Sátira desperdiçada em filme sem nível
O primeiro filme foi uma tentativa de lucrar combinando personagens secundárias de títulos para o público juvenil. Com um humor de gosto duvidoso e comportamentos muito polémicos, safou-se por ser acutilante e não poupar críticas. No segundo filme tentaram repetir a receita e enjoou.
Como a primeira parte foi um sucesso em DVD (a compensar o fracasso nas salas) supõem que quem vai ver este filme tem bem presente na memória o passado e portanto continua onde o anterior parou.
Acabados de chegar de uma louca ida aos hamburgueres, Harold e Kumar embarcam numa nova aventura, desta vez europeia. Só que depois de uma hilariante situação no avião – a melhor parte do filme – acabam em Guatanamo. A estadia é muito pequena, quase nem chega para justificar a referência no título, mas a fuga é demorada. Ao longo do resto do filme a dupla vai percorrendo o país e reencontrando velhos amigos, numa luta contra uns serviços secretos imbecis e contra o tempo pois Kumar quer impedir o casamento do seu único amor. É um roadtrip movie tal como o antecessor, mas desta vez a viagem é mais longa.
As mensagens políticas estão bem presentes. Atacam todos os funcionários do governo desde o guarda prisional até George Bush e gozam com os procedimentos de segurança e com o pânico criado pelo 9/11. Aí refiro novamente a cena do avião que, desde o detector de metais até desembarcarem tem falas com alguma qualidade. Alguns minutos depois desse momento os argumentistas podiam ter mostrado outra vez alguma inteligência e bom gosto, quando fazem uma referência óbvia a um clássico. Como o público-alvo não conhece os grandes filmes tiveram de explicar de onde era aquilo o que dá enorme vontade de sair da sala.
A droga e o sexo continuam a ser o tema dominante, cada vez de forma mais ofensiva e infelizmente também mais estúpida. Então quando misturam droga e sexo na mesma cena é o descalabro.
No fundo não é mais do que muito tempo perdido. É um daqueles títulos que devem ir directos para DVD onde podem ser venerados por quem gosta disto e sem perturbar as idas ao cinema de quem quer ver Cinema.
O primeiro filme foi uma tentativa de lucrar combinando personagens secundárias de títulos para o público juvenil. Com um humor de gosto duvidoso e comportamentos muito polémicos, safou-se por ser acutilante e não poupar críticas. No segundo filme tentaram repetir a receita e enjoou.
Como a primeira parte foi um sucesso em DVD (a compensar o fracasso nas salas) supõem que quem vai ver este filme tem bem presente na memória o passado e portanto continua onde o anterior parou.
Acabados de chegar de uma louca ida aos hamburgueres, Harold e Kumar embarcam numa nova aventura, desta vez europeia. Só que depois de uma hilariante situação no avião – a melhor parte do filme – acabam em Guatanamo. A estadia é muito pequena, quase nem chega para justificar a referência no título, mas a fuga é demorada. Ao longo do resto do filme a dupla vai percorrendo o país e reencontrando velhos amigos, numa luta contra uns serviços secretos imbecis e contra o tempo pois Kumar quer impedir o casamento do seu único amor. É um roadtrip movie tal como o antecessor, mas desta vez a viagem é mais longa.
As mensagens políticas estão bem presentes. Atacam todos os funcionários do governo desde o guarda prisional até George Bush e gozam com os procedimentos de segurança e com o pânico criado pelo 9/11. Aí refiro novamente a cena do avião que, desde o detector de metais até desembarcarem tem falas com alguma qualidade. Alguns minutos depois desse momento os argumentistas podiam ter mostrado outra vez alguma inteligência e bom gosto, quando fazem uma referência óbvia a um clássico. Como o público-alvo não conhece os grandes filmes tiveram de explicar de onde era aquilo o que dá enorme vontade de sair da sala.
A droga e o sexo continuam a ser o tema dominante, cada vez de forma mais ofensiva e infelizmente também mais estúpida. Então quando misturam droga e sexo na mesma cena é o descalabro.
No fundo não é mais do que muito tempo perdido. É um daqueles títulos que devem ir directos para DVD onde podem ser venerados por quem gosta disto e sem perturbar as idas ao cinema de quem quer ver Cinema.
Título Original: "Harold & Kumar Escape from Guantanamo Bay" (EUA, 2008) Realização: Jon Huewitz, Hayden Schlossberg Argumento: Jon Huewitz, Hayden Schlossberg Intérpretes: John Cho, Kal Penn Fotografia: Daryn Okada Música: George S. Clinton Género: Aventura, Comédia Duração: 100 min. Sítio Oficial: http://www.haroldandkumar.com/ |
2 comentários:
?! tempo perdido? tempo perdido é escrever um texto que no meu entender, não faz rigorosamente sentido nenhum..
1º o filme tem um determinado publico alvo, e não me parece que o sr se enquadre nesse publico e tão pouco perceba as piadas. Por exemplo, podia criticar o dia todo o high school musical mas não o faço sabe porquê? porque reconheço que o filme não está direccionado para a minha faixa etária
2º como se costuma dizer, os gostos não se discutem..e por muito mal que diga do filme tem que reconhecer que é um erro seguir os seus conselhos. Agora se a critica fosse imparcial e baseada em factos empíricos?! mas a verdade é que suporta-se em gostos e crenças pessoais daí achar o seu trabalho totalmente descabido. Ainda se fosse apenas um comentário isolado mas trata-se de persuasão sem nexo
tenho 18 anos o meu irmão 23, estávamos a ver o filme na sala com os nossos pais. Eu e o meu irmão passamos um bom momento de desconcentração e os nossos pais? saíram do sofá a meio do filme sem comentar..faça o mesmo
O seu comentário (que infelizmente se escuda no anonimato), está carregado de falácias:
1) Não é pelo facto de alguém não se enquadrar no público alvo de um filme que tenha que deixar de dar a opinião acerca dele. Senão, nunca poderia ver um filme criticamente duas vezes num espaço longo de tempo - imagine-se a ver este "Harold..." agora, e quando atingir os 30 já não poderá ver e opinar acerca dele. Descabido, não é verdade?
2) O que se critica e opina acerca de um filme é tudo, menos o público para qual ele foi pensado - isso é crítica de marketing, para a qual não estamos vocacionados ou interessados em discorrer.
3) Imparcialidade? Onde?
4) Factos empíricos? Então, só quem esteve preso em Guantanamo, depois de fumar um cachimbo de droga dentro de um avião a caminho de Amesterdão, e que consiga ainda fumar umas "charradas" no rancho do presidente dos EUA é que pode criticar o filme e dar a opinião sobre ele?
5) O que é a crítica mais do que opinar tendo em conta os gostos e as crenças de quem o faz? Chama-se liberdade de opinião.
6) Quanto ao bom momento de desconcentração que passou, é a sua opinião quanto ao filme e - pasme-se! - nós respeitamo-la.
Obrigado pelo comment e pela visita.
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