”The Upside of Anger” por Nuno Reis
Muitos dos grandes realizadores actuais precisou de fazer vários filmes antes de atingir aquele ponto de viragem que os leva para a fama. Mike Binder pode bem ter acabado de dar esse passo. “Upside of Anger” é um dos grandes filmes independentes do ano e admira-me que tenha saído de Sundance de mãos a abanar. A história centra-se numa mulher cujo marido desapareceu dias após o regresso da secretária à Suécia. Essa traição leva-a a procurar refúgio na bebida e a tornar-se amarga para as pessoas que a rodeiam, um grupo limitado às suas quatro filhas e a um ex-jogador de basebol totalmente bêbedo.
A filha mais velha, Hadley, estuda longe de casa e quando volta para as aulas sabe que terá de confiar nas irmãs para cuidar da mãe, mas as ambições delas são um pouco diferentes do pretendido pela mãe. A segunda mais velha, Andrea, não pretende ir para a faculdade como a mãe ordena, quer seguir uma carreira nas notícias. A terceira filha, Emily, sonha ser bailarina e, apesar de a mãe não ser contra isso, é contra o local que ela escolheu. A mais nova, carinhosamente chamada Popeye, começa a interessar-se por rapazes mas ainda não causa problemas de maior à mãe. Enquanto cada uma das jovens tenta seguir a vida sem respeitar a decisão da mãe, Denny, a vedeta reformada, começa a acompanhá-la em bebedeiras e após alguns dias a relação existente entre ambos é já bastante forte.
O argumento escrito especificamente para Joan Allen está excelente, é uma comédia dramática daquelas que realmente merece tal designação pois combina perfeitamente a pequena tragédia familiar com momentos hilariantes deliciosos, daqueles que podem acontecer a qualquer um e a qualquer momento e que tornam cada dia diferente e cada pessoa única. Sendo a falha maior do filme a insegurança em alguns diálogos, a sua força reside no talento de quem o fez. A realização de Binder e a fotografia de Richard Greatext (“Shakespeare in Love”, “A Knight’s Tale”), a personagem principal muito bem escrita para uma actriz específica, e um incrível lote de actores fazem com que pareça fácil filmar emoções. Joan Allen tem aqui o maior papel da carreira, Kevin Costner está bem diferente do habitual, tem uma personagem bastante simpática e alguns bons momentos. As filhas são interpretadas por jovens talentosas, Evan Rachel Wood e Erika Christensen são já bem conhecidas, Teri Russell (“Felicity”) e Alicia Witt (“Vanilla Sky”) também já têm uma grande dose de experiência..
Uma família problemática mas unida, diversos tipos de relações e de ralações, pessoas que tentam seguir com as suas vidas mesmo enquanto o mundo que as rodeia muda de forma incontrolável. Umas mulherzinhas preparadas para o século XXI. Tem o apogeu cómico num momento de humor negro totalmente inesperado e o funeral com que o filme começa mantém o drama e o mistério até ao fim.
A filha mais velha, Hadley, estuda longe de casa e quando volta para as aulas sabe que terá de confiar nas irmãs para cuidar da mãe, mas as ambições delas são um pouco diferentes do pretendido pela mãe. A segunda mais velha, Andrea, não pretende ir para a faculdade como a mãe ordena, quer seguir uma carreira nas notícias. A terceira filha, Emily, sonha ser bailarina e, apesar de a mãe não ser contra isso, é contra o local que ela escolheu. A mais nova, carinhosamente chamada Popeye, começa a interessar-se por rapazes mas ainda não causa problemas de maior à mãe. Enquanto cada uma das jovens tenta seguir a vida sem respeitar a decisão da mãe, Denny, a vedeta reformada, começa a acompanhá-la em bebedeiras e após alguns dias a relação existente entre ambos é já bastante forte.
O argumento escrito especificamente para Joan Allen está excelente, é uma comédia dramática daquelas que realmente merece tal designação pois combina perfeitamente a pequena tragédia familiar com momentos hilariantes deliciosos, daqueles que podem acontecer a qualquer um e a qualquer momento e que tornam cada dia diferente e cada pessoa única. Sendo a falha maior do filme a insegurança em alguns diálogos, a sua força reside no talento de quem o fez. A realização de Binder e a fotografia de Richard Greatext (“Shakespeare in Love”, “A Knight’s Tale”), a personagem principal muito bem escrita para uma actriz específica, e um incrível lote de actores fazem com que pareça fácil filmar emoções. Joan Allen tem aqui o maior papel da carreira, Kevin Costner está bem diferente do habitual, tem uma personagem bastante simpática e alguns bons momentos. As filhas são interpretadas por jovens talentosas, Evan Rachel Wood e Erika Christensen são já bem conhecidas, Teri Russell (“Felicity”) e Alicia Witt (“Vanilla Sky”) também já têm uma grande dose de experiência..
Uma família problemática mas unida, diversos tipos de relações e de ralações, pessoas que tentam seguir com as suas vidas mesmo enquanto o mundo que as rodeia muda de forma incontrolável. Umas mulherzinhas preparadas para o século XXI. Tem o apogeu cómico num momento de humor negro totalmente inesperado e o funeral com que o filme começa mantém o drama e o mistério até ao fim.
Título Original: "The Upside of Anger" (Alemanha, EUA, Reino Unido, 2005) Realizador: Mike Binder Intérpretes: Joan Allen, Kevin Costner, Erika Christensen, Evan Rachel Wood, Keri Russell, Alicia Witt Argumento: Mike Binder Fotografia: Richard Greatrex Música: Alexandre Desplat Género: Comédia/Drama/Romance Duração: 118 min. Sítio Oficial:http://www.upsideofanger.com/ |
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