O que falta inventar?
A última década foi marcada pela adaptações de super-heróis. Depois de todas as personagens da BD terem sido filmadas - ou pelo menos terem um guião encomendado – era preciso inventar algo novo. Vários títulos surgiram ("The Incredibles", "My Super Ex-Girlfriend", "Sky High") a procurar um nicho e colmataram quase por completo o tema. Faltava o super-anti-herói e para isso chegou Hancock.
O herói deste filme voa, tem super-força, super-velocidade e super-ego. Normalmente lamenta estar no local errado à hora errada. Para ele o fundamental é tratar da própria vida e não acata ordens de ninguém. Se o incomodarem pode partir em perseguição dos criminosos e detê-los, mas sem nenhum respeito pelo indivíduo ou pela propriedade pública.
A difícil personalidade impede-o de criar laços com as pessoas, até que um publicista decide transformar Hancock num herói popular. Começando por responder perante a lei pelos estragos causados e frequentando terapias de grupo, vai-se tornar um membro útil da sociedade.
Como comédia não usa nada demasiado banal ou demasiado sofisticado, tenta manter-se no mei o termo e por vezes surpreende pela frescura. Também a nível de elenco foram feitas boas escolhas. Num daqueles casos em que as estrelas se dispensavam os escolhidos foram: Will Smith como o herói menos convencional, Jason Bateman mais uma vez numa personagem que tem menos importância do que parece, e a misteriosa Charlize Theron com um arranque difícil, mas a transmitir uma boa imagem das mulheres. A impressão geral é levemente positiva. Por outro lado a vertente séria do filme foi maltratada. Quase tudo se poderia desculpar, mas o vilão desencantado é ridículo e o clímax arrasta-se de forma previsível. Um final que não é tão original como pode parecer encerra a aventura.
O herói da história é uma metáfora deste género cinematográfico. Um vagabundo errante, desleixado e quase sempre incómodo, mas que quando falta é desejado. Pode-se achar imparável, mas tem de saber parar para escutar. Longe de ser um título obrigatório para os amantes de super-heróis, é um filme de acção que se tenta esconder entre efeitos digitais medianos e uns planos fotográficos com alguma espectacularidade. Uma vantagem é não haver muito espaço de manobra para sequelas.
A última década foi marcada pela adaptações de super-heróis. Depois de todas as personagens da BD terem sido filmadas - ou pelo menos terem um guião encomendado – era preciso inventar algo novo. Vários títulos surgiram ("The Incredibles", "My Super Ex-Girlfriend", "Sky High") a procurar um nicho e colmataram quase por completo o tema. Faltava o super-anti-herói e para isso chegou Hancock.
O herói deste filme voa, tem super-força, super-velocidade e super-ego. Normalmente lamenta estar no local errado à hora errada. Para ele o fundamental é tratar da própria vida e não acata ordens de ninguém. Se o incomodarem pode partir em perseguição dos criminosos e detê-los, mas sem nenhum respeito pelo indivíduo ou pela propriedade pública.
A difícil personalidade impede-o de criar laços com as pessoas, até que um publicista decide transformar Hancock num herói popular. Começando por responder perante a lei pelos estragos causados e frequentando terapias de grupo, vai-se tornar um membro útil da sociedade.
Como comédia não usa nada demasiado banal ou demasiado sofisticado, tenta manter-se no mei o termo e por vezes surpreende pela frescura. Também a nível de elenco foram feitas boas escolhas. Num daqueles casos em que as estrelas se dispensavam os escolhidos foram: Will Smith como o herói menos convencional, Jason Bateman mais uma vez numa personagem que tem menos importância do que parece, e a misteriosa Charlize Theron com um arranque difícil, mas a transmitir uma boa imagem das mulheres. A impressão geral é levemente positiva. Por outro lado a vertente séria do filme foi maltratada. Quase tudo se poderia desculpar, mas o vilão desencantado é ridículo e o clímax arrasta-se de forma previsível. Um final que não é tão original como pode parecer encerra a aventura.
O herói da história é uma metáfora deste género cinematográfico. Um vagabundo errante, desleixado e quase sempre incómodo, mas que quando falta é desejado. Pode-se achar imparável, mas tem de saber parar para escutar. Longe de ser um título obrigatório para os amantes de super-heróis, é um filme de acção que se tenta esconder entre efeitos digitais medianos e uns planos fotográficos com alguma espectacularidade. Uma vantagem é não haver muito espaço de manobra para sequelas.
Título Original: "Hancock" (EUA, 2008) Realização: Peter Berg Argumento: Vincent Ngo, Vince Gilligan Intérpretes: Will Smith, Charlize Theron, Jason Bateman Fotografia: Tobias A. Schliessler Música: John Powell Género: Acção, Comédia, Drama, Fantástico Duração: 92 min. Sítio Oficial: http://www.sonypictures.com/movies/hancock/ |
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