millie), o seu maior inimigo e o grupo do irmão. Ao fim de meia hora de filme estão todos no barco (roubado) que os levará numa viagem que antes de começar já perdeu o sentido pois Millie convenceu Sam a desistir do plano e a tentar apenas passar um bom bocado com amigos. Ainda antes da pausa para almoço George provou que estavam enganados a respeito dele e que afinal era uma boa pessoa, depois do almoço volta a provar que estavam enganados. Estas mudanças bruscas de humor e as conversas e atitudes ao longo da viagem revelam personagens complexas e, como tantos nessas idades, com comportamento infantil enquanto tentam provar que são adultos. Um lote incrivelmente completo de personagens - todas adolescentes, todas compatíveis, todas incrivelmente humanas – que se complementam e se corrigem criando uma atmosfera quase mágica, e com a vantagem de serem interpretadas por um lote de jovens talentosos quase desconhecidos (Trevor Morgan é o rosto mais conhecido). Entre eles devo destacar o protagonista, Rory Culkin, que à semelhança dos irmãos prova ter talento para a arte. Maccaulay ficou célebre com as comédias (“Uncle Buck”, “Home Alone”, “My Girl” e “Richie Rich” são os seus papeis mais célebres), Kieran com os dramas (“The Mighty” e “The Cider House Rules”) e Rory está a seguir o mesmo caminho.
O filme é muito parado, um grupo de jovens num barco rio abaixo não é sinónimo de aventura no sentido costumeiro, não é um filme repleto de acção. Típica pequena produção de um grande estúdio, um híbrido de cinema independente com filme para grande público. É um filme que sem ser soberbo e sem fazer disparar aplausos instantâneos consegue despertar algumas mentes. A maioria das pessoas é capaz de sair da sala arrependida de ter visto o filme mas de certa forma todos ficarão marcados. Pode ser à saída da sala ou mesmo dias depois mas merece que seja feita uma reflexão. Quando a vida deixa de ser apenas diversão e começa a ter responsabilidades não basta disfarçar, é preciso assumir as consequências das decisões. Muitas pessoas não conseguem dar esse passo final para a vida adulta, o passo que decidirá o caminho que seguirão pela vida fora.
O argumento é simples, um miúdo (Sam) constantemente incomodado por um colega de escola (George) consegue ajuda do irmão mais velho e de uns amigos dele para “uma pequena vingança”. Simulando o seu aniversário consegue levar a passear de barco a sua maior amiga (Millie), o seu maior inimigo e o grupo do irmão. Ao fim de meia hora de filme estão todos no barco (roubado) que os levará numa viagem que antes de começar já perdeu o sentido pois Millie convenceu Sam a desistir do plano e a tentar apenas passar um bom bocado com amigos. Ainda antes da pausa para almoço George provou que estavam enganados a respeito dele e que afinal era uma boa pessoa, depois do almoço volta a provar que estavam enganados. Estas mudanças bruscas de humor e as conversas e atitudes ao longo da viagem revelam personagens complexas e, como tantos nessas idades, com comportamento infantil enquanto tentam provar que são adultos. Um lote incrivelmente completo de personagens - todas adolescentes, todas compatíveis, todas incrivelmente humanas – que se complementam e se corrigem criando uma atmosfera quase mágica, e com a vantagem de serem interpretadas por um lote de jovens talentosos quase desconhecidos (Trevor Morgan é o rosto mais conhecido). Entre eles devo destacar o protagonista, Rory Culkin, que à semelhança dos irmãos prova ter talento para a arte. Maccaulay ficou célebre com as comédias (“Uncle Buck”, “Home Alone”, “My Girl” e “Richie Rich” são os seus papeis mais célebres), Kieran com os dramas (“The Mighty” e “The Cider House Rules”) e Rory está a seguir o mesmo caminho.
O filme é muito parado, um grupo de jovens num barco rio abaixo não é sinónimo de aventura no sentido costumeiro, não é um filme repleto de acção. Típica pequena produção de um grande estúdio, um híbrido de cinema independente com filme para grande público. É um filme que sem ser soberbo e sem fazer disparar aplausos instantâneos consegue despertar algumas mentes. A maioria das pessoas é capaz de sair da sala arrependida de ter visto o filme mas de certa forma todos ficarão marcados. Pode ser à saída da sala ou mesmo dias depois mas merece que seja feita uma reflexão. Quando a vida deixa de ser apenas diversão e começa a ter responsabilidades não basta disfarçar, é preciso assumir as consequências das decisões. Muitas pessoas não conseguem dar esse passo final para a vida adulta, o passo que decidirá o caminho que seguirão pela vida fora.
Título Original: "Mean Creek" (EUA, 2005) Realizador: Jacob Aaron Estes Intérpretes: Rory Culkin, Ryan Kelley, Scott Mechlowicz, Trevor Morgan, Josh Peck, Carly Schroeder Argumento: Jacob Aaron Estes Fotografia: Sharon Meir Música: Ethan Gold, Gretchen Lieberum, tomandandy Género: Drama Duração: 87 min. Sítio Oficial:http://www.meancreekmovie.com/ |
1 comentários:
Um dos bons filmes do momentos e uma boa proposta indie, sem dúvida...
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